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segunda-feira, janeiro 02, 2023

Furibundo

Perdemos a invencibilidade com grande estrondo, sendo derrotados em Braga na passada 6ª feira por 3-0. No primeiro jogo do campeonato depois de acabar o Mundial, era fundamental dar uma prova de força, mas falhámos redondamente. Claro que seria sempre uma partida complicada, mas mais do que a derrota foi a exibição que foi inadmissível.
 
Como a última imagem é a que fica, terminámos 2022 da pior maneira. Fiquei com a passagem de ano estragada por causa disto. Entrámos praticamente a perder, com um golo sofrido aos 2’ pelo Abel Ruiz num livre para a nossa área que não aliviámos da melhor maneira e a bola sobrou para o avançado espanhol, que não perdoou. Até ao intervalo, o Braga fechou-se bem e não conseguimos criar oportunidades. Foi um marasmo completo, dado que estávamos totalmente manietados pelo adversário. Que, para cúmulo, conseguiu chegar aos 2-0 aos 32’ pelo Ricardo Horta, num lance em que estávamos em superioridade numérica na área, mas não lhes conseguimos tirar a bola!
 
Para a 2ª parte, entrou o cepo do Musa para o lugar do (neste jogo) desastrado Florentino, mas não foi por causa disso que melhorámos. Simplesmente a fasquia estava tão baixa que seria impossível não jogarmos um pouco melhor. Criámos algumas oportunidades, mas a falta de pontaria (cabeçada do Gonçalo Ramos logo no reinício) ou o guarda-redes Matheus (remate do Aursnes) impediram-nos de relançar o jogo. Ao invés, foi o Braga que acabou com ele aos 70’, fazendo o 3-0, num lance em que o Bah falhou escandalosamente o corte e permitiu que um adversário se isolasse, assistindo depois o Ricardo Horta que só teve de encostar.
 
Toda a equipa esteve tão mal que praticamente ninguém merece um destaque individual (o Rafa foi dos menos péssimos). Sem o David Neres (lesionado), não temos ninguém para desequilibrar nas alas, mas, em todo o caso, esse jogador jamais poderá ser o Aursnes, que, enquanto lá esteve na 1ª parte, esteve hediondo, tendo melhorado substancialmente quando passou para o meio na 2ª. Mas acima disto tudo, o que não se percebe é a abordagem que fizemos ao jogo. O Braga deve ter ganho quase todas as segundas bolas, chegava sempre primeiro e demonstrou que queria muito mais ganhar esta partida do que nós. Isso é que é imperdoável!
 
Voltámos a ter um cheirinho do Benfica do ano passado, mas espero que tenha sido exemplar único. Continuamos na frente com cinco pontos de vantagem e cabe-nos dar uma resposta cabal nos próximos jogos para demonstrar que isto foi apenas o nosso 7-1 de 86/87 desta temporada. No entanto, como iremos perder o Enzo Fernández quase de certeza, não estou nada optimista para o futuro próximo. Muito da nossa melhoria esta temporada passou por ele e a porcaria de um Mundial nesta altura pode ter-nos dado cabo da época. Oxalá me engane, até porque depois de há uns anos termos desbaratado sete pontos de vantagem, nem quero pensar na hipótese de atirarmos ao ar oito....!

1 comentário:

joão carlos disse...

Foi uma completa falta de atitude e de motivação não conquistamos um duelo, uma bola dividida um ressalto nada de nada e nunca funcionamos como equipa aquilo que tinha sido até agora a nossa maior virtude e o segredo para aquilo que tínhamos vindo a fazer, mas o mais grave é que não é caso único isto mais não é do que a continuação daquilo que já não tínhamos feito no jogo anterior.
Existe uma falta de opções gritante em determinadas posições basta olhar para o banco e ver que onde nós temos mais e melhores opções é a defesa central onde tínhamos dois no banco ninguém sabe muito bem para o quê dado que é a posição que menos rotação tem, em qualquer lado, e menos vezes são utilizados para entrar num jogo e depois noutras é um deserto completo que nem um único jogador temos para substituir a falta de um titular aquele banco era confrangedor um plantel completamente desequilibrado que é agravado por mas poucas posições que as alternativas existem a rotação é nula e por isso esses nem ritmo tem para serem opções validas.
Continuamos a desperdiçar imensas oportunidades situação que já vem muito antes da paragem, embora por via das ausências nesse período tenha sido agravada, porque tirando o ponta de lança titular não temos mais ninguém que saiba finalizar e se ele não está ou as coisas não lhe correm bem é um deserto enorme, mas preferimos no verão ficar com o entulho e despachar os menos maus porque o que interessava era poupar uns trocos.