Entrámos bem no campeonato na 6ª feira passada, com um
triunfo por 4-0 frente ao Arouca. Apenas três dias depois da excelente exibição
europeia, o Roger Schmidt apostou no mesmo onze e a resposta foi positiva,
apesar de se perceber que a equipa não estava (nem podia estar) a 100% em
termos físicos.
Perante um adversário que muitas vezes tinha quase 11 homens
na grande-área, tivemos o condão de desbloquear muito cedo o jogo com o 1-0 a surgir
logo aos 8’ numa cabeceamento fulgurante do Gilberto a centro do Grimaldo.
Depois do golo, adoptámos uma postura mais calma e com menos correrias do que
na 3ª feira passada, mas sempre a controlar bem o adversário e à espreita de
uma falha que potencializasse um contra-ataque. Aos 34’, tivemos um contratempo
com a lesão do João Mário, que o obrigou a ser substituído pelo Chiquinho. Do
modo como a partida se estava a desenrolar, era muito importante que chegássemos
ao intervalo com uma vantagem superior para que pudéssemos ter um segundo tempo
relaxado, algo que acabou por acontecer a dobrar: aos 42’, o Rafa fez o 2-0 de
cabeça(!), numa recarga vitoriosa a um cabeceamento ao poste do Gonçalo Ramos,
e, em cima do intervalo, o Enzo Fernández fez o terceiro golo num remate de
primeira à entrada da área, depois de um mau alívio adversário. Entre os dois
golos, o Sr. Manuel Mota, alertado pelo VAR Vasco Santos, trocou um amarelo por
um vermelho para um jogador que derrubou o Rafa, quando este ficaria em boa posição.
Como o nosso jogador estava desviado para a esquerda, se calhar, eu não o teria
expulso, mas de qualquer maneira o jogo já estava bastante a nosso favor com
dois golos de vantagem.
Na 2ª parte, contra dez jogadores, a vitória estava mais do
que decidido, mas mesmo assim jogámos sempre um futebol positivo e a tentar aumentar
a vantagem. Algo que foi conseguido já muito perto do final (86’) com o bis do Rafa, assistido com um centro da
direita pelo entretanto entrado Bah, desmarcado pelo também substituto
Yaremchuk. Entretanto, o Roger Schmidt já tinha aproveitado para rodar um pouco
a equipa, com as entradas do Weigl e do Bah, mas provavelmente devê-lo-ia ter
feito um pouco mais cedo.
Em tempos individuais, destaque evidente para o Rafa com o
seu bis e para a enorme alegria que
está a exibir quando está em campo. O Enzó Fernández é uma delícia ver no meio-campo,
bem secundado novamente pelo Florentino. A defesa não teve grande trabalho e o
Gilberto e o Grimaldo aproveitaram para ter participação activa no primeiro
golo.
Entrámos a ganhar no campeonato, algo que temos vindo a fazer
com bastante regularidade desde há quase uma década. No entanto, amanhã teremos
um compromisso bastante importante, que poderá definir muito da nossa época.
Ainda por cima, dado que temos uma vantagem relativamente confortável, tudo o
que não for a qualificação para o play-off
será um revés de proporções bíblicas.