Vencemos o Estoril por 1-0 e perdemos na final contra a
Naval, perdão, a lagartada por 0-1. Foram os dois primeiros jogos da
pré-temporada e não se pode dizer que as perspectivas sejam as melhores. Ao de
dia de hoje, temos uma razia de cinco titulares da época passada (Oblak, Garay,
Siqueira, Markovic e Rodrigo) e, por enquanto, nenhum dos que chegaram estão à
altura deles. Como o dia 31 de Agosto ainda está muito longe, resta-nos rezar a
todos os santinhos para que as perdas fiquem por aqui, porque, caso saiam o
Gaitán e/ou principalmente o Enzo Pérez, eu nem quero pensar no que para aí
vem…
Na partida frente aos canarinhos, ganhámos com um golo de
cabeça do Talisca depois de um bom centro do Benito e, curiosamente, a 1ª parte
com muitos dos reforços foi mais interessante do que a 2ª com os jogadores da
época passada. Frente à Naval, perdão, à lagartada já actuámos com a melhor
equipa neste momento (em que faltam os mundialistas e os lesionados) e a
exibição foi sofrível, apesar de ter sido um jogo bem disputado, especialmente
na 1ª parte.
Na pré-temporada, os olhos estão invariavelmente postos nos
novos jogadores e destes o que melhor impressão me deixou foi o César,
defesa-central, que é rápido sobre a bola e impõe algum respeito na sua zona de
acção. Também gostei do Benito, defesa-esquerdo, que me parece raçudo e
aparentemente com qualidade nos centros. O Talisca, apesar do golo no primeiro
jogo, passou completamente ao lado da partida frente à Naval, perdão, à lagartada.
É um jogador a rever, embora seja prematuro estarmos a atirar para os ombros de
um miúdo com 20 anos (é o que diz o BI, espero que não seja outro Ednilson…),
acabado de chegar, a responsabilidade de organizar o nosso jogo atacante. Além
disso, deverá melhor substancialmente os cantos e os livres curtos, porque para
aí de 20 nos dois jogos terá acertado cerca de dois. O Derlei não me parece mau
(boas tabelinhas e movimentação interessante no primeiro jogo), mas ainda se
está a adaptar ao nosso estilo de jogo. Quem me impressionou mais foi o João
Teixeira, trinco vindo directamente dos juniores, apesar de ter tido o grande
azar de o golo da Naval, perdão, da lagartada ter resultado de um erro
clamoroso seu. Mas revelou personalidade, não deixou os adversários em paz e
ainda tentou colocar a bola na frente com critério. Quanto aos “esquece, não
vai dar”, temos o Jara, que já conhecíamos, mas que voltou basicamente na mesma
e o Luís Felipe, defesa-direito. Aliás, bastaria esta combinação “Luís Felipe +
defesa-direito” para nós sabermos que dali não viria nada de bom. Se é para ser
suplente do Maxi, já lá temos o André Almeida, Sílvio (quando regressar) e João
Cancelo. Ir buscar um brasileiro que não joga desde Novembro só se justifica
pela quota de ter sempre que ter um Cortez no plantel todos os anos…
Dos velhos, não
desgostei do Ola John, que aparentemente revela mais vontade de correr e de se
aplicar, o Gaitán é um artista, mas deveria perceber que o adorno dos lances só
costuma resultar já bem dentro da época, o Cardozo continua na senda da parte
final da época passada, o que é deveras preocupante, o Artur mostra novamente
que precisamos MESMO de um guarda-redes para ser titular de caras e o Lima não
teve grandes oportunidades de brilhar.
Enfim, veremos o que os próximos jogos perante adversários
bem mais difíceis (Marselha, Ajax, Arsenal e Valência) nos irão mostrar, mas
por enquanto isto não está nada famoso...