sexta-feira, abril 29, 2011
Na frente
Vencemos o Braga por 2-1 e estamos em vantagem para o jogo da 2ª mão da meia-final da Liga Europa. Perante o que se passou no jogo, concordo com o Jesus quando diz que a vantagem é curta e que dois golos de diferença reflectiriam melhor o que se passou em campo. Mas como nesta Liga Europa sofremos sempre golos nas primeiras mãos em casa e como estamos numa incrível sequência de 15(!) jogos seguidos a sofrer golos, acho que acabou por ser um bom resultado.
Entrámos bem na partida, com algumas naturais cautelas, mas o primeiro sinal de perigo foi do Braga, com um remate de longe do Sílvio ao lado da baliza. A partir daí, controlámos a partida e o Cardozo esteve em destaque pela menor pontaria: atirou por cima e depois ao poste quando só tinha o guarda-redes pela frente. Deveríamos ter ido para o intervalo a ganhar, embora não tivéssemos criado assim tantas oportunidades, porque o Braga é uma equipa que sabe defender e, claro, sem Salvio e Gaitán a nossa velocidade nas alas é muito menor.
Na 2ª parte, o jogo acelerou um bocado, mas sempre connosco a fazer maior pressão. O Cardozo atirou novamente ao poste de cabeça, só que desta feita na recarga o Jardel fez o seu primeiro golo pelo Benfica aos 50’. O mais difícil estava feito e, se conseguíssemos quebrar a série negativa de jogos a sofrer golos, conseguiríamos um óptimo resultado. Infelizmente, isso não aconteceu. Pouco depois, aos 53’, uma falta do Aimar, de que resultou um amarelo que o vai impedir de jogar a 2ª mão, proporcionou o golo do empate ao Braga. Livre batido pelo Hugo Viana e desvio de cabeça do Vandinho, que estava quase no limite da área. Visto posteriormente na televisão, fiquei com a ideia que o Roberto poderia ter sido mais lesto a reagir, porque o remate de cabeça é quase fora da área e a bola não foi muito ao ângulo. O que valeu foi que aos 59’ pagámos na mesma moeda. Livre à entrada da área e o Cardozo atirou uma bomba lá para dentro! Ainda havia meia-hora para jogar, mas a nossa capacidade física não deu para mais. Não conseguimos criar mais nenhuma oportunidade, excepção feita a um cabeceamento do Luisão num canto já perto do final. O que valeu foi que defendemos relativamente bem e conseguimos segurar a vantagem.
Houve alguns jogadores que se destacaram, mas vou referir especialmente o Cardozo que nos deu o golo da vitória, atirou duas bolas aos postes e fartou-se de lutar. Espero que o golo lhe volte a dar confiança para os próximos jogos. O Coentrão confirma a cada jogo que passa que, se não é o melhor lateral-esquerdo do mundo, anda lá muito perto. O Aimar também fez uma grande partida e vamos sentir muito a falta dele em Braga. Tivemos três jogadores com problemas físicos durante a semana (Carlos Martins, César Peixoto e Gaitán), mas acabaram por jogar os três, tendo o argentino alinhado na 2ª parte. No entanto, sentiu-se a falta de ritmo e por alguma razão nenhum deles fez os 90’. Espero que em Braga estejam todos a 100%, porque se assim for, acho que temos grandes hipóteses de chegar à desejada final.
Temos uma vantagem curta, mas é uma vantagem. Se o Aimar não vai jogar, o Vandinho também não. O Maxi é que tem que ter muito cuidado, porque é um jogador insubstituível e está tapado de amarelos. Aliás, não percebo este critério da Uefa de não limpar os amarelos no final das fases de grupo. Com tantos jogos que se têm que disputar, é quase inevitável que um ou outro jogador falhe a final. E é uma injustiça. No próximo Domingo voltará a equipa B em Olhão e espero que os titulares recuperem bem para 5ª feira. Temos uma possibilidade imperdível de voltar a uma final europeia 21 anos depois.
Entrámos bem na partida, com algumas naturais cautelas, mas o primeiro sinal de perigo foi do Braga, com um remate de longe do Sílvio ao lado da baliza. A partir daí, controlámos a partida e o Cardozo esteve em destaque pela menor pontaria: atirou por cima e depois ao poste quando só tinha o guarda-redes pela frente. Deveríamos ter ido para o intervalo a ganhar, embora não tivéssemos criado assim tantas oportunidades, porque o Braga é uma equipa que sabe defender e, claro, sem Salvio e Gaitán a nossa velocidade nas alas é muito menor.
Na 2ª parte, o jogo acelerou um bocado, mas sempre connosco a fazer maior pressão. O Cardozo atirou novamente ao poste de cabeça, só que desta feita na recarga o Jardel fez o seu primeiro golo pelo Benfica aos 50’. O mais difícil estava feito e, se conseguíssemos quebrar a série negativa de jogos a sofrer golos, conseguiríamos um óptimo resultado. Infelizmente, isso não aconteceu. Pouco depois, aos 53’, uma falta do Aimar, de que resultou um amarelo que o vai impedir de jogar a 2ª mão, proporcionou o golo do empate ao Braga. Livre batido pelo Hugo Viana e desvio de cabeça do Vandinho, que estava quase no limite da área. Visto posteriormente na televisão, fiquei com a ideia que o Roberto poderia ter sido mais lesto a reagir, porque o remate de cabeça é quase fora da área e a bola não foi muito ao ângulo. O que valeu foi que aos 59’ pagámos na mesma moeda. Livre à entrada da área e o Cardozo atirou uma bomba lá para dentro! Ainda havia meia-hora para jogar, mas a nossa capacidade física não deu para mais. Não conseguimos criar mais nenhuma oportunidade, excepção feita a um cabeceamento do Luisão num canto já perto do final. O que valeu foi que defendemos relativamente bem e conseguimos segurar a vantagem.
Houve alguns jogadores que se destacaram, mas vou referir especialmente o Cardozo que nos deu o golo da vitória, atirou duas bolas aos postes e fartou-se de lutar. Espero que o golo lhe volte a dar confiança para os próximos jogos. O Coentrão confirma a cada jogo que passa que, se não é o melhor lateral-esquerdo do mundo, anda lá muito perto. O Aimar também fez uma grande partida e vamos sentir muito a falta dele em Braga. Tivemos três jogadores com problemas físicos durante a semana (Carlos Martins, César Peixoto e Gaitán), mas acabaram por jogar os três, tendo o argentino alinhado na 2ª parte. No entanto, sentiu-se a falta de ritmo e por alguma razão nenhum deles fez os 90’. Espero que em Braga estejam todos a 100%, porque se assim for, acho que temos grandes hipóteses de chegar à desejada final.
Temos uma vantagem curta, mas é uma vantagem. Se o Aimar não vai jogar, o Vandinho também não. O Maxi é que tem que ter muito cuidado, porque é um jogador insubstituível e está tapado de amarelos. Aliás, não percebo este critério da Uefa de não limpar os amarelos no final das fases de grupo. Com tantos jogos que se têm que disputar, é quase inevitável que um ou outro jogador falhe a final. E é uma injustiça. No próximo Domingo voltará a equipa B em Olhão e espero que os titulares recuperem bem para 5ª feira. Temos uma possibilidade imperdível de voltar a uma final europeia 21 anos depois.
terça-feira, abril 26, 2011
Terceira consecutiva
Vencemos o Paços de Ferreira por 2-1 e conquistámos mais uma vez a Taça da Liga. Foi uma vitória bastante difícil, porque nos ressentimos do esforço da 4ª feira anterior e porque o adversário é uma equipa que joga um futebol muito positivo. Fizemos uma 1ª parte agradável, em que pressionámos o Paços e realizámos boas movimentações atacantes. Na 2ª parte, as coisas foram bastante diferentes e acabámos o jogo a sofrer.
Entrámos bem na partida e poderíamos ter marcado logo nos primeiros minutos, quando o Saviola atirou ao poste. Chegámos à vantagem numa insistência do Fábio Coentrão aos 17’, que cruzou milimeticamente para a cabeça do Jara. Por volta da meia-hora, o Sr. Pedro Proença assinalou uma pretensa falta do Maxi Pereira na área, mas o Moreira defendeu o penalty. Aos 43’, fizemos o 2-0 na sequência de um livre do Carlos Martins e uma assistência do Luisão para o Javi García rematar perfeitamente à vontade. Mesmo antes do intervalo, o Sr. Pedro Proença resolveu mostrar mais uma vez a peça que é ao não marcar um derrube nítido ao Saviola dentro da área. Deveríamos ter ido para intervalo com uma vantagem de três golos.
A 2ª parte foi completamente diferente. Demos o berro em termos físicos e o Paços de Ferreira passou a controlar o jogo. Tivemos o azar acrescido de o Luisão ter feito um autogolo aos 49’, num lance em que a bola iria calmamente até ao nosso guarda-redes. Soubemos sofrer, o Moreira esteve em grande e o Jesus também ao não cometer os erros que fez contra o CRAC e colocando aos 60’ o Airton em jogo para fechar o meio-campo. Em termos atacantes, não fizemos quase nada e a nossa melhor oportunidade foi um cabeceamento de um defesa do Paços em direcção ao seu próprio poste.
Em termos individuais, o Moreira foi indiscutivelmente o melhor, não só pela defesa do penalty, como por outras duas ou três na 2ª parte. O Aimar também esteve bastante bem, ao comandar todo o nosso jogo atacante na 1ª parte e a sacrificar-se defensivamente na 2ª. Gostei igualmente do Jardel, pela sobriedade e simplicidade de processos, embora algumas saídas atacantes me tenham quase congelado o sangue. Em termos negativos e estou perfeitamente à vontade para o dizer, porque sou um grande fã dele, esteve o Cardozo. Lento, a falhar quase todos os cabeceamentos e quase desligado do jogo, foi uma lástima. Igualmente em nítida baixa de forma está o Saviola, embora nunca se lhe possa apontar a falta de vontade.
Tínhamos tudo a perder neste jogo, porque se fôssemos derrotados seria uma catástrofe e ganhando pouca gente ligaria. É um troféu oficial, é importante, mas não nos vai salvar a época. Aliás, com a tragédia do jogo da Taça, só a conquista de uma prova europeia, algo que nos escapa há 49 anos, é que o pode fazer. Temos de dar a resposta a isto já na próxima 5ª feira…
P.S. - Foi bonito o que se passou no final do jogo, aquando da entrega da Taça, com os jogadores das duas equipas a aplaudirem-se mutuamente. É pena que isto seja impossível com outros clubes que têm um discurso bélico constante, em especial contra aqueles que não se prestem a vassalagem. Mas esses também nunca irão passar da dimensão de quintal, por mais títulos que ganhem.
Entrámos bem na partida e poderíamos ter marcado logo nos primeiros minutos, quando o Saviola atirou ao poste. Chegámos à vantagem numa insistência do Fábio Coentrão aos 17’, que cruzou milimeticamente para a cabeça do Jara. Por volta da meia-hora, o Sr. Pedro Proença assinalou uma pretensa falta do Maxi Pereira na área, mas o Moreira defendeu o penalty. Aos 43’, fizemos o 2-0 na sequência de um livre do Carlos Martins e uma assistência do Luisão para o Javi García rematar perfeitamente à vontade. Mesmo antes do intervalo, o Sr. Pedro Proença resolveu mostrar mais uma vez a peça que é ao não marcar um derrube nítido ao Saviola dentro da área. Deveríamos ter ido para intervalo com uma vantagem de três golos.
A 2ª parte foi completamente diferente. Demos o berro em termos físicos e o Paços de Ferreira passou a controlar o jogo. Tivemos o azar acrescido de o Luisão ter feito um autogolo aos 49’, num lance em que a bola iria calmamente até ao nosso guarda-redes. Soubemos sofrer, o Moreira esteve em grande e o Jesus também ao não cometer os erros que fez contra o CRAC e colocando aos 60’ o Airton em jogo para fechar o meio-campo. Em termos atacantes, não fizemos quase nada e a nossa melhor oportunidade foi um cabeceamento de um defesa do Paços em direcção ao seu próprio poste.
Em termos individuais, o Moreira foi indiscutivelmente o melhor, não só pela defesa do penalty, como por outras duas ou três na 2ª parte. O Aimar também esteve bastante bem, ao comandar todo o nosso jogo atacante na 1ª parte e a sacrificar-se defensivamente na 2ª. Gostei igualmente do Jardel, pela sobriedade e simplicidade de processos, embora algumas saídas atacantes me tenham quase congelado o sangue. Em termos negativos e estou perfeitamente à vontade para o dizer, porque sou um grande fã dele, esteve o Cardozo. Lento, a falhar quase todos os cabeceamentos e quase desligado do jogo, foi uma lástima. Igualmente em nítida baixa de forma está o Saviola, embora nunca se lhe possa apontar a falta de vontade.
Tínhamos tudo a perder neste jogo, porque se fôssemos derrotados seria uma catástrofe e ganhando pouca gente ligaria. É um troféu oficial, é importante, mas não nos vai salvar a época. Aliás, com a tragédia do jogo da Taça, só a conquista de uma prova europeia, algo que nos escapa há 49 anos, é que o pode fazer. Temos de dar a resposta a isto já na próxima 5ª feira…
P.S. - Foi bonito o que se passou no final do jogo, aquando da entrega da Taça, com os jogadores das duas equipas a aplaudirem-se mutuamente. É pena que isto seja impossível com outros clubes que têm um discurso bélico constante, em especial contra aqueles que não se prestem a vassalagem. Mas esses também nunca irão passar da dimensão de quintal, por mais títulos que ganhem.
quinta-feira, abril 21, 2011
Pesadelo humilhante
Depois de uma vitória em casa do CRAC por 2-0, permitimos a reviravolta na eliminatória ao perder por 1-3 e assim ainda não é este ano que voltamos ao Jamor. Continuamos a acumular recordes negativos (este é o quarto da época), já que nunca na nossa história tínhamos perdido em casa contra o CRAC em jogos para a Taça de Portugal.
Se já a operação do Salvio me tinha tirado alguma confiança para o resto da época, a inesperada lesão do Gaitán foi o pior que nos podia ter acontecido para este jogo. E que falta sentimos dos dois! Não vou escrever muito mais sobre uma partida em que o Jesus não percebeu uma das velhas máximas do futebol: quem joga para o empate, arrisca-se a perder. Foi o que nos aconteceu e, se na 1ª parte ainda controlámos minimamente as coisas (apesar de uma defesa magistral do Júlio César negar o golo ao Falcão), na 2ª foi o descalabro, com o CRAC a fazer três golos em dez(!) minutos. Ainda fizemos o 1-3 pelo Cardozo de penalty, mas depois o Jesus voltou a errar nas substituições do desespero, ao tirar homens de meio-campo (Javi García e César Peixoto) para pôr o Kardec e Weldon, e terminar assim qualquer hipótese de pressing final que poderíamos fazer, porque não havia ninguém no meio-campo para recuperar a bola.
A equipa inicial era a que eu também poria levando em conta os impedimentos que tínhamos, mas onde começámos por perder o jogo foi ao abdicar da nossa acutilância atacante. Nunca demos a sensação que poderíamos marcar um golo e, se o CRAC na 1ª parte também esteve a ver onde paravam as modas, na 2ª ao ver a nossa inoperância veio para cima de nós. Poderíamos ter feito um jogo de contenção, mas lembrarmo-nos que havia uma baliza do outro lado e tentar fazer transições rápidas no ataque. Eu sei que faltavam o Salvio e Gaitán, mas o Jara tem alguma velocidade que deveria ter sido melhor aproveitada. Nunca os pusemos em sentido e eles agradeceram-nos por isso.
Neste descalabro inimaginável antes de o jogo começar (acho que superou os 3-5 no WC há três anos), não vou fazer destaques individuais. Vou apenas dizer o seguinte: por alguma razão, o Martins e o Coentrão saíram do campo a chorar (ou quase). Temos por ali muito jogador que ainda não percebeu que, contra o CRAC, tem que se dar 200% em campo. Só espero é que esta derrota não influencie o resto da época. Os jogadores do Benfica que metam na cabeça que, no mínimo, têm que ganhar a Taça da Liga e ir à final da Liga Europa. E comer a relva é um bom princípio para esse desiderato!
P.S. – O descanso da maioria dos titulares no Domingo passado não se notou nada em campo. Eles pareceram sempre mais frescos do que nós. Que curioso…
P.P.S. – O Sr. Carlos Xistra esteve ao seu nível: validou um golo do CRAC em fora-de-jogo e não expulsou a meretriz uruguaia por segundo amarelo quando estava apenas 0-1. O penalty a nosso favor é um pouco duvidoso, mas dá-me a sensação que o Sapunaru toca no Saviola.
Se já a operação do Salvio me tinha tirado alguma confiança para o resto da época, a inesperada lesão do Gaitán foi o pior que nos podia ter acontecido para este jogo. E que falta sentimos dos dois! Não vou escrever muito mais sobre uma partida em que o Jesus não percebeu uma das velhas máximas do futebol: quem joga para o empate, arrisca-se a perder. Foi o que nos aconteceu e, se na 1ª parte ainda controlámos minimamente as coisas (apesar de uma defesa magistral do Júlio César negar o golo ao Falcão), na 2ª foi o descalabro, com o CRAC a fazer três golos em dez(!) minutos. Ainda fizemos o 1-3 pelo Cardozo de penalty, mas depois o Jesus voltou a errar nas substituições do desespero, ao tirar homens de meio-campo (Javi García e César Peixoto) para pôr o Kardec e Weldon, e terminar assim qualquer hipótese de pressing final que poderíamos fazer, porque não havia ninguém no meio-campo para recuperar a bola.
A equipa inicial era a que eu também poria levando em conta os impedimentos que tínhamos, mas onde começámos por perder o jogo foi ao abdicar da nossa acutilância atacante. Nunca demos a sensação que poderíamos marcar um golo e, se o CRAC na 1ª parte também esteve a ver onde paravam as modas, na 2ª ao ver a nossa inoperância veio para cima de nós. Poderíamos ter feito um jogo de contenção, mas lembrarmo-nos que havia uma baliza do outro lado e tentar fazer transições rápidas no ataque. Eu sei que faltavam o Salvio e Gaitán, mas o Jara tem alguma velocidade que deveria ter sido melhor aproveitada. Nunca os pusemos em sentido e eles agradeceram-nos por isso.
Neste descalabro inimaginável antes de o jogo começar (acho que superou os 3-5 no WC há três anos), não vou fazer destaques individuais. Vou apenas dizer o seguinte: por alguma razão, o Martins e o Coentrão saíram do campo a chorar (ou quase). Temos por ali muito jogador que ainda não percebeu que, contra o CRAC, tem que se dar 200% em campo. Só espero é que esta derrota não influencie o resto da época. Os jogadores do Benfica que metam na cabeça que, no mínimo, têm que ganhar a Taça da Liga e ir à final da Liga Europa. E comer a relva é um bom princípio para esse desiderato!
P.S. – O descanso da maioria dos titulares no Domingo passado não se notou nada em campo. Eles pareceram sempre mais frescos do que nós. Que curioso…
P.P.S. – O Sr. Carlos Xistra esteve ao seu nível: validou um golo do CRAC em fora-de-jogo e não expulsou a meretriz uruguaia por segundo amarelo quando estava apenas 0-1. O penalty a nosso favor é um pouco duvidoso, mas dá-me a sensação que o Sapunaru toca no Saviola.
segunda-feira, abril 18, 2011
Sem stress
Vencemos o Beira-Mar (2-1) e três jogos depois regressámos às vitórias no campeonato. Mais uma vez, como seria de esperar, o Jesus apostou na equipa B que desta vez se saiu melhor do que nos jogos anteriores. Claro que a titularidade do Aimar e Carlos Martins ajudou para esta melhoria. No entanto, a 1ª parte foi bastante fraca, com alguns erros defensivos da nossa parte a permitir aos aveirenses criar algumas oportunidades e atirar uma bola ao poste. Nós também tivemos uma pelo Carlos Martins, mas foi já perto do intervalo que o Sr. Elmano Santos entrou em acção pelos piores motivos, quando anulou um golo limpo por ter considerado que um livre indirecto do Aimar não ressaltou num defesa, quando o desvio foi óbvio. A 2ª parte foi bastante melhor, com mais velocidade da nossa parte e as linhas mais avançadas, o que fez com que praticamente só se jogasse no meio-campo do Beira-Mar. Depois de o Kardec ter atirado outra bola ao poste, fizemos o primeiro golo aos 54’ pelo Sidnei, na sequência de uma boa combinação atacante. Aos 71’, arrumámos com o jogo ao fazer o 2-0 numa boa arrancada do Jara depois de uma jogada do Maxi, que entretanto entrara para substituir o lesionado Luís Filipe. Já nos descontos, o Beira-Mar fez o golo de honra, através de um grande remate do Yartey, um jogador ganês emprestado pelo Benfica. Em termos individuais, o Carlos Martins terá sido dos melhorzinhos juntamente com o Aimar. O Jara perfila-se como uma boa hipótese para substituir o Salvio e o Carole começa a convencer-nos que temos ali jogador. O César Peixoto, entrado na 2ª parte, está com a moral em alta e atravessa a sua melhor fase desde que chegou ao Benfica. O Roderick voltou a ter um jogo menos conseguido e o Fernández, de positivo, só conseguiu fazer um centro. O Sidnei, apesar do golo, revelou grande desconcentração defensiva e por mais de uma vez, e o Kardec continua bastante estático. Este foi só para relaxar, mas os próximos três jogos vão ser de crucial importância para a definição da época. Duas meias-finais e uma final farão regressar os titulares e, esperamos todos, exibições convincentes. Já na próxima 4ª feira, iremos receber o CRAC e, apesar de entrarmos em campo a ganhar por 2-0, há que manter toda a concentração para podermos regressar ao Jamor.
sexta-feira, abril 15, 2011
Desassete anos depois...
Voltámos a uma meia-final de uma competição europeia ao eliminarmos o PSV com um empate em Eindhoven (2-2). Desde a gloriosa época de 1993/94 que não metíamos lá os pés e agora só o Braga nos separa da desejada ida a Dublin. No entanto, este jogo com o PSV não foi nada fácil e as coisas estiveram até tremidas na 1ª parte quando sofremos dois golos quase seguidos. O golo do Luisão perto do intervalo foi essencial para nos acalmar e a partir daí a eliminatória estava mais ou menos controlada. De MUITO negativo, tenho que destacar a lesão do Salvio que, com a fractura de um dedo do pé, terá terminado a época. É uma ENORME perda para nós e vai ser tremendamente difícil substitui-lo. Até entrámos bem na partida e criámos duas situações pelo Gaitán e Saviola, só que não fomos felizes na concretização. Duas desconcentrações defensivas originaram os dois golos do PSV, aos 17’ e 26’. E só não sofremos o terceiro pouco depois, porque o Roberto fez bem a mancha depois de um enorme erro do Maxi Pereira. Pelo meio, um lance para cartão vermelho transformado em amarelo provocou a tal lesão do Salvio, que lhe poderá custar o resto da época. Tudo parecia correr mal, nós não nos encontrávamos em campo e o Carlos Martins, que substituiu o argentino, entrou muito mal no jogo. No entanto, acabou por ser ele já no período de compensação a conquistar e a marcar o livre do qual resultou o golão do Luisão. As coisas alteravam-se num minuto e íamos para intervalo bastante mais descansados. O PSV acusou imenso o golo e na 2ª parte praticamente não criou perigo. Nós controlávamos os acontecimentos e começámos a criar hipóteses para ampliar a vantagem, nomeadamente através de remates do Gaitán e Luisão, este de cabeça. Uma grande jogada do César Peixoto fez com que fosse derrubado na área e o Cardozo concretizou o respectivo penalty (marcado rasteiro para o meio da baliza… Até nem consegui festejar bem, tão próximo esteve o Isaksson tocar com os pés na bola…) aos 63’. A eliminatória ficava resolvida de vez e foi pena que tivéssemos desacelerado com o aproximar do final do jogo, porque poderíamos bem ter saído da Holanda com uma vitória. Em termos individuais, destaco o César Peixoto e o Luisão. Este pelo magnífico golo que marcou e que foi vital para a nossa qualificação, e o Peixoto, porque fez um jogo tacticamente perfeito e foi preponderante no 2º golo. Também voltei a gostar do Jardel (ao contrário dos comentadores da SIC, vá lá saber-se porquê…) e o Javi García foi importante na segurança a meio-campo, em especial depois dos dois golos sofridos. Nas próximas duas semanas, teremos três partidas decisivas: CRAC para a Taça de Portugal, final da Taça da Liga e 1ª mão frente ao Braga. Continuamos com hipóteses de ganhar três troféus este ano, o que o tornará glorioso, resta saber como a equipa vai reagir fisicamente e, em especial, como vai sentir a falta do Salvio…
segunda-feira, abril 11, 2011
Penoso
Na segunda vez que a equipa B teve oportunidade de actuar fez ainda pior do que da primeira: perdemos na Figueira da Foz com a Naval (1-2) e averbámos a 7ª derrota no campeonato. Se seria expectável um abaixamento de produção relativamente aos habituais titulares, o que não se compreende é que a maior parte destes jogadores continue a desperdiçar oportunidades de mostrar que podem ser úteis ao Benfica. Já sabemos que iremos ficar em 2º lugar no campeonato e que nada mais há a ganhar nesta competição, mas o que eles deviam pensar, e não pensam, é que nesta prova terão chances de jogar regularmente e portanto haveria que aproveitar isso.
Entrámos mal na partida e fomos dominados nos primeiros minutos. No entanto, também desde cedo, a defesa da Naval, a jogar adiantadíssima, deu mostras que com um bocado de inteligência da nossa parte poderíamos chegar isolados à baliza. Porém, foi o adversário que se adiantou no marcador aos 22’ num lance com grandes culpas do Júlio César, que não chegou com as mãos onde o Bruno Moraes chegou com a cabeça. Se o Jesus tinha dúvidas sobre o guarda-redes para 5ª feira, elas ficaram dissipadas de vez. A partir daqui, tomámos conta da partida e empatámos aos 36’ pela cabeça do Kardec na sequência de um canto do Carlos Martins, já depois deste ter atirado uma bola ao poste, também de cabeça.
Na 2ª parte, dominámos durante a maior parte do tempo e desperdiçámos várias oportunidades, algumas delas de baliza aberta. A Naval não criou tanto perigo como no 1º tempo, mas chegou à vantagem aos 83’ num lance em que a nossa defesa ficou a dormir e deixou o Marinho rematar à vontade à entrada da área. Logo a seguir, nova bola no poste da nossa parte, desta feita pelo Sidnei num canto. Mesmo no último minuto, o Luís Filipe apareceu isolado frente ao guarda-redes, mas conseguiu acertar nele!
Em termos individuais, há muito pouco a destacar. Os que entram mais vezes na equipa titular (Airton, Jara, Martins) terão sido os menos maus. Péssimo jogo do Roderick, que me pareceu muitas vezes desconcentrado, do inenarrável Felipe Menezes, que continua sem perceber que convém correr um pouco num jogo de futebol, do Kardec, apesar do (bom) golo não fez praticamente mais nada de jeito, e do César Peixoto, que passou incógnito pelo jogo. O Luís Filipe até estava a ser dos melhorzinhos, mas aquela bola falhada só com o guarda-redes pela frente define a sua categoria. O Carole também foi dos menos maus e não foi por ele que perdemos. Ao invés, o Sidnei só veio dar razão ao Jesus quando colocou o Jardel a titular na passada 5ª feira. O Júlio César imitou o Roberto no que ele faz pior e não no que faz de melhor. Só não percebi as entradas na 2ª parte do Salvio e Aimar (poderiam ter-se lesionado…), e o Weldon, por aquele magnífico remate à meia-volta, mostrou que poderia ter tido mais oportunidades ao longo da época.
Claro que o importante é o jogo da próxima 5ª feira, mas estes jogadores do plantel do Benfica têm que se mentalizar que, se é para jogar no Glorioso, é para dar tudo em campo. É uma honra vestir a nossa camisola, nem que o jogo seja a feijões! E terão nova oportunidade de o fazer já para a semana frente ao Beira-Mar. Atrevam-se a fazer o mesmo...!
Entrámos mal na partida e fomos dominados nos primeiros minutos. No entanto, também desde cedo, a defesa da Naval, a jogar adiantadíssima, deu mostras que com um bocado de inteligência da nossa parte poderíamos chegar isolados à baliza. Porém, foi o adversário que se adiantou no marcador aos 22’ num lance com grandes culpas do Júlio César, que não chegou com as mãos onde o Bruno Moraes chegou com a cabeça. Se o Jesus tinha dúvidas sobre o guarda-redes para 5ª feira, elas ficaram dissipadas de vez. A partir daqui, tomámos conta da partida e empatámos aos 36’ pela cabeça do Kardec na sequência de um canto do Carlos Martins, já depois deste ter atirado uma bola ao poste, também de cabeça.
Na 2ª parte, dominámos durante a maior parte do tempo e desperdiçámos várias oportunidades, algumas delas de baliza aberta. A Naval não criou tanto perigo como no 1º tempo, mas chegou à vantagem aos 83’ num lance em que a nossa defesa ficou a dormir e deixou o Marinho rematar à vontade à entrada da área. Logo a seguir, nova bola no poste da nossa parte, desta feita pelo Sidnei num canto. Mesmo no último minuto, o Luís Filipe apareceu isolado frente ao guarda-redes, mas conseguiu acertar nele!
Em termos individuais, há muito pouco a destacar. Os que entram mais vezes na equipa titular (Airton, Jara, Martins) terão sido os menos maus. Péssimo jogo do Roderick, que me pareceu muitas vezes desconcentrado, do inenarrável Felipe Menezes, que continua sem perceber que convém correr um pouco num jogo de futebol, do Kardec, apesar do (bom) golo não fez praticamente mais nada de jeito, e do César Peixoto, que passou incógnito pelo jogo. O Luís Filipe até estava a ser dos melhorzinhos, mas aquela bola falhada só com o guarda-redes pela frente define a sua categoria. O Carole também foi dos menos maus e não foi por ele que perdemos. Ao invés, o Sidnei só veio dar razão ao Jesus quando colocou o Jardel a titular na passada 5ª feira. O Júlio César imitou o Roberto no que ele faz pior e não no que faz de melhor. Só não percebi as entradas na 2ª parte do Salvio e Aimar (poderiam ter-se lesionado…), e o Weldon, por aquele magnífico remate à meia-volta, mostrou que poderia ter tido mais oportunidades ao longo da época.
Claro que o importante é o jogo da próxima 5ª feira, mas estes jogadores do plantel do Benfica têm que se mentalizar que, se é para jogar no Glorioso, é para dar tudo em campo. É uma honra vestir a nossa camisola, nem que o jogo seja a feijões! E terão nova oportunidade de o fazer já para a semana frente ao Beira-Mar. Atrevam-se a fazer o mesmo...!
sexta-feira, abril 08, 2011
Grande passo
Vencemos o PSV por 4-1 e estamos muito bem lançados para chegar às meias-finais de um competição europeia pela primeira vez nos últimos 17 anos. Foi uma exibição de gala, a fazer lembrar as célebres noites europeias na velha Luz, e em que poderíamos ter resolvido a eliminatória de vez. Ficámos a dever a nós próprios pelo menos o dobro dos golos que marcámos e, não fora mais um frango do Roberto num jogo decisivo (um muito triste hábito), se não tivéssemos consentido golo nenhum aos holandeses, acredito que isto já estava arrumado. Desta maneira, temos que manter a concentração e mentalizarmo-nos para marcar golos na Holanda para a tranquilidade ser total.
Entrámos muitíssimo bem na partida, com imensa velocidade, trocas rápidas de bola e a criar inúmeras oportunidades. O Saviola atirou ao poste logo no início e o nosso caudal ofensivo chegou a ser avassalador. Alguma aselhice na finalização, más decisões na altura do último passe e uma grande defesa do Isaksson a um remate fora da área do Cardozo fizeram com que só tivéssemos marcado aos 37’ pelo Aimar num remate rasteiro com o pé esquerdo, depois de o Cardozo não ter conseguido acertar na bola na sequência de um centro do Gaitán. Antes do intervalo, fizemos o 2-0 através do Salvio, num toque genial de calcanhar depois de uma boa jogada do Fábio Coentrão.
Voltámos para a 2ª parte com vontade de aumentar a vantagem e, logo aos 52’, o Salvio bisou numa óptima jogada individual pela direita, que culminou com um remate rasteiro. 3-0 era um resultado que praticamente resolvia a eliminatória, mas mesmo assim tentámos aumentar a vantagem. Só que, com a ânsia de ir para a frente, permitimos ao PSV algumas transições ofensivas perigosas que felizmente não chegaram à baliza, porque o Luisão e o Coentrão (por duas vezes) não deixaram. O Roberto fez uma grande defesa por instinto num remate depois de um cruzamento ao segundo poste e o Isaksson não lhe quis ficar atrás e defendeu uma bola impossível do Cardozo. Alguns jogadores davam sinais de cansaço e o Jesus lançou o César Peixoto e o Jara para os lugares do Aimar e Gaitán. Só que os holandeses marcaram logo a seguir, aos 80’, no tal lance em que o Roberto não agarra uma bola relativamente fácil e permite ao avançado do PSV recargar com êxito. Num ápice, os 0-4 que seriam precisos para nos eliminar passaram a 0-2. Felizmente, um mínimo de justiça foi reposta já nos descontos com uma grande jogada do Maxi Pereira, que assistiu o Saviola para o 4-1.
Em termos individuais destacam-se o Salvio, claro, ou não tivesse marcado dois golos (lamento muito, senhores dirigentes do Benfica, mas o argentino É para comprar MESMO!), o Coentrão e o Maxi, que foram duas gazuas nos respectivos corredores, além de terem feito assistências para golo. O Aimar também esteve muitíssimo bem, assim como o Saviola. O Cardozo não teve um jogo muito conseguido, mas com qualquer outro guarda-redes teria marcado dois golos. O Jardel, que substituiu o Sidnei, foi uma óptima surpresa, muito seguro e ganhando quase todos os lances de cabeça. Para mim, ganhou o lugar. O Javi García foi o batalhador do costume no meio-campo e o Luisão o patrão habitual. Em termos negativos, infelizmente e mais uma vez, tenho que falar do Roberto. As defesas do outro mundo que faz são ensombradas pelos frangos. Sinceramente não sei o que faria se fosse o Jesus, mas tenho pesadelos só de imaginar que podemos perder alguma competição por causa de um frango dele… Seria absolutamente inglório.
Agora está na altura de os titulares descansarem e os Luíses Filipes, Felipes Menezes, e afins entrarem em campo na Figueira da Foz no próprio Domingo. Apesar da boa vantagem, não podemos facilitar na segunda mão, até porque o melhor jogador deles (Toivonen) não jogou cá e provavelmente jogará lá. Se marcarmos um golo, e quanto mais cedo melhor, a coisa fica resolvida. Com o descanso de uma semana, espero a equipa na máxima força na Holanda e mentalizada para continuar esta caminhada europeia que poderá ser histórica.
Entrámos muitíssimo bem na partida, com imensa velocidade, trocas rápidas de bola e a criar inúmeras oportunidades. O Saviola atirou ao poste logo no início e o nosso caudal ofensivo chegou a ser avassalador. Alguma aselhice na finalização, más decisões na altura do último passe e uma grande defesa do Isaksson a um remate fora da área do Cardozo fizeram com que só tivéssemos marcado aos 37’ pelo Aimar num remate rasteiro com o pé esquerdo, depois de o Cardozo não ter conseguido acertar na bola na sequência de um centro do Gaitán. Antes do intervalo, fizemos o 2-0 através do Salvio, num toque genial de calcanhar depois de uma boa jogada do Fábio Coentrão.
Voltámos para a 2ª parte com vontade de aumentar a vantagem e, logo aos 52’, o Salvio bisou numa óptima jogada individual pela direita, que culminou com um remate rasteiro. 3-0 era um resultado que praticamente resolvia a eliminatória, mas mesmo assim tentámos aumentar a vantagem. Só que, com a ânsia de ir para a frente, permitimos ao PSV algumas transições ofensivas perigosas que felizmente não chegaram à baliza, porque o Luisão e o Coentrão (por duas vezes) não deixaram. O Roberto fez uma grande defesa por instinto num remate depois de um cruzamento ao segundo poste e o Isaksson não lhe quis ficar atrás e defendeu uma bola impossível do Cardozo. Alguns jogadores davam sinais de cansaço e o Jesus lançou o César Peixoto e o Jara para os lugares do Aimar e Gaitán. Só que os holandeses marcaram logo a seguir, aos 80’, no tal lance em que o Roberto não agarra uma bola relativamente fácil e permite ao avançado do PSV recargar com êxito. Num ápice, os 0-4 que seriam precisos para nos eliminar passaram a 0-2. Felizmente, um mínimo de justiça foi reposta já nos descontos com uma grande jogada do Maxi Pereira, que assistiu o Saviola para o 4-1.
Em termos individuais destacam-se o Salvio, claro, ou não tivesse marcado dois golos (lamento muito, senhores dirigentes do Benfica, mas o argentino É para comprar MESMO!), o Coentrão e o Maxi, que foram duas gazuas nos respectivos corredores, além de terem feito assistências para golo. O Aimar também esteve muitíssimo bem, assim como o Saviola. O Cardozo não teve um jogo muito conseguido, mas com qualquer outro guarda-redes teria marcado dois golos. O Jardel, que substituiu o Sidnei, foi uma óptima surpresa, muito seguro e ganhando quase todos os lances de cabeça. Para mim, ganhou o lugar. O Javi García foi o batalhador do costume no meio-campo e o Luisão o patrão habitual. Em termos negativos, infelizmente e mais uma vez, tenho que falar do Roberto. As defesas do outro mundo que faz são ensombradas pelos frangos. Sinceramente não sei o que faria se fosse o Jesus, mas tenho pesadelos só de imaginar que podemos perder alguma competição por causa de um frango dele… Seria absolutamente inglório.
Agora está na altura de os titulares descansarem e os Luíses Filipes, Felipes Menezes, e afins entrarem em campo na Figueira da Foz no próprio Domingo. Apesar da boa vantagem, não podemos facilitar na segunda mão, até porque o melhor jogador deles (Toivonen) não jogou cá e provavelmente jogará lá. Se marcarmos um golo, e quanto mais cedo melhor, a coisa fica resolvida. Com o descanso de uma semana, espero a equipa na máxima força na Holanda e mentalizada para continuar esta caminhada europeia que poderá ser histórica.
segunda-feira, abril 04, 2011
Triunfo do Mal
Perdemos (1-2) frente ao Clube Regional Assumidamente Corrupto e deixámo-los tornarem-se campeões em nossa casa. Foi o pior que nos podia ter acontecido e finalmente percebi o que sentiram os franceses em Paris a 14 de Junho de 1940. É repugnante e revoltante ver uma agremiação de criminosos, liderada por um criminoso e cujos adeptos são todos, em maior ou menor grau, criminosos juntar mais um título ao longo historial de roubos nos últimos 30 anos e ver a falta de vergonha na cara para o celebrarem como se tivesse sido obtido da maneira mais limpa deste mundo. Presumo que também tenha sido assim que os partidários do Américo Thomaz celebraram a vitória nas eleições de 1958…
Graças às selecções, o Maxi Pereira e o Carlos Martins nem sequer foram convocados e o Cardozo começou no banco. Entrámos muito mal na partida e aos 9’ um centro do Guarín fez com que o Roberto desse um enorme frango e colocasse ele próprio a bola na baliza. Empatámos aos 17’ num penalty convertido pelo Saviola a castigar falta do Otamendi sobre o Jara. As coisas estavam mais ou menos equilibradas, quando o CRAC voltou à vantagem também de penalty aos 26’ a castigar derrube do Roberto ao Falcão. Até ao intervalo, poderíamos ter empatado, mas o Saviola rematou à figura do Helton quando estava em excelente posição.
Na 2ª parte, o Jesus voltou à táctica do jogo em casa do CRAC para a Taça de Portugal e colocou o Peixoto para dar ajuda ao Javi no meio-campo, lançando igualmente o Cardozo. Saíram o Aimar e o Jara. Houve oportunidades de parte a parte e melhorámos claramente o nosso rendimento em relação à 1ª parte. O Javi, Saviola, Cardozo e Coentrão poderiam ter marcado, enquanto do outro lado o Falcão por duas vezes e a prostituta uruguaia, que entretanto tinha entrado, também tiveram chances de marcar. Mas foi já depois dos 90’ que tivemos a grande oportunidade, quando o Sidnei isolado permitiu a defesa do Helton e o Gaitán na recarga, sem o guarda-redes na baliza, atirou ao poste.
Não fizemos um grande jogo em termos colectivo e as exibições individuais reflectem naturalmente isso. O Coentrão terá sido o melhor, o Gaitán também merece destaque e o Peixoto entrou muito bem na 2ª parte. Em termos negativos, o Roberto (apesar da magnífica defesa no final no remate da prostituta uruguaia, aquele frango não se pode dar!) e, sendo com muita mágoa que digo isto, o Cardozo, que foi expulso perto do final.
Temos oportunidade de fazer algo histórico nesta época. Bastar-nos-á ganhar as três taças em que estamos envolvidos. Para isso, é fundamental que os jogadores e a equipa técnica ponham esta derrota para trás das costas e se concentrem já no PSV. E não esqueçam que, neste momento, só um final de época de conquistas permitirá limpar os três recordes negativos que possuem neste momento (pior início de campeonato de sempre, pior derrota de sempre em casa do CRAC e não derrotar o CRAC para o campeonato, possibilitando-lhes provavelmente serem campeões sem derrotas). A resposta será dada na próxima 5ª feira.
P.S. – O lance da bola aos poste aos 92’ vai perseguir-me durante anos e anos. Ainda nem acredito bem que a bola não tenha entrado e que nós tenhamos tido que levar com a festa de um clube criminoso em nossa casa. Já não bastava o Mal ter vencido, como ainda por cima o fez com este tipo de sorte. A minha crença numa justiça divina foi seriamente abalada…
Graças às selecções, o Maxi Pereira e o Carlos Martins nem sequer foram convocados e o Cardozo começou no banco. Entrámos muito mal na partida e aos 9’ um centro do Guarín fez com que o Roberto desse um enorme frango e colocasse ele próprio a bola na baliza. Empatámos aos 17’ num penalty convertido pelo Saviola a castigar falta do Otamendi sobre o Jara. As coisas estavam mais ou menos equilibradas, quando o CRAC voltou à vantagem também de penalty aos 26’ a castigar derrube do Roberto ao Falcão. Até ao intervalo, poderíamos ter empatado, mas o Saviola rematou à figura do Helton quando estava em excelente posição.
Na 2ª parte, o Jesus voltou à táctica do jogo em casa do CRAC para a Taça de Portugal e colocou o Peixoto para dar ajuda ao Javi no meio-campo, lançando igualmente o Cardozo. Saíram o Aimar e o Jara. Houve oportunidades de parte a parte e melhorámos claramente o nosso rendimento em relação à 1ª parte. O Javi, Saviola, Cardozo e Coentrão poderiam ter marcado, enquanto do outro lado o Falcão por duas vezes e a prostituta uruguaia, que entretanto tinha entrado, também tiveram chances de marcar. Mas foi já depois dos 90’ que tivemos a grande oportunidade, quando o Sidnei isolado permitiu a defesa do Helton e o Gaitán na recarga, sem o guarda-redes na baliza, atirou ao poste.
Não fizemos um grande jogo em termos colectivo e as exibições individuais reflectem naturalmente isso. O Coentrão terá sido o melhor, o Gaitán também merece destaque e o Peixoto entrou muito bem na 2ª parte. Em termos negativos, o Roberto (apesar da magnífica defesa no final no remate da prostituta uruguaia, aquele frango não se pode dar!) e, sendo com muita mágoa que digo isto, o Cardozo, que foi expulso perto do final.
Temos oportunidade de fazer algo histórico nesta época. Bastar-nos-á ganhar as três taças em que estamos envolvidos. Para isso, é fundamental que os jogadores e a equipa técnica ponham esta derrota para trás das costas e se concentrem já no PSV. E não esqueçam que, neste momento, só um final de época de conquistas permitirá limpar os três recordes negativos que possuem neste momento (pior início de campeonato de sempre, pior derrota de sempre em casa do CRAC e não derrotar o CRAC para o campeonato, possibilitando-lhes provavelmente serem campeões sem derrotas). A resposta será dada na próxima 5ª feira.
P.S. – O lance da bola aos poste aos 92’ vai perseguir-me durante anos e anos. Ainda nem acredito bem que a bola não tenha entrado e que nós tenhamos tido que levar com a festa de um clube criminoso em nossa casa. Já não bastava o Mal ter vencido, como ainda por cima o fez com este tipo de sorte. A minha crença numa justiça divina foi seriamente abalada…
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