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terça-feira, setembro 19, 2023

Escusado

Vencemos em Vizela no passado sábado por 2-1 e mantemo-nos um ponto atrás dos da frente. Por motivos profissionais, foi-me impossível postar antes de hoje e foram esses mesmos motivos que me fizeram ter visto o jogo em diferido fora de Portugal. Foi uma vitória mais do que justa, que só peca por ter sido pela margem mínima, quando o mais justo seriam pelo menos três golos de diferença, tal a nossa superioridade.

 

O Roger Schmidt promoveu a estreia do Trubin na baliza, que não teve quase trabalho nenhum. Entrámos muito bem na partida e inaugurámos o marcador logo aos 9’ através do Musa, depois de uma boa jogada com desmarcação do Rafa pelo Kökçü e assistência daquele para o croata rematar, com a bola ainda a sofrer um desvio num defesa. O Kökçü esteve em destaque ao falhar um desvio só com o guarda-redes pela frente e a fazer um livre directo roçar ainda na barra. A nossa pressão no adversário era imensa, que mal saía do meio-campo, e aos 39’ fizemos o 2-0 através de um livre directo muito bem executado pelo Di María.

 

Na 2ª parte, continuámos a dominar fortemente a partida, com o guarda-redes Buntic a defender um golo certo do Musa, depois de assistência do Rafa. O terceiro golo fecharia completamente a partida, mas foi o Vizela a reduzir para 1-2 aos 70’ num penalty escusado do Aursnes por empurrão a um adversário. O Samu enganou o Trubin no remate. O desfecho da partida voltava a estar em aberto escusadamente, por culpa da nossa ineficácia, mas conseguimos controlar os danos até final. Até foram nossas a melhores oportunidades, com o João Mário e o Rafa a proporcionarem defesas do Buntic, enquanto do outro lado só um cabeceamento quase no final da compensação criou algum perigo, com a bola a sair ao lado.

 

Em termos individuais, o Rafa foi o melhor do Benfica, com as suas arrancadas a dar cabo da cabeça dos adversários. O João Neves também encheu o campo e dá muita dinâmica à equipa. O Di María marcou mais um golo, mas continua a estar tempo a mais no campo (sendo a culpa obviamente do Schmidt), porque por volta dos 70’ inevitavelmente rebenta. O Musa, sendo ponta-de-lança, marcou e ainda bem, porque isso lhe irá dar mais confiança. O João Mário e o Bah é que ainda continuam fora da forma habitual.

 

Foi uma vitória importante num campo difícil, mas na 2ª parte sentiu-se que muitos jogadores já estavam mais com a cabeça na Champions, que começa nesta 4ª feira frente ao Salzburgo. Sendo o primeiro jogo em casa, é fundamental começar com uma vitória.

 

P.S. – A arbitragem do Sr. Luís Godinho teve muito que se lhe dissesse. Não só o Otamendi levou amarelo num lance em que foi pisado no tornozelo(!), como tivemos uma expulsão perdoada ao guarda-redes adversário por suposto fora-de-jogo do Rafa no início da jogada, sendo que a bola ainda foi desviada pelo David Neres e, nessa altura, o Rafa já não estava adiantado. Surreal...!

1 comentário:

joão carlos disse...

Tivemos um domínio absoluto e a jogar bem, mas como tem sido usual nos últimos tempos não temos a quantidade de oportunidades correspondentes a esse mesmo domínio e desse modo também o resultado acaba por nunca traduzir esse domínio já que tal só aconteceria de tivéssemos uma eficácia total, coisa que não aconteceu, e que por norma raramente acontece.
Depois como deixamos o resultado em aberto ficamos sempre sujeitos a um lance fortuito que depois tem uma probabilidade maior de acontecer porque o treinador continua sem refrescar a equipa nos momentos certos e está pelo desgaste já habitual de alguns jogadores, acentuado neste caso pelos jogos das seleções, vai diminuindo a intensidade e vai recuando no terreno.
O treinador continua a insistir no mesmo erro do ano passado não fazendo gestão física do plantel nem antes dos jogos nem, sobretudo, durante os jogos e isso para além de nos penalizar durante o decurso dos jogos, como tem sido os casos ultimamente, já todos sabemos o que vai acontecer mais para a frente na época em que temos metade do plantel todo rebentado e a outra metade sem ritmo.