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terça-feira, dezembro 19, 2023

Importante

Vencemos em Braga por 1-0 no domingo e estamos agora em 2º lugar no campeonato, a um ponto da lagartada, que venceu ontem o CRAC por 2-0, e com dois de vantagem perante estes. Foi um triunfo justo, apesar de algum sofrimento escusado na 2ª parte, fruto de um desperdício muito grande na etapa inicial.
 
Entrámos no jogo praticamente a ganhar, com um golo do Tengstedt logo aos 3’, depois de uma perda de bola no meio-campo do Braga, em que aproveitámos para fazer um contra-ataque bem sucedido, com o dinamarquês a ser isolado pelo Kökçü e a finalizar com mestria perante o Matheus. A 1ª parte foi praticamente toda nossa com um golo anulado por fora-de-jogo ao Rafa (logo num lance em que meteu a bola na baliza...!), duas bolas aos ferros pelo Otamendi na sequência de um livre e Di María no seu remate típico em arco da direita para a esquerda, e outra cabeçada do António Silva num canto que deveria ter tido melhor direcção. Do outro lado, o Djaló obrigou o Trubin a uma boa defesa e em cima do intervalo o Ricardo Horta desviou bem um remate de fora-da-área, mas felizmente a bola saiu ao lado.
 
Na 2ª parte, as coisas alteraram-se substancialmente, embora tivemos tido uma soberana ocasião logo a abrir, com o Rafa a assistir o João Mário que, isolado na área e no seguimento da marca de penalty, conseguiu oferecer a bola ao guarda-redes...! Inacreditável! A partir daí, o jogo voltou-se para o Braga e devemos ao Trubin ter saído da Pedreira com os três pontos. Defendeu um remate do Banza já na área depois de uma boa combinação atacante dos arsenalistas e, principalmente, outro já na compensação do mesmo Banza, na sequência de um corte clamorosamente falhado do António Silva, em que o ucraniano defendeu com o pé aquele que seria o golo do empate. Tendo o falhanço do João Mário acontecido aos 47’, o Roger Schmidt demorou até 79’(!) para estancar a produção ofensiva do Braga com a entrada do Florentino! É certo que trocou de avançados (Tengstedt por Musa) por volta da hora de jogo, mas foi só com a entrada do único jogador do plantel que corre atrás dos adversários para roubar bolas, que as coisas acalmaram para nós. Pedia-se obviamente uma resposta mais célere do banco, porque arriscámos bastante manter os mesmos jogadores naquele período.
 
Em termos individuais, destaque para o Trubin, que com duas ou três defesas decisivas nos salvou a vitória. Na 1ª parte, o Di María esteve muito endiabrado, mas baixou imenso na 2ª e não estranhou a sua substituição. O Kökçü não entrou especialmente bem no jogo, mas subiu imenso ao longo dele e foi dos melhores. Coincidência (ou talvez não...), o João Neves fez novamente os 90’ e ganhámos o jogo...! Na frente, o Rafa melhorou em relação a jogos anteriores e o Tengstedt marcou o golo da vitória, o que já é dizer muito, embora estive longe de ter feito uma exibição memorável. Aliás, viu-se bem a diferença para com o Musa, que mostrou novamente ser o melhor (ou menos mau) dos três avançados. Quem continua inexplicavelmente a ter muitíssimo mais tempo de jogo do que a sua produção justificava é o João Mário...!
 
Depois de dois empates consecutivos para o campeonato, era fundamental regressarmos às vitórias perante um adversário directo. Até porque os outros dois iriam jogar entre eles, o que faria com que ganhássemos sempre pontos nesta jornada. Com uma 1ª parte daquele calibre, não deveríamos ter tido de passar pelas aflições que sofremos na 2ª, mas conseguimos os três pontos que é o que interessa e as nossas exibições parecem estar a melhorar um bocado. De qualquer forma, não deixa de ser curioso que tenhamos vencido os três rivais directos nesta 1ª volta numa temporada que não está a ser tão boa como a anterior, em que... não vencemos nenhum destes três jogos! O futebol é, de facto, um jogo maravilhoso, precisamente por ser muitas vezes desprovido de lógica.

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