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domingo, janeiro 26, 2014

Nove

Uma equipa composta por suplentes derrotou o Gil Vicente por 1-0 na 3ª jornada da Taça da Liga. Com tudo decidido no grupo, a partida realizada no Restelo por causa do péssimo estado do relvado da Luz tinha como maior foco de interesse ver até que ponto os jogadores que não são habitualmente titulares são ou não opções válidas para a equipa.

A 1ª parte foi muito má, na senda do que já fizéramos frente ao Leixões. Falhámos um penalty pelo Funes Mori, e na recarga três(!) jogadores do Benfica (aquele, o Djuricic e o Sulejmani) atrapalharam-se ao tentar rematar à baliza, o André Gomes teve uma boa oportunidade só com o guarda-redes pela frente e num canto o Steven Vitória não conseguiu meter a bola na baliza quando estava em cima da linha de golo.

Na 2ª parte, melhorámos e chegámos ao golo aos 56’ pelo Sulejmani na recarga a um cabeceamento do Funes Mori à barra. Tivemos mais umas quantas oportunidades, especialmente após a entrada dos jovens da equipa B (Bernardo Silva, Hélder Costa e João Cancelo) nos últimos 13’. Os dois primeiros tiveram mesmo boas hipóteses de marcar, mas o resultado não se alterou e a nossa vitória nunca esteve em causa, porque o Gil Vicente não fez um único(!) remate à baliza.

Em termos individuais, o Ivan Cavaleiro e o Ruben Amorim foram os melhores, porque mais consistentes ao longo de todo o tempo. Portanto, só estes é que aproveitaram bem a oportunidade. O André Gomes tem muito bons pés, mas joga a um ritmo muito baixo. Quando (se) o aumentar, pode tornar-se um caso sério. Todos os outros foram bastante medíocres e sinceramente não percebo porque é que o Jesus só fez entrar os jovens da equipa B muito perto do final. O Benfica abanou logo com a sua presença, ganhou irreverência e vontade, algo que falta a muitos dos Djuricics desta equipa.

O facto mais importante desta partida é a termos iniciado com sete portugueses e a termos terminado com nove(!), oito dos quais com passagem na formação do Benfica. Há por ali alguma qualidade e espero que num futuro próximo esta malta possa jogar com mais regularidade. É que para ter sérvios com tanta qualidade quanto pouca vontade em a demonstrar (aquele Djuricic dá-me cabo dos nervos!), mais vale darmos mais oportunidades a estes jovens portugueses: ao menos, correm, esforçam-se e não desistem das jogadas.

P.S. – Iremos ao antro na meia-final depois de mais uma “vitória à Porto”, segundo o seu próprio treinador. Como o golo da vitória foi penalty inexistente já na compensação (cortesia do Sr. Manuel Mota), ao menos, louvemos-lhe a honestidade!

segunda-feira, janeiro 20, 2014

A melhorar

Vencemos o Marítimo por 2-0 e mantivemos a liderança isolada da Liga. O jogo frente ao CRAC fez-nos muito bem e a equipa mostra-se mais confiante. O triunfo de hoje foi conseguido na 1ª parte e não tivemos grandes sobressaltos ao longo da partida.

Entrámos bem no jogo, com dinâmica e vontade de marcar o mais cedo possível. É bom que a equipa tenha sempre em mente que, se não tivesse desperdiçado pontos em casa frente aos dois primodivisionários, estaríamos neste momento com seis pontos de avanço… Inaugurámos o marcador aos 18’ através do Rodrigo, que aproveitou um corte defeituoso de um defesa para fuzilar o guarda-redes. A reacção do Marítimo proporcionou ao Oblak duas defesas atentas e a partida ficou muito bem encaminhada aos 35’ com o bis do Rodrigo, em mais uma oferta da defesa contrária. No entanto, logo no estádio percebi que o golo foi em claro fora-de-jogo e, como felizmente não sou adepto do CRAC, não o consegui comemorar da mesma maneira que um golo legal.

A 2ª parte foi mais calma da nossa parte, a conseguir efectivamente controlar a partida, não dando grandes chances ao Marítimo, mas a não ser capaz de dar o golpe de misericórdia na partida. O Lima falhou com o guarda-redes só pela frente e o Sr. Hugo Miguel não assinalou um claríssimo penalty sobre o Markovic. Perto do final, o Oblak desviou uma bola para o poste e ainda não foi desta que sofreu um golo pelo Benfica.

Em termos individuais, o Rodrigo merece naturalmente destaque pelos dois golos e é neste momento um jogador fundamental na equipa. O Gaitán é outro que atravessa um excelente momento de forma e faz quase tudo bem. O Markovic também melhorou imenso desde a pausa no Natal e o Enzo Pérez continua a ser o pêndulo do meio-campo .O Fejsa esteve bastante bem na partida, embora tenhamos que nos habituar que substituir o Matic é missão (quase) impossível. A defesa esteve muito segura e voltei a gostar imenso do Oblak.

Os dois próximos jogos são frente ao Gil Vicente (Taça da Liga e campeonato) e espero que consigamos manter esta senda vitoriosa. Avizinha-se um mês de Fevereiro, com decisões nas provas a eliminar, pelo que as vitórias são fundamentais.

quinta-feira, janeiro 16, 2014

Apurados

Vencemos em casa o Leixões (2-0) e, com o empate no outro jogo (Nacional – 2 – Gil Vicente – 2), estamos já qualificados para as meias-finais da Taça da Liga. Com uma equipa repleta de segundas linhas, a exibição deixou muito a desejar, mas conseguimos o objectivo mais importante.

Como seria de prever, os habituais suplentes estão muito longe do nível dos titulares. Por isso mesmo, as oportunidades de golo não abundaram e foram o Djuricic (28’) e o Ivan Cavaleiro (87’) a marcá-los em dois bons remates já dentro da área.

Em termos individuais, o Ruben Amorim terá sido o melhorzito, bem secundado pelo Ivan Cavaleiro, muito batalhador e a não se esconder do jogo. O Jardel esteve bem a comandar a defesa e o Fejsa no meio-campo, apesar de ainda ter um caminho longo a percorrer para tentar amenizar a saída do Matic, também não esteve mal. Sem conseguir fazer uma exibição de encher o olho continua o Djuricic, porque apesar do golo continua com grandes problemas na atitude competitiva. Quanto às decepções, enfim, a lista é (quase) infindável: André Almeida muito fraco e a tentar por mais de uma vez fintar, algo para o qual não tem manifestamente jeito; Steven Vitória a relembrar os saudosos King e Paredão; Ola John em vias de desperdiçar uma bela carreira (o poder de finta e a técnica são ambos notáveis) por não se esforçar minimamente; Funes Mori, porque apesar de nunca virar a cara à luta precisa de 10 m para dominar uma bola; Artur deverá ter entregue a titularidade ao Oblak até final da época: aquela saída em que não agarra a bola e só a aselhice do avançado do Leixões o impediu de marcar é de bradar aos céus.

Com a qualificação assegurada, resta-nos esperar pela última jornada para saber se vamos ao WC ou ao antro nas meias-finais. Entretanto, se calhar combinar-se-ia com o Gil Vicente não se jogar a última jornada, não…?

P.S. – O Matic foi vendido ao Chelsea por 25 milhões de euros. Um amigo meu diz que é muito dinheiro por um médio-defensivo, mas eu, pelo melhor e mais influente jogador do Benfica, acho pouco. E irrita-me solenemente que seja a meio da época. Será inevitável que sintamos a sua falta, mas espero que em termos de resultados as consequências não sejam negativas. Caso contrário, está mesmo a ver-se qual será a desculpa se não conseguirmos os títulos que procuramos…

segunda-feira, janeiro 13, 2014

À Benfica

Onze Eusébios derrotaram hoje o CRAC por 2-0 e homenagearam de forma muito condigna a memória do MAIOR jogador português de todos os tempos. Com o nome do Rei escrito nas camisolas, os jogadores do Benfica encarnaram mesmo o espírito dele e fizeram uma partida plena de mística. Não foi uma exibição de gala, mas em termos de entrega raramente temos visto isto esta época. E, assim sendo, a vitória é mais do que natural, porque qualidade já todos sabíamos que este plantel tinha.

A partida começou mais ou menos equilibrada, até que o Markovic recuperou uma bola a meio-campo, meteu o turbo e fez um passe de morte para o Rodrigo fuzilar o Helton. Estávamos no minuto 13 e o estádio explodiu de alegria. Ao contrário do que é habitual, o CRAC não veio para cima de nós. Para isso muito contribuiu a postura do Benfica, sempre muito concentrado a defender e a cortar todos os espaços ao adversário. Na 1ª parte, não houve mais grandes situações de perigo, excepção feita já perto do intervalo a um falhanço do Jackson Martínez quase tão escandaloso quanto o fora-de-jogo em que estava e que não foi assinalado! Alguns colegas de bancada criticaram ao intervalo o pouco atrevimento atacante da nossa parte, mas todos nós nos lembramos do golo que sofremos em contra-ataque(!) quando estávamos a ganhar 2-1 na Luz há duas épocas, não…?

A 2ª parte foi mais aberta, especialmente na defesa do CRAC, porque nós aproveitámos o balanceamento atacante deles para começarmos a criar perigo. O Markovic teve um bom remate para defesa do Helton e pouco depois aconteceu um lance que nada ficou a dever aos saudosos anos 90 dos Donatos Ramos, José Guímaros, Fortunatos Azevedos e afins: na sequência de um canto, o Mangala cortou ostensivamente a bola cabeceada pelo Matic com a mão (é ver as imagens no final do post). O Sr. Artur Soares Dias estava a cinco metros do lance e nada marcou! O que valeu foi que, na sequência do canto logo a seguir, o Garay fez o 2-0 antecipando-se ao Mangala e ao Helton. Estava feita justiça! A partir daqui, o Sr. Artur Soares Dias descambou completamente e foi uma sorte o jogo não o ter seguido. Nós tivemos mais umas duas ou três boas oportunidades para fazer o 3-0, mas ao invés não deixámos o CRAC criar um único lance de perigo. Nos últimos 15’, estivemos a jogar em superioridade numérica, porque o Danilo viu um segundo amarelo por ter caído na área num lance com o Garay. Não foi falta nenhuma do nosso jogador, mas também achei exagerado o cartão.

Houve uma série de jogadores que se destacaram nesta partida: Matic, Markovic e Rodrigo fizeram grandes exibições, com o Markovic a vir inclusive ajudar o Maxi na defesa bastantes vezes! O Gaitán também esteve bem, igualmente a defender. O Enzo Pérez passou mais despercebido, mas foi muito útil na forma como não deixou o meio-campo do CRAC conduzir o jogo. Os centrais (Luisão e Garay) tiveram algum trabalho com o Jackson, mas ganharam a maioria dos lances. Boas exibições igualmente dos laterais (Maxi e Siqueira) e novo jogo do Oblak sem sofrer golos (já vai em quatro). Confesso que não estava à espera que o Jesus continuasse a apostar nele, mas ainda bem que o fez! O Lima esteve longe do que costuma fazer, mas nunca virou a cara à luta.

Com o empate da lagartada no dia anterior na Amoreira, tínhamos uma oportunidade de ouro de virar o campeonato isolados na liderança. E, desta vez, os jogadores do Benfica não falharam. Infelizmente, já todos sabemos que tem que ser sempre assim: contra tudo e contra todos, porque quando não se marca um penalty daqueles está tudo dito. Outro aspecto que poderá vir a ser muito relevante nas contas finais é o resultado ter sido 2-0, porque nos confere uma vantagem importante em caso de desempate: se marcarmos um golo lá, teremos de sofrer quatro para perdermos no confronto directo. Mas o melhor mesmo seria irmos lá a cima já campeões. Veremos o que acontece no resto do campeonato e como é as possíveis saídas no mercado de Janeiro nos afectarão.

P.S. – Nunca pensei que fosse possível, mas os adeptos do CRAC (tirando umas poucas vozes avulsas) respeitaram o minuto de silêncio em memória do Eusébio! Era bom que o futebol fosse sempre assim, mas o que isto prova é que quando há ordens superiores eles são domáveis. Ou seja, a questão das bolas de golfe e afins é tudo feito com a conivência de quem deveria ser o primeiro a condenar essas situações! Nada que nós já não soubéssemos… Infelizmente.

P.P.S. – Estava a comentar ao intervalo que o Sr. Artur Soares Dias não é mau árbitro. Até aí tinha deixado jogar dentro do razoável e sem ter mostrado cartões. Mas, lá está, cumpre aquela máxima em relação aos árbitros portugueses: “quem é bom, não é honesto; quem é honesto, não é bom”. Este penalty só pode não ser assinalado em duas situações (repare-se bem na posição do árbitro): ou o árbitro é literalmente cego ou é um ladrão. Tire-se as conclusões devidas.

 

 
[Frames retirados daqui.]

segunda-feira, janeiro 06, 2014

domingo, janeiro 05, 2014

EUSÉBIO (1942 - 2014)



Morreu hoje o MAIOR futebolista português de todos os tempos, um dos melhores de sempre a nível mundial e o mais perfeito de todos nós. O país fica mais pobre e o Sport Lisboa e Benfica perde a sua grande referência. Saibamos todos nós honrar a sua memória para minimizarmos o mais possível esta parte do Benfica que morreu hoje também.

Obrigado por tudo, Eusébio! Descansa em paz, eterno REI!

Assim, sim!

Goleámos o Gil Vicente (5-0) e apurámo-nos para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Foi uma das exibições mais conseguidas da época (o que não quer dizer muito, infelizmente), embora os gilistas estejam a atravessar uma fase péssima e tenham sido um muito fraco opositor.

Claro que um golo aos 2’ (boa cabeçada do Rodrigo) e outro aos 16’ (boa jogada entre o Rodrigo e o Markovic, com concretização deste) tornou tudo muito mais simples, e o 3-0 aos 38’ num bis do Rodrigo (bom contra-ataque iniciado no Oblak) selou de vez a nossa passagem. A 2ª parte foi de uma calmaria total e ainda fizemos mais dois golos através do Lima, o primeiro num indiscutível penalty do guarda-redes sobre o Maxi Pereira aos 58’ e o outro já na compensação (92’) a encostar depois de um centro do uruguaio.

Em termos individuais, destaque para a dupla de avançados, com dois golos cada, para a subida de forma do Maxi Pereira, para a boa reaparição do Siqueira na esquerda, e para a maior capacidade de luta e entrega ao jogo do Markovic. Como o jogo foi muito fácil, ainda deu para o Jesus poupar a dupla Matic – Enzo Pérez para o clássico do próximo Domingo. Clássico, esse, em que o Jesus se prepara para entregar a titularidade da baliza ao Artur, que não joga há um mês, preterindo o Oblak, que ainda não sofreu golos pelo Benfica (em 381’ de jogo). Alguns dizem que o eslovaco ainda não foi posto à prova, mas se por acaso ele tivesse defendido aquele remate de meio-campo do Olhanense (que lhes deu o segundo golo) também se poderia continuar a dizer que ainda não tinha sido posto à prova, não é…?

Todos nós temos a final do ano passado atravessada na garganta, portanto é bom que a equipa se mentalize que nos deve uma Taça de Portugal. Para já, vamos no bom caminho.

P.S. – À mente luminosa que acha muita piada colocar panos enormes (geralmente publicitários) a tapar um sector inteiro da bancada central, tenho a dizer o seguinte: entre as equipas entrarem em campo e o começo da partida há pelo menos cinco minutos em que podem fazer isso à vontade. Se escolhem fazê-lo mesmo em cima do apito inicial, arriscando a que imensas pessoas não vejam o princípio do jogo, temos pena, mas por cima de mim não passam. E essa mente luminosa escusa de protestar com o funcionário que ficou muito ofendido comigo e me disse que estava a trabalhar, porque a culpa de o pano não esticar completamente não foi dele, foi minha. Eu quero ver os 90 minutos completos e não os últimos 89 e 30 segundos.

quarta-feira, janeiro 01, 2014

Ano Novo

Que 2014 nos traga as alegrias todas (três, mais especificamente) que 2013 nos escamoteou. Um bom ano para todos os desportistas!