origem

sexta-feira, outubro 20, 2023

No Euro 2024

E ao 7º e 8º jogo da era Martínez, finalmente começámos a jogar algum futebol de jeito. Vencemos a Eslováquia em casa por 3-2 na passada 6ª feira e selámos logo ali a qualificação para o Euro 2024, até porque o Luxemburgo empatou na Islândia (1-1), e, não contentes com isso, fomos golear (5-0) à Bósnia na 3ª feira, num resultado algo surpreendente.
 
Para a recepção à Eslováquia, o Roberto Martínez inovou ao colocar o Gonçalo Ramos ao lado do Cristiano Ronaldo. Dado que este bisou e aquele inaugurou o marcador, pode dizer-se que a experiência foi bem-sucedida. A 1ª parte do jogo foi do melhor que se tem visto até agora e a vantagem de 2-0 ao intervalo pecava bastante por escassa, tal o volume de jogo e oportunidades que tivemos. Na 2ª parte, desconcentrámo-nos, permitimos que os eslovacos reduzissem, ainda aumentámos para 3-1 pouco depois, mas voltámos a permitir novo golo do adversário. Sofremos os dois primeiros golos desta fase de qualificação, mas a nossa vitória nunca esteve em causa.
 
Sinceramente esperava que, estando a qualificação garantida e com o histórico sempre complicado da visita à Bósnia, tirássemos um pouco o pé de acelerador e passássemos por dificuldades. Ao invés, chegámos ao intervalo a ganhar por 5-0! Dois golos do C. Ronaldo com os outros a serem apontados por Bruno Fernandes, João Cancelo e João Félix foram uma demonstração inequívoca da boa forma actual da nossa selecção. Na 2ª parte, abrandámos, o que é natural, mas este jogo permitiu ainda na parte final a 1ª internacionalização do João Neves.
 
Com quatro golos em dois jogos e um total de nove nesta fase de qualificação, o C. Ronaldo merece obviamente destaque. Com duas assistências no primeiro jogo e um golo no segundo, o Bruno Fernandes é outros dos imprescindíveis desta selecção. O João Félix entrou muito bem contra os eslovacos e deu um verdadeiro show na Bósnia. Dá gosto ver a alegria com que está novamente a jogar, depois de alguns anos perdidos numa equipa que não é de todo para ele. O Rafael Leão é que esteve um pouco discreto nestes dois jogos, mas é sempre alguém que pode partir o jogo na esquerda. No meio-campo, o João Palhinha e o Danilo deram consistência, cada um fazendo um dos jogos, e na defesa parece que abandonámos de vez os três centrais, com o Rúben Dias a fazer dupla com o António Silva no primeiro e com o Gonçalo Inácio no segundo.
 
Conseguimos inéditas oito vitórias consecutivas o que só por si já dá um lugar na história ao Roberto Martínez. Sim, o grupo era bastante acessível, mas já os tivemos no passado e sem este rendimento. Vejamos o que nos traz a preparação para o Euro 2024 e, principalmente, a nossa performance no torneio. Mas, de facto, já fazia falta alguém que soubesse potenciar deviamente a qualidade ofensiva dos nossos jogadores.

Sem comentários: