sexta-feira, dezembro 31, 2010
Feliz Ano
Por motivos que certamente compreenderão, não fora o 32º título do Glorioso e este ano teria sido completamente para esquecer. No entanto, não queria deixar de desejar aqui a todos os desportistas, e particularmente aos benfiquistas, um óptimo 2011.
sexta-feira, dezembro 24, 2010
Feliz Natal
Os meus votos habituais de um Glorioso Natal a todos os benfiquistas e aos desportistas em geral.
sábado, dezembro 18, 2010
Assim sim!
Os jogadores do Benfica resolveram dar uma prenda natalícia aos adeptos e goleámos o Rio Ave por 5-2. Foi a melhor exibição da época, que não durou os 90 minutos, mas teve períodos em que fez lembrar o rolo compressor do ano passado. Velocidade, querer, dinâmica fazem toda a diferença e quando acontecem em simultâneo somos muito difíceis de bater.
Com a indisposição do Carlos Martins, entrou o Salvio para o onze e foi apenas o melhor em campo. Também o Sidnei jogou em vez do lesionado Luisão e o resto da equipa manteve-se ao que é habitual. Não poderíamos ter melhor entrada na partida, porque aos 8’ já ganhávamos por 2-0! Golos do Aimar e Saviola que antecederiam uns óptimos 25’ a 30’. Criámos mais algumas oportunidades, mas não as conseguimos concretizar e lá tivemos mais um penalty não marcado a nosso favor, por derrube ao Coentrão. Perto do intervalo e num contra-ataque, o Rio Ave reduziu pelo inevitável João Tomás e voltámos a sofrer golos para o campeonato na Luz, o que não acontecia desde Agosto. O nosso abaixamento de produção na parte final do 1º tempo acabou por facilitar esse golo.
Estava com curiosidade para ver como a equipa reagiria na 2ª parte e o que é certo é que reagiu muito bem. Claro está que o golo do Saviola aos 52’, depois de óptima arrancada do Salvio, ajudou. Mas a verdade é que voltámos a empregar velocidade nas nossas transições ofensivas e desfrutámos igualmente de mais espaços, porque o Rio Ave, justiça lhe seja feita, não trouxe o autocarro e tentou sempre jogar futebol. E como que a provar isso, logo a seguir a este golo teve uma grande oportunidade, mas o Roberto fez bem a mancha ao João Tomás. Aos 76’ uma boa jogada à linha do Gaitán permitiu ao Salvio estrear-se a marcar com a gloriosa camisola, através de uma cabeçada. O Rio Ave ainda voltou a reduzir através de um penalty do João Tomás a punir um braço do Coentrão, mas pouco depois matámos de vez a partida com o melhor golo da tarde, um chapéu de cabeça do Salvio feito ainda de fora da área! E o argentino poderia bem ter feito um hat-trick, mas outro chapéu, desta feita com o pé, embateu na barra. Nos últimos cinco minutos ainda deu para assistir a outro momento alto que é sempre a entrada do Nuno Gomes em campo.
Estando ligado a três dos cinco golo, é óbvio que o Salvio foi o melhor em campo. Mas não fez só isso, lutou, conseguiu várias arrancadas pela direita, enfim, foi um jogo em cheio. O Saviola também merece destaque e é o quarto jogo seguido em que marca para provas nacionais. Realce igualmente para o Aimar, pelo golo e por coordenar toda a nossa manobra atacante. No entanto, há ocasiões em que deveria rematar à baliza em vez de passar a bola. O Sidnei só fez um disparate, ao ser muito lento a atacar a bola na 2ª parte, o que nos dias que correm não é nada mau. Em nítida má forma está o Cardozo que teve mais um jogo para esquecer. Está difícil ultrapassar o Magnusson como melhor marcador estrangeiro da história do Benfica.
Terminámos muito bem o ano e pode ser que isto seja um bom prenúncio para o próximo. Teremos um Janeiro intensíssimo com oito(!) jogos entre campeonato e Taças. Portanto, jogadores do Benfica, descansem bem no Natal que o reinício da época vai ser terrível. E espero que tomem o jogo de hoje como exemplo do que nós, adeptos, esperamos de vocês... sempre!
Com a indisposição do Carlos Martins, entrou o Salvio para o onze e foi apenas o melhor em campo. Também o Sidnei jogou em vez do lesionado Luisão e o resto da equipa manteve-se ao que é habitual. Não poderíamos ter melhor entrada na partida, porque aos 8’ já ganhávamos por 2-0! Golos do Aimar e Saviola que antecederiam uns óptimos 25’ a 30’. Criámos mais algumas oportunidades, mas não as conseguimos concretizar e lá tivemos mais um penalty não marcado a nosso favor, por derrube ao Coentrão. Perto do intervalo e num contra-ataque, o Rio Ave reduziu pelo inevitável João Tomás e voltámos a sofrer golos para o campeonato na Luz, o que não acontecia desde Agosto. O nosso abaixamento de produção na parte final do 1º tempo acabou por facilitar esse golo.
Estava com curiosidade para ver como a equipa reagiria na 2ª parte e o que é certo é que reagiu muito bem. Claro está que o golo do Saviola aos 52’, depois de óptima arrancada do Salvio, ajudou. Mas a verdade é que voltámos a empregar velocidade nas nossas transições ofensivas e desfrutámos igualmente de mais espaços, porque o Rio Ave, justiça lhe seja feita, não trouxe o autocarro e tentou sempre jogar futebol. E como que a provar isso, logo a seguir a este golo teve uma grande oportunidade, mas o Roberto fez bem a mancha ao João Tomás. Aos 76’ uma boa jogada à linha do Gaitán permitiu ao Salvio estrear-se a marcar com a gloriosa camisola, através de uma cabeçada. O Rio Ave ainda voltou a reduzir através de um penalty do João Tomás a punir um braço do Coentrão, mas pouco depois matámos de vez a partida com o melhor golo da tarde, um chapéu de cabeça do Salvio feito ainda de fora da área! E o argentino poderia bem ter feito um hat-trick, mas outro chapéu, desta feita com o pé, embateu na barra. Nos últimos cinco minutos ainda deu para assistir a outro momento alto que é sempre a entrada do Nuno Gomes em campo.
Estando ligado a três dos cinco golo, é óbvio que o Salvio foi o melhor em campo. Mas não fez só isso, lutou, conseguiu várias arrancadas pela direita, enfim, foi um jogo em cheio. O Saviola também merece destaque e é o quarto jogo seguido em que marca para provas nacionais. Realce igualmente para o Aimar, pelo golo e por coordenar toda a nossa manobra atacante. No entanto, há ocasiões em que deveria rematar à baliza em vez de passar a bola. O Sidnei só fez um disparate, ao ser muito lento a atacar a bola na 2ª parte, o que nos dias que correm não é nada mau. Em nítida má forma está o Cardozo que teve mais um jogo para esquecer. Está difícil ultrapassar o Magnusson como melhor marcador estrangeiro da história do Benfica.
Terminámos muito bem o ano e pode ser que isto seja um bom prenúncio para o próximo. Teremos um Janeiro intensíssimo com oito(!) jogos entre campeonato e Taças. Portanto, jogadores do Benfica, descansem bem no Natal que o reinício da época vai ser terrível. E espero que tomem o jogo de hoje como exemplo do que nós, adeptos, esperamos de vocês... sempre!
sexta-feira, dezembro 17, 2010
Sorteio da Liga Europa
Este post parte do princípio que os jogadores do Benfica não repetirão mais esta época a miserável exibição frente ao Schalke que nos custou um lugar como cabeças-de-série no sorteio de hoje. Assim sendo, pode dizer-se que em teoria ele até nos foi favorável, já que iremos defrontar o Estugarda, penúltimo classificado do campeonato alemão. De todas as equipas possíveis (Liverpool, Manchester City, Bayer Leverkusen, Villarreal, etc.), talvez só preferisse o Twente, embora as equipas do Leste estejam na altura dos jogos a iniciar as suas épocas, mas eu também não me esqueço que fomos eliminados pelo CSKA Moscovo nesta eliminatória na época do Trapattoni.
No entanto, há que ter atenção, porque o Estugarda costuma ser muito regular nas suas épocas e só este ano é que se apresenta aparentemente mais fraco. Além disso, um pouco de modéstia e prudência não nos fará mal nenhum, já que nos regozijámos com o sorteio da Champions e depois foi o que se viu. Teremos o primeiro jogo em casa e convém conseguir um resultado que não signifique que tenhamos de ir ganhar à Alemanha, já que isso nunca foi conseguido na nossa história. Se passarmos a eliminatória, defrontaremos o vencedor do BATE Borisov – Paris Saint-Germain, novamente com o primeiro jogo na Luz. Ambas as equipas trazem-nos boas recordações, já que vencemos por duas vezes (aqui e aqui) os bielorrussos no ano passado e eliminámos os franceses (aqui e aqui) na época do Fernando Santos. Como já disse várias vezes, temos este ano a oportunidade de prestar mais atenção à Liga Europa, já que a campanha do ano passado soube-nos a pouco por via da prioridade dada ao campeonato. Está mais que na altura de voltarmos a uma final europeia e temos aqui uma boa oportunidade para isso. Para já, acho que está perfeitamente ao nosso alcance conseguir chegar aos quartos-de-final.
P.S. – Quanto aos outros, a lagartada vai jogar contra o Glasgow Rangers e, se passar (o que eu duvido...), o vencedor do Lille – PSV Eindhoven, o CRAC vai defrontar o Sevilha (espero que este não me desiluda como sucedeu na pré-eliminatória da Champions frente ao Braga este ano) e posteriormente o vencedor do PAOK – CSKA Moscovo (teoricamente ambos mais fracos que os espanhóis), e ao Braga saiu-lhe o brinde (Lech Poznan), mas depois a fava (Liverpool, já que não estou a ver o Sparta Praga eliminar os ingleses).
No entanto, há que ter atenção, porque o Estugarda costuma ser muito regular nas suas épocas e só este ano é que se apresenta aparentemente mais fraco. Além disso, um pouco de modéstia e prudência não nos fará mal nenhum, já que nos regozijámos com o sorteio da Champions e depois foi o que se viu. Teremos o primeiro jogo em casa e convém conseguir um resultado que não signifique que tenhamos de ir ganhar à Alemanha, já que isso nunca foi conseguido na nossa história. Se passarmos a eliminatória, defrontaremos o vencedor do BATE Borisov – Paris Saint-Germain, novamente com o primeiro jogo na Luz. Ambas as equipas trazem-nos boas recordações, já que vencemos por duas vezes (aqui e aqui) os bielorrussos no ano passado e eliminámos os franceses (aqui e aqui) na época do Fernando Santos. Como já disse várias vezes, temos este ano a oportunidade de prestar mais atenção à Liga Europa, já que a campanha do ano passado soube-nos a pouco por via da prioridade dada ao campeonato. Está mais que na altura de voltarmos a uma final europeia e temos aqui uma boa oportunidade para isso. Para já, acho que está perfeitamente ao nosso alcance conseguir chegar aos quartos-de-final.
P.S. – Quanto aos outros, a lagartada vai jogar contra o Glasgow Rangers e, se passar (o que eu duvido...), o vencedor do Lille – PSV Eindhoven, o CRAC vai defrontar o Sevilha (espero que este não me desiluda como sucedeu na pré-eliminatória da Champions frente ao Braga este ano) e posteriormente o vencedor do PAOK – CSKA Moscovo (teoricamente ambos mais fracos que os espanhóis), e ao Braga saiu-lhe o brinde (Lech Poznan), mas depois a fava (Liverpool, já que não estou a ver o Sparta Praga eliminar os ingleses).
segunda-feira, dezembro 13, 2010
Melhorzinho
Vencemos o Braga (2-0) e passámos aos oitavos-de-final da Taça de Portugal. Depois das férias dos últimos dois jogos, os jogadores do Benfica voltaram a demonstrar atitude e vontade de ganhar um jogo, o que naturalmente se saúda, já que assim é bem mais fácil ter resultados positivos.
É indisfarçável que não atravessamos um bom período, já que em condições normais esta deveria ter sido uma partida ganha com muito mais facilidade. Criámos oportunidades mais do que suficientes para marcar o segundo golo bem antes do tempo de compensação. O Braga apresentou-se bastante desfalcado, quase não criou ocasiões de golo, mas o nosso nível exibicional não foi muito elevado. A equipa esteve mais concentrada do que na 3ª feira, utilizou amiúde mais velocidade e chegou ao intervalo a ganhar através de um golo do Saviola aos 38’. Antes disso, já o Carlos Martins, Maxi Pereira e Cardozo tinham tido boas oportunidades para marcar, mas nada.
Na 2ª parte, o Braga tentou subir mais no campo e deixou-nos mais espaço lá atrás. Aproveitámos para fazer contra-ataques bastante perigosos, mas evidenciando sempre dificuldades em meter a bola na baliza. O Braga pouco fazia, mas sem marcarmos o golo que dissipasse as dúvidas todas, ficámos à mercê de um lance fortuito que lhes desse o empate. O que só não aconteceu muito perto do fim, porque o Júlio César faz uma defesa soberba a um cabeceamento do Alan. Pouco depois, lá acabámos com a partida através de um golo de cabeça do Aimar, na sequência de um remate do Salvio ao poste e outro do Amorim para boa defesa do guarda-redes. À terceira foi de vez e assim lá nos qualificámos para defrontar o Olhanense na próxima eliminatória.
Apesar de não ter sido brilhante, a exibição de hoje permitiu que alguns jogadores sobressaíssem. O David Luiz fez uma óptima partida e a meio da 1ª parte teve que ficar com a braçadeira, porque o Luisão saiu lesionado. O Aimar, já se sabe, não consegue jogar mal e foi importante na nossa manobra atacante. O Saviola marcou um grande golo, mas continua distante da produção da época passada. No entanto, há que dizer a favor nele que nunca se esconde do jogo. O Júlio César foi importantíssimo no tal lance perto do fim e uma parte da qualificação deve-se sem dúvida a ele. Os substitutos (Sidnei, Salvio e Rúben Amorim, este já muito fim) entraram bem no jogo e o resto da equipa esteve regular.
Como disse o Jorge Jesus na conferência de imprensa no final, só as vitórias nos poderão moralizar. Conseguimos esta que foi importante, até porque estamos todos com desejo de voltar ao Jamor, e para a semana temos o último jogo do ano frente ao Rio Ave. Espero que este carrossel exibicional tenha terminado de vez e que possamos ser mais consistentes no futuro, porque caso contrário ficaremos longe dos nossos objectivos. Esta semana teremos dois sorteios (Taça de Portugal e Liga Europa) e vamos ver o que a sorte nos reserva, não esquecendo porém que antes temos de eliminar o Olhanense. Quanto à prova europeia, depois do inenarrável jogo de 3ª feira, iremos apanhar um adversário teoricamente mais difícil, já que não somos cabeças-de-série e, portanto, só nos resta desejar que a sorte não seja muito madrasta.
É indisfarçável que não atravessamos um bom período, já que em condições normais esta deveria ter sido uma partida ganha com muito mais facilidade. Criámos oportunidades mais do que suficientes para marcar o segundo golo bem antes do tempo de compensação. O Braga apresentou-se bastante desfalcado, quase não criou ocasiões de golo, mas o nosso nível exibicional não foi muito elevado. A equipa esteve mais concentrada do que na 3ª feira, utilizou amiúde mais velocidade e chegou ao intervalo a ganhar através de um golo do Saviola aos 38’. Antes disso, já o Carlos Martins, Maxi Pereira e Cardozo tinham tido boas oportunidades para marcar, mas nada.
Na 2ª parte, o Braga tentou subir mais no campo e deixou-nos mais espaço lá atrás. Aproveitámos para fazer contra-ataques bastante perigosos, mas evidenciando sempre dificuldades em meter a bola na baliza. O Braga pouco fazia, mas sem marcarmos o golo que dissipasse as dúvidas todas, ficámos à mercê de um lance fortuito que lhes desse o empate. O que só não aconteceu muito perto do fim, porque o Júlio César faz uma defesa soberba a um cabeceamento do Alan. Pouco depois, lá acabámos com a partida através de um golo de cabeça do Aimar, na sequência de um remate do Salvio ao poste e outro do Amorim para boa defesa do guarda-redes. À terceira foi de vez e assim lá nos qualificámos para defrontar o Olhanense na próxima eliminatória.
Apesar de não ter sido brilhante, a exibição de hoje permitiu que alguns jogadores sobressaíssem. O David Luiz fez uma óptima partida e a meio da 1ª parte teve que ficar com a braçadeira, porque o Luisão saiu lesionado. O Aimar, já se sabe, não consegue jogar mal e foi importante na nossa manobra atacante. O Saviola marcou um grande golo, mas continua distante da produção da época passada. No entanto, há que dizer a favor nele que nunca se esconde do jogo. O Júlio César foi importantíssimo no tal lance perto do fim e uma parte da qualificação deve-se sem dúvida a ele. Os substitutos (Sidnei, Salvio e Rúben Amorim, este já muito fim) entraram bem no jogo e o resto da equipa esteve regular.
Como disse o Jorge Jesus na conferência de imprensa no final, só as vitórias nos poderão moralizar. Conseguimos esta que foi importante, até porque estamos todos com desejo de voltar ao Jamor, e para a semana temos o último jogo do ano frente ao Rio Ave. Espero que este carrossel exibicional tenha terminado de vez e que possamos ser mais consistentes no futuro, porque caso contrário ficaremos longe dos nossos objectivos. Esta semana teremos dois sorteios (Taça de Portugal e Liga Europa) e vamos ver o que a sorte nos reserva, não esquecendo porém que antes temos de eliminar o Olhanense. Quanto à prova europeia, depois do inenarrável jogo de 3ª feira, iremos apanhar um adversário teoricamente mais difícil, já que não somos cabeças-de-série e, portanto, só nos resta desejar que a sorte não seja muito madrasta.
quarta-feira, dezembro 08, 2010
D-e-p-l-o-r-á-v-e-l!
A segunda exibição vergonhosa no espaço de quatro dias custou-nos uma derrota caseira (1-2) frente ao Schalke. Só não saímos das competições europeias porque o Lyon marcou aos 88’ e assim empatou com o Hapoel de Telavive, caso contrário o opróbrio seria muito maior.
Como já disse aqui, se há coisa que eu não desculpo aos jogadores do Benfica é exibirem falta de vontade em campo. Tudo o resto pode falhar, menos a vontade de lutar por um resultado melhor. É inadmissível a 1ª parte que fizemos. A má escolha da equipa por parte do Jesus não pode ser vir de desculpa. Parecia que os jogadores estavam simplesmente a fazer um frete em campo. Sem velocidade, sem alegria, sem garra, sem capacidade de luta foi um z-e-r-o absoluto. Claro que só poderíamos ir para o intervalo a perder.
A 2ª parte continuou na mesma toada apesar das duas substituições logo no início. Não saía nada bem, mas os jogadores também não se esforçavam muito para que tal acontecesse. Em França, o Lyon marcou primeiro, mas o Hapoel ripostou logo e com dois golos. Na Luz, o Schalke fazia o 0-2. Só nessa altura é que os jogadores do Benfica se dignaram a jogar um bocadinho à bola. Claro que foi tarde demais. Apenas conseguimos marcar um golo, o que naturalmente não impediu uma derrota lamentável em casa.
Já terão reparado que não mencionei nenhum jogador do Benfica e não vou fazê-lo até ao final do post. Acho que o mínimo que deveriam fazer era darem ao clube os 800.000€ que perdemos hoje. Já que não lutaram pelo prestígio, não lutaram pela honra, não lutaram pela camisola que envergam e, com isso tudo, custaram essa quantia ao clube, ao menos que assumissem isso e a repusessem. As consequências desta exibição miserável só as veremos no dia do sorteio, já que não seremos cabeças-de-série no sorteio da Liga Europa e entre o Liverpool e o Steaua de Bucareste, por exemplo, há uma pequena diferença…
O Rui Costa foi à sala de imprensa no final do jogo assumir responsabilidades pelo fracasso desta participação na Champions. Só lhe fica bem. Relembrou que ainda estamos envolvidos em quatro competições e prometeu que ninguém lá dentro vai baixar os braços. Espero sinceramente ver isso reflectido em campo, já que estes últimos dois jogos deixaram-me seriamente apreensivo. E o que mais me preocupa é ver o Jesus dizer uma coisa nas conferências de imprensa antes dos jogos ("ir longe na Liga Europa") e suceder exactamente o contrário em campo no dia seguinte. Caso não arrepiemos caminho e demonstremos vontade em… jogar à bola(!), esta época vai ser muuuuuuuito longa… E bem podem falar nos três pontos que temos a menos do que no ano passado, que tenho a certeza que o grau de preocupação dos adeptos não vai ser nada amenizado. Há um ano estava mesmo a ver-se (vá… com bastante probabilidade) o que iria acontecer, este ano é a mesma coisa. Só que, neste caso, infelizmente.
P.S. - Há coisas que sinceramente não entendo… Por uma questão de princípio, nunca assobiei nem assobio um jogador do Benfica (e hoje essa questão de princípio foi o que me valeu mesmo…), mas nem tanto ao mar nem tanto à terra. Cheguei a ouvir palmas no final da partida! Desculpem?! Come again?! Depois daquilo ainda se bate palmas?! Ou as palmas eram para o Lyon e eu não percebi?
Como já disse aqui, se há coisa que eu não desculpo aos jogadores do Benfica é exibirem falta de vontade em campo. Tudo o resto pode falhar, menos a vontade de lutar por um resultado melhor. É inadmissível a 1ª parte que fizemos. A má escolha da equipa por parte do Jesus não pode ser vir de desculpa. Parecia que os jogadores estavam simplesmente a fazer um frete em campo. Sem velocidade, sem alegria, sem garra, sem capacidade de luta foi um z-e-r-o absoluto. Claro que só poderíamos ir para o intervalo a perder.
A 2ª parte continuou na mesma toada apesar das duas substituições logo no início. Não saía nada bem, mas os jogadores também não se esforçavam muito para que tal acontecesse. Em França, o Lyon marcou primeiro, mas o Hapoel ripostou logo e com dois golos. Na Luz, o Schalke fazia o 0-2. Só nessa altura é que os jogadores do Benfica se dignaram a jogar um bocadinho à bola. Claro que foi tarde demais. Apenas conseguimos marcar um golo, o que naturalmente não impediu uma derrota lamentável em casa.
Já terão reparado que não mencionei nenhum jogador do Benfica e não vou fazê-lo até ao final do post. Acho que o mínimo que deveriam fazer era darem ao clube os 800.000€ que perdemos hoje. Já que não lutaram pelo prestígio, não lutaram pela honra, não lutaram pela camisola que envergam e, com isso tudo, custaram essa quantia ao clube, ao menos que assumissem isso e a repusessem. As consequências desta exibição miserável só as veremos no dia do sorteio, já que não seremos cabeças-de-série no sorteio da Liga Europa e entre o Liverpool e o Steaua de Bucareste, por exemplo, há uma pequena diferença…
O Rui Costa foi à sala de imprensa no final do jogo assumir responsabilidades pelo fracasso desta participação na Champions. Só lhe fica bem. Relembrou que ainda estamos envolvidos em quatro competições e prometeu que ninguém lá dentro vai baixar os braços. Espero sinceramente ver isso reflectido em campo, já que estes últimos dois jogos deixaram-me seriamente apreensivo. E o que mais me preocupa é ver o Jesus dizer uma coisa nas conferências de imprensa antes dos jogos ("ir longe na Liga Europa") e suceder exactamente o contrário em campo no dia seguinte. Caso não arrepiemos caminho e demonstremos vontade em… jogar à bola(!), esta época vai ser muuuuuuuito longa… E bem podem falar nos três pontos que temos a menos do que no ano passado, que tenho a certeza que o grau de preocupação dos adeptos não vai ser nada amenizado. Há um ano estava mesmo a ver-se (vá… com bastante probabilidade) o que iria acontecer, este ano é a mesma coisa. Só que, neste caso, infelizmente.
P.S. - Há coisas que sinceramente não entendo… Por uma questão de princípio, nunca assobiei nem assobio um jogador do Benfica (e hoje essa questão de princípio foi o que me valeu mesmo…), mas nem tanto ao mar nem tanto à terra. Cheguei a ouvir palmas no final da partida! Desculpem?! Come again?! Depois daquilo ainda se bate palmas?! Ou as palmas eram para o Lyon e eu não percebi?
sábado, dezembro 04, 2010
Exibição miserável
E o futebol tem destas coisas: a pior exibição desta época (da era Jesus?) correspondeu a uma vitória 2-0 frente ao Olhanense. Costuma dizer-se que se salvou o resultado, mas depois do jogo que fizemos no passado Domingo em Aveiro, não estava nada à espera de ver isto… A sensação que deu, durante a maior parte do encontro, é que os jogadores do Benfica estavam a fazer um frete em campo. Faltou garra, faltou alegria, faltou vontade, faltou tudo aquilo que tivemos a rodos no ano passado.
A equipa foi praticamente a mesma de Aveiro (com o Aimar no lugar do Carlos Martins), o que torna as coisas ainda mais incompreensíveis. Espero que tenha sido só uma noite má, porque não é com exibições como esta que conseguiremos algo este ano. Até ganhámos esta partida, mas se jogarmos assim frente ao Schalke e ao Braga duvido muito que vençamos. Quando a primeira jogada de jeito é feita aos 40’ está tudo dito. Graças ao Moretto e ao seu frango monumental (retiro imediatamente todo o mal que sempre disse dele…), conseguimos ir para o intervalo em vantagem com mais um golo do Cardozo, que assim igualou o Magnusson como o maior goleador estrangeiro da história do Benfica com 84 golos (continuem a dizer que ele não corre, não presta, não se esforça, etc…). Mas foram do Roberto as duas mais difíceis defesas da 1ª parte.
Na 2ª parte, o Jesus colocou o Carlos Martins no lugar do Gaitán e as coisas melhoraram, mas pouco. Continuámos sem velocidade nenhuma, sem criar desequilíbrios atacantes e a deixar correr o marfim. O que vale é que defendemos melhor e o Olhanense praticamente não criou perigo, com excepção de um golo (bem) anulado por fora-de-jogo. Com a entrada do Salvio para o lugar ao Aimar, conseguimos ter um pouco de velocidade e a criar algumas oportunidades. O Cardozo atirou ao poste e marcámos o chamado golo da tranquilidade aos 81’ pelo Saviola, na sequência de um canto do Carlos Martins com desvio do David Luiz ao primeiro poste. Até final, não fizemos mais nada de relevante e este jogo vai entrar rapidamente na galeria daquele que é melhor mesmo só relembrar o resultado.
Com uma exibição destas, quase nem que apetece destacar ninguém em termos individuais, mas achei o Rúben Amorim dos menos maus e o Roberto importante para não ficarmos a perder logo na 1ª parte. Ah, e apesar de nem sempre ter feito tudo bem, o Cardozo lá marcou mais um e atirou outra bola ao poste. Ou seja, cumpriu a sua principal função.
As próximas duas partidas vão ser fundamentais na época: conseguir a qualificação para a Liga Europa e seguir em frente na Taça de Portugal é o mínimo que se exige aos jogadores nesta altura. O Jesus olha para os números do campeonato e diz que estamos apenas com menos três pontos que na época passada. Sim, é verdade, mas convém olhar um pouco mais além: também durante o Mundial da África do Sul, houve quem ficasse contente com o empate de Portugal frente à Costa do Marfim e se risse da derrota da Espanha frente à Suíça, quando as exibições das duas selecções foram diametralmente opostas e anteciparam o que acabou por acontecer depois. Não melhoremos o nosso nível exibicional e depois venham chorar no final da época…
A equipa foi praticamente a mesma de Aveiro (com o Aimar no lugar do Carlos Martins), o que torna as coisas ainda mais incompreensíveis. Espero que tenha sido só uma noite má, porque não é com exibições como esta que conseguiremos algo este ano. Até ganhámos esta partida, mas se jogarmos assim frente ao Schalke e ao Braga duvido muito que vençamos. Quando a primeira jogada de jeito é feita aos 40’ está tudo dito. Graças ao Moretto e ao seu frango monumental (retiro imediatamente todo o mal que sempre disse dele…), conseguimos ir para o intervalo em vantagem com mais um golo do Cardozo, que assim igualou o Magnusson como o maior goleador estrangeiro da história do Benfica com 84 golos (continuem a dizer que ele não corre, não presta, não se esforça, etc…). Mas foram do Roberto as duas mais difíceis defesas da 1ª parte.
Na 2ª parte, o Jesus colocou o Carlos Martins no lugar do Gaitán e as coisas melhoraram, mas pouco. Continuámos sem velocidade nenhuma, sem criar desequilíbrios atacantes e a deixar correr o marfim. O que vale é que defendemos melhor e o Olhanense praticamente não criou perigo, com excepção de um golo (bem) anulado por fora-de-jogo. Com a entrada do Salvio para o lugar ao Aimar, conseguimos ter um pouco de velocidade e a criar algumas oportunidades. O Cardozo atirou ao poste e marcámos o chamado golo da tranquilidade aos 81’ pelo Saviola, na sequência de um canto do Carlos Martins com desvio do David Luiz ao primeiro poste. Até final, não fizemos mais nada de relevante e este jogo vai entrar rapidamente na galeria daquele que é melhor mesmo só relembrar o resultado.
Com uma exibição destas, quase nem que apetece destacar ninguém em termos individuais, mas achei o Rúben Amorim dos menos maus e o Roberto importante para não ficarmos a perder logo na 1ª parte. Ah, e apesar de nem sempre ter feito tudo bem, o Cardozo lá marcou mais um e atirou outra bola ao poste. Ou seja, cumpriu a sua principal função.
As próximas duas partidas vão ser fundamentais na época: conseguir a qualificação para a Liga Europa e seguir em frente na Taça de Portugal é o mínimo que se exige aos jogadores nesta altura. O Jesus olha para os números do campeonato e diz que estamos apenas com menos três pontos que na época passada. Sim, é verdade, mas convém olhar um pouco mais além: também durante o Mundial da África do Sul, houve quem ficasse contente com o empate de Portugal frente à Costa do Marfim e se risse da derrota da Espanha frente à Suíça, quando as exibições das duas selecções foram diametralmente opostas e anteciparam o que acabou por acontecer depois. Não melhoremos o nosso nível exibicional e depois venham chorar no final da época…
segunda-feira, novembro 29, 2010
Tacuara!
Dois golos e uma assistência do Cardozo permitiram-nos vencer em Aveiro (3-1), isolar-nos no 2º lugar do campeonato e ficar a oito pontos do primeiro, já que o CRAC empatou no WC. Era uma partida importantíssima para esconjurarmos o pesadelo israelita e aproveitarmos o deslize do CRAC. A vitória foi conseguida com uma muito boa exibição durante boa parte do jogo.
Entrámos de forma excelente, com velocidade e determinação para alcançarmos o golo o mais rapidamente possível. A titularidade do Rúben Amorim permitiu-nos ter mais consistência no meio-campo e não perdemos em termos atacantes. O Saviola atirou à barra e o Sr. Bruno Paixão não viu uma mão do tamanho do mundo na grande-área. Só por isto não chegámos mais cedo à vantagem, que acabou por surgir muito perto do intervalo pelo Cardozo na sequência de um penalty sobre ele próprio. Foi num canto em que o paraguaio foi puxado de uma maneira tão escandalosa que o Sr. Bruno Paixão não teve outro remédio que não marcar penalty.
Na 2ª parte, o Beira-Mar reagiu bem, chegou a atirar uma bola ao poste, mas nós também já tínhamos falhado um golo incrível pelo Cardozo. No entanto, ainda bem que não foi golo, já que o lance deveria ter sido invalidado por fora-de-jogo do Amorim. Aos 59’, o paraguaio voltou a provar porque é um dos melhores pontas-de-lança da história do nosso clube: golão num remate em arco na sequência de um contra-ataque. Mas não era tudo dele, já que sete minutos depois fez uma jogada brilhante e ofereceu o golo ao Saviola, que finalmente voltou a marcar. A partida estava ganha, o Jesus começou a fazer substituições para poupar jogadores e o Beira-Mar ainda chegou ao golo através de uma bola parada (para não variar…).
Em termos individuais, é óbvio que o destaque vai inteirinho para o Cardozo: dois golos e uma assistência justificam-no perfeitamente. Privilegiados somos nós em poder contar com um jogador tão decisivo na nossa equipa. Está lá para marcar golos e marca-os com uma regularidade impressionante. Também gostei muito do Amorim, que deve ter conquistado o lugar na direita do meio-campo e, bem vistas as coisas, é o mais aproximado do Ramires que temos. O Carlos Martins não esteve mal e compensou a ausência do Aimar por lesão. O Javi García foi outro que se salientou e todo o resto da equipa esteve regular.
Temos agora quatro jogos consecutivos em casa para três competições antes do Natal e não se espera outra coisa que não quatro vitórias. Com o regresso do Cardozo ficamos mais fortes no ataque, com maior poder de concretização e com todas as condições para estabilizarmos as nossas exibições. É fundamental que estes jogos nos catapultem para um 2011 melhor que estes últimos meses de 2010. Se as conseguirmos, seguiremos em frente na Taça de Portugal, qualificar-nos-emos para a Liga Europa e seguiremos isolados no 2º lugar. E, acima de tudo, entraremos confiantes no novo ano. Que é precisamente o que nos está a faltar este ano: confiança para voltarmos a ser a equipa que atemorizava os adversários na época passada.
Entrámos de forma excelente, com velocidade e determinação para alcançarmos o golo o mais rapidamente possível. A titularidade do Rúben Amorim permitiu-nos ter mais consistência no meio-campo e não perdemos em termos atacantes. O Saviola atirou à barra e o Sr. Bruno Paixão não viu uma mão do tamanho do mundo na grande-área. Só por isto não chegámos mais cedo à vantagem, que acabou por surgir muito perto do intervalo pelo Cardozo na sequência de um penalty sobre ele próprio. Foi num canto em que o paraguaio foi puxado de uma maneira tão escandalosa que o Sr. Bruno Paixão não teve outro remédio que não marcar penalty.
Na 2ª parte, o Beira-Mar reagiu bem, chegou a atirar uma bola ao poste, mas nós também já tínhamos falhado um golo incrível pelo Cardozo. No entanto, ainda bem que não foi golo, já que o lance deveria ter sido invalidado por fora-de-jogo do Amorim. Aos 59’, o paraguaio voltou a provar porque é um dos melhores pontas-de-lança da história do nosso clube: golão num remate em arco na sequência de um contra-ataque. Mas não era tudo dele, já que sete minutos depois fez uma jogada brilhante e ofereceu o golo ao Saviola, que finalmente voltou a marcar. A partida estava ganha, o Jesus começou a fazer substituições para poupar jogadores e o Beira-Mar ainda chegou ao golo através de uma bola parada (para não variar…).
Em termos individuais, é óbvio que o destaque vai inteirinho para o Cardozo: dois golos e uma assistência justificam-no perfeitamente. Privilegiados somos nós em poder contar com um jogador tão decisivo na nossa equipa. Está lá para marcar golos e marca-os com uma regularidade impressionante. Também gostei muito do Amorim, que deve ter conquistado o lugar na direita do meio-campo e, bem vistas as coisas, é o mais aproximado do Ramires que temos. O Carlos Martins não esteve mal e compensou a ausência do Aimar por lesão. O Javi García foi outro que se salientou e todo o resto da equipa esteve regular.
Temos agora quatro jogos consecutivos em casa para três competições antes do Natal e não se espera outra coisa que não quatro vitórias. Com o regresso do Cardozo ficamos mais fortes no ataque, com maior poder de concretização e com todas as condições para estabilizarmos as nossas exibições. É fundamental que estes jogos nos catapultem para um 2011 melhor que estes últimos meses de 2010. Se as conseguirmos, seguiremos em frente na Taça de Portugal, qualificar-nos-emos para a Liga Europa e seguiremos isolados no 2º lugar. E, acima de tudo, entraremos confiantes no novo ano. Que é precisamente o que nos está a faltar este ano: confiança para voltarmos a ser a equipa que atemorizava os adversários na época passada.
quinta-feira, novembro 25, 2010
Inconcebível!
Perdemos 0-3 em Telavive frente ao Hapoel e fomos eliminados da Liga dos Campeões. Apesar de a derrota não espelhar o que se passou no jogo, o resultado é uma vergonha no nosso palmarés. Perder 0-3 com a Naval 1º de Maio da Champions é algo que não estaria nem nos nossos piores pesadelos. Resta-nos ganhar ao Schalke no último jogo, ganhar os 800.000€ da vitória e encarar a Liga Europa como um troféu a conquistar! Ouviram, srs. jogadores do Benfica, a Liga Europa é para tentar ganhar!
Entrámos bem na partida, mas quando começámos a falhar golos em catadupa, tive logo um mau pressentimento. O Hapoel foi lá uma vez aos 24’ e, através de um livre, uma cabeçada com desvio no David Luiz deu o 0-1. Nós continuámos a dominar a partida e a falhar golos. A 2ª parte foi mais do mesmo, os israelitas a defender, nós a atacar, mas marcar nada. O Hapoel foi lá uma 2ª vez num canto aos 74’ e fez o 0-2. Um lance com mais ressaltos caricatos e grandes desconcentrações defensivas. E ainda fez o 0-3 já nos descontos. Uma partida inglória, em que tivemos mais de 20(!) cantos, não-sei-quantos remates, mas acabámos por sofrer uma derrota inacreditável. Espero que se tirem as ilações devidas, porque o que fica é o resultado e nós NUNCA poderíamos ter perdido por estes números frente a uma equipa que está perfeitamente ao nosso alcance. Os jogadores que se mentalizem que o ano passado lá vai e este está a ir por muito mau caminho: já é o 3º recorde negativo que batemos (maior número de derrotas nas quatro primeiras jornadas, 0-5 na pocilga e 0 pontos e 0-7 em golos nos três jogos fora da Champions). E o Jorge Jesus que faça qualquer coisa, porque a equipa parece amorfa e com falta de crença quando as coisas não lhe começam a correr bem.
Nem me passa pela cabeça que não nos apuremos para a Liga Europa e nem que não ganhemos em Aveiro no próximo Domingo. Esta derrota doeu imenso, mas temos um prestígio a recuperar. Algo que só será feito se a nossa participação na Liga Europa for até muito longe. É bom que toda a gente dentro do Benfica se mentalize disto. Como diria um amigo meu, eu quero os originais do ano passado que os clones deste não estão a dar conta do recado!
Entrámos bem na partida, mas quando começámos a falhar golos em catadupa, tive logo um mau pressentimento. O Hapoel foi lá uma vez aos 24’ e, através de um livre, uma cabeçada com desvio no David Luiz deu o 0-1. Nós continuámos a dominar a partida e a falhar golos. A 2ª parte foi mais do mesmo, os israelitas a defender, nós a atacar, mas marcar nada. O Hapoel foi lá uma 2ª vez num canto aos 74’ e fez o 0-2. Um lance com mais ressaltos caricatos e grandes desconcentrações defensivas. E ainda fez o 0-3 já nos descontos. Uma partida inglória, em que tivemos mais de 20(!) cantos, não-sei-quantos remates, mas acabámos por sofrer uma derrota inacreditável. Espero que se tirem as ilações devidas, porque o que fica é o resultado e nós NUNCA poderíamos ter perdido por estes números frente a uma equipa que está perfeitamente ao nosso alcance. Os jogadores que se mentalizem que o ano passado lá vai e este está a ir por muito mau caminho: já é o 3º recorde negativo que batemos (maior número de derrotas nas quatro primeiras jornadas, 0-5 na pocilga e 0 pontos e 0-7 em golos nos três jogos fora da Champions). E o Jorge Jesus que faça qualquer coisa, porque a equipa parece amorfa e com falta de crença quando as coisas não lhe começam a correr bem.
Nem me passa pela cabeça que não nos apuremos para a Liga Europa e nem que não ganhemos em Aveiro no próximo Domingo. Esta derrota doeu imenso, mas temos um prestígio a recuperar. Algo que só será feito se a nossa participação na Liga Europa for até muito longe. É bom que toda a gente dentro do Benfica se mentalize disto. Como diria um amigo meu, eu quero os originais do ano passado que os clones deste não estão a dar conta do recado!
quinta-feira, novembro 18, 2010
Bem-vinda de volta, selecção!
Quando a selecção joga no Estádio da Luz, eu faço sempre questão de a ir ver ao vivo principalmente por causa de um motivo: impedir que algum lagarto ou algum adepto do CRAC ocupe, e assim polua, o meu lugar! Mas ainda vacilei para este jogo, por causa dos 25€ do bilhete para ir ver uma partida a feijões. Só que a perspectiva de ver os campeões da Europa e do Mundo também falou alto e lá me decidi a ir. Estava eu à espera de me regozijar futebolisticamente com os Xavis, Iniestas e David Villas, e eis senão quando a selecção portuguesa enfia quatro secos à Espanha, conseguindo a maior vitória de sempre perante os nossos vizinhos.
O título do post revela naturalmente a satisfação que sinto por ver que a selecção voltou aos tempos em que nos entusiasmava a todos. Desde a altura do Scolari que não produzíamos uma exibição tão boa e, caso a Federação fizesse o que deveria ter feito logo a seguir ao Mundial, neste momento estaríamos certamente com um pé e meio no Euro 2012. Sim, o jogo era particular, mas eu estive no estádio e não me pareceu que a Espanha tivesse ido para lá brincar. O que só valoriza a nossa vitória. O Paulo Bento limitou-se a continuar fazer aquilo que qualquer treinador de jeito faria: colocar os jogadores nas suas posições e motivá-los. A diferença de alegria no jogo em relação aos tempos negros do Queiroz é abissal e as próprias declarações dos jogadores revelam isso. Deixámos de ter o Ricardo Costa a lateral-direito, o Pepe a trinco e o Moutinho e o Carlos Martins fora dos convocados. Tudo coisas simples que qualquer leigo percebe, mas que era areia demais para a camioneta de um certo “professor”…
Só voltamos a ter jogos oficiais em Junho, mas se até lá pudermos ter particulares contra boas selecções, e não potências futebolísticas como Cabo Verde ou Moçambique, isso será bom para que a selecção possa crescer. Agora que temos um treinador, há todas as condições para isso.
O título do post revela naturalmente a satisfação que sinto por ver que a selecção voltou aos tempos em que nos entusiasmava a todos. Desde a altura do Scolari que não produzíamos uma exibição tão boa e, caso a Federação fizesse o que deveria ter feito logo a seguir ao Mundial, neste momento estaríamos certamente com um pé e meio no Euro 2012. Sim, o jogo era particular, mas eu estive no estádio e não me pareceu que a Espanha tivesse ido para lá brincar. O que só valoriza a nossa vitória. O Paulo Bento limitou-se a continuar fazer aquilo que qualquer treinador de jeito faria: colocar os jogadores nas suas posições e motivá-los. A diferença de alegria no jogo em relação aos tempos negros do Queiroz é abissal e as próprias declarações dos jogadores revelam isso. Deixámos de ter o Ricardo Costa a lateral-direito, o Pepe a trinco e o Moutinho e o Carlos Martins fora dos convocados. Tudo coisas simples que qualquer leigo percebe, mas que era areia demais para a camioneta de um certo “professor”…
Só voltamos a ter jogos oficiais em Junho, mas se até lá pudermos ter particulares contra boas selecções, e não potências futebolísticas como Cabo Verde ou Moçambique, isso será bom para que a selecção possa crescer. Agora que temos um treinador, há todas as condições para isso.
segunda-feira, novembro 15, 2010
O melhor golo do ano
Regressámos às vitórias e às goleadas frente à Naval (4-0) numa partida essencial para apagar a péssima imagem da semana passada. Ainda por cima, estávamos bastante desfalcados para esta partida por causa dos castigados (Luisão, Maxi Pereira e Carlos Martins) e lesionados (Javi García, já para não falar do Cardozo), pelo que um triunfo era absolutamente fundamental.
Marcámos muito cedo (aos 10’ pelo Kardec), mas a 1ª parte foi muito repartida. A Naval não trouxe o autocarro, atirou duas bolas ao poste e proporcionou ao Roberto uma grande defesa. Quanto a nós, estivemos bem nos primeiros 20’, em que o guarda-redes contrário não permitiu ao Aimar marcar por duas vezes, mas com a aproximação do intervalo fomos baixando de produção. Como a partida estava, era fundamental alargar a vantagem no marcador, já que o adversário revelava capacidade para marcar.
A 2ª parte foi bastante diferente e para isso muito contribuiu o 2-0 logo aos 47’ pelo Gaitán, num excelente remate fora da área depois de uma bonita combinação entre o Aimar e o Salvio. Era um excelente reinício de jogo que foi abrilhantado por novo golo do Gaitán aos 62’, na sequência de outra boa jogada do Salvio. A questão do vencedor estava resolvida. A partir daqui, libertámo-nos e conseguimos alguns lances brilhantes, principalmente através dos suspeitos do costume: Aimar e Saviola. Até que aos 86’, o Jesus lá se convenceu em dar uns minutitos ao nosso capitão. E foi do Nuno Gomes o momento do jogo: marcou o golo do ano aos 89'! Interceptou uma bola atrasada ao guarda-redes e, mesmo com ele à ilharga, conseguiu fazer o 4-0 de um ângulo já um pouco complicado. Escusado será dizer que foi o golo que festejei mais, porque os golos do Nuno Gomes são golos do Benfica e à Benfica. São golos de todos nós, adeptos, porque também é um o que os marca. Só espero é que o Jesus se convença de vez que, para jogar 20 minutitos, ele é muito mais útil que Jaras e outros que tais. Porque pode não ter (e não tem) a capacidade física de outros tempos, mas dá 10-0 a outros avançados utilizados mais regularmente, em termos de inteligência de jogo. E com pouco mais de 30’ de tempo de utilização total na época tem um golo e uma assistência. Não é para todos…
O melhor em campo foi o Gaitán. Dois grandes golos justificam esta distinção e espero que estes lhe dêem confiança para subir a sua produção. O Salvio esteve ligado a três golos e demonstra mais à-vontade que em partidas passadas. O Aimar não sabe jogar mal e algumas combinações com o Saviola deixaram água na boca. O Saviola esteve um pouco melhor que em partidas passadas, mas quando chega à parte de rematar à baliza as coisas ainda estão muito tremidas. Surpreendentemente batidos em mais do que um lance foram o David Luiz e o Fábio Coentrão, que terão feito o jogo menos conseguido deste ano. Acontece.
Com o golo apontado pelo Nuno Gomes, recuperámos o 2º lugar da classificação por causa da diferença de golos. Com o regresso dos castigados e a recuperação dos lesionados, ficaremos mais fortes e conto que esta vitória tenha sequência no futuro. Graças à cimeira da Nato estamos de folga no próximo fim-de-semana de Taça de Portugal, pelo que temos mais tempo de preparação para o jogo em Israel. Onde se espera nada menos que uma vitória.
Marcámos muito cedo (aos 10’ pelo Kardec), mas a 1ª parte foi muito repartida. A Naval não trouxe o autocarro, atirou duas bolas ao poste e proporcionou ao Roberto uma grande defesa. Quanto a nós, estivemos bem nos primeiros 20’, em que o guarda-redes contrário não permitiu ao Aimar marcar por duas vezes, mas com a aproximação do intervalo fomos baixando de produção. Como a partida estava, era fundamental alargar a vantagem no marcador, já que o adversário revelava capacidade para marcar.
A 2ª parte foi bastante diferente e para isso muito contribuiu o 2-0 logo aos 47’ pelo Gaitán, num excelente remate fora da área depois de uma bonita combinação entre o Aimar e o Salvio. Era um excelente reinício de jogo que foi abrilhantado por novo golo do Gaitán aos 62’, na sequência de outra boa jogada do Salvio. A questão do vencedor estava resolvida. A partir daqui, libertámo-nos e conseguimos alguns lances brilhantes, principalmente através dos suspeitos do costume: Aimar e Saviola. Até que aos 86’, o Jesus lá se convenceu em dar uns minutitos ao nosso capitão. E foi do Nuno Gomes o momento do jogo: marcou o golo do ano aos 89'! Interceptou uma bola atrasada ao guarda-redes e, mesmo com ele à ilharga, conseguiu fazer o 4-0 de um ângulo já um pouco complicado. Escusado será dizer que foi o golo que festejei mais, porque os golos do Nuno Gomes são golos do Benfica e à Benfica. São golos de todos nós, adeptos, porque também é um o que os marca. Só espero é que o Jesus se convença de vez que, para jogar 20 minutitos, ele é muito mais útil que Jaras e outros que tais. Porque pode não ter (e não tem) a capacidade física de outros tempos, mas dá 10-0 a outros avançados utilizados mais regularmente, em termos de inteligência de jogo. E com pouco mais de 30’ de tempo de utilização total na época tem um golo e uma assistência. Não é para todos…
O melhor em campo foi o Gaitán. Dois grandes golos justificam esta distinção e espero que estes lhe dêem confiança para subir a sua produção. O Salvio esteve ligado a três golos e demonstra mais à-vontade que em partidas passadas. O Aimar não sabe jogar mal e algumas combinações com o Saviola deixaram água na boca. O Saviola esteve um pouco melhor que em partidas passadas, mas quando chega à parte de rematar à baliza as coisas ainda estão muito tremidas. Surpreendentemente batidos em mais do que um lance foram o David Luiz e o Fábio Coentrão, que terão feito o jogo menos conseguido deste ano. Acontece.
Com o golo apontado pelo Nuno Gomes, recuperámos o 2º lugar da classificação por causa da diferença de golos. Com o regresso dos castigados e a recuperação dos lesionados, ficaremos mais fortes e conto que esta vitória tenha sequência no futuro. Graças à cimeira da Nato estamos de folga no próximo fim-de-semana de Taça de Portugal, pelo que temos mais tempo de preparação para o jogo em Israel. Onde se espera nada menos que uma vitória.
terça-feira, novembro 09, 2010
Leitura obrigatória
O melhor elogio que posso fazer a este texto do meu amigo Artur é que poderia ter sido eu a escrevê-lo.
P.S. - No entanto, é ÓBVIO que não me passa pela cabeça qualquer mudança na equipa técnica neste momento. Despedir um treinador campeão na 1ª parte da época seguinte é digno de um clube "diferente"... Ainda há objectivos a atingir e as contas fazem-se sempre (espero eu) no final das épocas. Lembro-me bem do grande erro que foi o timing do despedimento do Fernando Santos...
P.S. - No entanto, é ÓBVIO que não me passa pela cabeça qualquer mudança na equipa técnica neste momento. Despedir um treinador campeão na 1ª parte da época seguinte é digno de um clube "diferente"... Ainda há objectivos a atingir e as contas fazem-se sempre (espero eu) no final das épocas. Lembro-me bem do grande erro que foi o timing do despedimento do Fernando Santos...
segunda-feira, novembro 08, 2010
Descalabro
Perdemos em casa do CRAC por inacreditáveis 0-5 e dissemos adeus à revalidação do título. Com 10 pontos de atraso para o 1º lugar, é praticamente impossível a recuperação, mesmo ainda faltando 20 jogos para o final do campeonato. Depois do título conquistado de forma brilhante no ano passado, o Jesus entra na história negativa do Benfica ao ter a maior derrota de sempre em casa do CRAC.
Agradeço ao nosso treinador ter-me tirado os poucos nervos que eu já tinha antes do jogo. Com a nomeação do Sr. Pedro Proença nunca acreditei numa vitória nossa (lembro-me muito bem disto), mas a réstia de esperança foi-se quando soube a equipa inicial. Se há coisa que eu sempre critiquei são os treinadores que têm rasgos de génios antes de jogos importantes e inventam na constituição da equipa (o nome Jesualdo vem-me logo à cabeça). Foi o que fez o Jesus ao colocar o Sidnei de início. Não só entrou um jogador sem ritmo nenhum, como deslocou o David Luiz para a esquerda (uma tragédia, já que o Hulk fez o que quis dele) e o Fábio Coentrão para a extrema-esquerda (ele, que foi fabuloso a defesa contra o Lyon). Ou seja, mexeu em três posições ao mesmo tempo. Foi um erro crasso, com três golos nos primeiros 30’, e todos pelo lado esquerdo da nossa defesa, a confirmaram-no. A colocação do Saviola no banco também não correu nada bem, embora neste caso eu até tenha percebido a sua opção, pela má forma do argentino, aliada às boas exibições do Aimar, Carlos Martins e Salvio (no jogo contra o Lyon). Só que, depois do jogo, sim, acabou por ser outro erro.
O descontrolo emocional dos jogadores do Benfica é outro sinal que algo não vai bem. Já não é a 1ª vez e é inadmissível que um jogador como o Luisão agrida um adversário à cotovelada, principalmente com 0-3 no marcador. O resultado disso foi que sofremos mais dois golos. Ele, como capitão, deveria ser o primeiro a dar o exemplo e não esteve nada bem. Por outro lado, as atitudes do Maxi Pereira (ao rematar a bola para longe com o jogo já parado) e do Coentrão (entrada a pés juntos em que, por acaso, tocou na bola), ambos já com amarelo, foram outro sintoma que andamos muito instáveis em termos emocionais. O que, sinceramente, não se compreende.
Com o campeonato perdido, é bom no entanto que os jogadores do Benfica se mentalizem que a época não acabou. O 2º lugar é obrigatório, há duas taças para vencer e as provas europeias para disputar. Neste caso, sinceramente, preferia que fôssemos à Liga Europa. Dinheiro à parte, era uma boa oportunidade para a tentar vencer (está-me atravessada desde o ano passado…). Ir para os oitavos-de-final da Champions no 2º lugar do grupo, apanhar um colosso e ir borda fora logo no início de Março é algo que não me entusiasma nada. Preferiria que tivéssemos uma real oportunidade de voltar a ganhar um troféu europeu e assim salvar minimamente a época. Sim, porque apesar de gostar muito da Taça de Portugal, uma vitória nela não salvaria a temporada.
Agradeço ao nosso treinador ter-me tirado os poucos nervos que eu já tinha antes do jogo. Com a nomeação do Sr. Pedro Proença nunca acreditei numa vitória nossa (lembro-me muito bem disto), mas a réstia de esperança foi-se quando soube a equipa inicial. Se há coisa que eu sempre critiquei são os treinadores que têm rasgos de génios antes de jogos importantes e inventam na constituição da equipa (o nome Jesualdo vem-me logo à cabeça). Foi o que fez o Jesus ao colocar o Sidnei de início. Não só entrou um jogador sem ritmo nenhum, como deslocou o David Luiz para a esquerda (uma tragédia, já que o Hulk fez o que quis dele) e o Fábio Coentrão para a extrema-esquerda (ele, que foi fabuloso a defesa contra o Lyon). Ou seja, mexeu em três posições ao mesmo tempo. Foi um erro crasso, com três golos nos primeiros 30’, e todos pelo lado esquerdo da nossa defesa, a confirmaram-no. A colocação do Saviola no banco também não correu nada bem, embora neste caso eu até tenha percebido a sua opção, pela má forma do argentino, aliada às boas exibições do Aimar, Carlos Martins e Salvio (no jogo contra o Lyon). Só que, depois do jogo, sim, acabou por ser outro erro.
O descontrolo emocional dos jogadores do Benfica é outro sinal que algo não vai bem. Já não é a 1ª vez e é inadmissível que um jogador como o Luisão agrida um adversário à cotovelada, principalmente com 0-3 no marcador. O resultado disso foi que sofremos mais dois golos. Ele, como capitão, deveria ser o primeiro a dar o exemplo e não esteve nada bem. Por outro lado, as atitudes do Maxi Pereira (ao rematar a bola para longe com o jogo já parado) e do Coentrão (entrada a pés juntos em que, por acaso, tocou na bola), ambos já com amarelo, foram outro sintoma que andamos muito instáveis em termos emocionais. O que, sinceramente, não se compreende.
Com o campeonato perdido, é bom no entanto que os jogadores do Benfica se mentalizem que a época não acabou. O 2º lugar é obrigatório, há duas taças para vencer e as provas europeias para disputar. Neste caso, sinceramente, preferia que fôssemos à Liga Europa. Dinheiro à parte, era uma boa oportunidade para a tentar vencer (está-me atravessada desde o ano passado…). Ir para os oitavos-de-final da Champions no 2º lugar do grupo, apanhar um colosso e ir borda fora logo no início de Março é algo que não me entusiasma nada. Preferiria que tivéssemos uma real oportunidade de voltar a ganhar um troféu europeu e assim salvar minimamente a época. Sim, porque apesar de gostar muito da Taça de Portugal, uma vitória nela não salvaria a temporada.
quarta-feira, novembro 03, 2010
Sabor amargo
Vencemos o Lyon por 4-3 e, com o empate do Schalke em Telavive, recolocámo-nos na rota da qualificação, que será conseguida se ganharmos os dois jogos que faltam. Se me oferecessem este resultado antes do jogo, eu aceitá-lo-ia sem pestanejar, mas depois de estar a ganhar por 4-0 aos 75’ este desfecho deixa um grande amargo de boca. Conseguimos o mais importante, sim, a vitória, mas por causa de desconcentrações imperdoáveis não estamos numa posição tão boa quanto a que estaríamos se a partida tivesse terminado aos 75’. Mas já lá vamos.
Com a indisposição do Aimar, entrou o Salvio e o Carlos Martins jogou no meio. Comentava ao intervalo com os meus companheiros de bancada que, se calhar, há males que vêm por bem. O Aimar está em grande forma, mas o que é certo é que, com as quatro assistências, o Martins cumpriu na perfeição o seu papel e assim o génio argentino também descansou para o jogo na casa do CRAC. Sofremos dois golos no início da partida, bem anulados por fora-de-jogo e mão e, a partir daí, fomos letais na concretização. 3-0 ao intervalo com golos do Kardec, Fábio Coentrão e Javi García, o primeiro e o último de bola parada.
Na 2ª parte, estávamos a gerir muito bem a partida e, num contra-ataque venenoso na sequência de um canto contra nós, o Coentrão bisou num magnífico chapéu fora da área aos 67’. A partir daqui e com as substituições (entradas do Jara, Weldon e Felipe Menezes), a equipa relaxou, caiu a pique o os franceses marcaram três golos em 15’. É inadmissível que tenhamos estragado uma óptima exibição com uma parte final digna de uma equipa amadora.
Individualmente destaco o Coentrão e o Carlos Martins. Quanto ao primeiro, acho que podemos começar a nos despedir dele. Com exibições deste calibre, não vamos vê-lo de águia ao peito durante muito mais tempo. Espero é que, desta vez, alguém saia MESMO pela cláusula de rescisão. Se alguém vale os 30 milhões de euros, é ele, e qualquer valor abaixo disso será um péssimo negócio para o Benfica! O Martins fez as quatro assistências e isso diz tudo. No entanto, foi um erro o Jesus não ter colocado o Airton quando teve que o tirar por causa das cãibras aos 75’. O Menezes não existiu precisamente quando o Lyon começou a pressionar-nos. O Salvio foi uma muito agradável surpresa, especialmente na 1ª parte. Espero que tenha sido o início de uma bela temporada da parte dele. Toda a equipa tem culpas no que se passou nos últimos 15’, mas o frango do Roberto no 4-3 não estava mesmo no programa. Esperava que esses tempos já tivessem passado de vez.
A última imagem é o que fica e confesso que saí do estádio muito chateado. Eu sei que ganhámos, mas aquela parte final do encontro já fez mossa. Aos 75’ estávamos com um golo em atraso para o Schalke e agora temos quatro. E a diferença de golos pode ser muito importante para o apuramento: com um empate nosso em Israel e uma vitória alemã frente aos franceses, uma vitória por 2-0 na última jornada não será suficiente… Mas mais importante que tudo é que perdemos as (poucas, é certo) possibilidades que tínhamos de chegar ao 1º lugar do grupo. Para isso, ganhando nós os dois jogos, bastaria que o Lyon perdesse na Alemanha, mas agora terá igualmente de não ganhar em casa ao Hapoel. Ou seja, quase impossível. E a diferença entre ficar em 1º ou 2º na Champions, como estão as classificações dos grupos neste momento, é a diferença entre o Copenhaga e o Barcelona, ou o Spartak de Moscovo e o Chelsea. I rest my case! E eu já disse várias vezes que entre ficar nos oitavos-de-final da Liga do Campeões e ir mais longe na Liga Europa, prefiro esta última. Eu sei, o dinheiro e tal, mas eu gosto é de títulos.
Para além destas contas, é evidente que 4-3 não é o mesmo que 4-0 para a moral dos jogadores. São os mesmos três pontos, mas os níveis de confiança são completamente diferentes e isso pode ser muito importante para o próximo jogo. Ainda para mais, nas circunstâncias em que esse 4-3 aconteceu. E aquele lance do Roberto foi uma chatice ter acontecido nesta altura. Vamos ver o que acontecerá no próximo Domingo, mas foi uma pena não termos obtido um resultado histórico.
P.S. – Que arbitragem miserável! Os lances divididos eram sempre contra nós. Faltas semelhantes eram-no para um lado e não para o outro. E no alívio para canto do Maxi de que resulta o 4-2, parece-me claramente que há, pelo menos, dois jogadores do Lyon fora-de-jogo. O sr. Craig Alexander Thomson é um nome a recordar!
Com a indisposição do Aimar, entrou o Salvio e o Carlos Martins jogou no meio. Comentava ao intervalo com os meus companheiros de bancada que, se calhar, há males que vêm por bem. O Aimar está em grande forma, mas o que é certo é que, com as quatro assistências, o Martins cumpriu na perfeição o seu papel e assim o génio argentino também descansou para o jogo na casa do CRAC. Sofremos dois golos no início da partida, bem anulados por fora-de-jogo e mão e, a partir daí, fomos letais na concretização. 3-0 ao intervalo com golos do Kardec, Fábio Coentrão e Javi García, o primeiro e o último de bola parada.
Na 2ª parte, estávamos a gerir muito bem a partida e, num contra-ataque venenoso na sequência de um canto contra nós, o Coentrão bisou num magnífico chapéu fora da área aos 67’. A partir daqui e com as substituições (entradas do Jara, Weldon e Felipe Menezes), a equipa relaxou, caiu a pique o os franceses marcaram três golos em 15’. É inadmissível que tenhamos estragado uma óptima exibição com uma parte final digna de uma equipa amadora.
Individualmente destaco o Coentrão e o Carlos Martins. Quanto ao primeiro, acho que podemos começar a nos despedir dele. Com exibições deste calibre, não vamos vê-lo de águia ao peito durante muito mais tempo. Espero é que, desta vez, alguém saia MESMO pela cláusula de rescisão. Se alguém vale os 30 milhões de euros, é ele, e qualquer valor abaixo disso será um péssimo negócio para o Benfica! O Martins fez as quatro assistências e isso diz tudo. No entanto, foi um erro o Jesus não ter colocado o Airton quando teve que o tirar por causa das cãibras aos 75’. O Menezes não existiu precisamente quando o Lyon começou a pressionar-nos. O Salvio foi uma muito agradável surpresa, especialmente na 1ª parte. Espero que tenha sido o início de uma bela temporada da parte dele. Toda a equipa tem culpas no que se passou nos últimos 15’, mas o frango do Roberto no 4-3 não estava mesmo no programa. Esperava que esses tempos já tivessem passado de vez.
A última imagem é o que fica e confesso que saí do estádio muito chateado. Eu sei que ganhámos, mas aquela parte final do encontro já fez mossa. Aos 75’ estávamos com um golo em atraso para o Schalke e agora temos quatro. E a diferença de golos pode ser muito importante para o apuramento: com um empate nosso em Israel e uma vitória alemã frente aos franceses, uma vitória por 2-0 na última jornada não será suficiente… Mas mais importante que tudo é que perdemos as (poucas, é certo) possibilidades que tínhamos de chegar ao 1º lugar do grupo. Para isso, ganhando nós os dois jogos, bastaria que o Lyon perdesse na Alemanha, mas agora terá igualmente de não ganhar em casa ao Hapoel. Ou seja, quase impossível. E a diferença entre ficar em 1º ou 2º na Champions, como estão as classificações dos grupos neste momento, é a diferença entre o Copenhaga e o Barcelona, ou o Spartak de Moscovo e o Chelsea. I rest my case! E eu já disse várias vezes que entre ficar nos oitavos-de-final da Liga do Campeões e ir mais longe na Liga Europa, prefiro esta última. Eu sei, o dinheiro e tal, mas eu gosto é de títulos.
Para além destas contas, é evidente que 4-3 não é o mesmo que 4-0 para a moral dos jogadores. São os mesmos três pontos, mas os níveis de confiança são completamente diferentes e isso pode ser muito importante para o próximo jogo. Ainda para mais, nas circunstâncias em que esse 4-3 aconteceu. E aquele lance do Roberto foi uma chatice ter acontecido nesta altura. Vamos ver o que acontecerá no próximo Domingo, mas foi uma pena não termos obtido um resultado histórico.
P.S. – Que arbitragem miserável! Os lances divididos eram sempre contra nós. Faltas semelhantes eram-no para um lado e não para o outro. E no alívio para canto do Maxi de que resulta o 4-2, parece-me claramente que há, pelo menos, dois jogadores do Lyon fora-de-jogo. O sr. Craig Alexander Thomson é um nome a recordar!
sábado, outubro 30, 2010
Génio
Vencemos o Paços de Ferreira por 2-0, atingindo a 5ª vitória consecutiva e o 5º jogo seguido sem sofrer golos. Igualmente muito importante foi não termos visto nenhum cartão amarelo, tendo assim todos os jogadores disponíveis para a visita à pocilga. Para além disso, bastaram 12 segundos para o Aimar justificar o dinheiro gasto num bilhete de época.
Tenho que dizer que foi das melhores partidas que assisti na Luz este ano. O Paços esteve a léguas de fazer o tipo de futebol que a maior parte dos adversários vem fazer ao nosso Estádio. Antes pelo contrário, criou bastante perigo, nomeadamente na 1ª parte e até chegou ao final desta com mais remates do que nós. Mas esta partida vai ser lembrada no futuro pelo tal lance genial do Aimar aos 14’. Partindo ainda do nosso meio-campo, fintou três adversários, tirou um quarto do caminho com uma simulação de corpo e marcou um golo monumental de fora da área. O dinheiro do bilhete de época está mais que justificado! Até aos 20’ /25’ fizemos talvez a melhor exibição da temporada, mas depois baixámos de rendimento e o Paços aproveitou para continuar a testar o Roberto.
Na 2ª parte, entrámos muito desconcentrados nos primeiros 10’, mas depois lá nos recompusemos e marcámos o golo que nos descansou através de um penalty convertido pelo Kardec aos 65’. No estádio pareceu-me que o jogador do Paços tocou na bola e, portanto, não seria penalty. Mas, vendo na televisão, o lance é muito confuso porque há um toque quase simultâneo na bola e no Coentrão. A partir do 2-0, o Paços caiu a pique e só foi pena que nos minutos finais não tivéssemos aumentado a vantagem. Seria um resultado provavelmente injusto, mas estamos em crise e os detentores do cartão de crédito do Benfica agradecem o maior número de golos possível.
Individualmente, para além do génio argentino há que destacar o Roberto. Esteve seguríssimo e impediu em mais do que uma ocasião o golo do Paços. O Coentrão voltou à equipa e regressou na (boa) forma de sempre. Menos bem estiveram o Saviola (muito lutador, mas muito infeliz em várias acções do jogo), o Kardec (pareceu-me um pouco perdido em campo) e, principalmente, o César Peixoto (que jogo pavoroso!).
Recebemos o Lyon já na próxima 3ª feira e vamos ver se conseguimos que esta senda vitoriosa no campeonato contagie a Champions. Teremos um problema já que o Gaitán não poderá jogar e provavelmente lá vamos ter que levar com o César Peixoto outra vez. Mas já se sabe que a prioridade é o campeonato e, nesse sentido, é impreterível ir ganhar à pocilga. Duvido é que nos deixem, mas isso já é outra conversa…
Tenho que dizer que foi das melhores partidas que assisti na Luz este ano. O Paços esteve a léguas de fazer o tipo de futebol que a maior parte dos adversários vem fazer ao nosso Estádio. Antes pelo contrário, criou bastante perigo, nomeadamente na 1ª parte e até chegou ao final desta com mais remates do que nós. Mas esta partida vai ser lembrada no futuro pelo tal lance genial do Aimar aos 14’. Partindo ainda do nosso meio-campo, fintou três adversários, tirou um quarto do caminho com uma simulação de corpo e marcou um golo monumental de fora da área. O dinheiro do bilhete de época está mais que justificado! Até aos 20’ /25’ fizemos talvez a melhor exibição da temporada, mas depois baixámos de rendimento e o Paços aproveitou para continuar a testar o Roberto.
Na 2ª parte, entrámos muito desconcentrados nos primeiros 10’, mas depois lá nos recompusemos e marcámos o golo que nos descansou através de um penalty convertido pelo Kardec aos 65’. No estádio pareceu-me que o jogador do Paços tocou na bola e, portanto, não seria penalty. Mas, vendo na televisão, o lance é muito confuso porque há um toque quase simultâneo na bola e no Coentrão. A partir do 2-0, o Paços caiu a pique e só foi pena que nos minutos finais não tivéssemos aumentado a vantagem. Seria um resultado provavelmente injusto, mas estamos em crise e os detentores do cartão de crédito do Benfica agradecem o maior número de golos possível.
Individualmente, para além do génio argentino há que destacar o Roberto. Esteve seguríssimo e impediu em mais do que uma ocasião o golo do Paços. O Coentrão voltou à equipa e regressou na (boa) forma de sempre. Menos bem estiveram o Saviola (muito lutador, mas muito infeliz em várias acções do jogo), o Kardec (pareceu-me um pouco perdido em campo) e, principalmente, o César Peixoto (que jogo pavoroso!).
Recebemos o Lyon já na próxima 3ª feira e vamos ver se conseguimos que esta senda vitoriosa no campeonato contagie a Champions. Teremos um problema já que o Gaitán não poderá jogar e provavelmente lá vamos ter que levar com o César Peixoto outra vez. Mas já se sabe que a prioridade é o campeonato e, nesse sentido, é impreterível ir ganhar à pocilga. Duvido é que nos deixem, mas isso já é outra conversa…
segunda-feira, outubro 25, 2010
Serviços mínimos
Vencemos o Portimonense no Estádio do Algarve por 1-0 e é a 3ª vez consecutiva que ganhamos por este resultado no campeonato. Foi uma partida em que a nossa superioridade foi inquestionável, mas que revelou igualmente que estamos muito distantes da época passada, em que perante um adversário tão fraco teríamos certamente goleado.
Com a lesão do Fábio Coentrão, a entrada do César Peixoto foi a única alteração em relação a Lyon. Entrámos muito devagar na partida, mas a meio da 1ª parte assumimos o controlo para não mais o perder. O guarda-redes Ventura, um dos inúmeros jogadores emprestados pelo CRAC ao Portimonense, começou a dar nas vistas e fez algumas defesas que impediram o nosso golo, nomeadamente a remates do David Luiz, Luisão e Saviola.
Na 2ª parte, tivemos a vantagem de marcar muito cedo (49’) através do Javi García, numa boa cabeçada na sequência de um livre. O mais difícil estava feito e, logo a seguir, um óptimo centro do Gaitán proporcionou à cabeça do Kardec o golo da tranquilidade, mas mais uma vez o guarda-redes teve uma boa intervenção. Até final, controlámos sempre o jogo, mas nunca tivemos aquela codícia pelo golo que nos caracterizava no ano passado. Mesmo assim, dois falhanços inacreditáveis do Jara impediram-nos de aumentar o resultado. O Portimonense nunca se mostrou capaz de nos criar problemas e, ao menos, em termos defensivos não tivemos grandes aflições.
Em termos individuais, o Luisão foi o melhor do Benfica. Está em grande forma, o capitão, sempre num ritmo muito elevado e, para ele, todos os adversários são iguais. Destaque igualmente para o Javi García pelo golo da vitória. O resto da equipa esteve regular, com alguns jogadores a tentarem inverter a forma menos exuberante em que estão, caso do Maxi Pereira, David Luiz e Saviola. Verdade seja dita, nunca se esconderam do jogo e até foram melhorando ao longo dos minutos, especialmente o Saviola. O nosso menor poder de fogo também não pode ser dissociado da falta do Cardozo. Eu até gosto do Kardec, só que não é realmente a mesma coisa… Por outro lado, se o Jara quer constituir-se como opção, não pode falhar golos daqueles. Então o segundo foi imperdoável.
Quarta vitória consecutiva, quarto jogo sem sofrer golos, no campeonato estamos a recuperar pelo menos a nível pontual. As exibições ainda deixam um pouco a desejar, mas nesta altura o mais importante é manter a regularidade das vitórias na Liga. Aproxima-se o jogo decisivo no Dragão e não é de espantar que tenhamos quatro(!) jogadores tapados por amarelos: Luisão, Javi García, Carlos Martins e Maxi Pereira. Aceitam-se apostas para ver quem ficará de fora daqui a duas jornadas…
Com a lesão do Fábio Coentrão, a entrada do César Peixoto foi a única alteração em relação a Lyon. Entrámos muito devagar na partida, mas a meio da 1ª parte assumimos o controlo para não mais o perder. O guarda-redes Ventura, um dos inúmeros jogadores emprestados pelo CRAC ao Portimonense, começou a dar nas vistas e fez algumas defesas que impediram o nosso golo, nomeadamente a remates do David Luiz, Luisão e Saviola.
Na 2ª parte, tivemos a vantagem de marcar muito cedo (49’) através do Javi García, numa boa cabeçada na sequência de um livre. O mais difícil estava feito e, logo a seguir, um óptimo centro do Gaitán proporcionou à cabeça do Kardec o golo da tranquilidade, mas mais uma vez o guarda-redes teve uma boa intervenção. Até final, controlámos sempre o jogo, mas nunca tivemos aquela codícia pelo golo que nos caracterizava no ano passado. Mesmo assim, dois falhanços inacreditáveis do Jara impediram-nos de aumentar o resultado. O Portimonense nunca se mostrou capaz de nos criar problemas e, ao menos, em termos defensivos não tivemos grandes aflições.
Em termos individuais, o Luisão foi o melhor do Benfica. Está em grande forma, o capitão, sempre num ritmo muito elevado e, para ele, todos os adversários são iguais. Destaque igualmente para o Javi García pelo golo da vitória. O resto da equipa esteve regular, com alguns jogadores a tentarem inverter a forma menos exuberante em que estão, caso do Maxi Pereira, David Luiz e Saviola. Verdade seja dita, nunca se esconderam do jogo e até foram melhorando ao longo dos minutos, especialmente o Saviola. O nosso menor poder de fogo também não pode ser dissociado da falta do Cardozo. Eu até gosto do Kardec, só que não é realmente a mesma coisa… Por outro lado, se o Jara quer constituir-se como opção, não pode falhar golos daqueles. Então o segundo foi imperdoável.
Quarta vitória consecutiva, quarto jogo sem sofrer golos, no campeonato estamos a recuperar pelo menos a nível pontual. As exibições ainda deixam um pouco a desejar, mas nesta altura o mais importante é manter a regularidade das vitórias na Liga. Aproxima-se o jogo decisivo no Dragão e não é de espantar que tenhamos quatro(!) jogadores tapados por amarelos: Luisão, Javi García, Carlos Martins e Maxi Pereira. Aceitam-se apostas para ver quem ficará de fora daqui a duas jornadas…
quinta-feira, outubro 21, 2010
Sem andamento
Perdemos em Lyon (0-2) e deixámos de ter margem de manobra nos próximos jogos para nos qualificarmos para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Foi uma partida que não nos correu nada bem e que demonstrou que ainda nos falta um bom bocado para podermos ganhar jogos a estas equipas mais cotadas.
Não entrámos mal na partida, com vontade de assumir o jogo, o que é sempre uma atitude salutar. O problema foi que desde o início errámos imensos passes. E, mais uma vez tal como em Gelsenkirchen, cometemos erros inadmissíveis que nos custaram o 1º golo. O Carlos Martins, que até estava a fazer um jogo muito razoável, perdeu infantilmente uma bola no nosso meio-campo, da qual resultou o golo do Lyon aos 21’. Os franceses eram bastante mais rápidos do que nós nas disputas de bola e naturalmente chegavam mais depressa à nossa baliza. Perto do intervalo, o Gaitán dominou mal uma bola e fez uma falta, disparate que lhe custou o segundo amarelo e a natural expulsão. As coisas tornavam-se muito complicadas.
O Jesus manteve a equipa para a 2ª parte, uma decisão que se revelou errada. O Lyon entrou a todo o gás e massacrou-nos durante os primeiros 15’, conseguindo o 2º golo aos 51’ pelo Lisandro. Nesta altura, cheguei a temer uma goleada, tal o desnorte que evidenciávamos. Curiosamente, ou talvez não, foi a entrada do César Peixoto para o lugar do inoperante Saviola que reequilibrou a equipa e tirou fôlego atacante aos franceses. No entanto, nunca chegámos a criar verdadeiro perigo e o Lyon controlou sempre o jogo, pelo que a vitória deles é mais que justa.
Individualmente, destaco o Fábio Coentrão e o Roberto. Digo desde já que será uma decisão péssima a todos os níveis se vendermos o Coentrão por menos dos 30 milhões da cláusula de rescisão. Sim, porque a jogar desta maneira e com esta consistência, infelizmente não o veremos muito mais tempo no Benfica. O guarda-redes espanhol fez algumas óptimas defesas na 2ª parte e está nitidamente a subir de forma. Se bem que bom, bom seria se tivesse feito uma defesa impossível no lance do 1º golo. O Kardec também esteve muito regular na luta desigual perante os centrais contrários. Todos os outros estiveram sofríveis, especialmente o Maxi Pereira, David Luiz e Saviola. A má forma destes três explica muita coisa desta nossa falta de andamento para estes jogos. Como diz um amigo meu, é favor devolverem os originais do ano passado que os clones deste ano não estão à altura…
Já referi várias vezes que eu gosto é de títulos, pelo que prefiro ganhar cinco Ligas Europa do que ir cinco vezes às meias-finais da Champions. Isto para dizer que se formos parar à Liga Europa não será um desastre, mas é óbvio que espero que o Benfica ganhe os próximos jogos e, portanto, continue na Liga dos Campeões. No entanto, estejamos conscientes que o nosso grande objectivo é o campeonato e é para aí que temos que apontar todas as nossas baterias. Dito isto, é fundamental ganhar frente ao Portimonense no Domingo.
Não entrámos mal na partida, com vontade de assumir o jogo, o que é sempre uma atitude salutar. O problema foi que desde o início errámos imensos passes. E, mais uma vez tal como em Gelsenkirchen, cometemos erros inadmissíveis que nos custaram o 1º golo. O Carlos Martins, que até estava a fazer um jogo muito razoável, perdeu infantilmente uma bola no nosso meio-campo, da qual resultou o golo do Lyon aos 21’. Os franceses eram bastante mais rápidos do que nós nas disputas de bola e naturalmente chegavam mais depressa à nossa baliza. Perto do intervalo, o Gaitán dominou mal uma bola e fez uma falta, disparate que lhe custou o segundo amarelo e a natural expulsão. As coisas tornavam-se muito complicadas.
O Jesus manteve a equipa para a 2ª parte, uma decisão que se revelou errada. O Lyon entrou a todo o gás e massacrou-nos durante os primeiros 15’, conseguindo o 2º golo aos 51’ pelo Lisandro. Nesta altura, cheguei a temer uma goleada, tal o desnorte que evidenciávamos. Curiosamente, ou talvez não, foi a entrada do César Peixoto para o lugar do inoperante Saviola que reequilibrou a equipa e tirou fôlego atacante aos franceses. No entanto, nunca chegámos a criar verdadeiro perigo e o Lyon controlou sempre o jogo, pelo que a vitória deles é mais que justa.
Individualmente, destaco o Fábio Coentrão e o Roberto. Digo desde já que será uma decisão péssima a todos os níveis se vendermos o Coentrão por menos dos 30 milhões da cláusula de rescisão. Sim, porque a jogar desta maneira e com esta consistência, infelizmente não o veremos muito mais tempo no Benfica. O guarda-redes espanhol fez algumas óptimas defesas na 2ª parte e está nitidamente a subir de forma. Se bem que bom, bom seria se tivesse feito uma defesa impossível no lance do 1º golo. O Kardec também esteve muito regular na luta desigual perante os centrais contrários. Todos os outros estiveram sofríveis, especialmente o Maxi Pereira, David Luiz e Saviola. A má forma destes três explica muita coisa desta nossa falta de andamento para estes jogos. Como diz um amigo meu, é favor devolverem os originais do ano passado que os clones deste ano não estão à altura…
Já referi várias vezes que eu gosto é de títulos, pelo que prefiro ganhar cinco Ligas Europa do que ir cinco vezes às meias-finais da Champions. Isto para dizer que se formos parar à Liga Europa não será um desastre, mas é óbvio que espero que o Benfica ganhe os próximos jogos e, portanto, continue na Liga dos Campeões. No entanto, estejamos conscientes que o nosso grande objectivo é o campeonato e é para aí que temos que apontar todas as nossas baterias. Dito isto, é fundamental ganhar frente ao Portimonense no Domingo.
domingo, outubro 17, 2010
Estreia satisfatória
Goleámos o Arouca por 5-1 e arrancámos da melhor maneira uma caminhada na Taça de Portugal que eu espero que só termine no Jamor. Já há cinco anos que não marcamos presença numa final da Taça e há seis anos que não a vencemos. E eu gosto imenso de ir ver o Benfica ao Estádio Nacional.
Ao contrário do que normalmente se faz nos jogos perante equipas de escalões secundários, o Jesus só deu descanso aos jogadores que estiveram nas selecções. O jogo começou um pouco equilibrado, porque nós estávamos a deixar correr o marfim. Não utilizámos a velocidade requerida para ultrapassar a defesa contrária e o Arouca aproveitava para jogar também no nosso meio-campo. A partida estava assim num certo impasse, quando uma boa jogada do Gaitán, e respectivo centro, encontrou a cabeça do Kardec aos 24’. Já se sabe que neste tipo de jogos o mais difícil costuma ser o 1º golo e mais uma vez isso confirmou-se. Pouco tempo depois, aos 31’, o Saviola, numa recarga a um cabeceamento do Sidnei ao poste na sequência de um livre, acabou com as (pequenas) dúvidas sobre o vencedor ao fazer o 2-0. O 3º surgiu mesmo antes do intervalo, outra vez pelo Kardec, e noutra bola parada (um canto).
A 2ª parte foi o que se esperava, com o Benfica a controlar perfeitamente o encontro e a tentar aqui e ali aumentar a vantagem. O que conseguimos em mais um livre em que o Luisão cabeceou com violência para dentro da baliza aos 66’. O 5-0 foi perto do fim (88’) numa boa jogada entre o Gaitán e o Nuno Gomes, em que o argentino se estreou finalmente a marcar com a nossa camisola. Infelizmente, uma inacreditável desatenção defensiva num canto permitiu ao Arouca marcou um golo já mesmo no final.
Foi um jogo relativamente calmo e em que fomos muito eficazes, como salientou o Jesus. Individualmente, não acho que alguém tenha feito uma exibição do outro mundo, mas o Kardec merece destaque pelos dois golos que marcou, que espero lhe dê confiança para os próximos jogos em que continuará a ser titular por causa da lesão do Cardozo. O Luisão continua a ser a indispensável voz de comando e marcou mais um golito de cabeça. O Gaitán esteve muito em jogo, mas nem sempre tomou as melhores decisões, insistindo muito em iniciativas individuais. O Saviola ainda está muito distante da forma do ano passado e o Salvio fez um jogo muito desinspirado. Espero que tenha sido só um mau dia da parte dele. O Sidnei também é daqueles jogadores que precisam de muitos jogos para adquirir a forma, o que no Benfica está longe de ser possível. E o Airton a defesa-direito foi uma experiência a não repetir.
Na próxima 4ª feira, temos uma partida importantíssima em Lyon que, se não perdermos, nos deixará bem colocados para seguirmos para os oitavos-de-final da Champions. Espero sinceramente que os portugueses que vieram tocados da selecção (para variar…) já estejam disponíveis.
Ao contrário do que normalmente se faz nos jogos perante equipas de escalões secundários, o Jesus só deu descanso aos jogadores que estiveram nas selecções. O jogo começou um pouco equilibrado, porque nós estávamos a deixar correr o marfim. Não utilizámos a velocidade requerida para ultrapassar a defesa contrária e o Arouca aproveitava para jogar também no nosso meio-campo. A partida estava assim num certo impasse, quando uma boa jogada do Gaitán, e respectivo centro, encontrou a cabeça do Kardec aos 24’. Já se sabe que neste tipo de jogos o mais difícil costuma ser o 1º golo e mais uma vez isso confirmou-se. Pouco tempo depois, aos 31’, o Saviola, numa recarga a um cabeceamento do Sidnei ao poste na sequência de um livre, acabou com as (pequenas) dúvidas sobre o vencedor ao fazer o 2-0. O 3º surgiu mesmo antes do intervalo, outra vez pelo Kardec, e noutra bola parada (um canto).
A 2ª parte foi o que se esperava, com o Benfica a controlar perfeitamente o encontro e a tentar aqui e ali aumentar a vantagem. O que conseguimos em mais um livre em que o Luisão cabeceou com violência para dentro da baliza aos 66’. O 5-0 foi perto do fim (88’) numa boa jogada entre o Gaitán e o Nuno Gomes, em que o argentino se estreou finalmente a marcar com a nossa camisola. Infelizmente, uma inacreditável desatenção defensiva num canto permitiu ao Arouca marcou um golo já mesmo no final.
Foi um jogo relativamente calmo e em que fomos muito eficazes, como salientou o Jesus. Individualmente, não acho que alguém tenha feito uma exibição do outro mundo, mas o Kardec merece destaque pelos dois golos que marcou, que espero lhe dê confiança para os próximos jogos em que continuará a ser titular por causa da lesão do Cardozo. O Luisão continua a ser a indispensável voz de comando e marcou mais um golito de cabeça. O Gaitán esteve muito em jogo, mas nem sempre tomou as melhores decisões, insistindo muito em iniciativas individuais. O Saviola ainda está muito distante da forma do ano passado e o Salvio fez um jogo muito desinspirado. Espero que tenha sido só um mau dia da parte dele. O Sidnei também é daqueles jogadores que precisam de muitos jogos para adquirir a forma, o que no Benfica está longe de ser possível. E o Airton a defesa-direito foi uma experiência a não repetir.
Na próxima 4ª feira, temos uma partida importantíssima em Lyon que, se não perdermos, nos deixará bem colocados para seguirmos para os oitavos-de-final da Champions. Espero sinceramente que os portugueses que vieram tocados da selecção (para variar…) já estejam disponíveis.
quarta-feira, outubro 13, 2010
Islândia - 1 - Portugal - 3
Repetimos o resultado da passada 6ª feira e respiramos um pouco melhor neste apuramento para o Euro 2012. Um empatezinho no Noruega-Dinamarca em Março permitir-nos-ia voltar a depender só de nós para o 1º lugar do grupo. É notório que a selecção está bastante melhor, os jogadores mais alegres e voltou a haver algumas jogadas brilhantes. Entrámos muito bem, com um golo do C. Ronaldo logo aos 3', não nos desconcentrámos com mais um frango do Eduardo de que resultou o empate e chegámos ao intervalo a vencer por 2-1 através do Raúl Meireles. Na 2ª parte, conseguimos controlar a Islândia, que não criou praticamente perigo nenhum e resolvemos a partida aos 73' com o Postiga a fazer o 3-1.
O Carlos Martins fez uma óptima 1ª parte, melhorando bastante em relação à Dinamarca, e o Fábio Coentrão não sabe jogar mal. O melhor em campo foi o C. Ronaldo, mas no geral toda a equipa se portou bem. Haverá um longo interregno competitivo (até Junho), no entanto parece que no próximo mês defrontaremos a Espanha num amigável. Será um bom teste para ver se esta subida da selecção é mesmo consistente.
P.S. - Como não há "bela sem senão", estas vitórias vão servir para camuflar tudo o que está errado na Federação e já se prepara a manutenção do status quo (leia-se Madaíl). Continuar-se-á na ilegalidade e com as mesmas caras de sempre. É uma tristeza...
O Carlos Martins fez uma óptima 1ª parte, melhorando bastante em relação à Dinamarca, e o Fábio Coentrão não sabe jogar mal. O melhor em campo foi o C. Ronaldo, mas no geral toda a equipa se portou bem. Haverá um longo interregno competitivo (até Junho), no entanto parece que no próximo mês defrontaremos a Espanha num amigável. Será um bom teste para ver se esta subida da selecção é mesmo consistente.
P.S. - Como não há "bela sem senão", estas vitórias vão servir para camuflar tudo o que está errado na Federação e já se prepara a manutenção do status quo (leia-se Madaíl). Continuar-se-á na ilegalidade e com as mesmas caras de sempre. É uma tristeza...
sábado, outubro 09, 2010
Ainda as escutas...
A propósito da falta de seriedade e honestidade intelectual dos comentadores afectos ao CRAC (eu acrescentaria da totalidade dos seus adeptos, porque ainda não vi/li/ouvi um único que condenasse o conteúdo das escutas), o Ricardo Araújo Pereira na sua crónica desta semana n' A Bola diz o seguinte:
"Só posso prometer que, se o presidente do Benfica for apanhado em escutas a indicar o caminho para sua casa a um árbitro nas vésperas de um jogo, a Leonor Pinhão, o Sílvio Cervan e eu viremos aqui escrever que esse tipo de conduta nos envergonha. E daremos razão a todos os adversários que não reconhecerem mérito a títulos conquistados à custa desse modelo de dirigismo desportivo. É pouco, mas é o que tenho para oferecer."
Subscrevo tudo isto a 100%. E até acrescento mais, não descansaria até que tais pessoas fossem corridas do nosso clube. Fossem quem fossem. Tivessem ganho o que tivessem ganho. E tenho a certeza que seríamos muitos a ter esta opinião, porque felizmente a maior parte dos adeptos do Benfica tem, ao contrário de outros de um certo clube, uma coluna vertebral sem tantas curvas como o circuito do Mónaco de Fórmula 1...
"Só posso prometer que, se o presidente do Benfica for apanhado em escutas a indicar o caminho para sua casa a um árbitro nas vésperas de um jogo, a Leonor Pinhão, o Sílvio Cervan e eu viremos aqui escrever que esse tipo de conduta nos envergonha. E daremos razão a todos os adversários que não reconhecerem mérito a títulos conquistados à custa desse modelo de dirigismo desportivo. É pouco, mas é o que tenho para oferecer."
Subscrevo tudo isto a 100%. E até acrescento mais, não descansaria até que tais pessoas fossem corridas do nosso clube. Fossem quem fossem. Tivessem ganho o que tivessem ganho. E tenho a certeza que seríamos muitos a ter esta opinião, porque felizmente a maior parte dos adeptos do Benfica tem, ao contrário de outros de um certo clube, uma coluna vertebral sem tantas curvas como o circuito do Mónaco de Fórmula 1...
sexta-feira, outubro 08, 2010
Portugal - 3 - Dinamarca - 1
Vencemos o nosso adversário teoricamente mais forte e o resultado prático disto é que não ficámos já arredados do Euro 2012. Foi uma boa vitória, com uma exibição agradável, especialmente na 2ª parte, que esperemos que nos relance para o resto do apuramento.
Entrámos a meio-gás e os dois primeiros golos, ambos pelo Nani, resultaram de falhas dos adversários em minutos praticamente consecutivos. A partir daqui, conseguimos ligar melhor as jogadas, já que os dinamarqueses tiveram que vir para a frente e permitiram-nos mais espaços. A 2ª parte foi bastante melhor, com imensas oportunidades, mas um autogolo do Ricardo Carvalho reduziu a nossa vantagem a cerca de 15' do fim e só descansámos com o golo do Cristiano Ronaldo aos 85'. Seria uma enorme injustiça se não vencêssemos esta partida.
O Paulo Bento entrou há muito pouco tempo, teve meia-dúzia de treinos, mas é notória a melhoria da equipa. O mérito não será todo dele, mas o que é certo é que voltámos a ter um treinador à frente da nossa selecção. Parece que os jogadores se aperceberam disso e resolveram jogar melhor. Quanto aos nossos, o Fábio Coentrão esteve em bom nível, mas o Carlos Martins foi menos preponderante do que no Glorioso. Antes assim que ao contrário... :-) Em relação aos outros, o Moutinho esteve muito bem e o C. Ronaldo também, mas este só na 2ª parte.
Na próxima 3ª feira, não se espera outra coisa que não uma vitória na Islândia. Caso contrário, poderemos começar a preparar o sofá para o Euro...
Entrámos a meio-gás e os dois primeiros golos, ambos pelo Nani, resultaram de falhas dos adversários em minutos praticamente consecutivos. A partir daqui, conseguimos ligar melhor as jogadas, já que os dinamarqueses tiveram que vir para a frente e permitiram-nos mais espaços. A 2ª parte foi bastante melhor, com imensas oportunidades, mas um autogolo do Ricardo Carvalho reduziu a nossa vantagem a cerca de 15' do fim e só descansámos com o golo do Cristiano Ronaldo aos 85'. Seria uma enorme injustiça se não vencêssemos esta partida.
O Paulo Bento entrou há muito pouco tempo, teve meia-dúzia de treinos, mas é notória a melhoria da equipa. O mérito não será todo dele, mas o que é certo é que voltámos a ter um treinador à frente da nossa selecção. Parece que os jogadores se aperceberam disso e resolveram jogar melhor. Quanto aos nossos, o Fábio Coentrão esteve em bom nível, mas o Carlos Martins foi menos preponderante do que no Glorioso. Antes assim que ao contrário... :-) Em relação aos outros, o Moutinho esteve muito bem e o C. Ronaldo também, mas este só na 2ª parte.
Na próxima 3ª feira, não se espera outra coisa que não uma vitória na Islândia. Caso contrário, poderemos começar a preparar o sofá para o Euro...
quinta-feira, outubro 07, 2010
Liberdade de expressão
Ou, neste caso, falta dela. Chamo a vossa atenção para este apelo urgente do meu amigo Pedro F. Ferreira sobre o que estão a tentar fazer ao António-Pedro Vasconcelos na sequência das suas palavras sobre as escutas do "Apito Dourado" no programa "Trio d'Ataque" da RTPN. É fundamental que ajamos!
segunda-feira, outubro 04, 2010
Importante
Um golão do Carlos Martins aos 74’ permitiu-nos derrotar o Braga por 1-0 e ultrapassá-lo na classificação. Se é certo que ainda estamos longe da forma da época passada, também é verdade que em termos defensivos as coisas melhoraram imenso e pela 3ª vez consecutiva na Liga não sofremos golos. E, claro que isso, é meio-caminho andado para a vitória, porque ainda não ficamos a zeros em jogos do campeonato.
Foi uma partida muito táctica, nem sempre bem jogada, mas a justiça da nossa vitória é indiscutível. Ao contrário do que prometera, o Domingos veio jogar para o pontinho, o Braga foi uma perfeita nulidade e, com excepção de um remate fora da área no final da 1ª parte muito bem defendido pelo Roberto, nunca conseguiu criar-nos perigo. Nós nem sempre jogámos com a velocidade que se impunha para bater a defesa contrária, mas mesmo assim tivemos boas oportunidades para marcar na 1ª parte, com destaque para um remate do Saviola que o Felipe, guarda-redes do Braga, defendeu superiormente.
Na 2ª parte, entrámos mal na partida e demorámos um pouco a recompor-nos. Mas o Braga continuava a ser inofensivo. Chegou mais perto da nossa área, mas remates com perigo à baliza nem vê-los. Nós também não criámos tantas oportunidades como em partidas anteriores, mas tivemos uma óptima chance aos 54’ novamente pelo Saviola, depois de uma assistência de cabeça do Kardec, em que o argentino quase na pequena-área rematou por cima. Até que a pouco mais de 15’ do fim veio finalmente o golo. Boa jogada pelo flanco esquerdo, com o Saviola a abrir na direita para o Carlos Martins que, depois de dominar com o pé direito, fuzilou com o esquerdo. Até final da partida, deu para a controlar com relativa tranquilidade, exceptuando uma sucessão de cantos que ainda causaram algum frisson. No último lance do encontro, o Coentrão falhou uma bola completamente isolado.
Em termos individuais, o melhor em campo foi obviamente o Carlos Martins. Um golão, uma série de remates muito perigosos e uma acção preponderante na nossa manobra de ataque fazem dele um dos jogadores do Benfica em melhor forma. Tal como o Luisão, absolutamente intransponível na defesa. O Javi García também fez um bom jogo, assim como o Aimar. E, já se sabe, que o Coentrão nunca joga mal. O Kardec que alinhou no lugar do lesionado Cardozo não teve grandes oportunidades de rematar à baliza, mas o que fez, fê-lo bem. Intermitente e a precisar de aprender quando largar a bola, esteve o Gaitán que fez no entanto duas arrancadas pelo meio muito boas. Numa forma menos exuberante estão o David Luiz, o Saviola (apesar da excelente abertura no Martins, falhou outra vez muito perto da baliza) e, principalmente, o Maxi Pereira (Amorim, é bom que voltes depressa). Embora, verdade seja dita, que o uruguaio tenha melhorado na 2ª parte. O Roberto continua a parecer outro, muito mais seguro e a transmitir essa mesma segurança ao resto da defesa. Além de voltar a ter feito uma enorme defesa.
Antes da paragem para as selecções, era muito importante consubstanciarmos a subida de forma e ganharmos a um rival directo, para podermos ter agora outra tranquilidade para os encontros que se seguem. Estamos provisoriamente no 2º lugar, mas espero bem que mais logo desçamos para 3º, porque seria sinal que o Guimarães tinha ganho ao CRAC.
Foi uma partida muito táctica, nem sempre bem jogada, mas a justiça da nossa vitória é indiscutível. Ao contrário do que prometera, o Domingos veio jogar para o pontinho, o Braga foi uma perfeita nulidade e, com excepção de um remate fora da área no final da 1ª parte muito bem defendido pelo Roberto, nunca conseguiu criar-nos perigo. Nós nem sempre jogámos com a velocidade que se impunha para bater a defesa contrária, mas mesmo assim tivemos boas oportunidades para marcar na 1ª parte, com destaque para um remate do Saviola que o Felipe, guarda-redes do Braga, defendeu superiormente.
Na 2ª parte, entrámos mal na partida e demorámos um pouco a recompor-nos. Mas o Braga continuava a ser inofensivo. Chegou mais perto da nossa área, mas remates com perigo à baliza nem vê-los. Nós também não criámos tantas oportunidades como em partidas anteriores, mas tivemos uma óptima chance aos 54’ novamente pelo Saviola, depois de uma assistência de cabeça do Kardec, em que o argentino quase na pequena-área rematou por cima. Até que a pouco mais de 15’ do fim veio finalmente o golo. Boa jogada pelo flanco esquerdo, com o Saviola a abrir na direita para o Carlos Martins que, depois de dominar com o pé direito, fuzilou com o esquerdo. Até final da partida, deu para a controlar com relativa tranquilidade, exceptuando uma sucessão de cantos que ainda causaram algum frisson. No último lance do encontro, o Coentrão falhou uma bola completamente isolado.
Em termos individuais, o melhor em campo foi obviamente o Carlos Martins. Um golão, uma série de remates muito perigosos e uma acção preponderante na nossa manobra de ataque fazem dele um dos jogadores do Benfica em melhor forma. Tal como o Luisão, absolutamente intransponível na defesa. O Javi García também fez um bom jogo, assim como o Aimar. E, já se sabe, que o Coentrão nunca joga mal. O Kardec que alinhou no lugar do lesionado Cardozo não teve grandes oportunidades de rematar à baliza, mas o que fez, fê-lo bem. Intermitente e a precisar de aprender quando largar a bola, esteve o Gaitán que fez no entanto duas arrancadas pelo meio muito boas. Numa forma menos exuberante estão o David Luiz, o Saviola (apesar da excelente abertura no Martins, falhou outra vez muito perto da baliza) e, principalmente, o Maxi Pereira (Amorim, é bom que voltes depressa). Embora, verdade seja dita, que o uruguaio tenha melhorado na 2ª parte. O Roberto continua a parecer outro, muito mais seguro e a transmitir essa mesma segurança ao resto da defesa. Além de voltar a ter feito uma enorme defesa.
Antes da paragem para as selecções, era muito importante consubstanciarmos a subida de forma e ganharmos a um rival directo, para podermos ter agora outra tranquilidade para os encontros que se seguem. Estamos provisoriamente no 2º lugar, mas espero bem que mais logo desçamos para 3º, porque seria sinal que o Guimarães tinha ganho ao CRAC.
quinta-feira, setembro 30, 2010
Lixado!
Perdemos 0-2 em casa do Schalke 04 e desperdiçámos uma óptima oportunidade para mantermos a candidatura ao 1º lugar do nosso grupo da Champions. A seguir às derrotas roubadas (tipo Guimarães) é este o tipo de jogo que me custa mais perder. Estou mesmo a palavra do título com “F” maiúsculo! Odeio ser derrotado quando salta a todas as vistas que não só somos inequivocamente melhores que o adversário, como este só vence por causa do nosso demérito. Quer dizer, até poderia ter sido um daqueles jogos em que dominamos os 90’, criamos algumas oportunidades, mas o adversário marca um golo com um remate fabuloso e indefensável. Paciência, teria sido “futebol”. Mas não, não foi nada disso, o que aumenta ainda mais a minha chateação é que os dois golos dos alemães resultaram de falhas infantis e imperdoáveis da nossa parte. Resumindo: deitámos três pontos e 800 mil euros à rua!
Entrámos na partida como eu gosto que o Benfica entre perante adversários que sabe que são inferiores a nós: a assumir o jogo, a atacar e a tentar criar oportunidades. Felizmente, longe vão os tempos desta vergonha. Só que a mesma equipa inicial da Madeira voltou a revelar, em menor grau, é certo, o mesmo desacerto na finalização do passado Sábado. A oportunidade perdida pelo Saviola, outra vez só com o guarda-redes pela frente, é um bom exemplo disso. Os alemães só criavam perigo através de bolas paradas e chegaram a marcar dois golos (bem) anulados por fora-de-jogo. Nós lá assumíamos o jogo, mas desta vez o que mais falhou foi o último passe ou a última recepção. Que é quase tão exasperante como falhar golos de baliza aberta. Perto do intervalo, o Roberto tem uma magnífica defesa depois de uma bola no poste que impediu o Schalke de chegar à imerecida vantagem.
Na 2ª parte, entrou o Salvio para o lugar do Gaitán, mas continuámos a produzir zero pelo flanco direito. A tendência da partida manteve-se: erros na recepção não nos permitiram ficar em boa posição para marcar. Há um lance em que o Saviola estava isolado, mas o Coentrão em fora-de-jogo também correu para a bola e fez anular a jogada, que quase me levou ao desespero. Aos 73’ aconteceu o primeiro erro inacreditável: o César Peixoto (que até estava a jogar bem...) falhou um cabeceamento na área e permitiu ao Farfán fazer o 1-0. E aos 85’ outro erro infantil: o David Luiz escorregou, não fez falta sobre o Raúl e permitiu o contra-ataque deste de que resultou o 2-0. Até final não conseguimos criar mais oportunidades já que nos desconcentrámos completamente, o que pode ter efeitos nefastos na qualificação, já que agora temos que ganhar 3-0 na Luz para ficarmos com vantagem no confronto directo com eles em caso de igualdade pontual. Caso tivéssemos feito o 2-1, bastaria um golito...
Individualmente, o destaque vai inteirinho para o Luisão. Grande jogo, grande personalidade, jogador insubstituível neste Benfica! Seguido de perto pelo Javi García que, quando foi batido a meio-campo num lance de contra-ataque, fez logo falta. Levou amarelo, mas possivelmente evitou um golo. Ouviste, David Luiz?! O Roberto também voltou a fazer uma daquelas defesas que valem pontos e não tem culpa nenhuma nos golos. De negativo há que realçar o César Peixoto e David Luiz (não parece o mesmo jogador do ano passado, que se passa?), como é óbvio, mas também o Gaitán, Salvio, o Maxi Pereira que ainda anda a diesel, e o Saviola que falhou aquilo que não podia falhar. Para estragar ainda mais a noite, o Cardozo lesionou-se, teve que ser substituído e, com um problema no joelho, vamos lá a ver quanto tempo vai ficar de fora.
Esta já passou, está na hora de nos concentramos no importante jogo de Domingo frente ao CRAC B, perdão, Braga e contra igualmente o Duarte Gomes. Não podemos perder mais pontos no campeonato, o Braga também vem de um resultado negativo na Liga dos Campeões e há que aproveitar para ultrapassar este adversário directo na classificação.
Entrámos na partida como eu gosto que o Benfica entre perante adversários que sabe que são inferiores a nós: a assumir o jogo, a atacar e a tentar criar oportunidades. Felizmente, longe vão os tempos desta vergonha. Só que a mesma equipa inicial da Madeira voltou a revelar, em menor grau, é certo, o mesmo desacerto na finalização do passado Sábado. A oportunidade perdida pelo Saviola, outra vez só com o guarda-redes pela frente, é um bom exemplo disso. Os alemães só criavam perigo através de bolas paradas e chegaram a marcar dois golos (bem) anulados por fora-de-jogo. Nós lá assumíamos o jogo, mas desta vez o que mais falhou foi o último passe ou a última recepção. Que é quase tão exasperante como falhar golos de baliza aberta. Perto do intervalo, o Roberto tem uma magnífica defesa depois de uma bola no poste que impediu o Schalke de chegar à imerecida vantagem.
Na 2ª parte, entrou o Salvio para o lugar do Gaitán, mas continuámos a produzir zero pelo flanco direito. A tendência da partida manteve-se: erros na recepção não nos permitiram ficar em boa posição para marcar. Há um lance em que o Saviola estava isolado, mas o Coentrão em fora-de-jogo também correu para a bola e fez anular a jogada, que quase me levou ao desespero. Aos 73’ aconteceu o primeiro erro inacreditável: o César Peixoto (que até estava a jogar bem...) falhou um cabeceamento na área e permitiu ao Farfán fazer o 1-0. E aos 85’ outro erro infantil: o David Luiz escorregou, não fez falta sobre o Raúl e permitiu o contra-ataque deste de que resultou o 2-0. Até final não conseguimos criar mais oportunidades já que nos desconcentrámos completamente, o que pode ter efeitos nefastos na qualificação, já que agora temos que ganhar 3-0 na Luz para ficarmos com vantagem no confronto directo com eles em caso de igualdade pontual. Caso tivéssemos feito o 2-1, bastaria um golito...
Individualmente, o destaque vai inteirinho para o Luisão. Grande jogo, grande personalidade, jogador insubstituível neste Benfica! Seguido de perto pelo Javi García que, quando foi batido a meio-campo num lance de contra-ataque, fez logo falta. Levou amarelo, mas possivelmente evitou um golo. Ouviste, David Luiz?! O Roberto também voltou a fazer uma daquelas defesas que valem pontos e não tem culpa nenhuma nos golos. De negativo há que realçar o César Peixoto e David Luiz (não parece o mesmo jogador do ano passado, que se passa?), como é óbvio, mas também o Gaitán, Salvio, o Maxi Pereira que ainda anda a diesel, e o Saviola que falhou aquilo que não podia falhar. Para estragar ainda mais a noite, o Cardozo lesionou-se, teve que ser substituído e, com um problema no joelho, vamos lá a ver quanto tempo vai ficar de fora.
Esta já passou, está na hora de nos concentramos no importante jogo de Domingo frente ao CRAC B, perdão, Braga e contra igualmente o Duarte Gomes. Não podemos perder mais pontos no campeonato, o Braga também vem de um resultado negativo na Liga dos Campeões e há que aproveitar para ultrapassar este adversário directo na classificação.
domingo, setembro 26, 2010
Menos cinco anos de vida…
Graças a um inacreditável desperdício só ganhámos 1-0 ao Marítimo na Madeira num resultado que não espelha nada o que se passou em campo. Foi a partida em que criámos mais oportunidades de golos, algumas delas de baliza aberta, e em que acabámos por sofrer um pouco no final sem necessidade nenhuma. O Marítimo não criou assim tanto perigo como isso, mas com a vantagem mínima no marcador ficámos sempre à mercê de um qualquer lance fortuito do adversário que igualasse o jogo. Seria uma injustiça tremenda e felizmente que isso não aconteceu.
Não entrámos tão fortes como é habitual, mas tivemos sempre o controlo da partida. O festival de desperdício na 1ª parte foi interpretado pelo Saviola (2x) e Gaitán. Ambos estiveram face-a-face com o guarda-redes, mas não conseguiram concretizar. Do lado contrário, o Roberto esteve muito bem ao impedir o golo do Marítimo numa defesa por instinto com o pé. Com o Aimar e o Rúben Amorim lesionados, foi o Gaitán a jogar pelo lado direito e o Carlos Martins no meio. O argentino confirmou que é bom jogador, mas precisa urgentemente de treinar os remates à baliza. O Fábio Coentrão a jogar novamente a extremo era o que mais velocidade imprimia ao nosso jogo. Claro que para chegarmos ao intervalo a zero muito contribuiu mais um ROUBO monumental, desta vez perpetrado pelo Sr. João Capela: o Saviola foi derrubado na área por dois adversários em carrinho(!) e penalty nem vê-lo.
Na 2ª parte, a tendência do jogo não só se manteve como se intensificou ainda mais. Continuámos a falhar golos como se não houvesse amanhã e pelo mais improvável dos jogadores: o Cardozo. Quem critica o paraguaio por não correr, não tabelar e não saber jogar de cabeça (tudo mentira, mas enfim) deve ter achado que ele fez um bom jogo. Tudo o que não foi rematar à baliza fez geralmente bem. Só que para mim, que acho que a função dele é meter a bola na baliza, o paraguaio deve ter feito a pior exibição com a nossa camisola. Falhou três golos feitos, dois só com o guarda-redes pela frente e um literalmente de baliza aberta. Posso agradecer principalmente a ele o facto de ir viver menos cinco anos… Aos 58’ marcámos finalmente o merecidíssimo golo, num bom remate cruzado do Fábio Coentrão. Atingíamos a vantagem no marcador, mas nessa altura já deveríamos ter um resultado igual ao do ano passado. Até final, o Roberto ainda voltou a fazer outra boa defesa num remate de longe e os nossos jogadores a falhar oportunidades de golo. Conseguimos o mais importante, sem dúvida, mas com um sofrimento absolutamente desnecessário.
Em termos individuais, o melhor em campo foi o Fábio Coentrão. O golo da vitória e uma série de arrancadas pela esquerda fazem dele a melhor opção para o lugar do Di María nos jogos fora. Como o César Peixoto tem cumprido na defesa, não há razões para mudar neste momento. Mas em casa e perante adversários mais fracos, eu recuaria o Coentrão para lateral. O Carlos Martins também continua em boa forma e conseguiu substituir bem o Aimar. Destaque igualmente para o Roberto, que está nitidamente a subir de forma. Continuo a achar que nunca conseguirá valer o dinheirão que pagámos por ele, mas estou bastante contente, como é óbvio, por se revelar um guarda-redes mais seguro. O Luisão não sabe jogar mal e dos que fizeram um jogo menos bom saliento o Cardozo e o Maxi Pereira, que teve muito trabalho com o Djalma e deve bem ter sentido a falta do Amorim. Quanto aos substitutos, o Salvio mostrou pormenores muito interessantes, o Jara tem que treinar o domínio da bola e o Airton deveria ter entrado mais cedo.
Terceira vitória seguida sem golos sofridos é sinal inequívoco que estamos a subir. Na próxima 4ª feira, vamos visitar o Schalke 04 e, se ganharmos, damos um passo muito importante quanto à qualificação para os oitavos da Champions. Mas fundamental mesmo é ganhar ao Braga no Domingo. Não podemos perder mais pontos.
Não entrámos tão fortes como é habitual, mas tivemos sempre o controlo da partida. O festival de desperdício na 1ª parte foi interpretado pelo Saviola (2x) e Gaitán. Ambos estiveram face-a-face com o guarda-redes, mas não conseguiram concretizar. Do lado contrário, o Roberto esteve muito bem ao impedir o golo do Marítimo numa defesa por instinto com o pé. Com o Aimar e o Rúben Amorim lesionados, foi o Gaitán a jogar pelo lado direito e o Carlos Martins no meio. O argentino confirmou que é bom jogador, mas precisa urgentemente de treinar os remates à baliza. O Fábio Coentrão a jogar novamente a extremo era o que mais velocidade imprimia ao nosso jogo. Claro que para chegarmos ao intervalo a zero muito contribuiu mais um ROUBO monumental, desta vez perpetrado pelo Sr. João Capela: o Saviola foi derrubado na área por dois adversários em carrinho(!) e penalty nem vê-lo.
Na 2ª parte, a tendência do jogo não só se manteve como se intensificou ainda mais. Continuámos a falhar golos como se não houvesse amanhã e pelo mais improvável dos jogadores: o Cardozo. Quem critica o paraguaio por não correr, não tabelar e não saber jogar de cabeça (tudo mentira, mas enfim) deve ter achado que ele fez um bom jogo. Tudo o que não foi rematar à baliza fez geralmente bem. Só que para mim, que acho que a função dele é meter a bola na baliza, o paraguaio deve ter feito a pior exibição com a nossa camisola. Falhou três golos feitos, dois só com o guarda-redes pela frente e um literalmente de baliza aberta. Posso agradecer principalmente a ele o facto de ir viver menos cinco anos… Aos 58’ marcámos finalmente o merecidíssimo golo, num bom remate cruzado do Fábio Coentrão. Atingíamos a vantagem no marcador, mas nessa altura já deveríamos ter um resultado igual ao do ano passado. Até final, o Roberto ainda voltou a fazer outra boa defesa num remate de longe e os nossos jogadores a falhar oportunidades de golo. Conseguimos o mais importante, sem dúvida, mas com um sofrimento absolutamente desnecessário.
Em termos individuais, o melhor em campo foi o Fábio Coentrão. O golo da vitória e uma série de arrancadas pela esquerda fazem dele a melhor opção para o lugar do Di María nos jogos fora. Como o César Peixoto tem cumprido na defesa, não há razões para mudar neste momento. Mas em casa e perante adversários mais fracos, eu recuaria o Coentrão para lateral. O Carlos Martins também continua em boa forma e conseguiu substituir bem o Aimar. Destaque igualmente para o Roberto, que está nitidamente a subir de forma. Continuo a achar que nunca conseguirá valer o dinheirão que pagámos por ele, mas estou bastante contente, como é óbvio, por se revelar um guarda-redes mais seguro. O Luisão não sabe jogar mal e dos que fizeram um jogo menos bom saliento o Cardozo e o Maxi Pereira, que teve muito trabalho com o Djalma e deve bem ter sentido a falta do Amorim. Quanto aos substitutos, o Salvio mostrou pormenores muito interessantes, o Jara tem que treinar o domínio da bola e o Airton deveria ter entrado mais cedo.
Terceira vitória seguida sem golos sofridos é sinal inequívoco que estamos a subir. Na próxima 4ª feira, vamos visitar o Schalke 04 e, se ganharmos, damos um passo muito importante quanto à qualificação para os oitavos da Champions. Mas fundamental mesmo é ganhar ao Braga no Domingo. Não podemos perder mais pontos.
segunda-feira, setembro 20, 2010
Lisonjeiro para os lagartos
Com dois golos do Cardozo, derrotámos os lagartos por 2-0 num jogo em que dominámos completamente e que poderíamos bem ter ganho por uma margem bastante maior. A lagartada só conseguiu uma oportunidade de golo na partida toda, fez uma exibição confrangedora e pode dar-se por bem satisfeita só ter perdido por dois.
Entrámos muito bem na partida e aos 4’ o Cardozo atirou ao poste, depois de um bom trabalho individual. Aos 13’, o paraguaio abriu mesmo o marcador, na sequência de um canto e aproveitando um ressalto da bola. Colocámo-nos em vantagem relativamente cedo, o que nos permitiu gerir o jogo com algum à-vontade, já que os lagartos eram completamente inofensivos. Alguns últimos passes mal feitos impediram-nos, no entanto, de alargar a vantagem.
Na 2ª parte, voltámos a marcar cedo, aos 50’, outra vez pelo Tacuara num bom remate fora da área, mas em que me pareceu que o Rui Patrício, que ainda tocou na bola, deveria ter defendido. É certo que marcámos em duas boas alturas, mas os lagartos nunca deram mostras de ser capazes de nos criar problemas. A única oportunidade de golo deles resultou de um erro do Rúben Amorim, mas o Liedson, felizmente, atirou ao lado. Entretanto, e logo a seguir ao 2º golo, o Fábio Coentrão teve uma óptima oportunidade para fazer o 3º, mas permitiu a defesa do Rui Patrício. Até final, o Cardozo teve mais duas boas oportunidades, mas um chapéu saiu ao lado do poste e uma cabeçada isolado passou por cima da barra. Foi pena, porque poderíamos ter atingido um resultado histórico.
Individualmente o destaque vai obviamente para o Cardozo. Esteve imenso em jogo, marcou dois golos, mas poderia ter marcado cinco! E sem favor nenhum. Também gostei bastante da nossa defesa, sempre muito segura e tenho que realçar o bom jogo do César Peixoto, que me pareceu mais concentrado do que nos últimos jogos e muito seguro. O Roberto também está mais confiante, mas continuar a largar bolas demais para meu gosto. Neste jogo, foi nos remates de longe. O Aimar só fez meia-parte, saindo lesionado ao intervalo, e talvez por isso mesmo não esteve tão brilhante como na 3ª feira. O Carlos Martins voltou a fazer uma boa partida, o Coentrão não sabe jogar mal, mas não lhe fazia mossa nenhuma treinar os remates à baliza… O Saviola está ainda longe da produção do ano passado, mas creio que está a subir de forma. O Rúben Amorim, que substituiu o Aimar, não entrou bem no jogo, teve um erro que criou a tal única oportunidade de golo dos lagartos, mas o pior de tudo foi quando colocou a mão à bola já depois de ter levado um amarelo. Foi um lance que nos poderia ter levado a jogar com 10.
Quanto à arbitragem do Sr. Carlos Xistra foi, como se esperava, medíocre. É um mau árbitro e não se pode esperar muito dali. Duvido que tenha havido mais de 1’ de jogo seguido, já que o concerto de apito foi uma constante. Faltas e faltinhas por tudo e por nada, lei da vantagem era chinês para ele e, claro, encharcou-nos de amarelos. Não anulou os nossos dois golos e já me dou por satisfeito com isso. Não tinha razões para anular? Pois, mas desde que vi o Olegário na semana passada já acredito em tudo.
Foi uma vitória muito importante, já que nos permitiu ficar a um ponto dos lagartos e a dois do Braga, que empatou em Paços de Ferreira. Era bom que o CRAC escorregasse no Nacional, mas como o jogo não vai ser dirigido por um árbitro estrangeiro não tenho esperanças nenhumas. De qualquer maneira, o que é de relevar agora é que estamos a subir de forma, mais confiantes, a defender melhor e que, com os resultados a aparecerem, possamos voltar às boas exibições de ano passado.
Entrámos muito bem na partida e aos 4’ o Cardozo atirou ao poste, depois de um bom trabalho individual. Aos 13’, o paraguaio abriu mesmo o marcador, na sequência de um canto e aproveitando um ressalto da bola. Colocámo-nos em vantagem relativamente cedo, o que nos permitiu gerir o jogo com algum à-vontade, já que os lagartos eram completamente inofensivos. Alguns últimos passes mal feitos impediram-nos, no entanto, de alargar a vantagem.
Na 2ª parte, voltámos a marcar cedo, aos 50’, outra vez pelo Tacuara num bom remate fora da área, mas em que me pareceu que o Rui Patrício, que ainda tocou na bola, deveria ter defendido. É certo que marcámos em duas boas alturas, mas os lagartos nunca deram mostras de ser capazes de nos criar problemas. A única oportunidade de golo deles resultou de um erro do Rúben Amorim, mas o Liedson, felizmente, atirou ao lado. Entretanto, e logo a seguir ao 2º golo, o Fábio Coentrão teve uma óptima oportunidade para fazer o 3º, mas permitiu a defesa do Rui Patrício. Até final, o Cardozo teve mais duas boas oportunidades, mas um chapéu saiu ao lado do poste e uma cabeçada isolado passou por cima da barra. Foi pena, porque poderíamos ter atingido um resultado histórico.
Individualmente o destaque vai obviamente para o Cardozo. Esteve imenso em jogo, marcou dois golos, mas poderia ter marcado cinco! E sem favor nenhum. Também gostei bastante da nossa defesa, sempre muito segura e tenho que realçar o bom jogo do César Peixoto, que me pareceu mais concentrado do que nos últimos jogos e muito seguro. O Roberto também está mais confiante, mas continuar a largar bolas demais para meu gosto. Neste jogo, foi nos remates de longe. O Aimar só fez meia-parte, saindo lesionado ao intervalo, e talvez por isso mesmo não esteve tão brilhante como na 3ª feira. O Carlos Martins voltou a fazer uma boa partida, o Coentrão não sabe jogar mal, mas não lhe fazia mossa nenhuma treinar os remates à baliza… O Saviola está ainda longe da produção do ano passado, mas creio que está a subir de forma. O Rúben Amorim, que substituiu o Aimar, não entrou bem no jogo, teve um erro que criou a tal única oportunidade de golo dos lagartos, mas o pior de tudo foi quando colocou a mão à bola já depois de ter levado um amarelo. Foi um lance que nos poderia ter levado a jogar com 10.
Quanto à arbitragem do Sr. Carlos Xistra foi, como se esperava, medíocre. É um mau árbitro e não se pode esperar muito dali. Duvido que tenha havido mais de 1’ de jogo seguido, já que o concerto de apito foi uma constante. Faltas e faltinhas por tudo e por nada, lei da vantagem era chinês para ele e, claro, encharcou-nos de amarelos. Não anulou os nossos dois golos e já me dou por satisfeito com isso. Não tinha razões para anular? Pois, mas desde que vi o Olegário na semana passada já acredito em tudo.
Foi uma vitória muito importante, já que nos permitiu ficar a um ponto dos lagartos e a dois do Braga, que empatou em Paços de Ferreira. Era bom que o CRAC escorregasse no Nacional, mas como o jogo não vai ser dirigido por um árbitro estrangeiro não tenho esperanças nenhumas. De qualquer maneira, o que é de relevar agora é que estamos a subir de forma, mais confiantes, a defender melhor e que, com os resultados a aparecerem, possamos voltar às boas exibições de ano passado.
quarta-feira, setembro 15, 2010
Regular
Entrámos a vencer na Liga dos Campeões ao derrotar o Hapoel Telavive por 2-0. Foi uma vitória importante por tudo o que tem acontecido desde o início do campeonato e porque era um jogo em casa contra o adversário teoricamente mais acessível do grupo. Fizemos uma exibição sem grande brilhantismo, mas conseguimos o principal objectivo.
Mais uma vez, entrámos devagar na partida, o que já me parece fazer parte da táctica. Com a equipa ainda sem os níveis do ano passado e a falta de jogadores rápidos para as transições, provavelmente é melhor assim mesmo. O Hapoel ainda pregou dois sustos (e mais outro lance em que o Luisão é bem capaz de ter feito penalty), mas adiantámo-nos no marcador aos 20’ com um golão do Luisão à meia-volta na sequência de um centro do Carlos Martins. O golo tranquilizou-nos e até ao intervalo conseguimos dominar a partida, mas o adversário teve uma oportunidade de golo bem defendida pelo Roberto, que hoje esteve particularmente bem.
Na 2ª parte, voltámos a entrar pior que os israelitas e consentimos o domínio do nosso meio-campo. No entanto, nunca pusemos em perigo a nossa baliza. Equilibrámos as coisas a partir dos 15’, coincidindo mais ou menos com a entrada do Maxi Pereira que substituiu o Gaitán, e conseguimos o 2-0 aos 68’ num boa combinação entre o uruguaio e o Rúben Amorim com remate daquele para recarga do Cardozo. Até final da partida, baixámos o ritmo, mas os israelitas também quebraram fisicamente e o jogo ficou controlado. Mesmo assim, ainda vimos uma bola embater com estrondo no nosso poste.
Individualmente há que destacar o Luisão, Aimar e Carlos Martins. O capitão, não me canso de dizer, é um jogador insubstituível, já que alia um óptimo rendimento a uma liderança que não há ninguém em campo que dê. O argentino está a subir de forma a que não é alheia a sua boa condição física. Quanto ao Carlos Martins, é o principal responsável por o Benfica também ser perigoso nos remates fora da área. O Roberto também esteve bastante bem e fez a melhor exibição desde que chegou ao Benfica. O Rúben Amorim melhorou imenso com a passagem para o meio-campo na 2ª parte, mas esteve fraco enquanto defesa-direito. Com exibições abaixo do seu valor estiveram o Gaitán, Cardozo e Saviola. O primeiro esteve demasiado individualista, o Cardozo, tal como o Jesus disse no final, não está no seu melhor fisicamente, e o Saviola, apesar de ter corrido muito, passou muito ao lado do jogo.
Duas observações finais: acho INADMISSÍVEL que se assobie um jogador do Benfica quando vai entrar em campo e, portanto, ainda nem sequer tocou na bola. Aconteceu hoje com o César Peixoto. Para fazer isto, mais vale ficarem em casa. Quando ao Cardozo, tal como o próprio reconheceu, não pode mandar calar os adeptos depois de marcar um golo. O jogo não lhe estava a correr de feição e faço daqui um apelo ao paraguaio: ó Cardozo, é natural que entre seis milhões de benfiquistas haja alguns que deixem o cérebro em casa quando vão ao estádio e te comecem a assobiar porque estás a ter um jogo menos bom. Sem cérebro, não conseguem perceber que tu te vais tornar nesta época o melhor marcador estrangeiro da história do Benfica. Esquecem-se que tu marcaste 38 golos no ano passado! Não percebem que tu estás em campo para marcar golos e não para fazer grandes correrias. Um conselho: ignora-os, sff.
Espero que esta vitória tranquilize a equipa para o jogo de Domingo frente aos lagartos. Infelizmente, deixámos de ter margem de manobra e uma vitória é imprescindível. Espero é que seja uma partida de futebol normal, ou seja, em que tenhamos que enfrentar 11 (e só 11) adversários.
Mais uma vez, entrámos devagar na partida, o que já me parece fazer parte da táctica. Com a equipa ainda sem os níveis do ano passado e a falta de jogadores rápidos para as transições, provavelmente é melhor assim mesmo. O Hapoel ainda pregou dois sustos (e mais outro lance em que o Luisão é bem capaz de ter feito penalty), mas adiantámo-nos no marcador aos 20’ com um golão do Luisão à meia-volta na sequência de um centro do Carlos Martins. O golo tranquilizou-nos e até ao intervalo conseguimos dominar a partida, mas o adversário teve uma oportunidade de golo bem defendida pelo Roberto, que hoje esteve particularmente bem.
Na 2ª parte, voltámos a entrar pior que os israelitas e consentimos o domínio do nosso meio-campo. No entanto, nunca pusemos em perigo a nossa baliza. Equilibrámos as coisas a partir dos 15’, coincidindo mais ou menos com a entrada do Maxi Pereira que substituiu o Gaitán, e conseguimos o 2-0 aos 68’ num boa combinação entre o uruguaio e o Rúben Amorim com remate daquele para recarga do Cardozo. Até final da partida, baixámos o ritmo, mas os israelitas também quebraram fisicamente e o jogo ficou controlado. Mesmo assim, ainda vimos uma bola embater com estrondo no nosso poste.
Individualmente há que destacar o Luisão, Aimar e Carlos Martins. O capitão, não me canso de dizer, é um jogador insubstituível, já que alia um óptimo rendimento a uma liderança que não há ninguém em campo que dê. O argentino está a subir de forma a que não é alheia a sua boa condição física. Quanto ao Carlos Martins, é o principal responsável por o Benfica também ser perigoso nos remates fora da área. O Roberto também esteve bastante bem e fez a melhor exibição desde que chegou ao Benfica. O Rúben Amorim melhorou imenso com a passagem para o meio-campo na 2ª parte, mas esteve fraco enquanto defesa-direito. Com exibições abaixo do seu valor estiveram o Gaitán, Cardozo e Saviola. O primeiro esteve demasiado individualista, o Cardozo, tal como o Jesus disse no final, não está no seu melhor fisicamente, e o Saviola, apesar de ter corrido muito, passou muito ao lado do jogo.
Duas observações finais: acho INADMISSÍVEL que se assobie um jogador do Benfica quando vai entrar em campo e, portanto, ainda nem sequer tocou na bola. Aconteceu hoje com o César Peixoto. Para fazer isto, mais vale ficarem em casa. Quando ao Cardozo, tal como o próprio reconheceu, não pode mandar calar os adeptos depois de marcar um golo. O jogo não lhe estava a correr de feição e faço daqui um apelo ao paraguaio: ó Cardozo, é natural que entre seis milhões de benfiquistas haja alguns que deixem o cérebro em casa quando vão ao estádio e te comecem a assobiar porque estás a ter um jogo menos bom. Sem cérebro, não conseguem perceber que tu te vais tornar nesta época o melhor marcador estrangeiro da história do Benfica. Esquecem-se que tu marcaste 38 golos no ano passado! Não percebem que tu estás em campo para marcar golos e não para fazer grandes correrias. Um conselho: ignora-os, sff.
Espero que esta vitória tranquilize a equipa para o jogo de Domingo frente aos lagartos. Infelizmente, deixámos de ter margem de manobra e uma vitória é imprescindível. Espero é que seja uma partida de futebol normal, ou seja, em que tenhamos que enfrentar 11 (e só 11) adversários.
sábado, setembro 11, 2010
Roubalheira inacreditável
O Sr. Olegário Benquerença é um LADRÃO. ROUBOU-NOS descaradamente e por isso perdemos em Guimarães por 2-1. Já perdemos nove pontos em 12 possíveis, é óbvio que não estamos tão fortes como no ano passado, mas a continuar com arbitragens destas vai ser impossível recuperarmos. Como me disse o M. numa sms, parece que voltámos aos anos 90. Não é nada que não se previsse, basta olhar de onde vem o presidente da Liga… Em coincidências destas, lamento, mas não acredito.
Quando a vergonha é assim tão grande, nem se tem vontade de falar muito sobre o jogo em si. Entrámos mal na partida, algo lentos e a perder sucessivamente os confrontos individuais. Um mau domínio de bola do Coentrão num canto nosso deu origem a um contra-ataque que resultou no 1º golo aos 17’. Um grande frango do Nilson num canto deu-nos a possibilidade de empatar através do Saviola aos 32’. Na 2ª parte dominámos, tivemos algumas oportunidades, mas não as conseguimos concretizar. Uma hesitação do Roberto (entre sair e ficar na baliza, ficou a meio da viagem e a bola passou por cima dele) voltou a colocar o Guimarães em vantagem a sete minutos do fim.
Individualmente, gostei do Luisão, do Javi García e do Carlos Martins. Aliás, não percebi a sua substituição em vez do Aimar. Como também não sei o que terá passado pela cabeça do Jesus para fazer entrar o Peixoto e tirar o Gaitán. É certo que o argentino não estava a fazer nada de especial, mas o Peixoto está em péssima forma. Ainda por cima, para o azar ser ainda maior, o lance do 2º golo do Guimarães inicia-se numa falha dele.
Mas voltemos ao início: um penalty não assinalado é grave; dois é de desconfiar; dois penalties, dois foras-de-jogo inexistentes quando dois jogadores nossos estavam sozinhos frente ao guarda-redes (e o Cardozo chegou inclusive a fazer golo num deles) e uma chuva de amarelos (o do Javi García por conversar com o fiscal-de-linha, o Cardozo por ter marcado um golo, o Carlos Martins e o David Luiz por nem sequer terem feito faltas são particularmente ridículos) é um ROUBO premeditado. O Sr. Olegário Benquerença tudo fez para o Benfica não ganhar e conseguiu. Hoje foi demais e é bom que se tomem medidas urgentes. Ou então, qualquer dia isto vai acabar mal…
P.S. – Continuam os apedrejamentos ao nosso autocarro quando passa pela cidade do Porto. E vai também certamente continuar a impunidade que aquelas excrescências da raça humana usufruem…
Quando a vergonha é assim tão grande, nem se tem vontade de falar muito sobre o jogo em si. Entrámos mal na partida, algo lentos e a perder sucessivamente os confrontos individuais. Um mau domínio de bola do Coentrão num canto nosso deu origem a um contra-ataque que resultou no 1º golo aos 17’. Um grande frango do Nilson num canto deu-nos a possibilidade de empatar através do Saviola aos 32’. Na 2ª parte dominámos, tivemos algumas oportunidades, mas não as conseguimos concretizar. Uma hesitação do Roberto (entre sair e ficar na baliza, ficou a meio da viagem e a bola passou por cima dele) voltou a colocar o Guimarães em vantagem a sete minutos do fim.
Individualmente, gostei do Luisão, do Javi García e do Carlos Martins. Aliás, não percebi a sua substituição em vez do Aimar. Como também não sei o que terá passado pela cabeça do Jesus para fazer entrar o Peixoto e tirar o Gaitán. É certo que o argentino não estava a fazer nada de especial, mas o Peixoto está em péssima forma. Ainda por cima, para o azar ser ainda maior, o lance do 2º golo do Guimarães inicia-se numa falha dele.
Mas voltemos ao início: um penalty não assinalado é grave; dois é de desconfiar; dois penalties, dois foras-de-jogo inexistentes quando dois jogadores nossos estavam sozinhos frente ao guarda-redes (e o Cardozo chegou inclusive a fazer golo num deles) e uma chuva de amarelos (o do Javi García por conversar com o fiscal-de-linha, o Cardozo por ter marcado um golo, o Carlos Martins e o David Luiz por nem sequer terem feito faltas são particularmente ridículos) é um ROUBO premeditado. O Sr. Olegário Benquerença tudo fez para o Benfica não ganhar e conseguiu. Hoje foi demais e é bom que se tomem medidas urgentes. Ou então, qualquer dia isto vai acabar mal…
P.S. – Continuam os apedrejamentos ao nosso autocarro quando passa pela cidade do Porto. E vai também certamente continuar a impunidade que aquelas excrescências da raça humana usufruem…
quarta-feira, setembro 08, 2010
Noruega - 1 - Portugal - 0
Apetecia-me acrescentar apenas um "sem comentários" ao título, mas ainda vou dizer o seguinte: espero que a vassourada que é preciso fazer abarque toda a gente da Federação e não só o seleccionador. Nos dois primeiros jogos, praticamente hipotecámos a qualificação para o Europeu. Que vergonha!
sábado, setembro 04, 2010
Portugal - 4 - Chipre - 4
Se sofrer um golo do Chipre já era motivo de vergonha, o que dizer de quatro?! Com a fantochada que se vive na selecção com o processo Queiroz, não admira que depois surjam estes resultados. E estas assistências: 9.100 espectadores num jogo oficial da selecção nunca me lembro de ver. Entramos já em desvantagem no apuramento para o Euro 2012 e teme-se o pior. É uma tristeza este nosso futebol...!
P.S. - Coentrão, tu tem lá cuidadinho com as lesões! Não metas muito o pé, sff!
P.S. - Coentrão, tu tem lá cuidadinho com as lesões! Não metas muito o pé, sff!
sexta-feira, setembro 03, 2010
R.I.P. Bom Gigante (1938-2010)
domingo, agosto 29, 2010
Quem diria?!
Vencemos o V. Setúbal (3-0) e alcançámos finalmente a 1ª vitória no campeonato. Foi uma partida cheia de incidências e que acabou por ter no Roberto o herói bastante improvável. Espero que esta vitória, e o modo como foi obtida, signifique um virar de página em relação ao que aconteceu até agora na época.
Entrámos muito bem e logo aos 4’ o Cardozo abriu o marcador de cabeça, depois de um excelente centro do Gaitán. Com um golo tão cedo e porque o Jorge Jesus teve o bom-senso de não colocar o Roberto a titular, antevi uma reedição do resultado do ano passado. A equipa parecia mais tranquila, demonstrámos bastante querer e os jogadores pareciam empenhados em atirar para trás das costas os maus resultados. No entanto, tudo se complicou aos 22’ quando o Maxi Pereira fez um atraso suicida para o Júlio César, que não conseguiu dominar a bola e acabou a fazer penalty sobre o avançado setubalense. A consequente expulsão do nosso guarda-redes fez com que o Roberto voltasse mais cedo do que pensaria à baliza do Benfica, saindo o estreante Salvio. E voltou em grande, já que conseguiu defender o penalty do Hugo Leal. Era disto que nós precisávamos, porque estando a jogar com 10 era muito importante continuarmos em vantagem no marcador. Perto do intervalo, um livre do Cardozo foi defendido para a frente pelo guarda-redes Diego, mas o Maxi Pereira não conseguiu fazer a recarga. Mesmo em cima dos 45’, um canto do Aimar proporcionou ao Luisão o 2-0 de cabeça. Íamos para o intervalo com uma vantagem alargada, o que era fundamental para termos uma boa almofada para a 2ª parte.
O Jorge Jesus mexeu na equipa outra vez ao intervalo e saiu o Saviola para entrar o Rúben Amorim. Esta substituição permitiu-nos acabar com a (pouca) reacção que o V. Setúbal teve a seguir à expulsão e passámos a controlar totalmente a partida. Nem parecia que estávamos em desvantagem numérica. O 3-0 surgiu naturalmente aos 57’ numa excelente combinação entre o Coentrão e o Gaitán finalizada pelo Aimar, de recarga, depois de o guarda-redes ter defendido o centro do Gaitán para a frente. A partir daqui, descansei de vez, porque não era crível que o V. Setúbal nos conseguisse marcar três golos. Até final, ainda tentámos alargar a vantagem, mas sempre sem nos comprometermos defensivamente.
Individualmente, destaco o Gaitán (duas assistências), o Aimar, (o já habitual) Coentrão e o Javi García. O Cardozo lá marcou o golito da ordem, mas continua a parecer-me que ainda não está no melhor a nível físico. O Luisão foi praticamente intransponível e ainda teve tempo para marcar um grande golo de cabeça. Deixo o Roberto para o fim, propositadamente, para dizer que ele foi essencial para esta vitória, já que o penalty, a ser convertido, tornaria a partida muito diferente. No entanto, espero que não seja um penalty defendido que influencie a opinião de quem de direito. Se se chegar à conclusão que é melhor ele ser emprestado, então que se empreste. Se, por outro lado, se decidir que é melhor ficar no plantel, que fique, mas, como eu não sou muito de fezadas, ficaria mais descansado no futuro se o Júlio César (ou o Moreira) fosse o titular. Haverá certamente uma questão de (falta de) confiança para as exibições dele até agora, mas o que é certo é que este jogo não deu para avaliar se isso foi ultrapassado com o penalty defendido, porque o V. Setúbal raramente criou perigo para a nossa baliza. E praticamente não houve cruzamentos.
O campeonato vai parar agora por causa das selecções. Ao menos, uma vez na vida isso é-nos benéfico, não só para melhorar os níveis físicos da equipa, como para dar tempo à integração dos novos reforços. Quando voltar a Liga, iremos a Guimarães, numa deslocação que não se afigura nada fácil. E em que o Júlio César não poderá jogar.
Entrámos muito bem e logo aos 4’ o Cardozo abriu o marcador de cabeça, depois de um excelente centro do Gaitán. Com um golo tão cedo e porque o Jorge Jesus teve o bom-senso de não colocar o Roberto a titular, antevi uma reedição do resultado do ano passado. A equipa parecia mais tranquila, demonstrámos bastante querer e os jogadores pareciam empenhados em atirar para trás das costas os maus resultados. No entanto, tudo se complicou aos 22’ quando o Maxi Pereira fez um atraso suicida para o Júlio César, que não conseguiu dominar a bola e acabou a fazer penalty sobre o avançado setubalense. A consequente expulsão do nosso guarda-redes fez com que o Roberto voltasse mais cedo do que pensaria à baliza do Benfica, saindo o estreante Salvio. E voltou em grande, já que conseguiu defender o penalty do Hugo Leal. Era disto que nós precisávamos, porque estando a jogar com 10 era muito importante continuarmos em vantagem no marcador. Perto do intervalo, um livre do Cardozo foi defendido para a frente pelo guarda-redes Diego, mas o Maxi Pereira não conseguiu fazer a recarga. Mesmo em cima dos 45’, um canto do Aimar proporcionou ao Luisão o 2-0 de cabeça. Íamos para o intervalo com uma vantagem alargada, o que era fundamental para termos uma boa almofada para a 2ª parte.
O Jorge Jesus mexeu na equipa outra vez ao intervalo e saiu o Saviola para entrar o Rúben Amorim. Esta substituição permitiu-nos acabar com a (pouca) reacção que o V. Setúbal teve a seguir à expulsão e passámos a controlar totalmente a partida. Nem parecia que estávamos em desvantagem numérica. O 3-0 surgiu naturalmente aos 57’ numa excelente combinação entre o Coentrão e o Gaitán finalizada pelo Aimar, de recarga, depois de o guarda-redes ter defendido o centro do Gaitán para a frente. A partir daqui, descansei de vez, porque não era crível que o V. Setúbal nos conseguisse marcar três golos. Até final, ainda tentámos alargar a vantagem, mas sempre sem nos comprometermos defensivamente.
Individualmente, destaco o Gaitán (duas assistências), o Aimar, (o já habitual) Coentrão e o Javi García. O Cardozo lá marcou o golito da ordem, mas continua a parecer-me que ainda não está no melhor a nível físico. O Luisão foi praticamente intransponível e ainda teve tempo para marcar um grande golo de cabeça. Deixo o Roberto para o fim, propositadamente, para dizer que ele foi essencial para esta vitória, já que o penalty, a ser convertido, tornaria a partida muito diferente. No entanto, espero que não seja um penalty defendido que influencie a opinião de quem de direito. Se se chegar à conclusão que é melhor ele ser emprestado, então que se empreste. Se, por outro lado, se decidir que é melhor ficar no plantel, que fique, mas, como eu não sou muito de fezadas, ficaria mais descansado no futuro se o Júlio César (ou o Moreira) fosse o titular. Haverá certamente uma questão de (falta de) confiança para as exibições dele até agora, mas o que é certo é que este jogo não deu para avaliar se isso foi ultrapassado com o penalty defendido, porque o V. Setúbal raramente criou perigo para a nossa baliza. E praticamente não houve cruzamentos.
O campeonato vai parar agora por causa das selecções. Ao menos, uma vez na vida isso é-nos benéfico, não só para melhorar os níveis físicos da equipa, como para dar tempo à integração dos novos reforços. Quando voltar a Liga, iremos a Guimarães, numa deslocação que não se afigura nada fácil. E em que o Júlio César não poderá jogar.
quinta-feira, agosto 26, 2010
Sorteio da Liga dos Campeões
Lyon
BENFICA
Schalke 04
Hapoel Tel-Aviv
Se, por um lado, nos calhou a equipa menos credenciada do pote 1, o que nos permite sonhar com o 1º lugar do grupo, por outro, vamos defrontar uma das mais fortes do pote 3 (ainda por cima, alemã) e a com o melhor ranking do pote 4. Não é um grupo fácil e é possível que o Lyon perca pontos com todas as outras equipas, tornando a classificação do grupo uma incógnita. Tal como disse aqui, o mínimo exigível para nós é o 3º lugar e, consequentemente, a passagem para a Liga Europa, mas se jogarmos como no ano passado, teremos fortes hipóteses de terminar em 1º. Que nos dará a vantagem de jogar a 2ª mão dos oitavos-de-final em casa e, mais importante do que isso, de possivelmente evitar os grandes tubarões europeus. A ordem dos jogos também será importante e, para começar bem e com uma vitória, queria o Hapoel em casa. Por outro lado, também será bom ir a Gelsenkirchen para limpar um dos momentos mais tristes, para quem gosta de um futebol honesto e justo, que aconteceu naquele estádio há uns anitos.
Mas que esta presença na Champions não desvie a atenção da equipa do que é prioritário este ano: tornarmo-nos bicampeões nacionais.
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
BENFICA
Schalke 04
Hapoel Tel-Aviv
Se, por um lado, nos calhou a equipa menos credenciada do pote 1, o que nos permite sonhar com o 1º lugar do grupo, por outro, vamos defrontar uma das mais fortes do pote 3 (ainda por cima, alemã) e a com o melhor ranking do pote 4. Não é um grupo fácil e é possível que o Lyon perca pontos com todas as outras equipas, tornando a classificação do grupo uma incógnita. Tal como disse aqui, o mínimo exigível para nós é o 3º lugar e, consequentemente, a passagem para a Liga Europa, mas se jogarmos como no ano passado, teremos fortes hipóteses de terminar em 1º. Que nos dará a vantagem de jogar a 2ª mão dos oitavos-de-final em casa e, mais importante do que isso, de possivelmente evitar os grandes tubarões europeus. A ordem dos jogos também será importante e, para começar bem e com uma vitória, queria o Hapoel em casa. Por outro lado, também será bom ir a Gelsenkirchen para limpar um dos momentos mais tristes, para quem gosta de um futebol honesto e justo, que aconteceu naquele estádio há uns anitos.
Mas que esta presença na Champions não desvie a atenção da equipa do que é prioritário este ano: tornarmo-nos bicampeões nacionais.
* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.
domingo, agosto 22, 2010
Insustentável
Perdemos frente ao Nacional (1-2) e, como se fartaram de dizer na TVI, há 58 anos que não tínhamos duas derrotas no início do campeonato. Fizemos uma 1ª parte razoável, com duas boas oportunidades, mas na 2ª foi um descalabro.
Começo logo pela figura do jogo: arrisco-me a dizer que, com qualquer um dos guarda-redes da I Liga, tínhamos ganho este jogo (ou, pelo menos, empatado). Não dá para “dourar mais a pílula”. Com o Roberto na baliza, arriscamo-nos a não ganhar nenhum jogo. Por duas razões: porque estamos sempre na iminência de sofrer um golo numa bola bombeada para a baliza e porque a equipa, não tendo confiança nenhuma no guarda-redes, sente, e de que maneira, cada golo sofrido. A forma como (não) reagimos ao 0-1 foi elucidativa do estado de espírito da equipa. Não me vou repetir ao que já disse aqui, mas só há uma solução para isto: tirar o Roberto da equipa.
Claro está que temos uma boa parte dos jogadores em má forma. Cardozo, Amorim e Aimar, por exemplo, são sombras do que vimos no passado. Esperemos que seja uma fase passageira e que recuperem rapidamente. Também não ajuda falhar golos de baliza aberta como o Gaitán na 1ª parte, mas hoje até entrámos bem na partida. Para além desse lance, uma cabeçada do Saviola proporcionou ao Bracalli uma grande defesa ainda nesse período. Ao invés, o único perigo que o Nacional criou foi uma bola bombeada (claro...) para a área que passou por cima do Roberto, sem que este a defendesse. O que nos valeu foi que foi ao lado.
Na 2ª parte, quando se esperava que intensificássemos a pressão, uma falta desnecessária aos 50’ originou um chamado canto curto. É certo que a defesa estava a dormir, mas um cruzamento para a pequena-área T-E-M que ser do guarda-redes. O Roberto deixou que o adversário se antecipasse e fizesse golo. A partir daqui, a equipa desuniu-se completamente. Aos 66’, dá-se o lance mais ridículo da partida (para não dizer do campeonato...), quando na sequência de um canto e de uma cabeçada em balão para a baliza, o Roberto resolve agarrar-se à barra em vez de atirar a bola para canto. A bola bate na barra e ressalta para um jogador do Nacional cabecear à vontade para a baliza. Um frango descomunal! Até final, melhorámos com a entrada do Carlos Martins e acabou por ser ele a impedir de ficarmos em branco com um bom remate fora da área já em cima dos 90’.
Numa partida destas torna-se difícil eleger o melhor. Talvez o Saviola, que foi sempre bastante batalhador, mas a terrível 2ª parte acabou por apagar o que de bom tínhamos feito na 1ª. Há mais um jogo antes da paragem do campeonato para as selecções. Temos que reflectir e muito. Arriscamo-nos a ficar a seis pontos do 1º logo na 2ª jornada. Por muito que se possa pôr em risco um elevado investimento, parece-me que o Benfica é mais importante do que isso. O Roberto não pode continuar a titular. Pior do que cometer um erro é insistir nele.
P.S. – A má 2ª parte e os frangos do Roberto não invalidam que, mais uma vez, tenhamos sido roubados em dois penalties (derrube ao Coentrão e braço na área) pelo Sr. Pedro Proença. O costume.
Começo logo pela figura do jogo: arrisco-me a dizer que, com qualquer um dos guarda-redes da I Liga, tínhamos ganho este jogo (ou, pelo menos, empatado). Não dá para “dourar mais a pílula”. Com o Roberto na baliza, arriscamo-nos a não ganhar nenhum jogo. Por duas razões: porque estamos sempre na iminência de sofrer um golo numa bola bombeada para a baliza e porque a equipa, não tendo confiança nenhuma no guarda-redes, sente, e de que maneira, cada golo sofrido. A forma como (não) reagimos ao 0-1 foi elucidativa do estado de espírito da equipa. Não me vou repetir ao que já disse aqui, mas só há uma solução para isto: tirar o Roberto da equipa.
Claro está que temos uma boa parte dos jogadores em má forma. Cardozo, Amorim e Aimar, por exemplo, são sombras do que vimos no passado. Esperemos que seja uma fase passageira e que recuperem rapidamente. Também não ajuda falhar golos de baliza aberta como o Gaitán na 1ª parte, mas hoje até entrámos bem na partida. Para além desse lance, uma cabeçada do Saviola proporcionou ao Bracalli uma grande defesa ainda nesse período. Ao invés, o único perigo que o Nacional criou foi uma bola bombeada (claro...) para a área que passou por cima do Roberto, sem que este a defendesse. O que nos valeu foi que foi ao lado.
Na 2ª parte, quando se esperava que intensificássemos a pressão, uma falta desnecessária aos 50’ originou um chamado canto curto. É certo que a defesa estava a dormir, mas um cruzamento para a pequena-área T-E-M que ser do guarda-redes. O Roberto deixou que o adversário se antecipasse e fizesse golo. A partir daqui, a equipa desuniu-se completamente. Aos 66’, dá-se o lance mais ridículo da partida (para não dizer do campeonato...), quando na sequência de um canto e de uma cabeçada em balão para a baliza, o Roberto resolve agarrar-se à barra em vez de atirar a bola para canto. A bola bate na barra e ressalta para um jogador do Nacional cabecear à vontade para a baliza. Um frango descomunal! Até final, melhorámos com a entrada do Carlos Martins e acabou por ser ele a impedir de ficarmos em branco com um bom remate fora da área já em cima dos 90’.
Numa partida destas torna-se difícil eleger o melhor. Talvez o Saviola, que foi sempre bastante batalhador, mas a terrível 2ª parte acabou por apagar o que de bom tínhamos feito na 1ª. Há mais um jogo antes da paragem do campeonato para as selecções. Temos que reflectir e muito. Arriscamo-nos a ficar a seis pontos do 1º logo na 2ª jornada. Por muito que se possa pôr em risco um elevado investimento, parece-me que o Benfica é mais importante do que isso. O Roberto não pode continuar a titular. Pior do que cometer um erro é insistir nele.
P.S. – A má 2ª parte e os frangos do Roberto não invalidam que, mais uma vez, tenhamos sido roubados em dois penalties (derrube ao Coentrão e braço na área) pelo Sr. Pedro Proença. O costume.
segunda-feira, agosto 16, 2010
Reforços, já!
Perdemos com a Académica na 1ª jornada (1-2) e começámos da pior maneira a defesa do título. Não demos continuação às boas exibições que já fizemos na pré-época e averbámos a terceira derrota consecutiva. Não se trata de pôr tudo em causa, obviamente, mas deveremos reflectir e agir rapidamente, já que o fecho das inscrições é daqui por 15 dias e é mais que visível que precisamos de reforços.
A 1ª parte foi muito fraca e inédita desde que o Jesus é treinador do Benfica. Apresentámo-nos muito lentos, sem imaginação e criámos muito poucas situações de golo. Aquela intensidade que era uma imagem de marca do ano passado foi apenas uma miragem. O maior problema foi a falta de velocidade no último terço do campo e, se é certo que é difícil substituir o Di María e o Ramires, não é obviamente com o César Peixoto a extremo que vamos lá. Bem vistas as coisas, jogámos com quatro potenciais laterais (Maxi, Amorim, Coentrão e Peixoto) nas alas, o que diz bem da necessidade de reforços que temos. A Académica marcou aos 26’ num inacreditável erro de marcação do Sidnei num livre para a área e em que o Roberto ficou a meio da viagem: nem saiu, nem ficou entre os postes e sofreu o golo de pé. Até ao intervalo, não conseguimos fazer nada de relevante.
Na 2ª parte, voltámos a jogar com 11, já que o César Peixoto deu o lugar ao Jara e melhorámos um pouco. Com mais querer e vontade do que discernimento, mas conseguimos aumentar a pressão sobre o adversário, beneficiando igualmente da expulsão (justa) por dois amarelos do Addy (coitado, certamente julgava que ainda estava no CRAC e podia dar duas pantufadas sem ver os respectivos amarelos). Conseguimos o empate numa boa assistência do Coentrão para o Jara aos 62’ e sinceramente julguei que a vitória não nos escaparia, já que ainda faltavam quase 30’ para o fim do jogo. No entanto, e ao contrário do que esperava, não conseguimos criar assim tantas oportunidades de golo e o tempo ia passando, sem que nós nos colocássemos em vantagem. Já no tempo de compensação, aconteceu o impensável: um golo quase de meio-campo da Académica, num lance em que o Laionel tomou partido do adiantamento do Roberto. Parecia mentira, mas passado mais de um ano voltávamos a perder em casa para o campeonato e com o mesmo adversário da última vez.
Individualmente, os menos maus foram o Fábio Coentrão e o Maxi Pereira. A entrada do Jara na 2ª parte foi importante, porque mexeu com a equipa. Dos restantes, mais ninguém se destacou pela positiva, sendo que o César Peixoto fez a pior exibição individual de um jogador que me lembro de ver em muito tempo. O Roberto continua a não me convencer nada e, lamento muito ter que dizer isto, mas não está isento de culpas nos golos: no primeiro, a maior responsabilidade é do Sidnei, mas ele não pode ficar a meio da viagem e, no segundo, um remate daquela distância só pode ser vitorioso se o guarda-redes não estiver entre os postes. Falando no Sidnei, voltou a estar ligado a um golo sofrido por nós e só espero que o Luisão já esteja disponível para a semana.
Quando se substitui dois jogadores que foram vendidos por outros dois que já estavam no plantel, é lógico concluir que a equipa ficou mais fraca. É U-R-G-E-N-T-E arranjar alguém para o lugar do Di María e do Ramires. Precisamos de velocidade nas alas para criar desequilíbrios principalmente perante equipas mais fechadas e cada vez percebo menos a dispensa do Urreta. Não me venham dizer que o César Peixoto é melhor que ele… Veremos o que nos trará o mercado até fechar, mas espero que esta derrota consciencialize de vez os responsáveis do Benfica que é mesmo necessário reforçar a equipa com mais dois jogadores. Senão, ou muito me engano, ou não teremos muitas alegrias este ano.
A 1ª parte foi muito fraca e inédita desde que o Jesus é treinador do Benfica. Apresentámo-nos muito lentos, sem imaginação e criámos muito poucas situações de golo. Aquela intensidade que era uma imagem de marca do ano passado foi apenas uma miragem. O maior problema foi a falta de velocidade no último terço do campo e, se é certo que é difícil substituir o Di María e o Ramires, não é obviamente com o César Peixoto a extremo que vamos lá. Bem vistas as coisas, jogámos com quatro potenciais laterais (Maxi, Amorim, Coentrão e Peixoto) nas alas, o que diz bem da necessidade de reforços que temos. A Académica marcou aos 26’ num inacreditável erro de marcação do Sidnei num livre para a área e em que o Roberto ficou a meio da viagem: nem saiu, nem ficou entre os postes e sofreu o golo de pé. Até ao intervalo, não conseguimos fazer nada de relevante.
Na 2ª parte, voltámos a jogar com 11, já que o César Peixoto deu o lugar ao Jara e melhorámos um pouco. Com mais querer e vontade do que discernimento, mas conseguimos aumentar a pressão sobre o adversário, beneficiando igualmente da expulsão (justa) por dois amarelos do Addy (coitado, certamente julgava que ainda estava no CRAC e podia dar duas pantufadas sem ver os respectivos amarelos). Conseguimos o empate numa boa assistência do Coentrão para o Jara aos 62’ e sinceramente julguei que a vitória não nos escaparia, já que ainda faltavam quase 30’ para o fim do jogo. No entanto, e ao contrário do que esperava, não conseguimos criar assim tantas oportunidades de golo e o tempo ia passando, sem que nós nos colocássemos em vantagem. Já no tempo de compensação, aconteceu o impensável: um golo quase de meio-campo da Académica, num lance em que o Laionel tomou partido do adiantamento do Roberto. Parecia mentira, mas passado mais de um ano voltávamos a perder em casa para o campeonato e com o mesmo adversário da última vez.
Individualmente, os menos maus foram o Fábio Coentrão e o Maxi Pereira. A entrada do Jara na 2ª parte foi importante, porque mexeu com a equipa. Dos restantes, mais ninguém se destacou pela positiva, sendo que o César Peixoto fez a pior exibição individual de um jogador que me lembro de ver em muito tempo. O Roberto continua a não me convencer nada e, lamento muito ter que dizer isto, mas não está isento de culpas nos golos: no primeiro, a maior responsabilidade é do Sidnei, mas ele não pode ficar a meio da viagem e, no segundo, um remate daquela distância só pode ser vitorioso se o guarda-redes não estiver entre os postes. Falando no Sidnei, voltou a estar ligado a um golo sofrido por nós e só espero que o Luisão já esteja disponível para a semana.
Quando se substitui dois jogadores que foram vendidos por outros dois que já estavam no plantel, é lógico concluir que a equipa ficou mais fraca. É U-R-G-E-N-T-E arranjar alguém para o lugar do Di María e do Ramires. Precisamos de velocidade nas alas para criar desequilíbrios principalmente perante equipas mais fechadas e cada vez percebo menos a dispensa do Urreta. Não me venham dizer que o César Peixoto é melhor que ele… Veremos o que nos trará o mercado até fechar, mas espero que esta derrota consciencialize de vez os responsáveis do Benfica que é mesmo necessário reforçar a equipa com mais dois jogadores. Senão, ou muito me engano, ou não teremos muitas alegrias este ano.
domingo, agosto 08, 2010
Descer à terra
Perdemos a Supertaça com o CRAC (0-2) e deixámos escapar a possibilidade de conquistar o primeiro troféu oficial desta época. Foi uma derrota justa, mas que me custou bastante, porque não estava mesmo nada à espera dela. Estivemos a léguas do que já mostrámos nesta pré-época e espero que se tirem as ilações devidas deste desaire. O que de muito bom fizemos na temporada transacta é uma boa meta para ter em vista, mas neste momento é passado. Temos tudo para conquistar de novo agora. E é importantíssimo que ajudemos a matar o polvo conquistando mais um campeonato.
Entrámos pessimamente na partida e aos 3’ já perdíamos por 1-0. Erro clamoroso de marcação num canto e o Rolando cabeceou à vontade. Só demos um ar da nossa graça dos 30’ até ao intervalo, mas sem criar uma clara ocasião de golo. Na 2ª parte, voltámos a entrar mal e, o que é pior ainda, com alguns jogadores de cabeça perdida (David Luiz e Carlos Martins, por exemplo, poderiam ter sido expulsos). O CRAC chegou ao 2-0 na sequência de uma bola nossa perdida a meio-campo, que originou um contra-ataque vitorioso. Até final, tivemos a nossa melhor oportunidade, mas o Saviola isolado falhou o que seria o nosso golo de honra.
Individualmente, apesar do falhanço, o Saviola foi o melhor do Benfica. Ou, talvez seja correcto dizer, o menos mau. O Coentrão, a jogar a extremo-esquerdo, esteve razoável e não percebi a sua substituição. O David Luiz acaba por não estar isento de culpas nos golos, mas as suas subidas provocaram desequilíbrios que infelizmente não foram aproveitados pela equipa. No pólo negativo, sobressaem dois nomes: César Peixoto e Carlos Martins. Exibições pavorosas e não percebi porque é que não foram substituídos. A dúvida entre Airton e Javi García, pelo menos nos tempos mais próximos, ficou desfeita com esta partida. Claramente, o espanhol terá de ser titular. E, lamento imenso ter que dizer isto, mas o Roberto está a um pequeníssimo passo de ser o maior bluff da nossa história. Continua a não dar a mínima confiança à equipa, sai pessimamente aos cruzamentos e um guarda-redes que custa aquele preço tem que defender a bola do primeiro golo. Eu sei que o cabeceamento é muito à queima, mas foi precisamente para defender bolas daquelas que ele foi contratado. Acho que está na altura de assumir o erro (paciência, toda a gente tem direito a errar) e colocar rapidamente um dos outros dois na baliza antes que isto nos custe vitórias no campeonato. (Virei aqui de muito bom grado no final da época fazer o mea culpa, caso esteja, como desejo e muito, redondamente enganado.)
Esta partida deve fazer-nos pensar seriamente. Continuamos a ser o mais forte candidato ao título, não tenho a menor dúvida disso, mas precisamos urgentemente de dois extremos. Um para cada lado. Cada vez compreendo menos a decisão do empréstimo do Urreta. Era, de longe, o único cuja velocidade se assemelhava ao Di María e também não é nada mau tecnicamente. Por outro lado, a venda do Ramires foi boa em termos financeiros, mas não vai ser nada fácil substituí-lo no campo. E é imperativo fazê-lo, já que o Carlos Martins não pode jogar no lado direito, porque não defende nada e deixa o lateral completamente abandonado.
Errar é humano e o Jorge Jesus também não esteve bem neste jogo. Se ainda posso entender a táctica inicial de 4-1-3-2, que tão bons resultados deu na temporada anterior (é pertinente o reparo de “então, porque é que andou a treinar o 4-3-3 nos últimos jogos?”, mas esperava que, como todos os jogadores de campo já cá estavam no ano passado, ainda se lembrassem dos automatismos, o que infelizmente não aconteceu), já não compreendi a leitura que ele fez do jogo, especialmente nas substituições: deixar as nulidades do Peixoto e Martins em campo e tirar o Aimar e Coentrão esteve longe de ser uma boa decisão. Outro aspecto a rever é a atitude de alguns jogadores dentro do campo. Podemos agradecer ao Sr. João Ferreira o facto de termos terminado o jogo com 11 jogadores. Não posso compreender, nem admitir, a cabeça perdida que alguns revelaram.
Um último aspecto relevante que me relembrou, e bem, o meu amigo Leão Eça Cana: fazer três jogos em 96 horas e só ter quatro dias de descanso para a primeira partida oficial (ou seja, quatro jogos em oito dias), frente a um rival directo e portanto importantíssima de ser ganha, é algo que não se percebe. Recordo que no ano passado tivemos uma semana de descanso antes da primeira partida oficial. Isto terá de ser obrigatoriamente revisto na próxima pré-temporada. Esta má planificação poder-nos-á ter custado a vitória nesta Supertaça, já que foi visível que fisicamente não estivemos ao melhor nível.
Entrámos pessimamente na partida e aos 3’ já perdíamos por 1-0. Erro clamoroso de marcação num canto e o Rolando cabeceou à vontade. Só demos um ar da nossa graça dos 30’ até ao intervalo, mas sem criar uma clara ocasião de golo. Na 2ª parte, voltámos a entrar mal e, o que é pior ainda, com alguns jogadores de cabeça perdida (David Luiz e Carlos Martins, por exemplo, poderiam ter sido expulsos). O CRAC chegou ao 2-0 na sequência de uma bola nossa perdida a meio-campo, que originou um contra-ataque vitorioso. Até final, tivemos a nossa melhor oportunidade, mas o Saviola isolado falhou o que seria o nosso golo de honra.
Individualmente, apesar do falhanço, o Saviola foi o melhor do Benfica. Ou, talvez seja correcto dizer, o menos mau. O Coentrão, a jogar a extremo-esquerdo, esteve razoável e não percebi a sua substituição. O David Luiz acaba por não estar isento de culpas nos golos, mas as suas subidas provocaram desequilíbrios que infelizmente não foram aproveitados pela equipa. No pólo negativo, sobressaem dois nomes: César Peixoto e Carlos Martins. Exibições pavorosas e não percebi porque é que não foram substituídos. A dúvida entre Airton e Javi García, pelo menos nos tempos mais próximos, ficou desfeita com esta partida. Claramente, o espanhol terá de ser titular. E, lamento imenso ter que dizer isto, mas o Roberto está a um pequeníssimo passo de ser o maior bluff da nossa história. Continua a não dar a mínima confiança à equipa, sai pessimamente aos cruzamentos e um guarda-redes que custa aquele preço tem que defender a bola do primeiro golo. Eu sei que o cabeceamento é muito à queima, mas foi precisamente para defender bolas daquelas que ele foi contratado. Acho que está na altura de assumir o erro (paciência, toda a gente tem direito a errar) e colocar rapidamente um dos outros dois na baliza antes que isto nos custe vitórias no campeonato. (Virei aqui de muito bom grado no final da época fazer o mea culpa, caso esteja, como desejo e muito, redondamente enganado.)
Esta partida deve fazer-nos pensar seriamente. Continuamos a ser o mais forte candidato ao título, não tenho a menor dúvida disso, mas precisamos urgentemente de dois extremos. Um para cada lado. Cada vez compreendo menos a decisão do empréstimo do Urreta. Era, de longe, o único cuja velocidade se assemelhava ao Di María e também não é nada mau tecnicamente. Por outro lado, a venda do Ramires foi boa em termos financeiros, mas não vai ser nada fácil substituí-lo no campo. E é imperativo fazê-lo, já que o Carlos Martins não pode jogar no lado direito, porque não defende nada e deixa o lateral completamente abandonado.
Errar é humano e o Jorge Jesus também não esteve bem neste jogo. Se ainda posso entender a táctica inicial de 4-1-3-2, que tão bons resultados deu na temporada anterior (é pertinente o reparo de “então, porque é que andou a treinar o 4-3-3 nos últimos jogos?”, mas esperava que, como todos os jogadores de campo já cá estavam no ano passado, ainda se lembrassem dos automatismos, o que infelizmente não aconteceu), já não compreendi a leitura que ele fez do jogo, especialmente nas substituições: deixar as nulidades do Peixoto e Martins em campo e tirar o Aimar e Coentrão esteve longe de ser uma boa decisão. Outro aspecto a rever é a atitude de alguns jogadores dentro do campo. Podemos agradecer ao Sr. João Ferreira o facto de termos terminado o jogo com 11 jogadores. Não posso compreender, nem admitir, a cabeça perdida que alguns revelaram.
Um último aspecto relevante que me relembrou, e bem, o meu amigo Leão Eça Cana: fazer três jogos em 96 horas e só ter quatro dias de descanso para a primeira partida oficial (ou seja, quatro jogos em oito dias), frente a um rival directo e portanto importantíssima de ser ganha, é algo que não se percebe. Recordo que no ano passado tivemos uma semana de descanso antes da primeira partida oficial. Isto terá de ser obrigatoriamente revisto na próxima pré-temporada. Esta má planificação poder-nos-á ter custado a vitória nesta Supertaça, já que foi visível que fisicamente não estivemos ao melhor nível.
quarta-feira, agosto 04, 2010
Derrota na Eusébio Cup
Perdemos com o Tottenham (0-1) e deixámos escapar a oportunidade de fazer o pleno nos troféus de pré-época. Foi uma partida perante o 4º classificado do campeonato inglês e em que acusámos o esforço de ter que fazer três jogos em cinco dias. Não apresentámos a velocidade dos encontros anteriores, embora tenhamos sido a equipa que mais oportunidades criou.
Voltámos a apresentar a tal espécie de 4-3-3, com o Saviola, Cardozo e Jara no ataque, e na 1ª parte conseguimos algumas (poucas) boas combinações atacantes, mas infelizmente a pontaria não esteve afinada. O Carlos Martins destacou-se nos remates que fez, mas o guarda-redes contrário também se opôs bem a alguns deles. Na 2ª parte, sofremos o golo bastante cedo (55’) e depois com as substituições que fizeram com que entrassem todos os jogadores do plantel que estavam disponíveis, a nossa qualidade de jogo diminui naturalmente. Mesmo assim, num ou noutro lance poderíamos ter empatado e levado a decisão da Eusébio Cup para os penalties, como nas duas primeiras edições. Assim não aconteceu e acabámos por sofrer uma derrota no nosso Estádio, o que é sempre de lamentar mesmo em jogos particulares.
Individualmente é difícil destacar um jogador, porque houve 22 que entraram em campo, mas posso dizer que continuo a gostar da capacidade de luta do Jara, da dinâmica do Coentrão e David Luiz, e da visão de jogo do Aimar. O Kardec voltou a entrar bem na equipa. No entanto, foi um Benfica menos forte que vimos nesta partida, o que fez com que as individualidades também não sobressaíssem como de costume.
No próximo Sábado, teremos um jogo muito importante para que iniciemos a época oficial com uma conquista. Será fundamental ganhar ao CRAC para que esta cultura de vitórias seja cada vez mais apreendida pelos jogadores. E para demonstramos mais uma vez a toda a gente que somos a melhor equipa portuguesa.
Voltámos a apresentar a tal espécie de 4-3-3, com o Saviola, Cardozo e Jara no ataque, e na 1ª parte conseguimos algumas (poucas) boas combinações atacantes, mas infelizmente a pontaria não esteve afinada. O Carlos Martins destacou-se nos remates que fez, mas o guarda-redes contrário também se opôs bem a alguns deles. Na 2ª parte, sofremos o golo bastante cedo (55’) e depois com as substituições que fizeram com que entrassem todos os jogadores do plantel que estavam disponíveis, a nossa qualidade de jogo diminui naturalmente. Mesmo assim, num ou noutro lance poderíamos ter empatado e levado a decisão da Eusébio Cup para os penalties, como nas duas primeiras edições. Assim não aconteceu e acabámos por sofrer uma derrota no nosso Estádio, o que é sempre de lamentar mesmo em jogos particulares.
Individualmente é difícil destacar um jogador, porque houve 22 que entraram em campo, mas posso dizer que continuo a gostar da capacidade de luta do Jara, da dinâmica do Coentrão e David Luiz, e da visão de jogo do Aimar. O Kardec voltou a entrar bem na equipa. No entanto, foi um Benfica menos forte que vimos nesta partida, o que fez com que as individualidades também não sobressaíssem como de costume.
No próximo Sábado, teremos um jogo muito importante para que iniciemos a época oficial com uma conquista. Será fundamental ganhar ao CRAC para que esta cultura de vitórias seja cada vez mais apreendida pelos jogadores. E para demonstramos mais uma vez a toda a gente que somos a melhor equipa portuguesa.
segunda-feira, agosto 02, 2010
Soma e segue
Uns magníficos 60’ garantiram-nos mais uma goleada (4-1) perante o Aston Villa, 6º classificado do último campeonato inglês. Conquistámos assim pela 4ª vez o Torneio do Guadiana.
Tal como disse o Jorge Jesus no final, foi a melhor exibição do Benfica na pré-época. Futebol bastante dinâmico desde o início, óptimas movimentações e objectividade na procura da baliza reduziram o Aston Villa a uma equipa vulgar. Alinhámos com três avançados (Cardozo, Saviola e Jara) na tal variante do 4-4-2 do ano passado, mas que o Jesus não quer baptizar... :-) Marcámos três golos na 1ª parte (David Luiz, Saviola e o inevitável Cardozo) e outro logo no início da 2ª (bis do Saviola) que nos garantiram um jogo descansado, em que o maior ponto de interesse era ver quantos mais golos seríamos capazes de marcar. Com as substituições do Aimar, Saviola e Cardozo e o resultado feito, a equipa baixou naturalmente de rendimento e ainda sofremos um golo numa desatenção defensiva que não belisca minimamente a nossa exibição.
Individualmente, há que destacar o Jara. Teve participação directa em três dos quatro golos, raramente dá um lance por perdido, farta-se de pressionar os defesas contrários, é rápido a executar e remata bem. Ou muito me engano, ou temos ali jogador. O Saviola, apesar de um começo de partida menos bom (alguns passes e recepções falhadas), estava no sítio certo quando se tratou de meter a bola lá dentro. E só o poste o impediu de um hat-trick. O Cardozo lá meteu mais um golão na sequência de um livre indirecto, em que o facto de haver dois jogadores a simular (Aimar e Carlos Martins) confundiu os ingleses. E, a propósito de Carlos Martins, é dos jogadores em melhor forma neste início de época. Joga sempre para a frente e está mais objectivo. Quanto ao Coentrão e David Luiz, continuam os mesmos: excelentes!
Mais uma ponte do Guadiana para o nosso museu e agora só temos de ganhar a Eusébio Cup no nosso estádio para fazermos o pleno dos troféus de pré-temporada. Mas o mais importante é que conquistemos o primeiro troféu oficial, a Supertaça, daqui a menos de uma semana frente ao CRAC.
Tal como disse o Jorge Jesus no final, foi a melhor exibição do Benfica na pré-época. Futebol bastante dinâmico desde o início, óptimas movimentações e objectividade na procura da baliza reduziram o Aston Villa a uma equipa vulgar. Alinhámos com três avançados (Cardozo, Saviola e Jara) na tal variante do 4-4-2 do ano passado, mas que o Jesus não quer baptizar... :-) Marcámos três golos na 1ª parte (David Luiz, Saviola e o inevitável Cardozo) e outro logo no início da 2ª (bis do Saviola) que nos garantiram um jogo descansado, em que o maior ponto de interesse era ver quantos mais golos seríamos capazes de marcar. Com as substituições do Aimar, Saviola e Cardozo e o resultado feito, a equipa baixou naturalmente de rendimento e ainda sofremos um golo numa desatenção defensiva que não belisca minimamente a nossa exibição.
Individualmente, há que destacar o Jara. Teve participação directa em três dos quatro golos, raramente dá um lance por perdido, farta-se de pressionar os defesas contrários, é rápido a executar e remata bem. Ou muito me engano, ou temos ali jogador. O Saviola, apesar de um começo de partida menos bom (alguns passes e recepções falhadas), estava no sítio certo quando se tratou de meter a bola lá dentro. E só o poste o impediu de um hat-trick. O Cardozo lá meteu mais um golão na sequência de um livre indirecto, em que o facto de haver dois jogadores a simular (Aimar e Carlos Martins) confundiu os ingleses. E, a propósito de Carlos Martins, é dos jogadores em melhor forma neste início de época. Joga sempre para a frente e está mais objectivo. Quanto ao Coentrão e David Luiz, continuam os mesmos: excelentes!
Mais uma ponte do Guadiana para o nosso museu e agora só temos de ganhar a Eusébio Cup no nosso estádio para fazermos o pleno dos troféus de pré-temporada. Mas o mais importante é que conquistemos o primeiro troféu oficial, a Supertaça, daqui a menos de uma semana frente ao CRAC.
sábado, julho 31, 2010
Goleada ao Feyenoord
Vencemos os holandeses (4-1) e estamos bem lançados para conquistar o Torneio do Guadiana pela 4ª vez. Foi um jogo com duas partes bem diferentes, em que fomos para o intervalo a perder e demos a volta no 2º tempo (curioso que esta época já não é a primeira reviravolta que conseguimos).
Tendo visto mais uma vez o jogo num restaurante, com barulho e sem som da TV, pode ter-me escapado alguma coisa, mas pareceu-me que entrámos muito mal na partida, não só pelo golo sofrido logo aos 3’, numa incrível falha do Rúben Amorim, como ainda pela demora em nos recompormos desse mesmo golo. Mesmo assim, ainda atirámos uma bola ao poste pelo David Luiz e tivemos outra boa oportunidade pelo Coentrão.
Na 2ª parte, as coisas melhoraram imenso. Saíram o Aimar, Javi García, Carlos Martins e Kardec e entraram o Jara, Airton, Cardozo e Ramires. O Feyenoord baqueou fisicamente e o jogo foi todo nosso. Enviámos mais duas bolas aos postes (Cardozo e outra do David Luiz) e marcámos quatro golos (dois do Cardozo, Felipe Menezes e Rúben Amorim). Foram 45’ de encher o olho e o resultado poderia ter atingido números ainda mais expressivos. Além disso, ainda deu para ver o Roberto fazer uma defesa magnífica que evitou o 1-2 na altura. Ao 6º jogo, faz a primeira grande defesa que salva um golo, espero que seja apenas o início de muitas mais.
Individualmente, tenho que destacar o Cardozo, como é óbvio (a propósito, leiam isto também da minha autoria): um bis, uma bola ao poste e uma assistência para o golo do Amorim, tornam-no a figura da partida. E ainda marcou um dos penalties no final para o possível desempate. O David Luiz esteve imperial e ainda atirou duas bolas aos postes. O Jara mostrou-se bastante esforçado, como é seu timbre, e ainda proporcionou ao guarda-redes uma óptima defesa. Uma última palavra para o Coentrão, que hoje jogou a extremo-esquerdo durante grande parte do encontro e demonstrou que continua uma opção muito válida para aquele lugar.
Caso o Aston Villa não supere o nosso resultado frente ao Feyenoord, bastar-nos-á um empate no Domingo para conquistar mais um troféu. Mas claro que não passa pela cabeça de ninguém outra coisa que não seja mais uma vitória.
Tendo visto mais uma vez o jogo num restaurante, com barulho e sem som da TV, pode ter-me escapado alguma coisa, mas pareceu-me que entrámos muito mal na partida, não só pelo golo sofrido logo aos 3’, numa incrível falha do Rúben Amorim, como ainda pela demora em nos recompormos desse mesmo golo. Mesmo assim, ainda atirámos uma bola ao poste pelo David Luiz e tivemos outra boa oportunidade pelo Coentrão.
Na 2ª parte, as coisas melhoraram imenso. Saíram o Aimar, Javi García, Carlos Martins e Kardec e entraram o Jara, Airton, Cardozo e Ramires. O Feyenoord baqueou fisicamente e o jogo foi todo nosso. Enviámos mais duas bolas aos postes (Cardozo e outra do David Luiz) e marcámos quatro golos (dois do Cardozo, Felipe Menezes e Rúben Amorim). Foram 45’ de encher o olho e o resultado poderia ter atingido números ainda mais expressivos. Além disso, ainda deu para ver o Roberto fazer uma defesa magnífica que evitou o 1-2 na altura. Ao 6º jogo, faz a primeira grande defesa que salva um golo, espero que seja apenas o início de muitas mais.
Individualmente, tenho que destacar o Cardozo, como é óbvio (a propósito, leiam isto também da minha autoria): um bis, uma bola ao poste e uma assistência para o golo do Amorim, tornam-no a figura da partida. E ainda marcou um dos penalties no final para o possível desempate. O David Luiz esteve imperial e ainda atirou duas bolas aos postes. O Jara mostrou-se bastante esforçado, como é seu timbre, e ainda proporcionou ao guarda-redes uma óptima defesa. Uma última palavra para o Coentrão, que hoje jogou a extremo-esquerdo durante grande parte do encontro e demonstrou que continua uma opção muito válida para aquele lugar.
Caso o Aston Villa não supere o nosso resultado frente ao Feyenoord, bastar-nos-á um empate no Domingo para conquistar mais um troféu. Mas claro que não passa pela cabeça de ninguém outra coisa que não seja mais uma vitória.
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