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quarta-feira, maio 23, 2007

V Jantar de Bloguiquistas

Ora bem, podem marcar nas vossas agendas. A “comissão organizadora” e totalista dos ditos repastos (D’Arcy, Pedro F. Ferreira e eu próprio), dando resposta a inúmeros pedidos, decidiu que estava na altura de voltar a reunir a blogosfera benfiquista para mais um encontro, precisamente de hoje a um mês. O local e a hora são os do costume, a Catedral da Cerveja no Estádio da Luz, às 20h, no sábado, dia 23 de Junho. Esperamos que com tanta antecedência possamos contar com a presença de muitos bloguiquistas e comentadores habituais de blogs do Glorioso. Prevê-se animado convívio e, se a tradição se mantiver, é melhor avisarem em casa que não têm horas de voltar...

Como de costume, quem estiver interessado(a) em ir poderá enviar um email para
naosemencioneoexcremento@hotmail.com.

segunda-feira, maio 21, 2007

Expectável

Vencemos a Académica por 2-0, mas aconteceu o previsível (vitórias dos outros dois) pelo que acabámos a época no 3º lugar e sem nenhum título conquistado. Se uma boa performance em termos estatísticos (muitos jogos sem perder, sofrer poucos golos, marcar bastantes, ser a única equipa a não perder em casa) é compensatório para alguns, para mim claramente não é. Há que perceber o que correu mal e faço votos sinceros para que o Fernando Santos continue por muitos e bons anos... mas como adepto na bancada ao pé de nós!

Começámos bem o jogo e o Derlei (hoje ganhou o direito a ser chamado pelo nome) lá se estreou finalmente a marcar pelo Benfica, aos 11’. Só espero é que este golo não apague o que ele (não) fez ao longo destes meses todos e que volte para o sítio de onde veio. A partida foi toda jogada num ritmo bastante baixo, o que vem sendo norma nos nossos últimos encontros. Pouco depois do nosso golo, a Académica teve uma boa oportunidade, mas o Quim fez a primeira das três magníficas defesas que efectuou. Da nossa parte o Karagounis era claramente o melhor e o único corpo estranho era o Paulo Jorge (que jogou em vez do castigado Petit). Como os lagartos marcaram dois golos bastante cedo, o nosso objectivo de chegar ao 2º lugar caiu muito rapidamente e a qualidade do nosso futebol reflectiu esse estado de espírito. O Miccoli e o Karagounis ainda fizeram dois remates bastante perigosos, mas o Pedro Roma defendeu bem. O jogo estava aberto, mas nós éramos claramente a melhor equipa.

Na 2ª parte surgiu o Manú em vez do Paulo Jorge, mas não melhorámos tanto quanto seria desejável. Um cruzamento do Karagounis provocou uma hesitação na defesa contrária, mas o Miccoli não soube aproveitar e rematou à malha lateral. Pouco depois, o Derlei voltou aos (maus) velhos tempos e falhou um golo fácil, quando estava praticamente isolado. Demorou muito tempo a rematar e permitiu que um defesa cortasse a bola. O Miccoli ainda tentou mais duas vezes, mas em ambas o guarda-redes defendeu os seus remates. Poderia ter marcado ainda noutro lance, mas o fiscal-de-linha assinalou um bárbaro e inexistente fora-de-jogo. A cerca de 20 minutos do fim, o Quim voltou a brilhar com uma defesa sublime a um remate de longe do Dame. Aos 74’ deu-se o momento alto da partida com a substituição do Miccoli (pareceu-me que estava tocado) pelo Mantorras. Recebeu a muito justa standing ovation naquele que foi provavelmente o último jogo dele com a camisola do Benfica no Estádio da Luz. Quando em forma ele é um dos melhores (senão mesmo o melhor) pontas-de-lança a alinhar em Portugal, mas infelizmente tem um historial de lesões muito grande. Mesmo assim, não me importava nada que ele pudesse ficar no Benfica. A oito minutos do fim, o Katsouranis inventou um golo para o Mantorras, que isolado frente ao guarda-redes não falhou. Foi um excelente lance do grego a passar a bola por cima de um defesa e a fazer um passe de morte para o angolano. No último minuto ainda deu para ver a terceira defesa do Quim, novamente a um remate do Dame. O encontro terminou pouco depois e mesmo sem termos feito uma grande exibição conseguimos uma vitória indiscutível.

Individualmente destaco o Karagounis e o Quim. O grego foi o jogador mais decisivo em termos de organização do ataque e foi pena não ter marcado nenhum golo. Espero sinceramente que as notícias da sua saída (por inadaptação da família a Portugal) não se confirmem. O Quim foi a razão pela qual não sofremos nenhum golo hoje. O Katsouranis esteve igualmente em plano de evidência, não só a fazer de Petit, como também a lançar o ataque. Quanto ao resto da equipa esteve razoável, mas tive pena que o Rui Costa não tenha conseguido estrear-se a marcar no campeonato.

Para o ano há mais, espero com alguns novos protagonistas (especialmente sentados no banco), mas a boa notícia é que parece que vamos ter maestro por mais uma temporada. O futebol agradece e se assim for não compreendo como é que há pessoas a colocar em causa a manutenção do seu cativo, caso o treinador se mantenha. Com ou sem Fernando Santos, essas pessoas jamais poderão dizer aos netos “eu vi ao vivo todos as partidas do Rui Costa no seu último ano de jogador”. E daqui a uns tempos vão arrepender-se de ter tomado essa decisão, mas aí já será tarde demais. Há malucos para tudo...

P.S. – Como vivemos numa nação onde a justiça não funciona, temos hoje uma equipa a festejar o campeonato da I Liga, quando deveria estar a celebrar a subida de divisão, como se passa com outro clube em Itália. É triste, mas é o país que temos. E os dirigentes responsáveis andam todos a assobiar para o lado e lembram-se de inventar novas competições. Tenham mas é juízo!

quinta-feira, maio 17, 2007

Relembrar XIV – Falhanços I

Hoje era suposto estar a escrever um post sobre a nossa presença na final da Taça Uefa. Infelizmente quis o destino que assim não fosse, naquele que constituiu um dos grandes falhanços da época e o que mais me custou a digerir. Baseado neste pensamento resolvi abrir uma sub-secção do “Relembrar” dedicada aos maiores falhanços de baliza aberta que eu vi a jogadores do Glorioso. Porque nem só de coisas boas se faz a nossa história, seleccionei quatro golos impossíveis de falhar, mas em que efectivamente a bola não quis entrar na baliza.

Este do Diamantino é o mais antigo e só por isso é o primeiro. Foi na 1ª mão da final da Taça Uefa que perdemos para o Anderlecht em 1982/83. Fomos derrotados em Bruxelas por 1-0 e caso esta bola tivesse entrado a final teria sido certamente diferente. Quando ainda está muito presente na memória o falhanço do Nuno Gomes frente ao Espanyol, este não lhe fica atrás, já que o remate acontece igualmente dentro da pequena-área. É preciso ser um grande jogador para conseguir colocar a bola onde o Diamantino a colocou!


terça-feira, maio 15, 2007

De encomenda

Quem é o árbitro que maiores garantias oferece para o derradeiro jogo do clube regional em casa frente ao Aves, quem é? Vá lá, é fácil...

Disseram Olegário Benquerença? Então, acertaram!!!

Já houve um Atlético e um E. Amadora este ano e vocês achavam que eles continuariam a dormir?!

Este futebol mantém-se um nojo...

Miccoli e mais 10

Um fim-de-semana prolongado impediu-me de postar mais cedo sobre a nossa vitória no Bonfim por 1-0 com outro golo do Miccoli. Foi mais um jogo de final de época em que a nossa exibição deixou (novamente) muito a desejar. Mas como o V. Setúbal é das equipas mais fracas do campeonato acabámos por vencer sem contestação.

O ritmo da partida foi bastante lento, todavia desde início que se percebeu que nós éramos os únicos interessados em lutar pela vitória. Na 1ª parte criámos duas boas oportunidades, mas o camisola 27 continua na sua senda de falhanços inacreditáveis e FELIZMENTE só teremos que o aturar por mais um jogo. Não jogávamos bem, eram bastantes os passes que saíam sem direcção e nem o maestro se salvou do marasmo. O Petit era o único que dava nas vistas, porque para ele é sempre a doer.

Na 2ª parte entrámos mais rápidos, mas foi “sol de pouca dura”. O V. Setúbal bem tentava, mas não dava para mais. Aos 60’ voltámos a jogar com 11 quando o Mantorras entrou para o lugar do camisola 27. Não fez nada de muito extraordinário, mas mesmo assim notou-se a diferença, já que foi dele o passe que isolou o Miccoli sobre a direita para criar a nossa melhor situação até aquela altura. Infelizmente o remate saiu ao lado. Pouco depois na sequência de uma jogada pela esquerda há um centro atrasado, mas o Miccoli sem deixar a bola cair no chão acerta-lhe mal. O italiano era o único a criar perigo, mas parecia que estava com a pontaria desafinada. Até que aos 79’ marcámos FINALMENTE um golo de contra-ataque. Depois de um canto deles, o Mantorras ganha o lance de cabeça, a bola vai para o Karagounis que desmarca o Miccoli sobre a esquerda, este corre isolado, finta o defesa que entretanto lhe apareceu e remata rasteiro, com a bola ainda a ressaltar noutro defesa e a enganar o guarda-redes. Percebeu-se que tínhamos ali o ganho o jogo, porque o V. Setúbal era incapaz de nos apoquentar na defesa.

Individualmente claro que o destaque vai para o Miccoli, se bem que também tenha gostado muito do Petit. O resto da equipa parece que precisa de férias (especialmente o Katsouranis), porque se é verdade que não comprometeram, o que é certo é que faltou o rasgo que se exige aos nossos jogadores. Vamos para a última jornada e matematicamente ainda podemos ser campeões, o que já não acontecia há muitos anos. Mas como é mais provável o presidente do clube regional ser um homem honesto do que o Aves ganhar na casa deles e os lagartos não derrotarem o Belenenses, vamos ter na próxima semana o final de uma época decepcionante. É preciso algo que nos levante o moral e não é quem está actualmente no banco que o pode fazer. Espero que o presidente perceba isso.

domingo, maio 06, 2007

Penoso

Pela 1ª vez ganhámos (2-1) à Naval 1º de Maio e o Sr. Fernando Santos pode ficar orgulhoso por esse facto. Já entrou na história do Benfica. É pena é só entrar na história por isto. Poderia continuar a fazer parte dessa mesma história como qualquer um de nós, sendo adepto na bancada, mas infelizmente parece que quer continuar a fazer parte do lado negativo do nosso clube (ausência de títulos) por mais um ano.

O jogo hoje foi mau demais e quase nem dá vontade de escrever sobre ele. Alinhámos muito desfalcados (sem Luisão, Simão e Nuno Gomes) e jogámos em duas velocidades: devagar e parados. Até nem começámos mal, já que logo aos 11’ o Miccoli fez uma excelente jogada na esquerda e assistiu o Petit para o 1º golo. No entanto, pouco depois fechámos a loja, convencidos que o jogo estava ganho até porque a Naval não criava perigo nenhum. Jogámos com bastante displicência e em inferioridade numérica durante 72’, altura em que o camisola 27 foi FINALMENTE substituído. Lá tentávamos um ou outro remate, mas tudo sempre muito em esforço num típico jogo de final de época.

Na 2ª parte a Naval acordou e começou a criar mais situações perto da nossa baliza. O Anderson estava castigado, pelo que o outro central era o Katsouranis, mas não ficámos a perder antes pelo contrário. Em contra-ataque ainda criámos perigo, mas infelizmente o camisola 27 estava em campo e, depois de uma boa jogada de insistência do Karagounis, conseguiu (é mesmo o termo) falhar um golo de baliza aberta, quando já tinha feito o mesmo de cabeça na 1ª parte. Depois venham falar do Nuno Gomes... Os remates de longe também saíam sem direcção (não é Rui Costa e Karagounis?), pelo que parecia que desde o minuto 11’ estávamos mais à espera do final da partida do que propriamente interessados em aumentar o resultado. E o inevitável aconteceu. Aos 77’ o João Coimbra (que entretanto tinha entrado para o lugar do 27) não acompanhou o Lito que, depois de uma boa tabelinha com o avançado, ficou isolado frente ao Quim e empatou a partida. Começaram a aparecer os primeiros lenços brancos nas bancadas e pouco depois este mesmo jogador teve um perigoso remate de longe que o Quim defendeu para canto. Também já entrado o milagreiro Mantorras, mas desta feita foi o Miccoli a resolver-nos o jogo e a poupar uma enorme assobiadela ao Sr. Fernando Santos, com um remate cruzado aos 88’ que nos deu a vitória (até que enfim que ganhámos um jogo para o campeonato nos últimos cinco minutos). Pouco depois, com os nossos jogadores a controlar a bola e a perder tempo(!), a partida acabou.

Individualmente destacou-se o Miccoli, ao estar presente nos dois golos, e poucos mais. O Petit manteve a bitola de quem não sabe jogar mal e o Karagounis teve o habitual aumento de produção na 2ª parte. O Rui Costa não esteve tão feliz nas suas intervenções, mas a ele perdoa-se tudo. Na defesa não gostei muito do David Luiz, se bem que não tenha comprometido. Quanto ao camisola 27 tenho que confessar que foi a muito custo que não o assobiei. O que vale é que só vamos ter que o aturar durante mais dois jogos. Já devíamos saber que temos que ter muito cuidado com a contratação de jogadores que se poluam ao jogar naquele clube hediondo. Raramente dá bom resultado e quem não gostava do Kikin Fonseca deve estar muito satisfeito com esta troca.

O Sr. Fernando Santos continua a parecer aquele Ministro da Informação do Iraque na altura da invasão dos EUA. Para ele está sempre tudo sob controlo, “sabemos o que estamos a fazer” e “temos que conversar para as coisas correrem melhor”. O desânimo é evidente, ele não consegue motivar os jogadores e a leitura que faz dos jogos é sempre correcta, só é pena que pareça que ele não tem nada a ver com o assunto. Resta-nos esperar pela chegada da época 2008/09, porque infelizmente já se percebeu que vamos ter que levar com ele por mais 365 dias, apesar de ter falhado TODOS os objectivos deste ano. Espero ao menos que o Rui Costa jogue mais uma época para termos algum foco de interesse ao ver os nossos jogos. A manutenção deste senhor no comando técnico do Benfica é um ERRO CRASSO não só do ponto de vista desportivo, mas também económico. No entanto, esta análise ficará para outra altura depois de o campeonato acabar.