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quinta-feira, fevereiro 02, 2023

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Vencemos em Arouca na passada 3ª feira por 3-0 e temos agora, com mais um jogo, o 2º classificado a oito pontos (o CRAC ganhou no Marítimo por 2-0), porque o Braga foi goleado na lagartada (0-5) e ficou neste momento a dez. No dia em que vimos o Enzo Fernández tornar-se o médio mais caro de sempre e a maior transferência da história da Premier League, demos uma boa resposta num campo difícil.
 
Para além da falta do argentino, também não tivemos o Rafa e o Gonçalo Ramos por lesão. Com três titulares indiscutíveis de fora e perante uma equipa que está a fazer um bom campeonato, tinha bastante receio desta partida. O Gonçalo Guedes e o David Neres jogaram na frente, o que revela igualmente a (não) confiança no Musa, que ficou no banco. No entanto, a nossa resposta foi muito boa, porque entrámos bastante pressionantes, como tem sido habitual ao longo da temporada, e o Arouca mal teve tempo para passar do meio-campo nos primeiros minutos. Todavia, não criámos grande situações de golo, porque eles se fecharam sempre bem lá atrás. Um desvio do Gudes ao primeiro poste, cortado por um defesa, foi a nossa melhor ocasião, antes de inaugurarmos o marcador aos 25’ numa óptima combinação atacante entre o Neres e o Aursnes, com este a centrar para a área, onde o João Mário só teve de encostar. Foi muito importante desbloquear o encontro ainda na 1ª parte e até ao intervalo nada de mais relevante se passou, até porque nunca deixámos o Arouca acercar-se da nossa baliza.
 
Voltámos a entrar bem na 2ª parte e aumentámos a vantagem ainda relativamente cedo. Aos 54’, nova boa triangulação entre o João Mário, Guedes e Aursnes, com o primeiro a bisar de pé esquerdo. Cortámos logo pela raiz qualquer ímpeto do Arouca no recomeço do jogo. No entanto, ainda apanhámos um susto com um remate na nossa área que felizmente embateu num adversário, num lance em que o Bah também foi importante a importunar o atacante. A meio da 2ª parte, o Roger Schmidt fez entrar o Musa para o lugar do Guedes e foi o croata a fazer o 3-0 aos 80’ e selar a nossa vitória: excelente abertura do Aursnes a isolar o Neres, que sofreu uma falta à entrada da área, mas a bola sobrou para o Musa desviar do guarda-redes, salvando o Arouca de ficar a jogar com dez, mas colocando a partida fora de qualquer alcance. Três remates, três golos não foi nada mau.
 
Em termos individuais, destaque para o bis do João Mário e para outro enchimento de campo do Florentino. O Aursnes teve participação activa nos três golos e terá agora um papel mais preponderante, porque deverá ser o substituto natural do Enzo Fernández. O Chiquinho, que neste jogo actuou no lugar do argentino, também não esteve mal. O David Neres não começou muito bem a partida, mas foi melhorando ao longo do tempo e o Gonçalo Guedes dá sempre aquele toque de imprevisibilidade.
 
Enquanto estávamos a jogar, estava o Enzo Fernández a fazer as malas para o Chelsea. Veremos como nos vamos safar sem um dos melhores jogadores do campeonato, que foi uma das principais causas para a nossa melhoria exibicional este ano. Só que pensar que quem jogava naquele lugar no ano passado era o Taarabt até me dá vontade de chorar... No entanto, o Enzo Fernández não se portou nada bem connosco e não irá ficar no nosso coração. Pode ser que no futuro perceba que há que respeitar o clube onde está e os adeptos, e que não é admissível bater no peito e dizer que fica depois de marcar um golo e, à segunda oportunidade, fazer chantagem para se ir embora. Mas provavelmente só lhe interessa ficar de bolsos cheios e lá isso conseguiu. Mesmo que tenha de jogar num clube novo-rico sem qualquer tipo de alma.

1 comentário:

joão carlos disse...

Mas este jogou valeu pela eficácia que esteve em nível muito poucas vezes vistas até porque o numero de oportunidade criadas deve ter sido o menos de todos os jogos que fizemos até agora e se por norma demonstramos muitas dificuldades em criar oportunidades contra equipas que se fecham muito e com muitos então jogar sem ponta de lança foi o que se viu ficou bem evidente que nesta posição como noutras só temos um jogador que conta porque os outros nem quando faltam as primeiras opções servem.
Olhar para o nosso banco neste jogo foi ao mesmo tempo confrangedor e demonstrativo de quanto o plantel está desiquilibrado em algumas posições dois terços do banco eram guarda redes e defesas depois tínhamos um júnior e dois pontas de lança.
Não contesto a saída mas o grande erro foi não ter antecipadamente contratado outro médio defensivo, que por isso não era obrigatoriamente que fosse para ser titular mas para alternativa aos titulares, até porque desde o início da época só tínhamos três jogadores para duas posições por isso a vinda desse jogador nunca afetava a equipa mesmo que a saída não se confirmasse, até porque temos um trinco titular e ninguém no plantel que sequer o possa substituir e por essa falha o presidente é responsável e terá de responder isso e por não ter contratado um guarda redes deixando a equipa à mercê de dois jogadores sem experiência um em competições de médio nível ou outro sequer de competições seniores.