origem

segunda-feira, abril 18, 2022

Galões

Triunfámos ontem no WC por 2-0 e terminámos finalmente a malapata de só ter derrotas em clássicos nesta temporada. Foi uma vitória justa, numa partida em que fomos muito inteligentes na forma como a abordámos e usámos bem as armas actuais que temos para conseguir a vitória. Foi um jogo deslumbrante da nossa parte? Claro que não. Mas ganhámos de forma limpa e justa e isso é que interessa. Estamos agora com a lagartada a seis pontos e o CRAC continua a 15, depois de ter cumprido calendário perante o Portimonense em casa (7-0), numa partida em que os algarvios jogaram com muitos suplentes. (Devem ter Champions a meio da semana, só pode... A sério que lhes dá gozo ganharem assim...?!)
 
Com o Rafa ainda de fora, o Nélson Veríssimo apostou na mesma equipa de Anfield Road. O jogo começou repartido com ambas as equipas a atacar, mas quem mais se evidenciou nos minutos iniciais foi o Sr. Fábio Veríssimo e o VAR Hugo Miguel: pisão do Coates ao Darwin, nem amarelo foi, e pisadela do Sarabia no gémeo ao Vertonghen... amarelo! Se fosse ao contrário, era vermelho certinho! Aos 14’, adiantámo-nos no marcador num passe em profundidade do Vertonghen para as costas da defesa lagarta e o Darwin a ganhar ao Coates no confronto directo, tendo depois feito um chapéu ao Adan na saída deste. Grande golo! A partir daqui, agrupámo-nos na defesa e praticamente não permitimos oportunidades aos lagartos. Até foi o Diogo Gonçalves, num remate cruzado, a proporcionar ao Adán uma boa defesa para canto. Logo a seguir, o Vlachodimos saiu muito bem aos pés do Pedro Gonçalves, impedindo-o de fazer o empate. Perto do intervalo, foi o Gonçalo Ramos de cabeça a proporcionar nova boa intervenção do Adán na sequência de um canto, com o Otamendi a fazer a recarga para dentro da baliza, mas estando em posição irregular.
 
No reinício da 2ª parte, o Everton teve um excelente remate de fora da área, a seguir a uma boa assistência do Gonçalo Ramos, com a bola a rasar o poste. Pouco depois, aconteceu a única grande oportunidade da lagartada com o Sarabia a atirar de cabeça à barra depois de um cruzamento da esquerda, com o Grimaldo a ser mal batido pelo seu compatriota. Nós fechávamo-nos muito bem e o Rúben Amorim começou a fazer substituições para tentar inverter o rumo dos acontecimentos, mas sem sucesso. Por volta da hora de jogo, nova grande jogada do VAR Hugo Miguel ao não querer ver um pontapé do Nuno Santos na cabeça do Gilberto, quando este estava no chão...! Nós íamos tentando meter alguns contra-ataques, mas nem sempre os passes saíram bem. Mesmo assim, uma iniciativa do Everton pela esquerda foi cortada in extremis para canto pelo Porro. Dentro já dos últimos dez minutos, foi outro contra-ataque pela esquerda, desta feita do Darwin, a terminar numa cabeçada do Gilberto ao lado, quando poderia ter feito a assistência para o meio, onde estava o entretanto entrado Paulo Bernardo sozinho. Mas, já depois dos 90’, o também entrado Gil Dias começou uma jogada no nosso meio-campo, passou para o Darwin na esquerda, este fez a jogada e isolou o mesmo Gil Dias para desfeitear o Adán à saída deste. Não poderia ter escolhido melhor jogo para marcar o primeiro golo coma camisola do Benfica! Nos poucos minutos até ao final do jogo, deveríamos ter insistido um pouco mais para marcar o terceiro golo, porque a lagartada estava completamente derrotada e isso dar-nos-ia vantagem no confronto directo. Mas infelizmente isso não aconteceu.
 
Em termos individuais, destaque novamente para o Darwin com um golo e uma assistência. Estamos a quatro jogos de nos despedirmos dele e só tenho pena que nos vá encher os cofres sem ter conseguido um único título para o museu. Irá ser muito provavelmente o melhor marcador do campeonato, mas sabe a pouco. O resto da equipa esteve em geral muito concentrada, consciente das suas limitações, porém sem fazer antijogo. No entanto, alguns jogadores acusaram o desgaste de dois jogos seguidos muito intensos, como por exemplo o Gonçalo Ramos, e não percebi porque é que não saíram mais cedo. Acabámos o jogo com quatro laterais (André Almeida e Gilberto de um lado, e Grimaldo e Gil Dias do outro), mas é o que temos hoje em dia.
 
Foi uma boa vitória em que os jogadores puxaram dos galões para não terminar uma época sem derrotar pelo menos um dos rivais. Ainda iremos receber o outro na Luz até final e espera-se naturalmente outra vitória, até porque o nosso registo com eles, desde que existe o estádio novo, é miserável. No entanto, mesmo que consigamos quatro vitórias até final, nada disso, nem a boa Champions, pode escamotear o facto de que esta temporada foi um rotundo falhanço desportivo. O segundo consecutivo. Muito terá de mudar na próxima época.
 
P.S. – Foi a primeira vez desde 2006/07 que faltei a uma ida ao WC. Já não tínhamos nada a ganhar e não estava nada optimista. Mas aprendi a lição: não volta a acontecer! :)

2 comentários:

Anónimo disse...

Ai o Klopp....ai ai1

O voo da Águia é Glorioso

joão carlos disse...

Para o resultado para além do facto de termos utilizado uma estratégia que beneficias as características dos nossos jogadores, e esconde muitos dos defeitos, esteve a postura da equipa e a entrega que até aqui só se tinha visto nos jogos das competições internacionais e mais uma vez fica a ideia que mesmo com todas as nossas limitações se esta determinação tivesse sido evidente em mais jogos internos a época não teria sido o rotundo desastre que foi, mesmo que dificilmente fosse brilhante.
Mais uma vez as substituições foram muito tardias, coisa que é uma marca deste treinador, e toda a gente de fora consegue ver vários jogadores já em deficit físico menos o treinador e depois vemos que após feitas as substituições a equipa produz muito mais, sobretudo ofensivamente, foi assim neste jogo como já o tinha sido no jogo anterior em que foi apenas depois das substituições que a equipa consegui recuperar o resultado.
Valeu desta vez o acerto nas bolas paradas defensivas coisa que nos tem penalizado muito e como consequência disso termos por isso tido um jogo em que conseguimos manter a inviolabilidade da nossa baliza coisa que também já não acontecia à muito tempo.