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sexta-feira, novembro 11, 2022

Qualificados

Voltámos a vencer o Estoril na Amoreira, desta feita por 1-0, na passada 4ª feira e qualificámo-nos para os oitavos-de-final da Taça de Portugal. Demonstrando um respeito pela competição, que é uma lufada de ar fresco em relação aos últimos 25 anos (três taças ganhas...! Nunca é demais repetir: é uma vergonha para nós!), o Roger Schmidt manteve a equipa titular e nem fez a rotação habitual na baliza. E ainda bem!
 
Já se esperava que a partida fosse diferente da de domingo e isto confirmou-se. O Benfica não apresentou os mesmos níveis físico, o que é normal, e o Estoril conseguiu defender bem melhor, para além de ter feito algumas alterações, que lhe permitiu chegar mais vezes à nossa área, sem, no entanto, criar muito perigo para o Vlachodimos. Quanto a nós, com o David Neres em detrimento do Chiquinho, tivemos duas grandes ocasiões para marcarmos na 1ª parte, num livre do Grimaldo à barra e num remate do Rafa, isolado só com o guarda-redes pela frente, que ainda tocou poste. Já perto do intervalo, foi o António Silva a atirar por cima num canto com um remate de pé esquerdo.
 
A 2ª parte começou praticamente com o vermelho directo ao Francisco Geraldes por ter derrubado o Rafa, que seguia isolado para a baliza. No livre que se seguiu, o Grimaldo obrigou o guarda-redes Dani Figueira a uma defesa para canto. Pouco depois, foi o Rafa com um remate cruzado da direita a dar outra vez trabalho ao guarda-redes. Perante dez jogadores, o nosso domínio acentuava-se e foi com estranheza que vi o Roger Schmidt limitar-se a trocar de pontas-de-lança, tirando o Musa para entrar o Henrique Araújo. Achei que precisávamos de mais poder de fogo na frente, mas o que é facto é que marcámos pouco depois: aos 66’, cruzamento do João Mário para a área, saída a soco do Dani Figueira, que acerta mal na bola, ficando esta à mercê do pontapé-de-bicicleta do David Neres no ressalto. Um golão, apesar de ter nascido de um frango. Em inferioridade numérica, percebeu-se que o Estoril só poderia marcar num erro nosso. No entanto, apesar da pouca frescura física, fomos tentando marcar sempre o segundo golo, mas a pontaria não esteve afinada. Em cima dos 90’, o António Silva teve um erro de posicionamento, mas felizmente o Benchimol não conseguiu dominar bem e a bola acabou nas mãos do Vlachodimos.
 
Em termos individuais, o David Neres foi o melhor e não só pelo golo, o que não é de espantar dado que também era dos que se apresentava mais fresco. O Enzo Fernández voltou às boas exibições e, em relação ao Florentino, parece que a sobrecarga de jogos não passa por ele. O Otamendi foi outro que esteve intratável. Quanto aos restantes, estiveram todos num plano aceitável com a equipa a controlar bem o jogo, sem se expor a muitos riscos.
 
Veremos o que nos reserva o sorteio da próxima 2ª feira, mas o objectivo é sempre o mesmo: chegar ao Jamor e vencer a competição.
 
P.S. – Na passada 2ª feira, houve sorteio de Champions e finalmente tivemos sorte (pelo menos, no papel)! Calho-nos o Club Brugge. Estiveram no grupo do CRAC, mas, em termos teóricos, eram o mais fácil que podíamos apanhar. Cabe-nos em campo confirmar este favoritismo para chegarmos aos quartos-de-final.

1 comentário:

joão carlos disse...

Mas fazer uma, no máximo duas, substituições ao onze mais utilizado, desde que nenhuma seja o guarda redes, não acho que fosse desrespeitar a competição para mais atendendo ao curto espaço de tempo entre os dois jogos e considerando o desgaste que alguns jogadores apresentaram até poderia ter sido melhor.
Mais do que não colocar dois pontas de lança em campo naquele momento, que mesmo não concordando até aceito, foi com a troca por troca, visto não termos mais nenhum ponta de lança no banco para além do jogador que entrou, deixarmos de poder em caso de necessidade de recorrer a jogar com dois pontas de lança no resto do tempo que faltava e estávamos mesmo a ver que voltaríamos a recorrer a meter um central para fazer isso, coisa que acho um bocado ridícula no mínimo, no fim se existisse necessidade.
Para o fim faltou alguma frescura física que na minha opinião até levou a que vários jogadores cometessem alguns erros no fim mas também é impossível não ter jogadores desgastados quando nem sequer se esgotam as substituições e a ultima é muito mais para passar tempo do que refrescar a equipa.