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domingo, janeiro 30, 2011

Bom

Vencemos na Vila das Aves por 4-0 e confirmámos o acesso à meia-final da Taça da Liga. Foi um jogo muito agradável em que o resultado não é despiciendo, se pensarmos que, perante adversários da II Liga, os lagartos perderam no Estoril (12º classificado), o CRAC empatou em Barcelos (4º) e nós goleámos o 6º. Não vão muito longe os tempos em que nós utilizarmos uma equipa B era sinónimo de exibição e resultado menos conseguido. E isso (que não é assim tão pouco!) faz com que tenha ficado bastante contente com o que vi hoje.

Teríamos de perder por dois golos de diferença para sermos eliminados e entrámos em campo dispostos a não facilitar. Num ritmo bastante mais lento do que costuma acontecer, o que é natural porque a maior parte dos jogadores não é habitual titular, mas sem nunca deixar de ter em vista a baliza contrária. O Aves deu boa réplica, especialmente nos primeiros minutos, mas acabou por não criar nenhuma verdadeira situação de perigo. Estreámos o Jardel e o Fernández e foi deste a assistência para o 1º golo marcado pelo Javi García, de cabeça, aos 35’. O golo já se justificava dado que éramos a equipa que mais o tentava e o Aves sentiu-o bastante.

Na 2ª parte, não houve grandes alterações, o Aves continuava sem criar perigo e a questão era se nós estaríamos dispostos a acelerar um bocado para aumentar a vantagem ou a tentar segurá-la até final. Felizmente optámos pela 1ª hipótese, o que ficou ainda mais evidente depois da entrada do Salvio para o lugar do Fernández aos 57’. Tal como na partida frente ao Olhanense, foi a machadada final no adversário. Pouco depois entrou o Airton para o lugar do Aimar, mas não foi por termos passado a jogar com, teoricamente, dois trincos, que baixámos o nível. Sem surpresa, fizemos o 0-2 aos 69’ através do melhor em campo, o Jara. Estava tudo mais que decidido e o Jesus optou por dar uma prenda aos benfiquistas e fez entrar o Nuno Gomes aos 72’. Consequências? Um golo aos 76’ e uma assistência para o Felipe Menezes fazer o 0-4 aos 89’. Terminávamos da melhor maneira uma exibição bem agradável.

Tal como já referi, o melhor em campo foi o Jara. Sem o Salvio e o Gaitán de início, foi ele que se encarregou das acelerações que nos permitiram criar perigo. Por vezes de forma algo trapalhona, mas o seu espírito de luta e nunca se esconder do jogo são características de que gosto muito. O Salvio também voltou a entrar muito bem e fez duas assistências para golo. Não me quero repetir muito ao que já escrevi aqui, mas para mim é mais que óbvio que o Nuno Gomes pode ter bastante mais utilidade do que tem tido até agora. Basta uma coisa: ter mais oportunidades. Acho que já as justifica perfeitamente e, ainda por cima, o Kardec está infelizmente em má forma. Quanto aos estreantes, gostei bastante da sobriedade e simplicidade de processos do Jardel, e o Fernández esteve mais discreto, mas fez um bom cruzamento para o 1º golo.

Iremos defrontar os lagartos em casa na meia-final e é claro que espero marcar presença em Coimbra na final. Somos a única equipa portuguesa ainda nas quatro competições e a qualidade do nosso futebol justifica que se materialize em títulos. Com maior ou menor importância, são competições oficiais e enriquecem o nosso palmarés.

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