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sábado, julho 31, 2010

Goleada ao Feyenoord

Vencemos os holandeses (4-1) e estamos bem lançados para conquistar o Torneio do Guadiana pela 4ª vez. Foi um jogo com duas partes bem diferentes, em que fomos para o intervalo a perder e demos a volta no 2º tempo (curioso que esta época já não é a primeira reviravolta que conseguimos).

Tendo visto mais uma vez o jogo num restaurante, com barulho e sem som da TV, pode ter-me escapado alguma coisa, mas pareceu-me que entrámos muito mal na partida, não só pelo golo sofrido logo aos 3’, numa incrível falha do Rúben Amorim, como ainda pela demora em nos recompormos desse mesmo golo. Mesmo assim, ainda atirámos uma bola ao poste pelo David Luiz e tivemos outra boa oportunidade pelo Coentrão.

Na 2ª parte, as coisas melhoraram imenso. Saíram o Aimar, Javi García, Carlos Martins e Kardec e entraram o Jara, Airton, Cardozo e Ramires. O Feyenoord baqueou fisicamente e o jogo foi todo nosso. Enviámos mais duas bolas aos postes (Cardozo e outra do David Luiz) e marcámos quatro golos (dois do Cardozo, Felipe Menezes e Rúben Amorim). Foram 45’ de encher o olho e o resultado poderia ter atingido números ainda mais expressivos. Além disso, ainda deu para ver o Roberto fazer uma defesa magnífica que evitou o 1-2 na altura. Ao 6º jogo, faz a primeira grande defesa que salva um golo, espero que seja apenas o início de muitas mais.

Individualmente, tenho que destacar o Cardozo, como é óbvio (a propósito, leiam isto também da minha autoria): um bis, uma bola ao poste e uma assistência para o golo do Amorim, tornam-no a figura da partida. E ainda marcou um dos penalties no final para o possível desempate. O David Luiz esteve imperial e ainda atirou duas bolas aos postes. O Jara mostrou-se bastante esforçado, como é seu timbre, e ainda proporcionou ao guarda-redes uma óptima defesa. Uma última palavra para o Coentrão, que hoje jogou a extremo-esquerdo durante grande parte do encontro e demonstrou que continua uma opção muito válida para aquele lugar.

Caso o Aston Villa não supere o nosso resultado frente ao Feyenoord, bastar-nos-á um empate no Domingo para conquistar mais um troféu. Mas claro que não passa pela cabeça de ninguém outra coisa que não seja mais uma vitória.

quarta-feira, julho 28, 2010

Albufeira

Vencemos o Sunderland (2-0) e conquistámos o Albufeira Summer Cup. Independentemente do nome do troféu, o que interessa é que continuamos a ganhar na pré-temporada e assistimos com agrado à evolução da equipa.

Na 1ª parte, o Jesus fez alinhar a defesa titular (com excepção do guarda-redes) e um meio-campo onde, em princípio, só o Javi García e o Cardozo serão titulares, e na 2ª parte substituiu o meio-campo todo e fez entrar Aimar, Saviola & Cia. Curiosamente, não se notou uma grande diferença em termos atacantes da 1ª para a 2ª parte, o que só abona a favor do nosso plantel. Marcámos um golo em cada período, pelo inevitável Cardozo (grande cruzamento do Coentrão) e mais um do Carlos Martins, que deve ser dos poucos jogadores para quem a Jabulani já não tem segredos.

Gostei da dinâmica da equipa em ambas as partes e individualmente destaco o Coentrão (cada vez melhor), o Cardozo (muito rematador e empenhado) e o Carlos Martins. Como vi o jogo num restaurante enquanto jantava, admito que me possam ter escapado alguns pormenores, mas pareceu-me que a partida esteve sempre controlada. Pela 1ª vez nos jogos da pré-época, o Roberto não alinhou, mas o Júlio César e Moreira acabaram por não ter muito trabalho. De qualquer maneira, acho que nesta altura estes dois dão mais garantias que o espanhol. Se eu quisesse ser mauzinho, diria que foi a melhor exibição do Roberto desde que chegou ao Benfica... :-)

Na próxima 6ª feira, iniciamos o Torneio do Guadiana com o Feyenoord e espero que continuemos na senda das vitórias e das boas exibições.

domingo, julho 25, 2010

Apresentação

Vencemos o Mónaco (3-2) no jogo de apresentação da equipa aos sócios. Foi uma partida que demonstrou mais uma vez as virtudes e os defeitos que vimos evidenciando nesta pré-época: bom jogo atacante e problemas defensivos.

Três viagens Lisboa – Algarve em pouco mais de 24h, 60€ de gasolina e 40€ de portagens foi o que me custou esta partida, mas pelo Benfica tudo vale a pena. Foi uma partida agradável, já que o Mónaco também mostrou que sabe atacar e com duas reviravoltas no marcador. Fizemos um 1-0 numa boa cabeçada do Airton na sequência de um canto do Aimar, mas chegámos ao intervalo a perder. Na 2ª parte, com as entradas do Javi García, Coentrão e Cardozo conseguimos dar a volta ao resultado (golos do Aimar e Tacuara) e alcançámos uma vitória justa.

Em termos individuais, o Coentrão nem parece que tem só uma semana de treinos, voltei a gostar das movimentações do Kardec, o Carlos Martins está em boa forma, mas terá de aprender a não responder a provocações de adversários (embora eu esteja convencido que seja mais fácil o CRAC ser um clube honesto e que honre o desporto...) e o Aimar marcou um golão. Vimos finalmente os outros guarda-redes do plantel em acção e tanto o Júlio César como o Moreira dão mais segurança à defesa neste momento que o Roberto. Mais dois golos sofridos (no primeiro acho que poderia ter saído mais da baliza) e algumas hesitações a sair dos postes é o balanço da sua actuação. Não teve culpas directas nos golos, mas é visível que a equipa não se sente à vontade com ele. Temos aqui um grande problema.

Até ao próximo Domingo teremos mais três jogos e poderemos confirmar a evolução da equipa. Por todas as razões e mais algumas, é fundamental entrarmos na época a ganhar e consequentemente a conquista da Supertaça é imperativa.

segunda-feira, julho 19, 2010

Mais do mesmo

Vencemos o V. Guimarães com um resultado de futsal (5-3) e, pelo 3º ano consecutivo, conquistámos o torneio da cidade. Foi uma vitória justíssima e voltámos a exibir um agradável futebol atacante. No entanto, se os oito golos marcados são motivo de regozijo, os seis golos sofridos devem preocupar-nos. De consolo resta-nos pensar que, da defesa titular, só David Luiz é que está disponível neste momento.

Tivemos uma entrada em jogo brilhante e aos 9’ já ganhávamos 2-0. Excelentes jogadas colectivas resultaram nos golos do Kardec (óptimo cabeceamento) e Saviola (remate de primeira após assistência do Kardec). O V. Guimarães reduziu aos 34’ na sequência de um canto, em que o Roberto, depois de fazer uma defesa muito boa na jogada anterior, deu mais uma casa ao socar na atmosfera e permitir um cabeceamento vitorioso. Até ao intervalo, voltámos a assumir o comando da partida, mas não conseguimos marcar mais.

Problema corrigido na 2ª parte, em que entrámos de rompante e marcámos por duas vezes: golões do Kardec (grande movimentação na área) e Jara (remate fora da área). Conseguimos três golos de vantagem e antevia-se uma goleada a fazer lembrar a época passada, porque a equipa não dava mostrar de abrandar. Infelizmente, o Roberto entrou novamente em acção ao falhar a intercepção noutro livre para a área e permitir o 2-4. Só que o Carlos Martins repôs a diferença pouco depois ao marcar mais um golão de livre. Estávamos a 20’ do fim e, em princípio, o jogo estava ganho. Assim foi, de facto, mas não sem antes o V. Guimarães ter feito mais um golo de canto, num lance em que também me pareceu que o Roberto poderia ter feito mais (ainda tocou na bola).

Este jogo confirmou o trajecto feito nesta pré-época: de positivo há a realçar as combinações atacantes que só têm tendência a melhorar com o decorrer da temporada e a manutenção da veia goleadora da época anterior. Apesar de o Jorge Jesus ter dito que as movimentações defensivas não foram treinadas por causa da ausência dos mundialistas, há que ter em atenção isso, porque tantos golos sofridos não é normal.

Quanto à questão do momento, o Roberto, este jogo deixou-me algumas certezas: se ele tivesse feito no Saragoça o que já fez no Benfica, de certeza que não estaria cá. Portanto, continuo à espera que ele mostre o que realmente vale. Não acredito que seja assim tão pouco. Dito isto, o Jorge Jesus lá saberá o que fazer, mas neste momento parece-me contraproducente insistir nele. Até para o proteger. Demonstra uma terrível falta de confiança que o afecta não só a ele, como contagia a equipa também. Os defesas até já evitam passar-lhe a bola. Por enquanto, estamos só na pré-época e até ganhámos um torneio apesar das exibições dele, mas como diz um amigo meu, criámos um problema onde não tínhamos nenhum. Ele foi caríssimo, há que justificar o investimento, mas por alguma razão temos mais dois outros guarda-redes no plantel. Nesta altura, acho melhor preservá-lo um pouco. Até o Casillas foi suplente a determinada altura (2001/02) no Real Madrid. Pior do que errar é insistir no erro.

domingo, julho 18, 2010

Groningen

Empatámos frente aos holandeses (3-3) e teremos de vencer o V. Guimarães para voltar a conquistar o torneio da cidade. Esta partida confirmou as anteriores, no sentido de a equipa estar a melhorar a nível ofensivo, mas ainda muito limitada na defesa principalmente pela falta dos mundialistas.

Entrámos em campo com uma equipa relativamente secundária, mas gostei de algumas jogadas que vi. Sofremos um golo muito cedo, mas respondemos logo a seguir pelo Kardec. Tivemos algumas oportunidades e poderíamos ter ido para intervalo com o jogo ganho, caso não nos fosse anulado escandalosamente um golo por fora-de-jogo inexistente e sonegado um penalty sobre o Jara. O Kardec fez uma boa 1ª parte, o Gaitan cada vez me deixa menos dúvidas quanto à sua qualidade e o Jara é muito lutador, mas precisa de melhorar o remate. O Carlos Martins também esteve em destaque e deu boa dinâmica às jogadas ofensivas.

Na 2ª parte, entraram alguns dos titulares e o sentido da partida manteve-se. Criámos várias oportunidades, o Carlos Martins marcou um golão e o Nuno Gomes também facturou, mas as benesses na defesa não permitiram que vencêssemos a partida. Claro que algumas perdidas inacreditáveis no ataque também deram uma ajudinha. O resultado é muito injusto, porque a nossa superioridade foi evidente. No entanto, cometemos erros que nos custaram caro.

Termino falando do Roberto: sofreu três golos sem fazer uma única defesa. Dos jogadores que alinharam à sua frente só o David Luiz será titular, ainda está numa fase de adaptação e, verdade seja dita, não teve culpa evidente em nenhum dos golos. Mas presumo que o tenhamos contratado pela sua capacidade em fazer as chamadas “defesas impossíveis”. Por enquanto, ainda não vi nada que o Quim (de quem eu nem era particular fã) também não fizesse. Reservo a minha opinião definitiva para quando ele jogar com a defesa titular, mas gostaria que os outros guarda-redes também fossem tendo uma oportunidade. Nunca se sabe se vão ser precisos durante a época...

quarta-feira, julho 14, 2010

Goleada

Vencemos o Aris Salónica por 4-1 no 3º jogo em quatro dias. O resultado confirma uma melhoria exibicional da equipa, nomeadamente em termos atacantes. Mais do que os golos, gostei de algumas combinações entre os jogadores da frente, nomeadamente os suspeitos do costume (Aimar e Saviola) bem secundados pelo Kardec e Gaitan.

Ao invés, não gostei da maneira como defendemos, ao permitir muitos espaços ao ataque contrário. O problema não terá sido só da defesa em si, já que o Javi García ainda não está na sua melhor forma. O Sidnei fez uma partida desastrada, ao perder várias bolas em zonas proibidas. Quanto ao Roberto, fez uma óptima mancha a um atacante que lhe surgiu isolado, mas falhou escandalosamente um soco na bola na sequência de um canto. Felizmente, não estava nenhum avançado por trás dele. A rever, mas continuo preocupado…

Aparentemente não se magoou ninguém neste estágio na Suíça, denotámos algumas melhorias de jogo para jogo e ainda faltam os titulares que estiveram no Mundial. Temos razões para estar confiantes.

domingo, julho 11, 2010

O regresso do campeão

Os dois primeiros jogos da pré-temporada tiveram dois resultados distintos: vitória sobre os amadores do Monthey (3-0) e derrota com o Sion (1-2). Costuma dizer-se que os resultados não são o mais importante nesta altura, mas relembremo-nos que a magnífica pré-época do ano passado teve a consequência que teve... É, obviamente, sempre melhor ganhar.

Quanto à partida com os amadores suíços, não há muito a dizer. A diferença é abissal e foi com naturalidade que vencemos, lamentando apenas o facto de não termos marcado mais golos. Gostei de algumas movimentações do Jara, Gaitan e Fábio Faria (este especialmente quando foi para defesa-esquerdo). Os mais credenciados (Aimar, Saviola, Javi García, Carlos Martins) só entraram a meio da 2ª parte e, mesmo a jogar a meio-gás, a equipa melhorou.

Frente ao Sion já alinhou aquela que nesta altura pode considerar-se a equipa principal (embora muito desfalcada pela ausências dos mundialistas). Tivemos algumas jogadas interessantes, especialmente pelo Aimar e Saviola, mas com muita cerimónia na altura de rematar à baliza. O Gaitan entrou na 2ª parte e confirma-se que é bom de bola. Infelizmente a nota de maior destaque, e pela negativa, é para o nosso novo guarda-redes, Roberto, que deu dois frangos monumentais, que provocaram a derrota. Eu sei que estamos na pré-época, ele ainda está a conhecer os novos companheiros, a equipa, o treinador, a bola, etc., etc., mas espero sinceramente que o que vimos hoje não se volte a repetir. Por 8,5 milhões de euros exige-se muito mais. Espero que não tenhamos uma reedição dos Bossios e dos Morettos desta vida, com a agravante deste ter sido bastante mais caro. Por enquanto, tem o meu benefício da dúvida, obviamente, mas pagar tanto por um guarda-redes que nem no plantel do Atlético Madrid teve lugar, não é bom cartão de visita. Oxalá me engane redondamente...!

P.S. – Há coisas que definitivamente não entendo: que raio de cor é aquela para as camisolas dos guarda-redes?! Alguma mente brilhante acha que vai haver um único benfiquista a comprar uma camisola daquelas para os seus filhos?!