Perante um adversário do nosso escalão, o Jesus não fez grandes poupanças, com excepção do Gedson no meio-campo no lugar do lesionado João Mário e do Radonjic na direita. A 1ª parte, para não variar, foi quase desperdiçada. Futebol bastante lento, mas mesmo assim com três grandes oportunidades, com o Darwin isolado a permitir a defesa do guarda-redes Vekic, o Rafa a atirar ao poste e o Everton a proporcionar uma grande defesa ao mesmo Vekic. Do outro lado, o Paços quase não incomodou o Helton Leite.
A 2ª parte começou praticamente com o golo do Paços de Ferreira, aos 51’, através do Nuno Santos que, como é nosso jogador (adoro esta coerência de os emprestados não poderem jogar contra os clubes de origem para o campeonato, mas poderem fazê-lo para a Taça...), não comemorou. Com o golo, o Jesus abandonou o esquema dos três centrais, ao mandar entrar o Pizzi e Taarabt para os lugares do André Almeida (que jogou a central) e Gedson. A equipa melhorou (com aqueles dois em campo, algum dia teria de ser...) e o Pizzi desmarcou o Darwin que atirou de cabeça em balão ao poste. O mesmo Darwin, pouco depois, não acertou em cheio na bola quando estava isolado e ela foi desviada para canto. O Lazaro já tinha substituído o Radonjic no início da 2ª parte e o Jesus arriscou tudo com o Seferovic e Gonçalo Ramos nos lugares do Darwin e Weigl a pouco mais de 15’ do fim. E foi aos 78’ que as coisas começaram a mudar, com um golão do Grimaldo de livre directo. Este golo desbloqueou completamente o jogo a nosso favor e aos 81’ demos a volta ao marcador com uma cabeçada do Seferovic a centro do Taarabt. O Paços de Ferreira desconjuntou-se e sofreu mais dois golos, aos 86’, num remate rasteiro de fora da área pelo Rafa e já na compensação (93’) pelo Everton, bem assistido pelo Seferovic.
Em termos individuais, o Seferovic ao estar presente em três dos golos (marcou um, assistiu noutro e a falta do livre do Grimaldo é sobre ele) foi o homem do jogo, apesar de só ter entrado a pouco mais de 10’ do fim. O Grimaldo também merece uma palavra, porque aquele golão foi o início da reviravolta. O Everton está em nítida subida de forma e, por causa disso, a sua confiança nota-se a olhos vistos. A mudança de sistema para o 4-4-2 foi fundamental para a melhoria exibicional na 2ª parte, com o Taarabt e o Pizzi, excepcionalmente, a entrarem bem no jogo. Quanto aos que deveriam ter aproveitado melhor a oportunidade e não o fizeram, está o Gedson, que apesar de um ou outro bom pormenor acusou bastante a falta de ritmo.
Durante boa parte do jogo, não conseguimos entrar na defesa do Paços. Dos quatro golos, um foi de bola parada e outros dois de transição rápida. Ou seja, quando o adversário se fecha lá atrás continuamos a revelar muitas dificuldades. Temos é valores individuais que vão disfarçando esta pouca qualidade colectiva do nosso futebol ofensivo. Só não se sabe quanto tempo é que isto irá durar, mas por esta altura da época já deveríamos estar bem mais consistentes e com um futebol mais assertivo. Iremos amanhã a Barcelona jogar uma cartada decisiva quanto ao apuramento na Champions. Veremos que resposta a equipa irá dar.
1 comentário:
Mas para além da falta de jogo coletivo jogar sem ponta de lança, ou com um que o poderá ser contra equipas que não joguem muito recuadas e que não defendam com muitos, também contribui, e muito, para as nossas dificuldades contra este tipo de equipas, e nem sequer é uma questão da qualidade dos jogadores, mas das suas características.
Mais uma vez um jogo em que somos forçados a fazer uma substituição forçada e se formos a ver desde o início da época devem de ter sido mais os jogos em que fizemos alguma alteração forçadas, nalguns até mais que uma, do que aquele em que isso não aconteceu o que é um sintoma grave de que algo está mal, mas pelos vistos acho que continuam todos na estrutura a enterrar a cabeça no chão.
Por falar em coisa que estão mal neste jogo foram mais de quinze os cantos no entanto só num criamos perigo, por acaso até foi uma oportunidade, no resto foi uma completa miséria a que não será estranho de certeza o facto de serem na sua quase exclusividade marcados de forma não directa, é que é apenas patético este índice de não aproveitamento dos mesmos é que numa equipa em que o jogo jogado esta muito longe do desejável as bolas paradas ainda poderiam disfarçar a coisa, mas neste caso nem isso, e como se viu por este jogo as bolas paradas podem ser fundamentais a desbloquear um jogo e a ser um elemento para mudar completamente o curso de um jogo quando tudo até ai estava a falhar.
Enviar um comentário