O Rui Vitória não arriscou e alinhou com a maior parte dos titulares, com as novidades Svilar, Yuri Ribeiro e Seferovic. A precisar apenas do empate, entrámos em campo com isso na cabeça e devagar e parado foram as nossas duas velocidades. O Aves aproveitou para nos criar problemas com a velocidade dos avançados e esteve muito perto de marcar por duas vezes, num remate do Derley que saiu a rasar o poste e noutro lance pela direita, em que o Rúben Dias fez um corte providencial. Quanto a nós, só criámos perigo uma vez, logo no início, com um calcanhar do Rúben Dias a ser defendido pelo guarda-redes, depois de um desvio de cabeça do Jardel na sequência de um livre do Pizzi. Pouco, muito pouco para o que devia ser o Benfica.
A 2ª parte principiou praticamente com o golo do Aves aos 49’: lançamento em profundidade do Rúben Dias que ficou curto, contra-ataque contrário, centro largo da direita e o Mama Baldé a desfeitear o Svilar de cabeça, depois de bater o André Almeida. Tínhamos de ir à procura do golo, porque estávamos virtualmente eliminados, mas o Aves no contra-ataque ainda nos causou um par de calafrios. Juntamente com isto, começaram a fazer o habitual antijogo, com bastantes jogadores a provarem o conforto do relvado. Lá teve que entrar o Jonas, saindo o Cervi, e a bola começou a ter mais olhos. Um centro deste encontrou o Pizzi, que cabeceou atrasado, mas o Seferovic já se tinha movimentado em direcção à baliza. Aos 70', marcámos finalmente pelo Seferovic, depois de um centro largo da esquerda do Zivkovic, com o suíço a dominar de peito e a atirar por baixo do corpo do guarda-redes. A partir daqui, curiosamente deixou de haver lesões para o Aves…! Até final, ainda sofremos bastante, com o Aves a estar perto de marcar num ressalto depois de um livre para a área, com o Svilar aos papéis e a bola a rasar o poste.
Em termos individuais, não houve ninguém que se tenha destacado muito acima dos outros. Os dois obreiros do golo, Zivkovic e Seferovic, merecem uma palavra, precisamente por o terem fabricado. Mas este jogo deu para tirar algumas conclusões, nomeadamente que há dois jogadores do Benfica que não podem, DE TODO, lesionar-se: Vlachodimos e Grimaldo. O Svilar mostrou fortíssimo a desviar a bola da baliza com… o olhar! Não foram uma, nem duas, nem três vezes que o fez e sempre com bastante competência, mas, mesmo sem ter esta capacidade, acho que prefiro o grego. Quanto ao Yuri Ribeiro, é óptimo rapaz, certamente, mas como alternativa ao Grimaldo por favor…!
Teremos um mês de Janeiro com muitos jogos e tudo começará já em Portimão no dia 2. Não estou nada optimista para o que aí vem, porque, do que vimos nos últimos tempos, só se salvou o Braga, já que tudo o resto foi de uma pobreza atroz. Por quanto mais tempo vamos continuar assim?