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terça-feira, janeiro 17, 2023

Justo

Empatámos com a lagartada (2-2) no passado sábado na Luz e vimos os mais directos perseguidores encurtarem a diferença para nós. O Braga (1-0 em casa ao Boavista) está agora a quatro pontos e o CRAC (4-1 em casa ao Famalicão) a cinco. O 4º classificado mantém os 12 pontos de distância que tinha.
 
Com as recuperações do Grimaldo e Rafa, alinhámos praticamente na máxima força. No entanto, o Rafa, especialmente, notou-se que não estava a 100% e isso também ajuda a que não estejamos a carburar como antes do Mundial. O onze da lagartada tinha um pendor muito atacante e o que é facto é que durante a 1ª parte foram eles que estiveram por cima do jogo e conseguiram manietar-nos muitas vezes, não nos deixando sair a jogar. Apesar disto, tivemos duas boas ocasiões pelo João Mário e Rafa, que deveriam ter rematado melhor quando só tinham o Adán pela frente. Do outro lado, o Porro obrigou o Vlachodimos a uma defesa num livre, mas ao 27’ vimo-nos em desvantagem através de um autogolo do Bah, depois de um cruzamento da direita do Edwards, com o Aursnes a não acompanhar a movimentação do inglês e a deixá-lo centrar à vontade. Um livre do Grimaldo ainda um pouco longe pôs à prova o Adán, mas aos 37’ conseguimos a igualdade num golo à ponta-de-lança do Gonçalo Ramos, a antecipar-se a um defesa e desviar para a baliza um cruzamento do Rafa na direita, depois de uma boa jogada deste.
 
Se era importante não irmos para o intervalo em desvantagem, também era importante não sofrermos um golo logo no reinício, coisa que infelizmente aconteceu. Aos 53’, o Pedro Gonçalves fez o 1-2 num penalty a castigar uma possível falta do António Silva sobre o Paulinho. O Sr. Artur Soares Dias não assinalou nada num primeiro momento, mas depois, alertado pelo VAR Luís Godinho, foi rever as imagens, demorou eternidades, mas decidiu-se pelo penalty. Eu até acho que pode ser penalty, mas é indiscutivelmente um lance duvidoso e, se há dúvidas, o protocolo do VAR não é suposto dizer para seguir a decisão inicial do árbitro...? Estávamos novamente em desvantagem, mas voltámos a não demorar muito a repor a igualdade (64’), outra vez num desvio do Gonçalo Ramos desta feita a um cruzamento do Grimaldo na esquerda. A lagartada sentiu muito este golo e praticamente deixou de nos criar dificuldades em termos defensivos. Porém, apesar de termos dominado até final, nós também não conseguimos criar muitas oportunidades para ganhar o jogo, tendo o Roger Schmidt feito entrar o David Neres, mas este confirmou a razão de ter sido suplente, não acrescentando nada à equipa. Aliás, é elucidativo que esta tenha sido a única substituição que fizemos (o Chiquinho entrou já na compensação) em cinco possíveis, o que demonstra bem que precisamos de melhorar o banco (espero que os dois nórdicos que chegaram se constituam como opções válidas). A última oportunidade até acaba por ser da lagartada com um remate do entretanto entrado Chermiti muito por cima, quando até estava em boa posição.
 
Em termos individuais, destaque óbvio para o Gonçalo Ramos pelo bis. O Florentino esteve imperial no meio-campo e o Enzo Fernández subiu muito na 2ª parte. Ao invés, o Aursnes a jogar sobre a esquerda é quase sempre menos um. O João Mário esteve algo complicativo e o Rafa não fez tantas acelerações quanto precisávamos, mas a lesão recente é bem capaz de ter sido a causa disso. Na defesa, gostei bastante do Otamendi, mas o António Silva, apesar de não ter jogado mal, acaba por estar ligado ao empate com o penalty (teve um erro crasso na 1ª parte com aquele atraso, mas depois resolveu-o bem).
 
Para quem já teve oito pontos de vantagem sobre o 2º classificado, ter agora quatro é definitivamente um retrocesso. Dado que estivemos duas vezes a perder, o empate é um mal menor, mas o resultado até se aceita, porque a lagartada jogou muito melhor do que se estava à espera e nós pior. As próximas jornadas serão fundamentais para se perceber se voltamos a adquirir o élan da 1ª volta.

1 comentário:

joão carlos disse...

Mais uma vez muita ineficácia na finalização tivemos quatro vezes mais remates na baliza que o adversário mas disso apenas tivemos o dobro das oportunidades do adversário e mesmo assim no sim marcamos o mesmo que eles isto é um problema estrutural que já se arrasta á praticamente uma dúzia de jogos problema varias vezes identificado pelo treinador mas que continua sem ser resolvido e pior sem se ver sequer melhorias e que resulta de apenas termos um ou outro jogador que sabe finalizar e que vão disfarçando o problema mas que se por acaso estiverem num dia menos bom ou forem anulados não existe mais ninguém que os substituam.
Toda a gente consegue ver a falta de opções, olhar para aquele banco é desolador, o próprio treinador pelas suas decisões pensa o mesmo mas depois pelos vistos alguém acha que são dois jogadores completamente inexperientes vindos de campeonatos mais que periféricos que vão ser a solução do problema, mais ainda quando nem sequer estavam em competição, e basta olhar para as contratações que fizemos no verão e as que resultaram para perceber que resultaram as que foram de jogadores já feitos e com experiência em campeonatos periféricos mas de algum nível com experiência na europa ou nas seleções.
Temos um central que já vai no quarto ou quinto erro clamoroso e comprometedor tivessem sido outros a fazer tal como coisa já lhes tinham caído em cima, como aconteceu a outros dois centrais num passado recente, mas como este é da formação passa nos pingos da chuva é que neste momento temos no banco dois centrais muito melhores do que ele e uma ida para o banco só lhe fazia era bem.