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segunda-feira, abril 30, 2018

Finito

Perdemos em casa no sábado frente ao Tondela (2-3) e não só dissemos adeus ao sonho do penta (o CRAC ganhou no Marítimo por 1-0 aos... 89’), como agora temos o 2º lugar em risco com a lagartada colada a nós (2-1 em Portimão aos... 89’!). Ou seja, estamos a ter um final de época absolutamente penoso.

Entrámos em campo sem o Jardel e o Fejsa, que constavam no boletim médico, mas, como estão com quatro amarelos, é sempre de desconfiar se não foi essa a verdadeira razão. Se o foi, foi um erro enorme, porque o Luisão acusou (e de que maneira) o facto de não jogar há quatro meses e meio (esteve presente nos três golos que sofremos) e o Samaris também não tem grande ritmo de jogo nesta altura. Mesmo assim, colocámo-nos em vantagem logo aos 12’ através do Pizzi depois de uma assistência do Rafa. Comentei com os meus companheiros de bancada que esperava que não fizéssemos como no Estoril e tirássemos o pé do acelerador, mas foi exactamente isso que aconteceu! O Cervi ainda teve um remate cruzado defendido pelo Cláudio Ramos (apesar de o árbitro ter marcado pontapé de baliza), mas foi um mau passe do mesmo Cervi que deu origem a um contra-ataque adversário aos 31’, do qual resultado o empate pelo Miguel Cardoso num chapéu sobre o Bruno Varela: bola metida nas costas do Luisão, o Douglas (entretanto entrado para o lugar do lesionado André Almeida) ficou nas covas, o Bruno Varela ficou a meio caminho entre sair ou não (para variar...), e a bola foi lá para dentro. Aos 39’, o incrível aconteceu num lançamento lateral para a nossa área, com o Luisão a aliviar mal de cabeça para a marca de penalty, o Douglas a nunca saber a quantas anda em termos defensivos e remate de primeira do Miguel Cardoso para um bis, com a bola a entrar a meio da baliza (estar lá o Bruno Varela ou não estar ninguém é praticamente a mesma coisa...). Até ao intervalo, lá acelerámos um pouco, mas não conseguimos marcar.

Para a 2ª parte, entrou o Salvio para o lugar do (novamente inoperante) Cervi e as coisas melhoraram ao início. O mesmo Salvio teve duas magníficas oportunidades logo no reinício, mas atirou contra um adversário na recarga a uma defesa do guarda-redes e muito por cima depois de um centro do Douglas. Logo aqui poderíamos ter dado a volta ao jogo. Um remate do Rafa sob a esquerda foi igualmente defendido pelo Cláudio Ramos, assim como remates do Jiménez e Luisão quase à queima-roupa num canto. Finalmente, a pouco mais de dez minutos do fim, o Rafa assistiu o Jiménez, mas o desvio deste tabelou num defesa e saiu a rasar o poste. Das poucas vezes que o Tondela foi à nossa baliza na 2ª parte (a outra foi num lance em que o Varela defendeu com a cabeça(!) e o golo na recarga foi anulado por pé em riste sobre o Luisão), acabou com o jogo: aos 81’, o Tomané deu um nó cego no Luisão e atirou cruzado desfeiteando o Varela (eu não quero estar sempre a bater no ceguinho, mas um bom guarda-redes poderia ter defendido aquela bola). Já no final do tempo de compensação (94’), o Salvio reduziu para 2-3 num chapéu ao Cláudio Ramos depois de um passe do Jiménez e um bom domínio de cabeça do argentino.

Em termos individuais, o Pizzi, provavelmente estimulado pelo golo, foi dos menos maus. O Zivkovic era outro que estava a tentar levar a equipa para a frente, mas o Rui Vitória inexplicavelmente tirou-o aos 62’ para fazer entrar o inoperante do Seferovic. Foi tão inacreditável que o estádio veio abaixo com assobios e foi das poucas vezes que eu me lembro de ter assobiado uma substituição do Benfica (a outra terá sido esta). Como toda a gente (menos o Rui Vitória) antecipou, piorámos imenso com a saída do sérvio e passámos a fazer as coisas sem critério, com o próprio Seferovic a aparecer mais do que uma vez na linha para centrar! Perfeitamente incompreensível...! Outra coisa em que temos que pensar urgentemente é nesta dependência do Jonas: quatro jogos sem ele, duas derrotas em casa e duas vitórias fora ambas em tempo de desconto. E, fundamentalmente, a qualidade do nosso futebol a descer a pique.

Portanto, chegamos à penúltima jornada de uma época onde só ganhámos a Supertaça a lutar pelo acesso à Champions. Acesso esse que passará sempre por não perder e marcar pelo menos um golo no WC. Tudo o que não for isso, tornará esta temporada um pesadelo ainda pior do que o que já é. Principalmente, num aspecto muito valorizado pela estrutura nos dias de hoje: o financeiro. Espero é que, de uma maneira ou de outra, as consequências desta debacle sejam tiradas. E os responsáveis as assumam.

segunda-feira, abril 23, 2018

Salvio salva

Vencemos o Estoril na Amoreira no sábado (2-1), mas como muito dificilmente o CRAC não ganhará hoje em casa ao V. Setúbal, o mais provável é que continuemos a dois pontos deles e com vantagem de três sobre a lagartada, que ganhou em casa ao Boavista por 1-0 com um penalty do Bas Dost. Apesar de estarmos no terreno do penúltimo classificado, o jogo foi bastante difícil e só conseguimos o golo da vitória aos 92’ pelo Salvio.

O Rui Vitória manteve a mesma equipa que perdeu com o CRAC na semana passada, porque o Jonas continua a “recuperar de lesão” (infelizmente, estou cá desconfiado que não vai jogar mais esta época...). E não poderíamos ter entrado melhor, com um golo do Rafa logo aos 10’, num remate rasteiro cruzado depois de uma assistência brilhante do Zivkovic, o melhor em campo. Com o mais difícil a ser feito tão cedo, pensei ingenuamente que iríamos ter uma partida calma como resposta à desilusão da semana passada. Pura ilusão...! Na 1ª parte, ainda controlámos bem e tivemos algumas oportunidades para dilatar a vantagem, mas um remate do Rafa saiu ao lado e duas cabeçadas do Jiménez não tiveram o destino desejado, com o guarda-redes Renan Ribeiro a defender uma delas e na outra, já em cima do intervalo, mesmo com uma saída em falso deste fora da área, o nosso avançado atirou ao lado. 

Na 2ª parte, devem ter-se esquecido de avisar os nossos jogadores (e treinador?) que não estávamos a jogar com o CRAC. É que, à semelhança daquele jogo, também neste não reentrámos em campo... O Estoril veio para cima de nós e inclusive até marcou aos 51’, mas o lance foi bem invalidado pelo VAR, por fora-de-jogo. Isto teve o condão de nos assustar e finalmente reentrámos em campo. O Rafa iniciou então a sua série de desperdício e, completamente isolado, permitiu uma defesa ao Renan meio com a cabeça. Como diz uma das máximas do futebol, não marcámos e sofremos o empate aos 63’ num livre para a área, com o André Almeida completamente a dormir e o Halliche a contorná-lo e a marcar por baixo das pernas do Bruno Varela. Pouco depois, livrámo-nos de boa, com uma bola do Lucas Evangelista, desviada pelo Rúben Dias, a bater no poste. Com o jogo completamente partido, o Rafa roubou a bola a um defesa, voltou a ficar isolado perante o Renan, mas tentou de trivela e a bola foi direitinha às suas mãos. Incrível...! Entretanto, entrou o Salvio, para o lugar do inoperante Cervi, que, a quinze minutos dos 90, centrou para o Jiménez fazer um remate à meia-volta de pé esquerdo, defesa do guarda-redes com o pé e ressalto para o Rafa, que não conseguiu voltar a rematar porque um defesa cortou a bola. Das três oportunidades do Rafa, foi a menos escandalosa. A partir daqui, deixámos inexplicavelmente de jogar. O Seferovic voltou a substituir o Pizzi, que pura e simplesmente não esteve em campo, mas nós perdemos o fio de jogo. Não conseguimos fazer dois passes seguidos, o Zivkovic bem tentava, mas ninguém o seguia, começámos a enviar bolas para a frente à maluca, com enorme vantagem dos centrais contrários e já com o Jardel a fazer companhia aos dois avançados, enfim, um desalento completo. Na única jogada de jeito nos últimos 22’ de jogo (o sr. Hugo Miguel deu, e bem, sete minutos de compensação, porque o Estoril, em especial o guarda-redes, abusou do antijogo), o Grimaldo centrou para a área e o Salvio teve uma brilhante entrada de cabeça, antecipou-se ao defesa e deu-nos a vitória. Foi uma mistura de delírio e alívio na Amoreira! Arrisco-me a dizer que, da maneira como estava o jogo, já ninguém contava com isto.

Em termos individuais, o Zivkovic foi de longe o melhor do Benfica. O Fejsa esteve igualmente em destaque a cortar algumas bolas no meio-campo, mas mesmo disfarçando bem não pode estar em todo o lado. O Rafa é dos poucos a imprimir velocidade no último terço do campo, mas definitivamente tem que treinar (e muito!) lances de um para um com o guarda-redes. É exasperante os golos que falha isolado. Todos os outros estiveram num nível muito mediano, para não dizer pior...

O sonho do penta esteve a poucos minutos de ter terminado, mas lá nos conseguimos manter ligados à máquina. No entanto, a jogar desta maneira não se está bem a ver como vamos ganhar ao WC daqui a duas jornadas. Principalmente se o Jonas não recuperar. Caímos a pique em termos exibicional desde a sua lesão e é algo que temos que rever para o ano. Eu gosto imenso do Jonas, mas não podemos ficar dependentes de um só jogador, especialmente quando o mesmo já tem 34 anos.

segunda-feira, abril 16, 2018

Frustrante

Perdemos com o CRAC (0-1) na Luz e dissemos adeus ao sonho do penta. Bem se pode vir com os discursos de que “só estamos a dois pontos”, “continuamos na luta” ou “isto só acaba no final” que seria preciso não um, mas dois milagres para podermos ser campeões. Dois milagres, porque não basta o CRAC empatar um jogo, teriam de ser dois (ou uma derrota), o que em quatro jogos não é nada fácil. Além de que nós teríamos de ganhar todos, incluindo a ida ao WC, algo que nesta altura a jogar(?!) como estamos, não se vislumbra bem como.

Como se calculava pelas declarações do Rui Vitória na véspera, o Jonas ficou mesmo de fora. Enfrentar o segundo classificado no jogo mais importante da época, sem o melhor jogador do campeonato, foi logo um handicap terrível. Mas durante a 1ª parte, dominámos a partida embora sem criar grandes oportunidades, com excepção a uma do Pizzi já perto do intervalo que ficou sozinho perante o Casillas, mas permitiu a defesa deste. Antes disso, o Rafa atirou ao poste num lance em que o Casillas estava a fechar o ângulo e o Cervi proporcionou uma defesa ao guardião espanhol, num remate também de ângulo difícil. Do outro lado, houve a surpresa da titularidade do Marega e foi dele a única chance do CRAC, num remate de primeira ao lado já depois da perdida do Pizzi.

Na 2ª parte, e à semelhança de Setúbal, desaparecemos do jogo. O CRAC aproveitou isso e transfigurou-se para melhor, pertencendo-lhe as melhores oportunidades: o Bruno Varela fez uma boa mancha ao Marega, o Brahimi rematou em arco muito perto do poste e, em cima dos 90’ (para não variar), o Herrera disparou forte de fora de área, no meio de cinco(!) jogadores do Benfica (sem que nenhum lhe fizesse obstrução!), decidiu o jogo e, muito provavelmente, o campeonato. Quanto a nós, tivemos as seguintes oportunidades de golo no segundo tempo: .......................


O que é que se passou ao intervalo para haver assim uma tão radical transformação na nossa equipa? Não sei, mas será melhor perguntar ao Rui Vitória. Porque o mesmo se passou em Setúbal. E, tal como na capital do Sado, as substituições foram desastrosas. Aos 66’, para entrar o Salvio saiu o Rafa, o nosso jogador mais rápido, que já tinha provocado dois amarelos ao adversário e que, da maneira como estávamos a jogar em contra-ataque, era o único que poderia criar desequilíbrios em velocidade na frente. Tal como em Setúbal, sai o Rafa com o Cervi a jogar muito pior do que ele (na semana passada, ainda poderia haver a desculpa com a condição física do Grimaldo, mas ontem tínhamos o Eliseu no banco para qualquer eventualidade). E eu sou absolutamente insuspeito para dizer isso, basta ler os posts passados para ver o quanto eu sempre gostei do argentino e as (enormes) dúvidas que tinha acerca do português. Não contente com isto (se já mal passávamos do meio-campo antes desta substituição, depois dela deixámos de o fazer de vez), aos 74’ tira o Cervi para colocar o... Samaris! Que não jogava tanto tempo desde... 3 de Março frente ao Marítimo! E até me arrisco a dizer, que foi a primeira vez que o Samaris entrou em campo para ajudar a defender um resultado, sem que nós estivéssemos a ganhar. Ou seja, do banco veio claramente o sinal para dentro de campo que era para defender o empate. E escuso de dizer qual é uma das máximas do futebol acerca de jogar para o empate, certo...?! Não só os nossos jogadores perceberam isso, como o adversário também, o que fez com que houvesse logo depois duas substituições mais atacantes (entraram o Corona e o Aboubakar). A cereja no topo do bolo foi a nossa última substituição aos 86’: com o meio-campo à rasca, o Rui Vitória resolveu tirar o Pizzi para colocar o... Seferovic! Vão lá rever o golo do CRAC e vejam quem é o jogador que (não) faz pressão sobre o Herrera na altura de ele rematar à baliza...! Elucidados...?!

Pedia-se coragem para fazermos história, uma vitória colocava-nos muito próximos de entrar (ainda mais) no Olimpo do futebol português e igualar o único recorde que nos falta. Mas pior do que ter perdido, é não ter jogado para ganhar. É absolutamente incompreensível! É que, mesmo no dia do Kelvin, o CRAC criou muito poucas oportunidades e nem esteve muito em cima de nós. Além do pequeno pormenor de o jogo ter sido em Mordor. Ontem, não! Foi tudo ao contrário. Aquela 2ª parte prometia o que veio a acontecer. Não foi surpresa nenhuma, nem um pontapé fortuito como há cinco anos. Pedia-se coragem e sagacidade do banco. Não aconteceu nem uma coisa, nem outra. Aquela 2ª parte foi de equipa pequena. Não se percebe, não se entende e não se desculpa.

P.S. – Com a vitória da lagartada em Belém (4-3), passámos a ter só três pontos de vantagem para eles. O que faz com que o jogo no WC continue a ser decisivo, mas agora pelas piores razões: uma derrota tira-nos do segundo lugar.

quinta-feira, abril 12, 2018

Benfica FM em directo

Logo à noite, às 21h30, vou estar à conversa sobre o assunto mais importante do mundo com os grandes Nuno, JG e Bakero. Em directo aqui.



segunda-feira, abril 09, 2018

Jiménez

Vencemos em Setúbal por 2-1 e vamos defrontar o CRAC para a semana com um ponto de vantagem sobre eles (ganharam ao Aves em Mordor por 2-0). Quanto à lagartada, depois de uma semana absolutamente surreal com o presidente e os jogadores em guerra aberta, ganhou em casa ao Paços de Ferreira por 2-0 e mantém-se seis pontos atrás de nós, tendo ganho dois pontos ao Braga, que empatou em Santa Maria da Feira (2-2).

Já se sabia que o nosso jogo na capital do Sado seria extremamente complicado e mais ficou, ainda antes de começar, com a lesão do Jonas no aquecimento, o que fez com que tivesse que entrar o Jiménez para titular. Como se já não bastasse perder o melhor marcador do campeonato, ficámos em desvantagem logo aos 3’ com um golo do Costinha, depois de um centro largo da esquerda, num lance em que o Bruno Varela talvez pudesse estar melhor colocado para suster o remate cruzado. Tivemos uma boa resposta ao golo sofrido e um remate de primeira do Cervi poderia ter dado a igualdade logo a seguir, mas saiu ao lado. Continuámos a tentar e tivemos duas boas hipóteses: um desvio do Cervi a rasar o poste e uma cabeçada do Jardel bem defendida pelo guarda-redes Cristiano. Era muito importante chegar ao golo antes do intervalo e finalmente conseguimo-lo aos 28’: centro largo do Rafa na direita e o Jiménez ao segundo poste, de pé esquerdo, não falhou. Até ao intervalo, o próprio Jiménez poderia ter rematado de primeira em boa posição, na sequência de um centro do Cervi, mas dominou de peito e perdeu tempo de remate.

Na 2ª parte, estivemos incompreensivelmente bastante piores. Tanto assim foi que pertenceram ao V. Setúbal as melhores oportunidades, nomeadamente uma pelo Edinho que, já depois da marca de penalty e completamente sozinho, conseguiu rematar por cima na sequência de um cruzamento da direita (muito mal o Grimaldo a ir à bola à queima e ser batido), e um remate cruzado ao lado do André Pereira (emprestado pelo CRAC esteve sempre a tentar sacar amarelos aos nossos jogadores). Aos 66’, o Rui Vitória fez entrar o Seferovic para o lugar do Rafa. Não resultou mesmo nada. O suíço parecia fazer figura de corpo presente, completamente fora de forma, e até ter entrado o Salvio para o lugar do Grimaldo aos 77’ continuámos fora do jogo. A sete minutos do fim, uma bicicleta do Jiménez proporcionou uma defesa a dois tempos do Cristiano (se desse um toque para a esquerda, o Zivkovic estava completamente à vontade) e pouco depois foi o Salvio a isolar-se, na sequência de um corte deficiente de um defesa contrário, mas o remate de pé esquerdo saiu por cima. Em cima dos 90’, marcámos pelo Jardel, mas infelizmente estava fora-de-jogo. Até que aos 92’, aconteceu o lance do jogo: o Luís Felipe, entretanto entrado no V. Setúbal, agarra o Salvio na área e este aproveita e cai. O Sr. Luís Godinho foi perentório a assinalar penalty e o VAR (Hugo Miguel) confirmou. Sim, estou de acordo: não é um penalty tão escandaloso quanto o do ano passado sobre o Carrillo, também no final da partida, mas para mim é penalty. Como o Jonas não estava, coube ao homem que nunca falhou um penalty na vida tentar (ainda bem!) e o Jiménez não falhou! Bola rasteira, colocadíssima na malha lateral esquerda da baliza, que tornou infrutífera a estirada do guarda-redes para aquele. Foi o delírio no estádio e não só!

Em termos individuais, o destaque é obviamente para o Jiménez. Dois golos e mais uma vitória muito importante graças a ele (se formos felizes em Maio, este jogo vai juntar-se aos dois de Vila do Conde para mais que justificar o que pagámos por ele). Também gostei bastante do Zivkovic, que só baixou de produção quando o Rui Vitória o desviou para a direita depois da saída do Rafa. Felizmente, quando entrou o Salvio, voltou para o lado esquerdo. O Fejsa, por causa de estar tapado por amarelos, não foi tão pressionante como habitualmente, e os centrais também não (o Rúben levou um e também ficou tapado). Quando saiu o Rafa, não percebi porque não foi o Cervi, mas depois de ter saído o Grimaldo fez-se luz: como o espanhol nunca é de fiar em termos físicos, o argentino é a melhor opção para a lateral esquerda no final das partidas.

Foi uma vitória muito difícil, suada e, não me custa admiti-lo, até lisonjeira. Mas também são destas que se fazem os campeonatos. Como diria o outro, isto não é para a nota artística. Iremos receber o CRAC no próximo domingo num jogo decisivo. Há um mês, ninguém acreditaria que estivéssemos à frente deles nesta altura, mas o que é certo é que isso aconteceu. Cabe-nos tirar partido dessa situação e colocá-los a quatro pontos, o que a quatro jornadas do fim pode ser decisivo. No entanto, não será nada fácil e os números comprovam-no: desde que existe novo estádio, em 13 épocas, só por três vezes(!) é que lhes ganhámos em casa para o campeonato (esta, esta e esta). Espero que a perspectiva de fazer história com um inédito penta inspire os nossos jogadores a aumentar este número para quatro.

P.S. – Uma vitória é fundamental, mas convém ter atenção ao seguinte: temos o Rúben Dias, o Jardel e o Fejsa em risco de exclusão. Seria muito mau irmos ao Estoril sem nenhum deles.

terça-feira, abril 03, 2018

Finalmente o 1º lugar!

Vencemos no sábado o V. Guimarães por 2-0 e, numa gloriosa jornada pascal com as derrotas da lagartada em Braga (0-1) e ontem do CRAC em Belém (0-2), assumimos o 1º lugar no campeonato com um ponto de vantagem para os assumidamente corruptos e seis para os do WC. A seis jornadas do fim, a maré virou a nosso favor e cabe-nos aproveitar essa situação com muita cabeça e bastante calma.

O jogo frente aos vimaranenses foi, tal como esperava, bastante complicado. O José Peseiro não é parvo nenhum e montou-nos uma teia defensiva (sem antijogo, louve-se) que foi muito difícil de superar. De tal forma, que as oportunidades escassearam na 1ª parte. Um mau alívio do guarda-redes Miguel Silva bateu no Rafa e passou rente ao poste, e uma cabeçada do Cervi muito ao lado, depois de uma boa combinação atacante, foram as nossas duas melhores oportunidades. Do outro lado, houve um golo bem anulado por fora-de-jogo na sequência de um livre para a nossa área. Até que, aos 44’, num canto a nosso favor, o João Aurélio esticou o braço e tocou na bola. O Sr. Carlos Xistra, depois de consultar o vídeo, assinalou penalty a nosso favor e o Jonas cobrou muitíssimo bem, com um remate a meia altura para o lado esquerdo da baliza. Não fazer a irritante paradinha dá quase sempre bons resultados...! Foi um golo caído do céu que fez com que fôssemos para intervalo mais descansados.

Na 2ª parte, eu esperava uma melhoria exibicional da nossa parte, por via da necessária subida em campo do V. Guimarães. Mas nem uma coisa nem outra aconteceram. Tivemos uma excelente oportunidade pouco depois do recomeço com uma óptima desmarcação do Grimaldo, que ficou cara-a-cara com o Miguel Silva, mas permitiu a mancha deste. O mesmo Grimaldo, com um remate fora da área, voltou a proporcionar boa intervenção ao guarda-redes. A única oportunidade do V. Guimarães foi num lance em que o fiscal-de-linha assinalou (mal) um fora-de-jogo, mas o Sr. Calos Xistra deixou correr o lance até o Bruno Varela defender e só depois o interrompeu. Ainda bem que houve a defesa, caso contrário o VAR validaria o golo! Entretanto começaram as substituições e o Jiménez voltou a ser decisivo: o Grimaldo ganhou a bola a meio-campo e lançou o Zivkovic num contra-ataque, este abriu na esquerda para o mexicano que, num cruzamento de letra(!), meteu a bola na cabeça do Jonas que fez desta forma o seu 33º golo no campeonato. Estávamos no minuto 78 e podíamos finalmente respirar de alívio. Até final, o Zivkovic deveria ter feito melhor num contra-ataque, mas o remate saiu ao lado e o Mattheus num livre fez com que o Varela tivesse que socar a bola.

Em termos individuais, óbvio destaque para o Jonas com o seu bis. Tem 10 golos de vantagem para o Bas Dost e não vai ser fácil perder o título de melhor marcador. O Rafa esteve menos interventivo do que em jogos anteriores, mas a melhoria continua a notar-se. Mais discreto na esquerda esteve o Cervi, com o Zivkovic mais activo no meio. O aspecto menos positivo do jogo foram os amarelos ao Fejsa e Jardel, que os deixaram tapados: se levarem contra o V. Setúbal, não jogam contra o CRAC.

Faltam seis finais e estamos finalmente em 1º lugar! Pouca gente acreditou nisto durante boa parte da época (eu incluído, obviamente), mas o que é certo é que com paciência, persistência, mentalização e acentuada melhoria exibicional desde Janeiro conseguimos chegar ao lugar mais desejado. Daqui para a frente é para manter o que se fez até agora: jogo a jogo, jornada a jornada. A próxima é em Setúbal, onde, convém recordar, perdemos no ano passado. Toda a concentração é fundamental rumo ao penta! FORÇA BENFICA!

P.S. – Já não é a primeira vez que acontece e é incompreensível: o Benfica anunciou lotação esgotada para este jogo e os números oficiais foram 56.402 espectadores. Ou seja, 9 mil(!) a menos do que a capacidade do estádio. Meus caros benfiquistas: o red pass é transmissível! Inclusive por telemóvel! Se não puderem ir, convidem alguém para o vosso lugar. É um desrespeito para com quem ir, e já não tem bilhete, não o fazerem.