origem

quarta-feira, março 23, 2011

Para seguir com muita atenção...

A República das Bananas que é o nosso país pode ser comprovada através deste site (http://www.mentiradesportiva.com) e deste blog (http://www.opolvodospapalvos.blogspot.com). Por isso mesmo, merecem um post e o respectivo destaque na coluna da esquerda. E, obviamente, uma leitura atenta e regular no futuro. Não nos conformemos com este estado de coisas.

P.S. - Quanto ao vil ataque que mais uma vez a comitiva do Benfica, e desta feita especialmente o seu presidente, foi vítima quando foi jogar à zona do Porto, nada tenho a acrescentar ao que está escrito aqui.

terça-feira, março 22, 2011

Categórico

Vencemos em Paços de Ferreira por 1-5 numa demonstração inequívoca de classe por parte da nossa equipa. Estamos a um ponto de assegurarmos matematicamente o 2º lugar e o CRAC terá de ganhar na Luz para poder ser campeão. O jogo de hoje demonstrou bem a importância de o Sr. Xistra ter feito o que fez em Braga, já para não falar da vergonha do início do campeonato. Mesmo sem Salvio e Coentrão (o Jesus não é parvo e, com o Artur Soares Dias a apitar, veriam amarelo com certeza, ficando de fora do jogo contra o CRAC) fizemos uma exibição muito convincente e derrotámos uma equipa que está a fazer um óptimo campeonato.

Entrámos muito bem na partida e o Sr. Artur Soares Dias conseguiu assinalar penalty por um murro no Javi García logo aos 5’, cometendo a proeza de não expulsar o jogador contrário! O Cardozo enganou o Cássio, atirando rasteiro para o lado oposto para onde costuma marcar, e fez o 1º golo. Pouco depois, aos 13’, ampliámos a vantagem num golo do Aimar a passe do Saviola, depois de mais um domínio de bola magnífico do El Mago. Estávamos imparáveis e aos 25’ o Gaitán fez um dos melhores golos do campeonato. Brilhante jogada colectiva concluída com um fabuloso remate em arco do argentino. Três minutos depois houve mais um jogador do Benfica a colocar a bola na baliza, mas infelizmente foi na nossa. Muito azar do Carole a desviar a bola de cabeça na sequência de um livre. Até ao intervalo, ainda sofremos um susto noutro livre, mas o Roberto defendeu para o poste e vimos o Cohene, que tinha feito o penalty, ser expulso com 35’ de atraso, ao levar o segundo amarelo por agarrar o Saviola numa jogada nossa de contra-ataque.

Na 2ª parte e a jogar contra 10, adoptámos uma postura de controlo da partida. Fizemos um jogo pausado, sem grande acelerações, e contando com o Roberto para resolver um ou outro remate de longe do adversário. Em termos atacantes, a falta de velocidade não nos permitia criar grandes desequilíbrios, mas mesmo assim tivemos uma grande oportunidade num lance em que o Cássio defendeu um remate do Aimar, que estava completamente isolado. O Jesus começou a fazer descansar alguns jogadores e aos 77’ fez entrar o Nuno Gomes. Resultado? Não um, mas DOIS golos do capitão! Aos 82’ numa recarga a um remate dele próprio e depois de olhar para a baliza para ver onde estava o guarda-redes, e aos 92’ num pontapé de primeira depois de uma insistência do César Peixoto. Estava feita a goleada e deve ter servido para assustar o treinador do PSV que foi assistir à partida.

Em termos individuais, destaco o Aimar, Gaitán, Luisão e Nuno Gomes. El Mago encheu o campo, jogou os 90’, fez um grande golo, poderia ter feito outro e teve imensos pormenores de grande classe. O Gaitán marcou um dos melhores golos do campeonato e só isso é mais que suficiente. O Luisão voltou a ser intransponível e dá confiança à defesa toda. Por último, o Nuno Gomes lá marcou mais dois golitos e, para não me repetir, remeto-vos para aqui. O Roberto realizou um punhado de intervenções muito boas, o Jardel não comprometeu, assim como o Carole que, apesar do autogolo e alguns erros naturais da sua juventude, me parece ser um jogador a rever, mostrando pormenores interessantes. O resto da equipa esteve num plano bastante elevado (nomeadamente, Maxi, Javi García e Jara) e dá gosto ver-nos jogar à bola.

Agora resta-nos um único objectivo no campeonato: derrotar o CRAC na Luz e impedi-los de serem campeões sem derrotas, algo que só o Benfica foi capaz na sua história. Depois desse jogo, se não vir a maior parte dos titulares nos restantes encontros do campeonato, é muito bom sinal…

P.S. – Infame o ataque de que o nosso presidente foi alvo na auto-estrada. Um saco de pedras acertou em cheio no carro onde seguia. Continua tudo impune, com uma certa pessoa a caucionar estes actos cobardes, e ninguém responsável toma uma atitude para acabar com isto de vez. Qualquer dia há uma tragédia e depois quero ver como é.

P.P.S. – Recado para os internacionais: NÃO SE LESIONEM!

sexta-feira, março 18, 2011

Sorteio da Liga Europa

Iremos defrontar o PSV Eindhoven nos quartos-de-final da Euroliga, com o jogo da 1ª mão a ser disputado pela terceira vez consecutiva na Luz. O PSV está em 1º lugar do campeonato holandês, mas teremos uma grande oportunidade para nos vingarmos da final perdida em 1988. Apesar de nos termos dado bem até agora com a 2ª mão disputada no terreno do adversário, a única coisa que eu alteraria era a ordem dos jogos, já que a 1ª mão disputar-se-á apenas quatro dias depois de recebermos o CRAC para o campeonato. E estarmos a assumir as despesas de duas partidas em casa, que se prevêem intensas, com tão pouco tempo de intervalo, era algo que evitaria se eu pudesse. De qualquer modo, espero que desta vez não consintamos golos caseiros ao adversário…

Mas dado que as equipas mais credenciadas eram o CRAC e o Villarreal que não só não nos calharam agora, como também não as defrontaremos numas possíveis meias-finais, fiquei contente com o sorteio. Se (e convém por agora só pensarmos em eliminar o PSV) passarmos, iremos jogar contra o vencedor do Braga – Dínamo Kiev. Teoricamente bastante mais favorável que um Liverpool – Manchester City… E aqui, sim, gostei inclusive da ordem dos jogos, já que teremos a 2ª mão na Luz.

Eu, que sou um pessimista por natureza, tenho que dizer o seguinte: temos uma oportunidade muito grande de voltarmos a uma final europeia. Sim, claro, temos que pensar jogo a jogo e por enquanto ainda faltam (esperemos bem) quatro, mas no ranking da Uefa só o CRAC está acima de nós. Acredito que o plantel e equipa técnica estejam todos concentrados nisto e se lembrem que o sorteio da Champions também poderia ter sido teoricamente muito pior, estávamos no pote 2 e depois aconteceu o que aconteceu. Pelo que fizeram no ano passado, a equipa técnica e os jogadores já entraram na história do Benfica. Este ano têm hipótese de acrescentar mais um capítulo, com a pequena diferença que um capítulo destes não é escrito há quase 50 anos…

FORÇA BENFICA!!!

P.S. – E é aconselhável fazer muitos treinos de conjuntos com a equipa que defrontou o Portimonense. Sem o descanso dos titulares, tenho grandes dúvidas que tivéssemos eliminado o PSG. Por mim, o último jogo que os titulares fariam para o campeonato seria contra o CRAC… (Até porque me lembro sempre do que aconteceu ao Diamantino na véspera da final de Estugarda…)


* Publicado em simultâneo com a Tertúlia Benfiquista.

A sonhar

Empatámos em Paris (1-1) e pelo segundo ano consecutivo estamos nos quartos-de-final da Liga Europa. Foi uma qualificação muito difícil em que a nossa capacidade de sofrimento foi de realçar, visto que infelizmente falhámos algumas oportunidades na 2ª parte que nos teriam permitido encarar a parte final da partida com bastante mais calma. Mas estamos entre as 16 melhores equipas da Europa e isso é que é importante.

A jogar com o nosso onze-tipo, entrámos de uma forma muito calculista e não assumimos o jogo da maneira convincente que habitualmente fazemos. Alguns erros no último passe inviabilizaram a criação de oportunidades, mas também não deixámos o Paris Saint-Germain criar perigo. Fomos eficazes na medida em que abrimos o marcador aos 27' na primeira oportunidade com um golo do Gaitán, que fintou o guarda-redes com os olhos! Olhou para a área como se fosse centrar e rematou directo à baliza. O Edel deu um passo para o lado aquando do olhar do Gaitán e depois já não conseguiu corrigir a posição. Um golão! Mas o Nenê criava muitos problemas ao Maxi Pereira e o PSG conseguiu empatar aos 34’ num bom remate fora da área do Bodmer. Até ao intervalo, controlámos as operações de um modo mais eficaz.

Na 2ª parte entrámos bastante melhor e foi uma pena que não tivéssemos marcado as várias oportunidades que criámos. O Saviola e o Cardozo, por mais do que uma vez, não estiveram felizes na finalização. Com o passar dos minutos, o PSG ia acreditando e nós íamos naturalmente recuando. Os últimos minutos foram de alguma preocupação, valeu-nos num lance uma grande defesa do Roberto e em muitos outros a imperialidade do Luisão. As substituições do Jesus melhoraram a equipa e não há nada a dizer da justeza da nossa qualificação.

Em termos infividuais, o melhor foi indiscutivelmente o Fábio Coentrão. Que pulmão inesgotável! Quando precisávamos de acelerar o jogo, era a ele que recorríamos. O Gaitán foi essencial pelo golo que marcou e mostrou pormenores de classe, como já vem sendo normal, mas não está no seu auge físico. O Luisão também não sabe jogar mal e o Roberto foi importantíssimo pela tal defesa já perto do fim. O Cardozo fez um jogo muito sofrido e fartou-se de batalhar. O Salvio não está em tão boa forma como no passado, mas melhorou em relação às últimas aparições na equipa. O Maxi teve vida difícil na 1ª parte, mas o Nenê eclipsou-se na 2ª. O Sidnei fez uma partida razoável, mas teve uma falha imperdoável na 2ª parte quando não intercepta uma bola que depois ia dando golo, com um francês a falhar isolado. O Aimar não foi tão genial como habitualmente e o Saviola foi indiscutivelmente o pior do Benfica, raramente tomando a melhor decisão com a bola nos pés. O Martins entrou bem, assim como o mal-amado do César Peixoto.

Houve grandes surpresas nesta fase e as equipas com maior nome foram quase todas eliminadas (Manchester City, Zenit, Ajax e Liverpool). O CRAC B, perdão, Braga conseguiu o grande feito de eliminar este último e, se eu pudesse escolher, seria contra eles: temos contas a ajustar desde há duas semanas e parece-me a equipa mais acessível de todas. Quanto aos outros adversários possíveis temos o CRAC, Twente, PSV, Spartak Moscovo, Dínamo Kiev e Villarreal. Ou seja, bem vistas as coisas e num plano meramente teórico, existe uma grande possibilidade de irmos longe na competição. De todos estes adversários, o CRAC e o Villarreal parecem-me os mais difíceis. É preciso cuidado com os russos/ucranianos que estão fisicamente bem, porque só começaram a época agora. E os holandeses são os dois primeiros classificados do respectivo campeonato. Mas acho mesmo que temos equipa para todos eles e temos a vantagem de poder rodar a equipa no campeonato para estarmos bem em termos físicos. Esse aspecto foi fundamental para o sucesso destes oitavos-de-final e espero jogos futuros da Liga outra vez com a equipa B como titular. Temos uma real possibilidade de matar um borrego com quase 50 anos…


P.S. - Não, não queria o CRAC já pelo facto de, se assim acontecesse, termos quatro(!) jogos em eles em 18 dias. O meu sorteio ideal seria CRAC B - Benfica e CRAC - Villarreal.

segunda-feira, março 14, 2011

Reformado?! Velho?!

Empatámos com o Portimonense (1-1) num jogo em que o Jesus só fez alinhar o Aimar da equipa titular. Finalmente decidimos que o importante é a Liga Europa e não o campeonato que tão bem nos foi roubado. Mesmo assim, considero que os jogadores que alinharam tinham obrigação de fazer muito melhor e que houve alguns que fizeram exibições abaixo de zero.

Não em apetece falar muito sobre a partida e também acho que não há muito que falar. O Portimonense chegou à vantagem de penalty aos 28’ depois de um ENORME disparate de Roderick, que colocou a mão na bola quando esta estava já a sair da área. Antes disso, e apesar de ter um forte pendor defensivo, os algarvios já tinham atirado uma bola à barra e na 2ª parte atiraram outra ao poste. Com algumas unidades em sub-rendimento, nós só melhorámos depois do intervalo, com as entradas do Salvio e Gaitán (mais este), e especialmente a partir dos 69’ quando o Nuno Gomes FINALMENTE entrou em campo. Inevitavelmente foi ele a marcar o golo do empate aos 78’, mas não conseguimos ir mais além. SIM, estou perfeitamente convicto que caso o nº 21 tivesse entrado de início teríamos ganho o encontro!

O Jesus fez o que tinha a fazer nesta partida e é claro que estou de acordo com o facto de ele ter poupado quase todos os titulares. Gostei da titularidade ao Moreira (julgo que o Júlio César será o segundo guarda-redes, mas como na meia-final da Taça da Liga tinha jogado o Roberto, ainda bem que o Moreira foi agora compensado), que teve uma intervenção decisiva com os pés na 2ª parte, mas na 1ª ficou a ver a bola ir à barra quando eu acho que se deveria ter lançado. O Carole estreou-se pelo Benfica e mostrou bom toque de bola. Saiu ao intervalo, porque estávamos a perder. Os centrais (Jardel e Roderick) não estiveram mal, mas não sei o que terá passado pela cabeça do miúdo para fazer um penalty tão idiota… O Luís Filipe e o César Peixoto esforçaram-se dentro das limitações que lhes são reconhecidas, mas estiveram longe de ser os piores. O Airton foi importante para recuperar algumas bolas, é sempre um prazer ver a classe em movimento quando o Aimar está em campo e o Jara foi o lutador do costume. O Salvio veio dar velocidade, mas ainda não recuperou a forma que tinha antes da pequena lesão, e o Gaitán melhorou muito quando passou para o meio com a saída do Aimar.

Deixo para o fim o comentário a três jogadores e a razão do título do post. Repetindo inevitavelmente algumas das coisas que já disse aqui, por muitas voltas que dê à cabeça, não percebo o que é que o Jesus tem contra o Nuno Gomes… Especialmente, quando dá a titularidade a duas nulidades como o Kardec e o Felipe Menezes. Eu até gosto do ponta-de-lança, mas ele está numa forma péssima desde que o Cardozo voltou da lesão em fins de Novembro. Já nos jogos da Taça da Liga em Janeiro tinha sido dos piores da equipa e o Jesus continua a insistir nele. O mesmo com o Felipe Menezes que não evoluiu NADA desde que chegou ao Benfica no início da época passada. Aliás, eu gostaria muito que o Jesus me explicasse o que é que ele tem a mais que o Urreta, mas isso são outras contas… Ora bem, posto isto: como é que o Nuno Gomes não é titular contra o último classificado do campeonato, ele que tem agora três golos e duas assistências em 77 minutos de competição no total, é algo que eu gostaria muito de perceber. Colocado de outra forma: o que é que o homem tem que fazer mais para ser merecedor de mais oportunidades? Marcar golos e fazer assistências a partir do banco ou da bancada?!

Desde os tempos do Eriksson no início dos anos 80 que eu não via o Benfica a jogar tão bem e isso irei agradecer sempre ao Jesus, mas NUNCA lhe perdoarei o ostracismo a que vota alguém que não só é o capitão da equipa e um jogador com 11(!) anos de Benfica, mas principalmente apresenta RENDIMENTO cada vez que está em campo. O Nuno Gomes não merecia este tipo de tratamento e só um Senhor como ele (oiçam-no na flash-interview…) é que não se rebela perante esta injustiça. Sim, Nuno, estás vivo e bem vivo!

P.S. – Espero que os titulares tenham descansado bem, porque na próxima 5ª feira teremos o jogo mais importante da época até agora.

sexta-feira, março 11, 2011

Difícil

Derrotámos o Paris Saint-Germain por 2-1 e estamos em vantagem nos oitavos-de-final da Liga Europa. Infelizmente, mais uma vez sofremos um golo em casa, o que pode complicar as contas no jogo da 2ª mão, mas como o Benfica já há muito tempo que não fica em branco, estou confiante que iremos passar aos quartos-de-final.

Entrámos muito mal na partida, desconcentrados, sem conseguir impor o nosso ritmo e com imensas dificuldades em encontrar espaços para ter a bola. Mesmo assim tivemos uma grande oportunidade pelo Gaitán que o guarda-redes contrário, Édel, defendeu bem. O PSG não só defendia com muito rigor, como era perigoso no contra-ataque e foi assim que chegou à vantagem aos 14’ pelo Luyindula, que no entanto partiu de posição duvidosa. Os minutos a seguir foram um pesadelo, com passes transviados e duas ou três oportunidades para os franceses alargarem a vantagem, incluindo uma bola ao poste. A partir da meia hora finalmente estabilizámos o nosso jogo e começámos a criar perigo na baliza contrária. O guarda-redes fez uma bela defesa a um livre do Cardozo e conseguimos empatar aos 41’ num óptimo passe do Carlos Martins, que desmarcou o Maxi Pereira na área e este rematou de primeira colocadíssimo. Até final da 1ª parte, pareceu-me que houve um penalty sobre o Javi García, que foi completamente abalroado na área pelo Édel e outro defesa na sequência de um lançamento lateral.

A 2ª parte foi diferente, mas não nos minutos iniciais em que os franceses tomaram conta do jogo, mas sem criarem o perigo do 1º tempo. A partir dos 55’, começámos a ir para cima do PSG e, com as entradas do Jara e Aimar para os lugares dos esgotados Salvio e Gaitán, aumentámos ainda mais a pressão. Aos 71’ assistimos a um momento que não desdenharia ao Xistra: o Sr. Pavel Kralovec da Rep. Checa não vê um penalty do tamanho do mundo sobre o Saviola. Nem ele nem nenhum dos quatro(!) árbitros assistentes… Inacreditável! O que valeu foi que fizemos o 2-1 aos 81’ numa jogada construída pelos dois homens vindos do banco: passe do Aimar e bom trabalho do Jara a ganhar espaço para poder rematar à baliza. No tempo restante, tentámos controlar a partida para não sofrer mais nenhum golo, mas tivemos ainda um remate do Saviola, que passou ligeiramente por cima.

Em termos individuais, o melhor do Benfica foi sem dúvida nenhuma o Maxi Pereira. Tem um pulmão inesgotável e foi o grande dinamizador da nossa manobra atacante. Até porque o Salvio e o Gaitán estão mal em termos físicos e não conseguiram ser as gazuas habituais. O Carlos Martins foi outro que fez uma boa exibição, assim como o Javi García, que é um jogador imprescindível no nosso meio-campo. As entradas do Jara e Aimar foram essenciais para a nossa vitória. Quanto aos outros, exibiram um nível regular, exceptuando o Sidnei que esteve completamente desastrado.

Espero sinceramente que só o Roberto seja titular frente ao Portimonense. A equipa está muito cansada e teremos uma partida muito difícil em Paris. Em boa condição física, não tenho dúvida que ganharemos e nos qualificaremos. A sobrecarga de jogos está a fazer-se sentir nos nossos principais jogadores e é altura de apostar definitivamente na Liga Europa como o grande objectivo da época. E, além disso, o Portimonense é treinado pelo Carlos Azenha…

segunda-feira, março 07, 2011

Roubo previsível

Perdemos em Braga (1-2) e dissemos de vez adeus à possibilidade de renovarmos o título. Quando estávamos a ganhar por 1-0 e com a partida controlada, o Sr. Carlos Xistra, parece que por indicação do mesmo fiscal-de-linha do jogo em Guimarães este ano, entrou em acção e expulsou de um modo absolutamente incompreensível o Javi García aos 41’. O cariz do jogo mudou completamente e acabámos derrotados. Ainda bem que foi desta maneira, porque este encontro espelha bem o que foi esta época, em que o regresso às arbitragens inolvidáveis dos anos 90 foi o principal responsável por não podermos lutar até final pelo título.

O Jesus finalmente fez aquilo que eu já vinha reivindicando há algum tempo e não alinhou com o Salvio e Gaitán a titulares, substituídos pelo Felipe Menezes e Jara. O Carlos Martins jogou em vez do lesionado Aimar e o que é certo é que entrámos bem na partida. Éramos rápidos nas transições atacantes e começámos a criar problemas à defesa do Braga. Marcámos um golo pelo Jara, num lance anulado por fora-de-jogo milimétrico, mas pouco tempo depois abrimos mesmo o marcador pelo Saviola na recarga a um livre directo do Martins aos 24’. Logo a seguir, um remate acrobático do Cardozo, de costas para a baliza, ia-lhe proporcionando um dos melhores golos da carreira, mas o guarda-redes do Braga, Artur Moraes, defendeu bem. Da bancada choviam bolas de golfe e outros objectos que atingiram alguns dos nossos jogadores, mas para variar não se notou nenhuma intervenção policial. O Braga também teve duas boas oportunidades, numa das quais o Roberto fez uma defesa magnífica a um remate quase na pequena-área. Aos 41’, o lance que definiu a partida: perto da linha lateral, o Alan abalroa o Javi García que, no movimento de corpo, bate com a mão no peito do adversário, que faz uma fita descomunal e o banco do Braga outra chinfrineira. O Sr. Carlos Xistra resolveu equilibrar as coisas e mandou o espanhol para a rua. Por azar, no livre (que deveria ter sido ao contrário, porque a 1ª falta foi do Alan) o Roberto falhou completamente a intercepção ao centro do Hugo Viana, que assim entrou directamente na baliza.

A 2ª parte foi obviamente diferente, porque com menos um jogador era mais difícil chegarmos à área contrária. Mesmo assim, tirando um susto logo nos primeiros minutos (outra grande defesa do Roberto), o Braga praticamente não criava perigo. Controlávamos mais ou menos a partida e o Jesus mandou entrar o Gaitán e o Kardec numa tentativa óbvia de ganhar o jogo. Só que infelizmente aos 78’, o Mossoró tem um grande remate fora da área e fez o 2-1. Logo a seguir, o Coentrão tem um lance que poderia ter decidido melhor, mas foi a única vez em que estivemos perto da baliza contrária. Com menos um jogador era difícil fazer melhor e o Braga conseguir impedir que criássemos perigo até final.

Individualmente, votei a gostar do Luisão e do Maxi Pereira. Curiosamente dois jogadores que viram amarelo e não vão jogar contra o Portimonense. Só faltou o Coentrão, para limparmos todos, mas como o Javi também não vai jogar, se calhar o Jesus preferiu não ter que substituir 75% da defesa. O Roberto fez duas óptimas defesas, mas está indelevelmente ligado ao 1º golo sofrido. O Cardozo fez um jogo de grande sacrifício e com um pouco mais de sorte poderia ter marcado em duas ocasiões. O Martins também esteve bem na 1ª parte, sendo importante nas transições rápidas. O Jara fartou-se de lutar como habitualmente e o Saviola lá voltou aos golos.

Sem estarmos na máxima força (finalmente lá definimos que a maior prioridade é a Liga Europa, já não era sem tempo!) e com o Sr. Carlos Xistra (lembram-se? Mas lembram-se mesmo? Ou é preciso recordar outra vez?) a arbitrar, era praticamente inevitável que escorregássemos em Braga. Ainda por cima, o Braga terá feito o melhor jogo da época no campeonato e parecia que a sua vida dependia desta vitória. Pena é não ser assim em todos os jogos… Mas, como disse, ainda bem que foi desta maneira: roubadinho como todo o campeonato, para que fique claro a toda a gente como o CRAC vem usurpando títulos ao longo dos últimos 30 anos.

P.S. – Como a Justiça dos homens não funciona em Portugal, há que esperar que a Natureza faça o seu trabalho para que finalmente possamos ver futebol limpo e honesto em Portugal. Até lá, ou somos infinitamente melhores que os adversários, como no ano passado, ou teremos muito poucas hipóteses perante estes Xistras, Olegários ou Machados… Da mesma maneria que houve gente que não se importou de enriquecer com o ouro roubado pelos nazis aos judeus, de certeza que haverá pessoas, que se arvoram de grande honestidade, que irão festejar mais este campeonato roubado. As atitudes ficam com quem as toma. Como a falta de vergonha na cara grassa neste país, já acho tudo normal.

quinta-feira, março 03, 2011

Estrelinha

Ganhámos à lagartada (2-1) e estamos pelo terceiro ano consecutivo na final da Taça da Liga. Pela segunda vez no espaço de três dias, marcámos o golo da vitória já nos descontos, o que só veio trazer justiça tardia ao marcador e demonstra que estamos com a chamada estrelinha de campeão. Foi a 18ª vitória consecutiva em todas as competições e a 19ª se considerarmos só as provas nacionais. Arrisco-me a dizer que foi a mais importante de todas até agora, porque nos deu acesso a uma final onde vamos defender um bi-título.

Alinhando com a equipa principal, é natural que o Benfica não tenha apresentado a dinâmica habitual, porque o cansaço acumulado das partidas anteriores começa a deixar mossa. Mesmo assim estávamos a controlar o jogo, quando os lagartos marcaram aos 21’ num lance de bola parada, num frango do Roberto, que não chegou com as mãos onde o Postiga chegou com a cabeça. Os lagartos impressionaram pela sua organização defensiva, mas não tinham feito nada para merecer um golo até àquela altura. Nós já tínhamos tido uma oportunidade pelo Gaitán, mas a principal aconteceu aos 32’ quando o Polga queria levar o Javi García para casa e o Sr. Jorge Sousa assinalou a marca de penalty. Infelizmente, o Jesus continua a insistir no Cardozo este mais uma vez falhou. Quando começa a correr devagarinho para a bola, percebe-se logo que vai falhar… Felizmente que logo no minuto seguinte se redimiu ao marcar um golaço de cabeça num canto do Carlos Martins. Até final do 1º tempo, ainda acelerámos a partida umas quantas vezes, mas sem resultados práticos.

Na 2ª parte, o cariz do encontro manteve-se e nós éramos os únicos verdadeiramente interessados em não levar isto para os penalties. Sem a velocidade de outros jogos, atacámos e fomos criando algumas oportunidades. Uma delas ia resultando num golo fantástico, quando o Cardozo conseguiu interceptar um alívio do Patrício, mas a bola saiu caprichosamente por cima. Os últimos minutos foram electrizantes, com ambas as equipa a poderem ganhar. Os lagartos através do Matias Fernández, mas o Roberto redimiu-se do golo sofrido (e com juros!). Até que aos 92’, já depois de uma bola cabeceada ao poste pelo Cardozo, marcámos o golo da vitória num assistência involuntária do paraguaio com o Javi a finalizar muito bem.

Individualmente destaco precisamente o Javi García, que deu para tudo no meio-campo, o Luisão, imperial com sempre, e o Roberto que compensou o frango com uma defesa que nos colocou na final. O resto da equipa esteve regular, sendo visível que o Coentrão, Salvio e Gaitán estão no limite em termos físicos. Mas mesmo assim, não sabem jogar mal.

Temos quatro dias de descanso até Braga, mas eu mantenho a minha opinião: dever-se-ia dar folga a alguns jogadores mais importantes nos jogos do campeonato (Savio e Gaitán à cabeça). O que temos vindo a fazer é, sem dúvida, meritório, mas pode custar-nos uma ou outra taça. E isso é algo quase monstruoso só de pensar. Mas lá que estamos numa das melhores fases de que me lembro em toda a minha vida, isso é indesmentível.