segunda-feira, dezembro 10, 2007
Inútil sofrimento
Um golo do Luisão e o segundo bis consecutivo do Cardozo permitiram-nos derrotar a Académica (3-1) e seguir em frente na competição em que temos a obrigação de chegar à final. A Taça de Portugal é realisticamente o troféu mais ao nosso alcance e um clube como o Benfica não pode estar mais um ano sem nada ganhar. Chegámos ao intervalo a ganhar por 2-0, mas o Butt resolveu dar um pouco de emoção ao jogo ao conceder um frango descomunal aos 53’, que o Sr. Carlos Xistra aproveitou (e de que maneira!) para inclinar o campo a favor da nossa baliza. No entanto, nem com meia-dúzia de livres inventados, a Académica foi capaz de igualar. Paciência, Sr. Xistra, para a próxima tem que ser mais eficiente. Experimente um penaltizinho, que é mais fácil! Foi inacreditável a mudança da arbitragem da 1ª para a 2ª parte.
O Camacho aproveitou para fazer algumas alterações na equipa e saíram o Quim, David Luís, Katsouranis, Maxi Pereira e Rui Costa, entrando o Butt, Edcarlos, Binya, Nuno Assis e Nuno Gomes em relação ao último jogo. A 1ª parte foi muito lenta, mas mesmo assim poderíamos ter marcado antes dos 40’. O Edcarlos atirou ao poste logo aos 7’ e o Cardozo também teve uma boa oportunidade, mas rematou por cima. A Académica era inofensiva e o golo do Luisão veio dar justiça ao marcador. Cinco minutos depois, uma excelente jogada do Léo, pontuada com uma óptima tabelinha do Nuno Gomes, isolou o Cardozo que só com o Pedro Roma pela frente fez o que se pede a um matador. Pensava eu que íamos assistir a uma 2ª parte bem calma, mas pelos motivos acima referidos isso não se passou. Para além desses, também estivemos estranhamente nervosos e não criámos nem de perto nem de longe tantas oportunidades como no 1º tempo. O Léo lesionou-se num choque de cabeças logo aos 48’ e isso foi determinante para a viragem da partida, porque entrou o Luís Filipe para defesa-esquerdo e a Académica naturalmente aproveitou para fazer o seu ataque todo por esse lado. A 15 minutos do fim, lá entrou o Adu que, para não variar, ia metendo um golo na primeira vez que tocou na bola. E para manter a tradição, lá marcámos um golo nos últimos cinco minutos com ele em campo. Foi um belo cruzamento do Nuno Gomes, a que o Cardozo correspondeu com uma óptima cabeçada. Acho impossível que o paraguaio não ande a treinar este tipo de lances, já que é o segundo jogo consecutivo em que um excelente cabeceamento resulta em golo.
Em termos individuais, o Cardozo merece novamente destaque. Mais dois golos para a conta pessoal e um nunca desistir de lutar pela bola. O que a confiança faz, parece outro jogador. Gostei igualmente do Nuno Gomes (participou activamente em dois golos), mas mantém o terrível hábito de ter medo de rematar à baliza. No entanto, continuo a achar que na maioria dos jogos só temos a lucrar em jogar com dois avançados, até porque quando partimos para contra-ataque (e isso foi muito visível nesta partida) faz imensa diferença ter dois homens na frente em vez de um só. O resto da equipa esteve a um nível regular. O Nélson precisa de mais alguns jogos para atingir o seu nível, mas é infinitamente melhor que o Luís Filipe. O Petit e o Binya falharam muitos passes no meio-campo e a equipa ressentiu-se disso, em especial na 2ª parte. O Di María, apesar de não ter estado mal, continua a ter mais minutos que o Adu, o que é algo que não percebo. Por fim, se dúvidas houvesse em relação à titularidade na baliza, ficaram de vez dissipadas.
Numa partida em que tive a agradável companhia do JAS, do Jota e, ao intervalo, da Magnolia Azul, alcançámos o objectivo estar na próxima eliminatória da Taça de Portugal. Não fomos brilhantes, mas fomos eficazes. E isso é muito mais importante.
O Camacho aproveitou para fazer algumas alterações na equipa e saíram o Quim, David Luís, Katsouranis, Maxi Pereira e Rui Costa, entrando o Butt, Edcarlos, Binya, Nuno Assis e Nuno Gomes em relação ao último jogo. A 1ª parte foi muito lenta, mas mesmo assim poderíamos ter marcado antes dos 40’. O Edcarlos atirou ao poste logo aos 7’ e o Cardozo também teve uma boa oportunidade, mas rematou por cima. A Académica era inofensiva e o golo do Luisão veio dar justiça ao marcador. Cinco minutos depois, uma excelente jogada do Léo, pontuada com uma óptima tabelinha do Nuno Gomes, isolou o Cardozo que só com o Pedro Roma pela frente fez o que se pede a um matador. Pensava eu que íamos assistir a uma 2ª parte bem calma, mas pelos motivos acima referidos isso não se passou. Para além desses, também estivemos estranhamente nervosos e não criámos nem de perto nem de longe tantas oportunidades como no 1º tempo. O Léo lesionou-se num choque de cabeças logo aos 48’ e isso foi determinante para a viragem da partida, porque entrou o Luís Filipe para defesa-esquerdo e a Académica naturalmente aproveitou para fazer o seu ataque todo por esse lado. A 15 minutos do fim, lá entrou o Adu que, para não variar, ia metendo um golo na primeira vez que tocou na bola. E para manter a tradição, lá marcámos um golo nos últimos cinco minutos com ele em campo. Foi um belo cruzamento do Nuno Gomes, a que o Cardozo correspondeu com uma óptima cabeçada. Acho impossível que o paraguaio não ande a treinar este tipo de lances, já que é o segundo jogo consecutivo em que um excelente cabeceamento resulta em golo.
Em termos individuais, o Cardozo merece novamente destaque. Mais dois golos para a conta pessoal e um nunca desistir de lutar pela bola. O que a confiança faz, parece outro jogador. Gostei igualmente do Nuno Gomes (participou activamente em dois golos), mas mantém o terrível hábito de ter medo de rematar à baliza. No entanto, continuo a achar que na maioria dos jogos só temos a lucrar em jogar com dois avançados, até porque quando partimos para contra-ataque (e isso foi muito visível nesta partida) faz imensa diferença ter dois homens na frente em vez de um só. O resto da equipa esteve a um nível regular. O Nélson precisa de mais alguns jogos para atingir o seu nível, mas é infinitamente melhor que o Luís Filipe. O Petit e o Binya falharam muitos passes no meio-campo e a equipa ressentiu-se disso, em especial na 2ª parte. O Di María, apesar de não ter estado mal, continua a ter mais minutos que o Adu, o que é algo que não percebo. Por fim, se dúvidas houvesse em relação à titularidade na baliza, ficaram de vez dissipadas.
Numa partida em que tive a agradável companhia do JAS, do Jota e, ao intervalo, da Magnolia Azul, alcançámos o objectivo estar na próxima eliminatória da Taça de Portugal. Não fomos brilhantes, mas fomos eficazes. E isso é muito mais importante.
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3 comentários:
"O apuramento do F.C.Porto para os oitavos-de-final da Champions League foi justo e meritório, além de extremamente positivo para o futebol português. Quanto a isso estamos conversados.
Este facto tem contudo levado a generalidade dos analistas, sempre peremptórios e definitivos, mas nem sempre na mesma medida rigorosos, a incorrer numa mistificação de importa desmontar. Fará em Maio próximo quatro anos que o F.C.Porto de Mourinho se sagrou campeão europeu em Gelsenkirchen, mas daí para cá, neste passado ainda bastante mais recente, o Benfica tem tido melhor desempenho na Europa que os dragões, é a equipa portuguesa com melhor performance europeia, e é inclusivamente o Sporting, muito fruto da sua final de 2005, que surge na segunda posição desta pequena estatística comparativa. Pode parecer estranho – dado o foguetório mediático em torno das “crises” do Benfica e do Sporting, e dos “feitos” do F.C.Porto -, mas os números assim o demonstram.
Neste período de quatro temporadas (2004-2008) o F.C.Porto nunca passou dos oitavos-de-final. O Benfica não só esteve nos quartos-de-final da Champions de 2005-06 , como na época seguinte voltou a chegar a essa fase, mas na Taça Uefa, prova em que o Sporting foi finalista em 2004-05. Se olharmos aos pontos alcançados por uma e outra equipa nas provas europeias, a diferença é esmagadora: o Benfica fez quase o dobro da pontuação do F.C.Porto, ou seja 68 pontos para 37 respectivamente (44 do Sporting). Também em golos marcados ou em jogos jogados a superioridade é clara.
Naturalmente que isto se reflecte no próprio ranking oficial da UEFA. Para a época 2008-2009, no ranking previsional (falta obviamente terminar a presente temporada), o Benfica é o único dos clubes nacionais que figura no top-20, designadamente em 17º lugar. O F.C.Porto é 25º e o Sporting 28º.
Mas se a dúvida do leitor se prende com a qualidade dos adversários que Benfica e F.C.Porto enfrentaram neste período, diga-se que, se os portistas enfrentaram Chelsea (2), Liverpool, Inter (2) e Arsenal, o Benfica teve de se haver com Manchester (2), Liverpool, Barcelona e Milan, e o Sporting com Roma, Manchester, Inter e Bayern.
Aqui está a prova de como o mediatismo de certas ideias nem sempre resiste a uma análise factual e objectiva."
In www.vedetadabola.blogspot.com
O segundo classificado, mais uma vez em grande contra o Belenenses...
Brilhante análise, LF!
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