segunda-feira, março 20, 2023
Dez pontos
segunda-feira, março 13, 2023
Poderoso
quinta-feira, março 09, 2023
Recital
segunda-feira, março 06, 2023
Incerteza
segunda-feira, fevereiro 27, 2023
Complicado
O Roger Schmidt fez entrar o David Neres e o Gonçalo Guedes para o onze inicial, tendo remetido o Rafa e o Chiquinho para o banco. E, de facto, entrámos bem na partida, remetendo o Vizela ao seu meio-campo durante os minutos iniciais. O Guedes foi dos mais interventivos em campo, embora nem sempre tenha tomado as melhores decisões. Foram dele os primeiros remates perigosos, com o Gonçalo Ramos a ter igualmente outra oportunidade num remate interceptado por um defesa. A partir dos 15’, o Vizela equilibrou as coisas e até teve a melhor oportunidade, com um erro do António Silva a atrasar uma bola muito difícil para o Vlachodimos e este a dominar ainda pior de peito, tendo a bola ficado à mercê de um avançado, que conseguiu atirar por cima quando tinha a baliza à disposição. Antes disso, o nosso guardião tinha sido importante ao defender com o pé uma bola que entraria na baliza. Uma boa jogada do Grimaldo foi mal resolvida pelo próprio, quando rematou já na área de pé direito com os Gonçalos ao lado, até que aos 38’ inaugurávamos o marcador, num contra-ataque muito rápido conduzido pelo Guedes, com a bola a sobrar para o David Neres, que depois assistiu o João Mário na área para um remate que ainda desviou num defesa e foi tocado pelo guarda-redes, mas o que interessou foi que entrou...!
Na 2ª parte, esperava-se uma exibição mais bem conseguida da nossa parte, mas nada disso sucedeu. Antes pelo contrário. O Vizela foi muito mais agressivo do que nós na disputa dos lances e ganhou a maioria das segundas bolas. Ainda tivemos um remate do Neres à figura no reinício, mas depois sofrermos bastante, porque nunca tivemos engenho para reter a bola e a fazer circular. Num livre em que estávamos a dormir, o Vlachodimos defendeu um remate cruzado que ia na direcção da baliza, mas a melhor oportunidade dos vizelenses, com um duplo remate aos ferros pareceu-me nitidamente fora-de-jogo no primeiro deles (com a Sport TV a ter a habilidade de nunca mostrar uma repetição para esclarecer esse facto...!). O Vizela fartava-se de protestar com cada decisão contrária do árbitro e reclamou um pretenso penalty do Bah, mas, apesar de haver um encosto do nosso jogador, sinceramente não vi onde é que ele terá pisado o adversário. O Chiquinho entrou aos 60’ para o lugar do Guedes e isso ajudou a estabilizar o nosso meio-campo, mas mesmo assim só com as entradas do Rafa e Musa já bem dentro dos 10’ finais voltámos a aproximarmo-nos da grande área contrária, o que foi igualmente ajudado pelo segundo amarelo a um defesa contrário. Já no período de compensação, o Grimaldo foi derrubado na área e o João Mário, desta feita, não falhou o penalty, apesar de ter atirado rasteiro (bastava o guarda-redes ter adivinhado o lado que...). Até final, ainda vimos o nosso treinador ser expulso por ter devolvido uma garrafa da água para a bancada, que lhe tinha sido atirada...!
Em termos individuais, destaque para novo bis do João Mário, que assim assumiu a liderança dos melhores marcadores com 14 golos. De resto, mais ninguém se destacou e, aliás, até houve pêndulos da equipa que estiveram muito abaixo do seu nível, como, por exemplo, o Aursnes.
Se formos felizes no final da temporada, estes dois jogos com o Vizela serão dois capítulos incontornáveis para esse desenlace. Dependendo do resultado hoje do Braga em Guimarães, logo veremos se ficamos com sete ou oito pontos de diferença para o segundo classificado. É certo que ainda estamos muito longe de final, mas esta é obviamente uma vantagem importante.
terça-feira, fevereiro 21, 2023
A ferros
Já se sabe que a jornada a seguir às competições europeias é sempre problemática, mas, sinceramente, com cinco dias de intervalo entre os jogos, pensei que conseguíssemos superar esse facto. Puro engano. Alinhámos quase com a mesma equipa da Bélgica, somente com o Gilberto no lugar do Bah (castigado), mas essa estratégia não se revelou a mais correcta, porque o Boavista limitava-se a defender e, com o João Mário e Aursnes nas alas, não tínhamos ninguém rompedor, até porque o Rafa ainda não voltou à forma que tinha pré-lesão. Portanto, a 1ª parte foi completamente desperdiçada e só chegámos duas vezes à baliza contrária: logo no início o Rafa, em boa posição, rematou cruzado ao lado e, em cima do intervalo, o Gonçalo Ramos teve um cabeceamento que poderia ter sido mais potente, porque estava quase me cima da linha de golo e permitiu a defesa do Bracalli.
Era inevitável o Roger Schmidt alterar as coisas após o intervalo e entrou o David Neres para o lugar do apagado Florentino. Melhorámos quase instantemente e empurrámos os axadrezados para a sua grande-área. O Rafa e o Gonçalo Ramos ficaram a pedir penalty em duas jogadas, o David Neres em excelente posição permitiu a defesa do Bracalli, mas aos 55’ finalmente inaugurámos o marcador: cruzamento do Grimaldo na esquerda, cabeçada do Rafa para nova defesa do Bracalli, mas a bola sobrou para o Gilberto que, na recarga, inaugurou o marcador. O estádio explodiu de alegria, porque sentiu que a muralha axadrezada estava difícil de ser derrubada. Infelizmente, foi sol de pouca dura, porque três minutos depois, permitimos a igualdade no primeiro(!) remate do Boavista: centro rasteiro da esquerda e o Yusupha de primeira não deu hipóteses ao Vlachodimos. Foi um balde de água fria que a equipa e o estádio sentiram, e demorámos um bocado a recompormo-nos. Tivemos uma chance caída do céu, com um penalty de VAR a castigar pisão sobre o Rafa, mas o João Mário, que tinha tido bastante sorte nos últimos penalties que marcou, viu essa mesma sorte acabar-se e, com um remate muito fraco e denunciado, permitiu a defesa do Bracalli, tendo o Rafa na recarga rematado também muito mal proporcionando nova defesa ao guardião brasileiro. Estávamos a 20’ do fim e eu estava a ver o caso muito mal parado. Cinco minutos depois entrou o Gonçalo Guedes para o lugar do Rafa e demos novo safanão na partida. Esta nova investida deu frutos aos 82’ num golão do Gonçalo Ramos: o Gilberto está de novo numa jogada de golo, neste caso assistindo o Ramos, que partiu os rins a um defesa e rematou de bico, desviando a bola do alcance do guarda-redes. Foi o delírio no estádio, porque toda a gente percebeu a importância de não escorregarmos nesta altura, quando todos os outros tinham ganho. O Ramos saiu pouco depois para entrar o Musa, tendo o esgotado Gilberto também sido substituído pelo Lucas Veríssimo, com o António Silva a passar para a lateral-direita. Uma das grandes vantagens do Benfica desta época é que não defende resultados, portanto continuámos a jogar para a frente e o Gonçalo Guedes teve um remate muito intencional, que ainda tocou no poste. No entanto, fomos mesmo premiados com o terceiro golo aos 92’ num cruzamento do João Mário para bom cabeceamento do Musa. Num dos últimos lances da partida, o Vlachodimos fez a sua única defesa.
Com um golo e uma assistência, é impossível não destacar o Gilberto, embora, no restante tempo, tenha estado longe de fazer uma boa exibição, provavelmente consequência de já não ser titular há uma série de tempo. O Gonçalo Ramos também passou um pouco ao lado do jogo, mas foi decisivo quando foi necessário. O Aursnes melhorou bastante quando passou para o meio na 2ª parte e o David Neres foi fundamental para abanar a estrutura defensiva do Boavista. Uma última palavra para dizer que o António Silva não pode jogar na lateral-direita. Bem sei que o Gilberto rebentou, mas tivemos alguns calafrios por aquele lado na parte final da partida.
Depois de, em temporadas anteriores, termos passado por isto e isto, confesso que ontem temi bastante uma nova reedição daqueles jogos. Felizmente isso não aconteceu e, se formos felizes no final da época, sabemos que este jogo terá sido muito importante para isso.
sexta-feira, fevereiro 17, 2023
Sabor a pouco
Apesar de ter dito na véspera que o Rafa e o Gonçalo Ramos não estavam a 100%, o Roger Schmidt colocou-os a titular em detrimento do Gonçalo Guedes e David Neres. Tivemos logo uma oportunidade no começo do jogo, com um desvio de cabeça do Gonçalo Ramos que não deveria ter saído à figura. No entanto, durante os 15’ seguintes, foram os belgas a criarem-nos dificuldades e a empurrarem-nos para o nosso meio-campo. Reequilibrámos a contenda a meio da 1ª parte, com excelentes chances de marcar pelo António Silva de cabeça e pelo Aursnes em boa posição, mas ambos os remates não atingiram a baliza. Todavia, a nossa maior oportunidade foi num remate do Rafa à quina da baliza, depois de ser desmarcado pelo Chiquinho na sequência de um livre. Em cima do intervalo, os belgas colocaram a bola na baliza, mas o marcador estava em fora-de-jogo.
A 2ª parte começou com um grande falhando do Gonçalo Ramos, que desviou ao lado depois de um livre, quando estava completamente desmarcado. Porém, redimiu-se aos 51’ ao antecipar-se a um defesa e sofrer uma falta indiscutível. O João Mário aproveitou para fazer o 1-0 de penalty, tendo tido alguma sorte dado que a bola ainda foi defendida pelo guarda-redes para a barra antes de entrar na baliza. Aos 65’, o Schmidt trocou de avançados e a nossa produção melhorou, porque nem o Rafa nem o Gonçalo Ramos estão na forma que já exibiram este ano. Dominávamos completamente, mas só conseguimos marcar o 2-0 aos 88’ noutro erro da defesa do Brugge, bem aproveitado pelo David Neres com um remate cruzado de pé esquerdo, sem hipóteses para o guarda-redes. Já na compensação, foi o Gonçalo Guedes a rematar com violência de fora da área, mas a bola passou ao lado do poste.
Em termos individuais, destaque para o bom jogo do Aursnes descaído sobre a esquerda, para o facto de o Chiquinho continuar a cumprir bastante satisfatoriamente na posição do Enzo, e para o João Mário, que, mesmo não sendo de grandes correrias, mantém muito bem a posse de bola. Nesta altura, parece-me que o Gonçalo Guedes e o David Neres estão melhores do que o Rafa e o Gonçalo Ramos, razão pela qual a titularidade deveria passar por eles.
Foi pena não teremos aproveitado para resolver já a eliminatória, até porque poderíamos ter feito a gestão dos amarelos para os limpar, mas a 2ª mão só será daqui a três semanas, pelo que até lá temos de nos concentrar no campeonato. Iremos receber o Boavista na 2ª feira e espero que esta nossa boa fase possa continuar.