domingo, junho 29, 2025
Burrices
Com o Florentino de regresso ao onze, o Bruno Lage manteve o Aursnes na lateral-direita (também não há outro...!), o Leandro Barreiro no centro e o Schjelderup na esquerda, com o Kökçü a entrar para o lugar do “fatigado” (segundo o treinador) Renato Sanches. Um lance do Pavlidis semelhante ao que teve frente aos alemães, em que também não conseguiu rematar foi o nosso único ataque com algum perigo na 1ª parte. De resto, limitámo-nos a defender, não conseguíamos sair a jogar, e mal passámos do meio-campo, numa partida, em que durante a maior parte dela, fez lembrar esta de má memória. Parecíamos uma equipa pequena, de tal maneira que até ao intervalo não fizemos um único remate! Do lado contrário, o António Silva salvou de cabeça uma bola em cima da linha e o Trubin fez novamente bem uma mancha desta vez ao Cucurella.
Na 2ª parte, o sacrificado do costume (Schjelderup) lá saiu, embora ninguém estivesse a jogar nada, e entrou o Aktürkoğlu, que passou também ao lado do jogo... Grande vantagem na substituição, sem dúvida nenhuma...! Até aos 64’ continuámos sem nos lembrar que havia uma baliza do outro lado do campo, excepção a um centro do Aursnes que o guarda-redes Robert Sánchez ia deixando escapar. Se o Trubin tinha sido um dos destaques até esta partida, borrou a pintura toda no tal minuto 64’ ao permitir que o James, num livre lateral, conseguisse meter a bola na baliza, dado que o ucraniano estava mal colocado à espera do cruzamento. Erro de principiante! A partir daqui, lembrámo-nos finalmente de que o objectivo do futebol é meter a bola naquele rectângulo com redes no outro lado do campo e o Di María desmarcou bem o Pavlidis, mas este perdeu no corpo-a-corpo com o Badiashile, quando o tentou fintar para ficar isolado. Entretanto, o Bruno Lage foi fazendo substituições e colocou o Belotti e Prestianni a 20’ do fim, e foi o argentino a ter uma soberana ocasião para empatar, depois de uma óptima jogada do Aursnes na direita, mas falhou de forma clamorosa o remate quando praticamente só tinha o guarda-redes pela frente. Quando faltavam só cinco minutos para terminar o jogo, a organização deu ordens para o interromper por causa do mau tempo. Sendo que, com a previsível compensação de outro tanto, dez minutos depois ainda não tinha caído uma única pinga de água e trovões nem vê-los. Ou seja, em qualquer outro país do mundo, o jogo teria terminado sem problemas. Mas nos EUA não, tivemos à semelhança do Auckland outras duas horas(!) à espera desta vez para jogar 10’...! Inacreditável! (Vão fazer isto no Mundial de selecções para o ano, vão... Vai correr muitíssimo bem...!). Quando finalmente voltou a haver jogo, já depois dos 90’ tivemos um penalty a nosso favor caído do céu, por mão do Gusto num livre para a área. O jogador estava de costas e o braço levantado por causa do salto. Para mim, estes lances não são penalty nenhum, mas as regras agora são estas e beneficiámos dela. O Di María marcou pessimamente o penalty, rasteiro e para o meio da baliza, mas felizmente conseguiu enganar o guarda-redes e fazer o 1-1. Íamos para prolongamento sem saber bem como...
Logo no início do tempo suplementar, o Prestianni que, para além daquele falhanço, tinha errado praticamente todas as acções que tinha feito no jogo, incluindo um cartão amarelo por falta dura, falha outra intercepção e acerta de sola num adversário vendo naturalmente o segundo amarelo. Imperdoável! Curiosamente, foi com dez e durante a 1ª parte do prolongamento que melhor jogámos em toda a partida. Num contra-ataque, bem conduzido pelo Belotti, o Aktürkoğlu rematou à figura do Sánchez e noutro o Di María também permitiu a defesa do guarda-redes. Com alguma sorte, poderíamos perfeitamente ter chegado à vantagem. Em termos defensivos, fechámo-nos bem e não permitimos chances do outro lado. Só que na 2ª parte do prolongamento, tudo descambou. O Leandro Barreiro perdeu a bola no meio-campo, o Chelsea contra-atacou, o Trubin teve o segundo enorme erro do jogo ao deixar que o remate passasse por baixo do corpo, a bola ficou perto da linha, o Otamendi tentou aliviar, mas a bola ressaltou no Nkunku, que se conseguiu virar e fazer o 1-2 aos 108’... Aselhice e muito azar neste lance! Pouco depois, o entretanto entrado Tiago Gouveia tem uma boa iniciativa pela direita, mas centrou mal e um defesa atirou para canto. Aos 112’, o jogo acabou com o 1-3: perda de bola do Di María na zona de meio-campo, equipa descompensada, contra-ataque rápido e o Pedro Neto isolado frente ao Trubin não falhou. Aos 116’, o Chelsea fez o 1-4 final pelo Dewsbury-Hall, aproveitando igualmente o facto de estarmos completamente perdidos em campo.
Em termos individuais, o António Silva e o Otamendi foram os melhores do Benfica. Aliás, o António sai valorizado deste Mundial de Clubes o que é muito bom, dado que a temporada não lhe correu especialmente bem. O Di María marcou quatro penalties e foi o nosso melhor marcador na competição. Despede-se do Glorioso de uma forma mais positiva e consentânea com a sua valia, do que seria a seguir à final da Taça de Portugal. Do lado negativo, está indiscutivelmente o Prestianni que colocou em causa toda a equipa com a sua expulsão. Eu gosto dele, acho que tem potencial para se afirmar, faz coisas diferentes em campo, mas muito possivelmente colocou em cheque a sua permanência no Benfica com este jogo. Não se pode falhar desta maneira quando está todo o mundo a ver! O Trubin também acabou por estar em evidência pela negativa, depois de estrondosas exibições anteriores. Foi pena.
Conseguimos os serviços mínimos nesta competição, que era chegar aos oitavos-de-final, mas, depois de ficarmos em 1º lugar no grupo do Bayern, sinceramente esperava mais. Há muito para reflectir em relação ao plantel antes de começar a nova época, em que teremos logo no início a Supertaça e os jogos de qualificação para a Champions. Com este calendário disruptivo do Mundial de Clubes, não se avizinham tarefas nada fáceis.
sábado, junho 28, 2025
Trubin show
Com a qualificação garantida, o Bayern entrou em campo sem alguns titulares, o que acabou por ser decisivo para o resultado. Quanto a nós, o Bruno Lage manteve o Prestianni a titular, colocou o Schjelderup na esquerda e o Aursnes na lateral-direita, voltando o Renato Sanches à equipa inicial e com ambos os turcos no banco. A partida disputou-se às 15h de Charlotte, perante uma temperatura de 39ºC, o que a condicionou bastante. Entrámos bem no jogo, com um remate do Di María para defesa do Neuer e inaugurámos o marcador logo aos 13’ num remate rasteiro do Schjelderup já dentro da área, depois de uma boa combinação atacante entre o Di María e o Aursnes na direita, culminada com centro atrasado deste para a entrada de rompante do norueguês. Pouco depois, o Pavlidis conseguiu isolar-se, mas dentro da área preferiu esperar pelo encosto do Upamecano em vez de tentar rematar... Imperdoável, porque poderia ter feito o segundo golo! Até ao intervalo, conseguimos controlar bem os alemães, que não colocaram a baliza do Trubin em perigo, também por causa da falta de pontaria do Sané e Muller, em particular.
Para a 2ª parte, entraram os pesos pesados do Bayern (Kimmich, Kane e Olise) e a história foi outra. Nos primeiros dez minutos, praticámos não saímos do nosso meio-campo, com o Trubin a começar a evidenciar-se, defendendo com mestria um remate do Sané isolado e outro do Muller. O Bruno Lage, vendo-nos perder gás, colocou os turcos no lugar do Prestianni e Schjelderup, e conseguimos sacudir um pouco a pressão com uma boa iniciativa do Leandro Barreiro e um bom movimento do Aktürkoğlu, que proporcionou ao Neuer uma excelente defesa. Foi a nossa única oportunidade na 2ª parte. O resto do tempo foi defender o melhor que pudemos e assistir a um verdadeiro “Trubin show”! O ucraniano defendeu tudo e mais alguma coisa, incluindo outra vez um lance com o Sané isolado à frente dele...! Inacreditável! O Bayern conseguiu meter uma vez a bola na baliza, mas o Kane passou à frente do Trubin no momento do remate do Kimmich e o golo foi naturalmente invalidado pelo VAR. Também atiraram uma bola ao poste, mas novamente em fora-de-jogo. Beneficiámos igualmente de falta de pontaria do Bayern num ou dois lances, mas tivemos capacidade de sofrimento para aguentar uma vitória muito preciosa.
Em termos individuais, destaque inteirinho para o Trubin, como é óbvio! Terá sido das melhores prestações de um guarda-redes neste Mundial e chamou certamente a atenção de muitos dos tubarões... Menção igualmente para o Schjelderup pelo bom remate que deu o golo da vitória. Toda a equipa esteve muito bem pelo empenho que colocou em campo, com o Renato Sanches a ter feito a melhor exibição desde o seu regresso.
Iremos defrontar daqui a uma horas outra besta negra com quem temos três derrotas em três jogos: o Chelsea. Uma delas imensamente sofrida e outra que foi dos maiores roubos a que já assisti em competições europeias, mas três derrotas. No entanto, temos agora uma óptima chance de matar outro borrego e seguirmos para os quartos-de-final desta competição. Veremos se temos capacidade para tal, mas pode ser que esta vitória saborosa frente ao Bayern nos inspire.
domingo, junho 22, 2025
Goleada escassa
quinta-feira, junho 19, 2025
Livrámo-nos de boa
O Bruno Lage surpreendeu ao dar a titularidade ao Bruma e Renato Sanches, ficando os turcos no banco, com o Dahl na lateral-direita, porque o Tomás Araújo ficou em Lisboa (e aparentemente ainda não tivemos tempo para arranjar um substituto para o Bah...). Nem entrámos mal no jogo, com o Renato Sanches a perder uma soberana ocasião com um remate ao lado , estando em óptima posição. O Bruma atirou ao poste pouco depois, mas o lance foi invalidado por fora-de-jogo. O problema foi que o Boca Juniors marcou na primeira vez que foi à nossa baliza, aos 22’, com o Florentino a ser mal batido na esquerda e o respectivo cruzamento a ser bem desviado pelo Merentiel. Seis minutos depois, aos 28’, os argentinos voltaram à nossa área e fizeram o 0-2 pelo antigo lagarto Battaglia de cabeça num canto, em que nós andámos aos papéis. Sentimos (e de que maneira!) ambos os golos e deixámos de conseguir ligar o nosso jogo. O Boca Juniors usava da agressividade típica dos argentinos e nós nunca conseguimos igualar isso. Quando num canto perto do intervalo o Otamendi se antecipa a um adversário e leva um pontapé, e o VAR a assinala o penalty, foi algo que caiu literalmente do céu. Tínhamos uma excelente ocasião para reduzir a desvantagem sem ter feito nada para a merecer. O Di María enganou o Marchesín na marcação do penalty, fazendo o importantíssimo 1-2 antes do intervalo, o que nos dava alguma esperança para a 2ª parte.
Depois do intervalo, o Bruno Lage fez entrar o Belotti para o lugar do Dahl, mas curiosamente jogar com dois pontas-de-lança não resultou... Sinceramente, não percebo esta insistência do Lage nesta táctica, que NUNCA resultou esta época! No entanto, o facto mais saliente deste segundo tempo foram os pouquíssimos minutos jogados, porque o jogo foi cheio de quezílias, muito físico e com imensas interrupções. A vinte minutos do fim, o Belotti levantou demasiado o pé, atingiu a cabeça de um adversário e foi expulso pelo VAR, porque o árbitro lhe tinha mostrado um amarelo. A partir daqui, confesso que pensei que já tínhamos ido... No entanto, aos 84’ outra bola parada, desta vez um canto do Kökçü na direita, propiciou ao Otamendi uma entrada de rompante de cabeça, fazendo o 2-2 sem hipóteses para o guarda-redes contrário. Logo a seguir, o Carreras poderia ter- nos dado a vitória, mas o remate de pé direito foi defendido pelo guarda-redes. Até final, menção ainda para a expulsão de um jogador do Boca Juniors por entrada violenta sobre o Florentino e para os incompreensíveis 5’ de compensação (a 1ª parte teve... 7’!).
Em termos individuais, o Otamendi foi o único a merecer destaque por ter estado nos nossos dois golos. E mais ninguém se salientou por aí além, porque, se até sofrermos o primeiro golo, até nem tivéssemos estado mal, a partir daí decaímos bastante e nunca nos reencontrámos exibicionalmente.
O golo do Otamendi permitiu que não estivéssemos já praticamente eliminados e amanhã iremos defrontar o Auckland, com o objectivo de marcar o maior número de golos possível, porque a diferença de golos pode ser um factor decisivo no apuramento para o oitavos-de-final.
terça-feira, junho 17, 2025
Vitória na Liga das Nações
quarta-feira, maio 28, 2025
Desilusão e roubo – parte II
segunda-feira, maio 19, 2025
Expectável
quinta-feira, maio 15, 2025
Falhanço
Com a lesão do Amdouni, o Bruno Lage voltou a dar a titularidade ao Di María, o que se revelou uma decisão muito pouco acertada, dado que o argentino não está com pedalada para este tipo de jogos, tendo regressado há pouco tempo de lesão. No entanto, isso nem foi o maior problema da 1ª parte, mas sim o facto de a lagartada ter marcado logo aos 4’ através do Trincão, depois de uma jogada típica do Gyökeres, que o assistiu. Num jogo tão decisivo, obviamente que este golo nos afectou e nunca nos conseguimos recompor na etapa inicial. Dois remates do Di María, ambos por cima, foram os nossos únicos lances perigosos. A lagartada manietou-nos bem e nunca estivemos confortáveis no jogo, até porque o Di María funcionou como um a menos.
Na 2ª parte, o Lage teve a coragem necessária de o deixar nos balneários e colocar o Schjelderup. E a equipa veio transfigurada para bem melhor. Começámos a empurrar a lagartada para o seu meio-campo e fizemos o 1-1 ainda relativamente cedo, aos 63’ pelo Aktürkoğlu, que só teve de encostar depois de uma jogada absolutamente magistral do Pavlidis, que passou por quatro(!) adversários e cruzou para o turco, cujo remate, mesmo assim, ainda bateu no Maxi Araújo. Com mais de meia-hora para jogar, precisávamos absolutamente de marcar mais um golo para virar o campeonato para o nosso lado. No entanto, só tivemos mais uma grande oportunidade, numa boa jogada do entretanto entrado Belotti pela direita, com assistência para o Pavlidis, que atirou... ao poste! Até final, o Gyökeres atirou de fora da área para defesa do Trubin e nós, apesar do domínio intenso, só tivemos mais uma chance já na compensação, mas o Schjelderup, num ressalto, falhou clamorosamente o cabeceamento, quando poderia eventualmente ter tentado dominar a bola de peito e depois rematado à baliza (embora o ângulo fosse apertado). Entretanto, o Bruno Lage já tinha feito todas as substituições, não se percebendo de todo a última, com cinco minutos para jogar e a precisar de marcar um golo, em que tirou o melhor marcador da equipa e segundo melhor do campeonato, Pavlidis, para colocar o... Arthur Cabral...! Indescritível!
Em termos individuais, o Pavlidis terá sido o nosso melhor jogador, bem secundado pelo Florentino. E foram estas as exibições que se salientaram bastante mais do que as outras, o que, quiçá, explique o empate, dadao que só duas num jogo deste é manifestamente pouco. O Aktürkoğlu esteve longe da forma dos últimos jogos, o Carreras também não se evidenciou tanto e o Kökçü lutou mais do que jogou. O Schjelderup veio melhorar a equipa, assim como o Belotti que fez a jogada que poderia ter dado o segundo golo. A defesa não esteve mal a controlar o Gyökeres durante grande parte do encontro, mas ele já tinha feito estragos logo nos minutos iniciais.
Iremos a Braga na última jornada naquilo que está longe de ser um jogo fácil. A única vantagem é que eles já não precisam do resultado, porque o 3º lugar é apenas uma miragem (teriam de nos ganhar, esperar uma derrota do CRAC em casa frente ao Nacional e superar a desvantagem na diferença de golos). Ao invés, o V. Guimarães, que vai à lagartada, precisa de igualar o resultado do Santa Clara em Faro para conseguir ir à Liga Conferência. Portanto, tem muito por que lutar. Mas, a jogar em casa, a lagartada tem tudo a seu favor.
P.S. - Não se compreende que o VAR André Narciso não tenha dito ao Sr. João Pinheiro para ir ver o lance na 1ª parte em que, na sequência de uma bola parada, o Debast não olha sequer para a bola e só se preocupa em empurrar o Otamendi... Inacreditável!
quinta-feira, maio 08, 2025
Sofrido
Apesar da disponibilidade do Di María, o Bruno Lage decidiu (e bem) deixá-lo no banco, mantendo o Amdouni na equipa titular, que foi a mesma que defrontou o AVS, com a excepção do Florentino em vez do castigado Carreras (o Dahl regressou à sua posição de origem de lateral-esquerdo). Entrámos a todo o gás e o Aursnes poderia ter inaugurado o marcador logo nos minutos iniciais, quando ficou isolado à frente do guarda-redes Robles, mas permitiu a mancha deste. No entanto, aos 7’, o mesmo Aursnes conseguiu mesmo fazer o 1-0, novamente isolado depois de assistência do Kökçü num contra-ataque rápido, ao rematar por entre as pernas do guarda-redes. O Estoril não nos conseguia criar muitas dificuldades e nós só não fomos aumentando a vantagem, porque revelámos alguma imprecisão no último passe. O segundo golo teve de surgir numa bola parada, num livre para a área, com o Dahl a colocar a bola na cabeça do Otamendi, que se antecipou ao guarda-redes.
Voltámos a entrar bem na 2ª parte, numa tentativa de fechar a partida de vez, mas não tivemos grandes chances de marcar e essa boa entrada foi sol de pouca dura. O Estoril foi equilibrando o jogo, o Amdouni lesionou-se e entrou o Schjelderup, mas nós deixámos de conseguir criar lances ofensivos. Apesar de dominar, o Estoril só teve a primeira oportunidade, porque o Otamendi fez um péssimo passe na nossa zona defensiva e depois fez penalty sobre o Begraoui. Estávamos no 65º minuto e temia-se o pior para o resto do jogo, no entanto, o Trubin foi gigante perante o mesmo Begraoui e também tivemos sorte, porque a recarga do Zanocelo bateu na barra. Livrámo-nos de boa, mas não aprendemos nada, porque logo a seguir o avançado Marqués não rematou quando estava em boa posição. O Lage chamou o Leandro Barreiro e o Belotti, mas a bola demorou a sair e o Estoril marcou... Foi aos 78’ num cruzamento do Guitane e cabeceamento do Zanocelo com o Trubin a dar a sensação de que poderia ter feito mais... Depois da entrada daqueles dois, voltámos a reassumir o jogo e o Estoril não conseguiu ter as mesmas facilidades em chegar à nossa área. E foram ambos a ter a melhor oportunidade até final, com o Barreiro a falhar o desvio e o Belotii a parecer-me derrubado na área, mas nem o Sr. João Gonçalves nem o VAR assinalaram nada... Aliás, pouco depois houve outro lance que noutros campos seria claramente penalty por mão na bola, mas não no nosso caso. Para demonstrar bem ao que vinha, o Sr. João Gonçalves deu só oito minutos de compensação... Mas teve azar, porque não houve nenhum lance onde pudesse ter uma intervenção mais directa...
Em termos individuais, o Otamendi teve uma prestação irrepreensível só manchada pelo lance do penalty, que acabou por não ter consequências negativas graças ao Trubin, que também esteve bem, embora no lance do golo pudesse ter feito mais (a bola passou-lhe por baixo da mão). Quanto ao resto da equipa, os destaques são sobretudo pela 1ª parte, com o Aktürkoğlu a confirmar o bom momento, com muito dinamismo pela faixa esquerda, e o Aursnes a ser importante pela abertura do marcador (apesar do falhanço uns minutos antes...). As entradas do Leandro Barreiro e Belotti deveriam ter acontecido mais cedo, porque deram capacidade de luta à equipa, que estava a faltar naquele momento.
Iremos receber a lagartada no sábado numa final como nunca me lembro de ter acontecido no campeonato: quem ganhar (nós, se for com diferença de pelo menos dois golos) será campeão. O empate favorecerá a lagartada, porque fica com vantagem no confronto directo, e uma vitória tangencial nossa coloca-nos a um ponto do título. Jogamos em casa, saibamos usar esse trunfo a nosso favor.