segunda-feira, dezembro 31, 2012
Mau
No primeiro jogo depois das férias natalícias, só empatámos em Moreira de
Cónegos (1-1) aos 92’ através de um (indiscutível) penalty apontado pelo
Cardozo. Fizemos uma exibição muito má, com muito poucos vestígios da dinâmica
que vínhamos apresentando antes das férias. O Jesus veio dizer que no final que
tal se deveu às cargas de treino que deu nestes últimos três dias para que a
equipa possa corresponder durante o inacreditável mês de Janeiro que vamos ter
(seis jogos garantidos, mas se tudo correr bem na Taça de Portugal poderemos
ter oito!). Os próximos jogos permitirão tirar isto a limpo.
Alinhámos praticamente com a equipa principal (só o Paulo Lopes e o André
Almeida não são habitual titulares) e na 1ª parte criámos muito pouco perigo
(Cardozo não chegou a um desvio logo de início e houve um remate do Salvio para
boa defesa do guardião contrário, Ricardo Andrade). Aos 40’, o André Almeida,
que até nem estava muito mal, não saiu para o fora-de-jogo o que permitiu aos
Ghilas fazer o 1-0. Com uma 1ª parte a passo, estávamos mesmo a pedi-las.
Na 2ª parte, e ao contrário do que todos esperávamos, voltámos a não entrar
bem. Mas aos 57’ caiu-nos de céu uma oportunidade soberana quando tivemos um
penalty a nosso favor por falta do guarda-redes sobre o Lima (outro lance
indiscutível, ele atira-se para cima do nosso jogador, prende-lhe o calcanhar e
derruba-o com o corpo). A generosidade do Cardozo ao deixar o Lima marcar o
penalty (como este veio dizer no final) ia-nos custando muito caro, pois, com
um remate denunciado e fraco, o nº 11 permitiu a defesa do Ricardo Andrade. O
Moreirense batia-se muito bem, estava seguro na defesa, com o guarda-redes a
apanhar quase todas as bolas bombeadas para a área e, no ataque, o Ghilas ia
dando trabalho aos nossos centrais. Só tivemos duas grandes ocasiões, ambas de
cabeça pelo Lima (numa não chegou à bola e noutra fez um passe ao
guarda-redes), quando dois minutos depois da hora um defesa contrário resolveu
agarrar e rasteirar o Cardozo na área na sequência de uma bola bombeada. O
fiscal-de-linha do Sr. Cosme Machado foi perentório e o Tacuara voltou a provocar-me vários AVCs ao
atirar muito devagar, mas felizmente a conseguir enganar o guarda-redes (atirou
para o seu lado esquerdo, quando os dois últimos tinham sido para o direito). A
marcar desta maneira tem 50% de chances de concretizar, porque basta o
guarda-redes adivinhar o lado para defender facilmente.
Em termos individuais, o Jardel foi o melhor do Benfica. O Paulo Lopes
também não esteve mal, mas todos os outros foram muito sofríveis, incluindo o
Lima e o Cardozo. Espero mesmo que esta pobre exibição se tenha ficado a dever
à tal condição física.
Com um jogo às 16h, o estádio do Moreirense esgotou e estávamos
praticamente a jogar em casa. Foi bom ver futebol à tarde novamente! Com este
empate, mantemo-nos no 1º lugar e, caso tivéssemos ganho, ter-nos-íamos
qualificado já para as meias-finais, porque também houve empate entre Académica
e Olhanense. Caso ganhemos aos estudantes na 3ª jornada, esse desiderato será
cumprido, o que é nossa obrigação. Há que fazer os possíveis por manter a Taça
da Liga na nossa posse, porque isso é impedir que um clube assumidamente
corrupto a possa ganhar. Além disso, quero voltar a saborear um leitão na
Mealhada a 14 de Abril.
segunda-feira, dezembro 24, 2012
Feliz Natal
Um Feliz Natal a todos os benfiquistas,
desportistas em geral e a todos os que merecem. Para os que não merecem
(nomeadamente aqueles que se sentem “confortáveis” em deixar o país na miséria,
os hipócritas sem vergonha na cara que não se demitem mesmo depois de serem
apanhados em vigarices e os que se assumem corruptos, mas mesmo assim gostam de
nos fazer de parvos e fazer-nos crer que ganham honestamente), desejo que este Natal lhes seja inesquecível... pela enorme
gastroenterite que vão apanhar!
Boas Festas!
quinta-feira, dezembro 20, 2012
Sorteio da Liga Europa
Iremos reeditar um dos confrontos mais épicos que tive oportunidade de ver:
calhou-nos o Bayer Leverkusen nos 16 avos-de-final e leu-se “quatro a quatro” nos
lábios do Rui Costa, quando foi filmado logo a seguir a ter saído a nossa bola.
Impossível esquecer o célebre confronto dos quartos-de-final da Taça das Taças
de 1993/94! Foi um dos adversários mais difíceis que nos poderia ter calhado
(juntamente com Atlético Madrid, Inter Milão, Napóles, Tottenham ou Zenit), mas
é um adversário que nos traz boas recordações, apesar de nós por sistema não
nos darmos muito bem com equipas alemãs.
Quando olhamos para alguns dos que não nos saíram (Basileia, Sparta Praga,
BATE Borisov ou Levante), não podemos deixar de lamentar um pouco a nossa sorte,
mas estou convencido que temos valor para ultrapassar estes tipos, tendo a suposta
vantagem de definir a eliminatória na 2ª mão em nossa casa. Se assim acontecer,
iremos defrontar o vencedor do Dínamo Kiev – Bordéus e aqui, sim, acho que não
nos podemos queixar: se o Basileia/Dnipro ou o BATE Borisov/Fenerbahçe poderia
ser melhor, é certo que nos livrámos de Chelsea, Zenit/Liverpool, Atlético
Madrid, Inter Milão ou Tottenham/Lyon até aos quartos-de-final. Teremos então a
1ª mão na Luz.
Enfim, veremos em que forma estaremos na altura destes confrontos, mas o
calendário não se pode dizer que nos seja muito desfavorável: nos 16 avos,
defrontaremos em casa a Académica e o Paços de Ferreira a seguir a cada uma das
duas mãos. E nos oitavos, no meio dos dois jogos, jogaremos em casa com o Gil
Vicente. Se é verdade que o campeonato é o principal objectivo, não devemos
deitar fora ovos que se possam aproveitar: e eu ainda estou com a meia-final
perdida com o Braga há dois anos (com o Braga, senhores!!!) COMPLETAMENTE
atravessada na garganta.
Senda vitoriosa
Vencemos em Olhão por 2-1 e, com o empate entre o Moreirense e a Académica,
já estamos isolados na frente do nosso grupo na Taça da Liga. Com uma equipa
constituída por muito habituais suplentes, não fizemos uma grande exibição, mas
o aumento de ritmo na 2ª parte permitiu-nos chegar à (justa) vitória.
Na 1ª parte, o Rodrigo mostrou logo de início que não atravessa um bom
momento, ao falhar dois golos feitos nos minutos iniciais. O Olhanense também
teve uma ou outra oportunidade, mas felizmente não conseguiu marcar. O
adversário pressionou-nos em quase todo o campo e tivemos sempre grandes
dificuldades em ligar o jogo. Claro que a desinspiração de alguns jogadores
(com o Bruno César à cabeça) também não ajudou nada.
A 2ª parte principiou praticamente com o golo do Olhanense (47’) depois de
um mau alívio do Paulo Lopes. A partir daqui, o jogo foi totalmente nosso. Os
algarvios não conseguiram, como se esperava, manter a pressão em todo o campo,
e as entradas do Lima e Salvio ajudaram a que passássemos a criar muito mais
volume atacante. Falhámos umas três ou quatro oportunidades e só restabelecemos
a igualdade aos 69’ através do Rodrigo, depois de uma assistência do Jardel na
sequência de um livre. Logo a seguir, o Lima falhou escandalosamente o 1-2, mas
redimiu-se aos 87’ quando o conseguiu numa recarga a um remate do Salvio, que o
Ricardo defendeu contra um colega. Foi mesmo só encostar e estava feita justiça
no marcador, permitindo-nos a primeira vitória em Olhão desde o regresso deles à
I Liga há três anos.
Em termos individuais, nenhum jogador se destacou por aí além. O Gaitán
terá sido dos mais interventivos, assim como o Jardel, que esteve
irrepreensível na defesa e ainda fez uma assistência. O Paulo Lopes esteve
seguro e foi pena o mau alívio. O Lima mexeu com a equipa, mas falhou por duas
vezes na concretização. Apesar do (bom) golo que marcou, o Rodrigo continua
muito inconsequente. O Nolito melhorou bastante na 2ª parte, assim como o
Luisinho, eles que estiveram muito mal na 1ª. O Bruno César voltou a passar
completamente ao lado da partida e ainda se aguarda que jogue qualquer coisa de
jeito este ano. Os Andrés cumpriram sem brilhantismo, assim como o Enzo Pérez,
que ainda tenta readquirir a forma antes da lesão. Finalmente, o Sidnei voltou
a mostrar que não é alternativa.
Depois do empate no outro jogo, esta vitória garantiu-nos uma posição
bastante vantajosa para a qualificação. Convém consegui-la o mais depressa
possível, porque vamos ter um mês de Janeiro terrível em termos de jogos e era
bom que chegássemos à 3ª jornada em casa com a Académica já apurados, porque
esse jogo é três/quatro dias antes da recepção ao CRAC.
domingo, dezembro 16, 2012
Confiança
Goleámos o Marítimo por 4-1 e, com o adiamento do jogo do CRAC em Setúbal
por causa o mau tempo, iremos terminar 2012 isolados na frente do campeonato.
Foi uma vitória absolutamente indiscutível e até mesmo lisonjeira para os
insulares.
Entrámos fortes na partida e o Marítimo quase não conseguia sair do seu meio-campo. Algumas más decisões na altura decisiva (Salvio, por exemplo) impediram-nos de chegar à vantagem e de uma forma absolutamente fortuita o adversário marcou aos 25’, beneficiando de um ressalto na área depois de um livre. Vê-se na TV que o jogador está ligeiramente adiantado, tornando este lance ilegal. A diferença do Benfica do Jesus para outros não muito distantes é que não nos desconcentramos nada quando sofremos um golo. Continuamos bastante confiantes nas nossas potencialidades e a fazer de tudo para alterar o rumo das coisas. Pouco depois o Cardozo falhou isolado na cara do guarda-redes, mas redimiu-se aos 34’ ao fazer o empate na sequência de uma assistência do Salvio depois de um centro do Ola John. Foi mesmo só encostar. Até ao intervalo quer o Melgarejo (que deveria ter passado para o Salvio que estava sozinho), quer o mesmo Salvio poderiam ter-nos dado a vantagem no marcador.
Entrámos fortes na partida e o Marítimo quase não conseguia sair do seu meio-campo. Algumas más decisões na altura decisiva (Salvio, por exemplo) impediram-nos de chegar à vantagem e de uma forma absolutamente fortuita o adversário marcou aos 25’, beneficiando de um ressalto na área depois de um livre. Vê-se na TV que o jogador está ligeiramente adiantado, tornando este lance ilegal. A diferença do Benfica do Jesus para outros não muito distantes é que não nos desconcentramos nada quando sofremos um golo. Continuamos bastante confiantes nas nossas potencialidades e a fazer de tudo para alterar o rumo das coisas. Pouco depois o Cardozo falhou isolado na cara do guarda-redes, mas redimiu-se aos 34’ ao fazer o empate na sequência de uma assistência do Salvio depois de um centro do Ola John. Foi mesmo só encostar. Até ao intervalo quer o Melgarejo (que deveria ter passado para o Salvio que estava sozinho), quer o mesmo Salvio poderiam ter-nos dado a vantagem no marcador.
Na 2ª parte, o cariz da partida não se alterou e continuou a haver só uma
equipa em campo. Uma cabeçada do Lima foi à figura, mas chegámos ao golo aos
64’ através de um penalty. No campo pareceu-me falta clara, mas visto na TV já
não parece tão evidente. De qualquer maneira, é inegável que o adversário toca
com o braço na bola e dá a sensação que movimentou ligeiramente o corpo para o
fazer. Benefício da dúvida para o Sr. Hugo Pacheco, que fez uma arbitragem bastante razoável. Esta nova maneira de o Cardozo marcar penalties (a correr muito
devagarinho e a depender de enganar o guarda-redes para a bola entrar) provoca-me
vários AVCs, mas a bola lá entrou. O segundo amarelo do jogador que provocou o
penalty fez-nos jogar em vantagem numérica até final, pelo que só muito
dificilmente a vitória nos escaparia. Ainda para mais, porque aos 69’, o Tacuara completou o hat-trick numa recarga depois de uma insistência do
Lima, que viu um defesa salvar um remate seu que ia para golo. Até final, ainda
acrescentámos mais um aos 88’ através do Rodrigo (que tinha substituído o
Cardozo) a finalizar uma assistência de cabeça do Melgarejo depois de uma
magnífica abertura do Matic.
Quem marca três golos num jogo (e poderiam ter sido quatro, não é
Cardozo…?) merece obviamente destaque, mas não seria nada justo deixar de realçar
a enorme exibição do Matic. Quer a defender quer a construir, o sérvio foi
sublime! A partida esforçada do Lima merecia ter-lhe rendido um golo e o Ola
John voltou a ser desconcertante na esquerda. Do lado oposto, o Salvio, pese
embora toda a sua classe, não atravessa de facto um momento exuberante. A
entrada do Enzo Pérez no início da 2ª parte a substituir o André Gomes fez toda
a diferença na dinâmica do nosso ataque. O Maxi teve uma entrada disparatada na
1ª parte que lhe valeu um amarelo, o que lhe vai permitir cumprir o castigo
frente ao Estoril e depois jogar frente ao CRAC.
Foi uma exibição muito boa e comentava com os meus colegas de bancada que
não me lembro de nenhuma equipa na Luz a quem fosse tão imerecido marcar um
golo, já que nem uma oportunidade teve. Daí que o Pedro Martins teve a
hombridade no final de não se desculpar com o penalty pretensamente duvidoso
para justificar a derrota: o Benfica foi melhor e ponto final. Atravessamos
provavelmente o melhor período da época e agora temos que nos preparar para o
terrível início de Janeiro que vamos ter, com jogos a cada três dias.
terça-feira, dezembro 11, 2012
Inquestionável
Ganhámos no WC por 3-1 e voltámos a ter vantagem nos golos perante o CRAC,
regressando assim ao 1º lugar da Liga. Foi um jogo que complicámos
desnecessariamente, porque a nossa superioridade perante o 9º classificado é
evidente, mas inexplicavelmente entrámos em campo com medo e ao intervalo
estávamos a perder. Na 2ª parte, esmagámos como é habitual quando defrontamos
uma equipa da segunda metade da tabela classificativa.
O Jesus veio dizer no final que a equipa entrou com respeito a mais pela
lagartada. Não foi respeito, foi mesmo medo, o que lhes permitiu
galvanizarem-se e fazerem certamente os melhores 40’ da época (30’ na 1ª + 10’
do início da 2ª). Perante a nossa apatia, o 9º classificado foi avançando no
terreno e viu-se em vantagem aos 30’ num bom golo do Volkswagen, aproveitando
uma bola nossa perdida a meio-campo. Só a partir daqui é que nós entrámos em
campo e, até ao intervalo, o Lima e o Cardozo (2x) tiveram boas chances para
igualar, mas a bola foi ao lado em duas ocasiões e o Rui Patrício defendeu a
outra.
Depois da nossa superioridade nos últimos 15’ da 1ª parte, os primeiros 10’
da 2ª deram origem a novo equilíbrio no domínio do jogo, altura que nos valeu
São Artur que defendeu um remate do Elias, isolado perante ele. No entanto, eu
já tinha comentado com o D’Arcy ainda na 1ª parte que achava muito difícil que uma
equipa da segunda metade da tabela conseguisse manter a intensidade de jogo dos
30’ iniciais. E assim foi, a partir dos 55’ o jogo foi todo nosso e com o
regresso do rolo compressor empurrámos a lagartada para o seu meio-campo. Aos
59’ igualámos a partida, quando o Cardozo abriu bem para o Ola John na
esquerda, este fez um óptimo centro, o Rojo vindo de trás empurrou o Cardozo,
não o permitindo cabecear em condições (penalty evidente!), mas fê-lo com tal
impetuosidade que acabou ele por meter a bola na baliza. Sentia-se em todo o
estádio que a partida estava virada de vez. Nos minutos seguintes, a
lagartada fez jus à cor e tremeu como varas verdes a cada novo ataque nosso.
Tivemos algumas oportunidades, uma bola ao poste do Garay, mas o Insúa também
respondeu na mesma moeda na terceira e última oportunidade de golo do 9º
classificado. Até que os 80’, o Boulahrouz resolveu armar-se em Alex Sandro do
CRAC e defendeu com a mão um remate do Salvio que ia para golo. O árbitro, o
Sr. Marco Ferreira, fez a sinalética para canto, o que me ia provocando um AVC
nas bancadas, mas certamente por indicação do fiscal-de-linha lá apontou para a
marca de penalty e expulsou o holandês (que não teve a sorte que o Alex
Sandro já teve por duas vezes – Braga e Moreirense -, tornando-o assim um feroz
concorrente do Helton). O Cardozo não tremeu e atirou para o lado direito do
guarda-redes em jeito, enganando o Rui Patrício. O Jesus fez a primeira
alteração logo a seguir e colocou o Gaitán no lugar do Ola John. E o argentino partiu
o que restava da lagartada. Arrancou amarelos e faltas e numa delas, aos 86’,
depois de um centro do Salvio, o Tacuara voltou a atacar e de cabeça fez o
1-3, numa bola que ainda tabelou na cabeça do Insúa antes de entrar. Pouco
depois, o jogo terminava depois de somente 2’ de compensação, a prenda
natalícia do árbitro aos lagartos.
O destaque da partida vai obviamente para o Cardozo: esteve nos três golos
(isto dá para tudo: o site da Liga dá-lhe a autoria dos três, A Bola
atribui-lhe dois – a minha opinião - e o Record dá um, porque considera o 3º
também autogolo! Ou seja, azia lagarta, claramente) e, considerando os dois de
ontem, já tem nove contra a lagartada. O Lima também foi muito importante, já
que, como era o avançado que recuava no terreno, grande parte do nosso jogo
passou por ele. Depois de uma primeira parte muito sofrível, o Salvio explodiu
na 2ª e esteve em dois dos golos. Essa melhoria entre as duas partes também
tiveram o Maxi e o Jardel, que beneficiaram igualmente do pouco ataque
produzido pelo 9º classificado no 2º tempo. O Garay é um senhor, assim como o
Artur, fundamental na vitória com aquela defesa perante o Elias. O André Gomes
vai ser craque, tem uma enorme personalidade, mas acaba por estar ligado às
três oportunidades dos lagartos: é ele quem perde a bola a meio-campo no
golo, e não acompanhou quer o Elias, quer o Insúa nos dois lances da 2ª parte.
O Matic voltou a fazer uma óptima exibição e o Melgarejo esteve regular. O Ola
John é que me pareceu cansado e não esteve tão bem como nos últimos tempos, mas
mesmo assim contabilizou mais uma assistência para golo. O Gaitán mostrou que
foi um erro tremendo não ter entrado em Barcelona…
Diz-se que um lagartos - Glorioso é sempre um lagartos - Glorioso e é
verdade, porque celebrar golos e vitórias em casa deles tem um sabor especial.
Por isso mesmo, espero que aquela agremiação não acabe, porque perderia este
gozo e eu sou hedonista. Mesmo apesar do nível de ridicularidade da lagartada
ter atingindo um novo patamar com a rábula do possível adiamento do jogo, de estarem a 18 pontos de nós à 11ª jornada e a apenas dois da linha de água… Desde
2006/07 que não perco lá um jogo (quando se começa com uma vitória, é difícil
deixar de lá ir…) e este foi o 9º em todas as competições: voltei novamente a
ter saldo positivo (4V, 2E e 3D).
P.S. – O Sr. Marco Ferreira fez a melhor arbitragem que me lembro de ver o
WC. Deixou jogar, não assinalou faltas por tudo e por nada, e é verdade que
poderia ter mostrado mais um ou outro amarelo aos lagartos, mas pelo que
vimos no passado não nos podemos queixar. Parece impossível como é que não
marcou logo o penalty, que foi mais que visível até no 2º anel do estádio, mas,
como comentou o TMA , perante o
conjunto da exibição vamos acreditar que não teria sido de propósito (mas lá
que seria um erro monumental, lá isso seria…).
quinta-feira, dezembro 06, 2012
Oportunidade histórica desperdiçada
Pela primeira vez não saímos derrotados de Barcelona, mas o empate (0-0)
não serviu para nos qualificarmos, porque o Celtic venceu o Spartak Moscovo por
2-1. Perante a equipa B do Barça, falhámos inúmeras ocasiões claras de golo.
Dizer que merecíamos ter ganho é um pouco relativo, porque a este nível quem
falha desta maneira e nesta quantidade acaba por ser fortemente penalizado.
Se na equipa que o Barça apresentou, só o Puyol é titular de caras (o Villa e o Tello são muito utilizados, mas não são indiscutíveis), nós também tivemos baixas de vulto, nomeadamente o Salvio e o Enzo Pérez (para além dos crónicos Carlos Martins e Aimar). Entrámos muito pressionantes e o Rodrigo teve um desperdício clamoroso logo aos 12’, quando ficou isolado, com o Nolito ao lado, e rematou para fora. Como disse o Carlos Manuel na Sport TV no final, no tempo dele, um jogador isolado que não passasse para um colega em melhor posição e não fizesse golo era trucidado pelos companheiros. Outros tempos…! Se eu fosse presidente do Benfica, o Rodrigo não receberia ordenado este mês. E poderia ficar muito contente para não nos ter que pagar do bolso dele os 3,5M€ que nos custou a eliminação por causa do seu egoísmo. Até ao intervalo, foi um fartote de desperdício, com o Lima num cabeceamento ao lado e um remate defendido pelo Pinto para o poste, e o Ola John também isolado a permitir igualmente a defesa do guarda-redes habitualmente suplente do Barça.
A 2ª parte começou com outra grande oportunidade do Nolito, que rematou a rasar o poste, mas depois o Barça foi crescendo e, com a entrada do Messi aos 58’, veio para cima de nós. O Jesus demorava a mexer na equipa e esta parecia muito fatigada, não conseguindo chegar à frente com o mesmo perigo do 1º tempo. Depois do Artur ter feito duas magníficas intervenções no mesmo lance que tiraram ao Messi a oportunidade de este igualar o recorde do Gerd Muller de 85 golos num ano civil, o argentino lesionou-se e jogámos em superioridade numéricas os últimos 5’ (mais 5’ de compensação). E foi quase no final que o Maxi Pereira em óptima posição rematou para as nuvens, impedindo-nos de conseguir uma qualificação que esteve perfeitamente ao nosso alcance.
Em termos individuais, gostei muito do Matic e do Ola John: enormes exibições! O miúdo André Gomes não engana ninguém e, especialmente, na 1ª parte fez um jogo soberbo e cheio de personalidade. Outro que também o fez foi o Garay, absolutamente intransponível. O Artur também merece referência pelas intervenções frente ao Messi e por outra na 1ª parte, cuja rápida saída resolveu uma fífia do Luisão, que esteve longe do seu nível habitual, assim como o Maxi Pereira, que apesar de várias tentativas conseguiu sair do jogo sem um amarelo. O Nolito manteve o pouco rendimento que vem apresentando e o Melgarejo esteve também uns furos abaixo do habitual, talvez resquícios da lesão que teve no treino da véspera. O Lima fez uma partida esforçada e teve azar na bola ao poste. Finalmente, o Rodrigo, cuja presença em campo nos fez jogar com 10 até ao momento da sua substituição e cujo falhanço eu nunca lhe irei perdoar (todos nos lembramos do do Simão naquele mesmo estádio, certo? Não teve 1/10 da gravidade deste). O Bruno César não fez melhor, antes pelo contrário, e continuámos a jogar com 10. (O Gaitán deve estar mesmo muito mal para ter ficado no banco o tempo todo…)
Sinceramente, eu estaria menos chateado se tivéssemos levado três. Perder (no fundo, foi o que aconteceu) desta maneira deixa-me sempre um amargo de boca. E, principalmente, desperdiçar uma óptima oportunidade de fazer história ao ganhar em casa da melhor equipa de futebol de todos os tempos (sim, desfalcadíssima, mas as camisolas eram as mesmas e a derrota seria sempre contabilizada a este Barcelona). Resta-nos recuperar fisicamente (os jogadores acabaram de rastos!) para 2ª feira. Esse, sim, é um jogo importantíssimo para nós e convém não esquecermos que, do outro lado, estarão a jogar a final da Champions.
P.S. – O golo da vitória do Celtic surgiu num penalty muitíssimo duvidoso aos 81’. Penalty esse em que a bola bate na barra, cai sobre a linha de golo e quando volta para cima bate na parte interior da rede. Falando de sorte…
Se na equipa que o Barça apresentou, só o Puyol é titular de caras (o Villa e o Tello são muito utilizados, mas não são indiscutíveis), nós também tivemos baixas de vulto, nomeadamente o Salvio e o Enzo Pérez (para além dos crónicos Carlos Martins e Aimar). Entrámos muito pressionantes e o Rodrigo teve um desperdício clamoroso logo aos 12’, quando ficou isolado, com o Nolito ao lado, e rematou para fora. Como disse o Carlos Manuel na Sport TV no final, no tempo dele, um jogador isolado que não passasse para um colega em melhor posição e não fizesse golo era trucidado pelos companheiros. Outros tempos…! Se eu fosse presidente do Benfica, o Rodrigo não receberia ordenado este mês. E poderia ficar muito contente para não nos ter que pagar do bolso dele os 3,5M€ que nos custou a eliminação por causa do seu egoísmo. Até ao intervalo, foi um fartote de desperdício, com o Lima num cabeceamento ao lado e um remate defendido pelo Pinto para o poste, e o Ola John também isolado a permitir igualmente a defesa do guarda-redes habitualmente suplente do Barça.
A 2ª parte começou com outra grande oportunidade do Nolito, que rematou a rasar o poste, mas depois o Barça foi crescendo e, com a entrada do Messi aos 58’, veio para cima de nós. O Jesus demorava a mexer na equipa e esta parecia muito fatigada, não conseguindo chegar à frente com o mesmo perigo do 1º tempo. Depois do Artur ter feito duas magníficas intervenções no mesmo lance que tiraram ao Messi a oportunidade de este igualar o recorde do Gerd Muller de 85 golos num ano civil, o argentino lesionou-se e jogámos em superioridade numéricas os últimos 5’ (mais 5’ de compensação). E foi quase no final que o Maxi Pereira em óptima posição rematou para as nuvens, impedindo-nos de conseguir uma qualificação que esteve perfeitamente ao nosso alcance.
Em termos individuais, gostei muito do Matic e do Ola John: enormes exibições! O miúdo André Gomes não engana ninguém e, especialmente, na 1ª parte fez um jogo soberbo e cheio de personalidade. Outro que também o fez foi o Garay, absolutamente intransponível. O Artur também merece referência pelas intervenções frente ao Messi e por outra na 1ª parte, cuja rápida saída resolveu uma fífia do Luisão, que esteve longe do seu nível habitual, assim como o Maxi Pereira, que apesar de várias tentativas conseguiu sair do jogo sem um amarelo. O Nolito manteve o pouco rendimento que vem apresentando e o Melgarejo esteve também uns furos abaixo do habitual, talvez resquícios da lesão que teve no treino da véspera. O Lima fez uma partida esforçada e teve azar na bola ao poste. Finalmente, o Rodrigo, cuja presença em campo nos fez jogar com 10 até ao momento da sua substituição e cujo falhanço eu nunca lhe irei perdoar (todos nos lembramos do do Simão naquele mesmo estádio, certo? Não teve 1/10 da gravidade deste). O Bruno César não fez melhor, antes pelo contrário, e continuámos a jogar com 10. (O Gaitán deve estar mesmo muito mal para ter ficado no banco o tempo todo…)
Sinceramente, eu estaria menos chateado se tivéssemos levado três. Perder (no fundo, foi o que aconteceu) desta maneira deixa-me sempre um amargo de boca. E, principalmente, desperdiçar uma óptima oportunidade de fazer história ao ganhar em casa da melhor equipa de futebol de todos os tempos (sim, desfalcadíssima, mas as camisolas eram as mesmas e a derrota seria sempre contabilizada a este Barcelona). Resta-nos recuperar fisicamente (os jogadores acabaram de rastos!) para 2ª feira. Esse, sim, é um jogo importantíssimo para nós e convém não esquecermos que, do outro lado, estarão a jogar a final da Champions.
P.S. – O golo da vitória do Celtic surgiu num penalty muitíssimo duvidoso aos 81’. Penalty esse em que a bola bate na barra, cai sobre a linha de golo e quando volta para cima bate na parte interior da rede. Falando de sorte…
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