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sexta-feira, janeiro 27, 2023

Repetição

Vencemos ontem em Paços de Ferreira por 2-0 em partida antecipada da 20ª jornada, que seria disputada entre o jogo da Taça e a Champions, pelo que teríamos muito poucos dias de descanso entre jogos. Uma decisão boa da Liga...! Ena, ena! O jogo pareceu tirado a papel químico da visita aos Açores, porque a uma 1ª parte muito impositiva e até entusiasmante a espaços, sucedeu uma 2ª, que foi bastante pior e até nos colocámos a jeito de ter algum dissabor, caso o Paços de Ferreira tivesse um pouco mais de pontaria.
 
Com o Gonçalo Guedes a titular, tenho naturalmente rendido o Draxler que continua a funcionar a gasóleo, entrámos muito fortes na partida. De tal maneira que aos 11’, já tínhamos o resultado feito. Um livre directo superiormente executado pelo Grimaldo abriu o marcador aos 7’ e uma óptima jogada do Guedes, que isolou o Aursnes para este atirar contra o guarda-redes, tendo a bola depois sobrado para o João Mário encostar para a baliza deserta, faziam prometer um jogo avassalador da nossa parte. O que não se veio a verificar. Na 1ª parte, ainda tentámos mais algumas vezes fazer com que a partida acabasse mesmo, nomeadamente pelo Aursnes com um tiraço a fazer brilhar o guarda-redes Marafona e pelo Guedes a concluir uma combinação brilhante entre ele e o norueguês com um remate a rasar o poste. Do outro lado, o Gaitán já não está para grandes correrias, mas continua naturalmente com uma classe imensa e ainda mexe alguns cordelinhos. No entanto, foi o extremo Thomas com um tiraço de fora da área a acertar no poste e a colocar-nos calafrios mesmo antes do intervalo.
 
Na 2ª parte, esperava-se que dissipássemos quaisquer dúvidas em relação ao vencedor, mas deixámos que o jogo permanecesse sempre em aberto. A lesão e posterior saída do Gonçalo Ramos por volta da hora de jogo não ajudou nada, porque o Musa está muitos furos abaixo dele. É certo que fomos tentando o futebol positivo que é nosso apanágio esta temporada, mas não conseguimos criar grandes oportunidades de marcar. Ao invés, o Paços de Ferreira atirou por mais duas vezes(!) a bola ao poste e, verdade seja dita, nunca virou a cara a luta. As substituições também não acrescentaram grande coisa, com o Draxler a continuar a revelar-se um corpo estranho na equipa.
 
Em termos individuais, não houve nenhum jogador que se destacasse por aí além. O Guedes, sendo o jogador mais parecido ao Rafa no plantel (no sentido de acelerar muito o jogo), esteve em evidência na 1ª parte, mas foi-se apagando ao longo do tempo. Os marcadores dos dois golos, à parte esse lance, não estiveram muito felizes. A defesa, apesar de ter ficado a zeros, permitiu que o adversário atirasse por três vezes ao poste, o que não é muito abonatório.
 
Ganhámos, que é obviamente o mais importante, mas teremos de rever esta nossa postura quando nos encontramos em vantagem e ainda temos muito tempo para jogar. Porque nem todos são o último classificado da Liga. E o próximo jogo, em Arouca, promete ser bastante mais difícil do que este.

3 comentários:

an0n disse...

os remates aos postes e à trave não são considerados *remates enquadrados* à baliza, neh ?, valem o mesmo que os remates pra bancada ...

além disso, o glorioso está com medo de golear - rs - é que 'eles'podem ficar ofendidos, então, não há necessidade como diz o *diácono remédios* ...

saudações gloriosas

João Ratão disse...

A mim, dado que o plantel não é extenso em qualidade, parece-me que o Roger Schimdt está a fazer gestão de esforço para o que aí vem, e mesmo assim, estamos a ser assombrados com lesões...

Dois a zero é já confortável e nunca deixámos de procurar o terceiro mas, lá está, sem correr muitos riscos.

joão carlos disse...

Neste jogo não foi só o começarmos a controlar o jogo cedo de mais foi o termos deixado de criar oportunidade a partir de determinada altura do jogo é que no anterior jogo ainda íamos criando oportunidade mesmo espaças no tempo, que desperdiçamos, aqui neste pouco depois da meia hora de jogo deixamos de ter uma verdadeira oportunidade e a lesão do nosso ponta de lança não explica tudo até porque ele ao contrario de outros jogos até nem estava a ter oportunidades alias acabou por não ter nenhuma.
Quando se joga sempre com os mesmo e os mesmos jogam o tempo todo e o treinador não faz gestão física dois jogadores acabam por ser estes, conscientemente ou porque se sentem cansados, a fazer eles a gestão física durante os jogos percebo que joguem sempre os mesmos agora a determinada altura do jogo tem de existir uma sapatada no jogo via das substituições, que foi o que aconteceu no jogo anterior, e que não aconteceu neste pese embora vários jogadores até estivessem vários furos abaixo do seu normal.
A defesa globalmente não esteve bem de tal maneira que o nosso defesa esquerdo foi de todos o que acabou por melhor defender o que isso por si só mostra o que os outros não jogaram já que ele não prima por ter nas qualidades defensivas o seu maior trunfo nem qualidades.