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domingo, novembro 27, 2022

Portugal – 3 – Gana – 2

Entrámos a ganhar no Mundial 2022 na passada 5ª feira, algo que já não conseguíamos no jogo de estreia desde 2006. Ainda para mais, com o empate no outro jogo do grupo entre Uruguai e Coreia do Sul (0-0), saltámos logo isolados para a frente do grupo.
 
No entanto, colocar Joões Cancelos, Bernardos Silvas, Joões Félix e outros que tais nas mãos de um Fernando Santos é (perdoe-se-me a expressão e sem ofensa) dar pérolas a porcos! Que desperdício monumental de talento! Se há treinadores que elevam alguns jogadores para patamares que os próprios não desconfiavam que tinham, este seleccionador nacional faz exactamente o contrário! Os jogadores parecem muito piores do que realmente são nas mãos dele. A 1ª parte do jogo foi das piores de todo o Mundial. Parecíamos o Benfica do ano passado para (muito) pior! Jogo lento, sem imaginação, sem rasgos, sem velocidade, sem desequilíbrios, medíocre, poucochinho, enfim um portugalzinho no seu pior.
 
O maior erro de arbitragem do Mundial até agora deu ao Cristiano Ronaldo a oportunidade de ser o primeiro jogador a marcar em cinco Mundiais. Aquilo não é penalty em nenhuma parte do mundo! Mas o C. Ronaldo naturalmente não desperdiçou a oportunidade e ficou tudo em êxtase com o facto (só foi pena é que não tivesse sabido dominar decentemente uma bola nos primeiros minutos do jogo, que o deixaria isolado, para fazer esse golo...). Senti uma tal vergonha alheia desse lance que nem festejei (e percebi mais uma vez que seria impossível ser adepto do CRAC, que não se importam nada de marcar golos destes...). Isto aconteceu aos 65’ e aos 73’ o André Ayew repôs justiça no marcador, fazendo o 1-1. Voltei a ficar nervoso e pude festejar como deve ser o golo do João Félix aos 78’, que nos recolocou na frente. O Fernando Santos lá se lembrou que podia fazer substituições e foi o Rafael Leão, que tinha entrado pouco antes, a dar-nos dois golos de vantagem dois minutos depois, fazendo o 3-1. Ambos estes golos partiram de assistências do Bruno Fernandes, que, quando se concentra em jogar à bola e não em estar a protestar com tudo e todos, até faz coisas interessantes. Parecia que estava tudo decidido, mas isto é um Mundial, as equipas só param de lutar no fim, e um erro colossal do João Cancelo aos 89’ permitiu ao Gana fazer o 2-3 pelo Bukari. Estávamos a conseguir controlar o jogo nos minutos finais, até o Diogo Costa ter uma paragem cerebral e atirar a bola para o chão para a pontapear, sem reparar que tinha um adversário nas costas. Teve é uma sorte descomunal, porque o Iñaki Williams escorregou quando lhe roubou a bola e não conseguiu fazer o golo mais fácil da sua carreira... (Se fosse o Vlachodimos a fazer uma destas, daria logo golo de certeza...!).
 
Em termos individuais, e por estranho que pareça, a equipa melhorou bastante com a entrada do William Carvalho, o que não abona nada a favor do Rúben Neves. Os laterais (Cancelo e Rúben Guerreiro) estiveram irreconhecíveis, há outras hipóteses nos 26 (Dalot e Nuno Mendes), mas vamos ver o que o engenheiro vai fazer frente ao Uruguai. Já se sabe que o C. Ronaldo tem lugar cativo tem frente, portanto, nem importa que jogue bem ou mal. O Bernardo Silva passou completamente ao lado do jogo, o que é algo que também só acontece com o engenheiro como treinador.
 
Iremos defrontar amanhã o Uruguai e uma vitória qualificar-nos-á imediatamente para a fase a eliminar. Só que, como nos iremos cruzar com o grupo do Brasil, caso não fiquemos em 1º lugar, defrontá-los-emos certamente. É bom que tenhamos isso em mente, para deixarmos de entrar para o empate (se não fizemos isto na 1ª parte frente ao Gana, disfarçámos muito bem)...

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