segunda-feira, abril 04, 2022
Finito
Perdemos em Braga (2-3) na passada 6ª feira e dissemos adeus definitivo às (poucas) hipóteses que ainda tínhamos de chegar ao 2º lugar, dado que a lagartada ganhou ontem em casa (2-0) ao Paços de Ferreira (com o primeiro golo a surgir num penalty anedótico, mas enfim...) e tem agora uma confortável vantagem de 9 pontos sobre nós. Será a segunda temporada desastrosa para nós e iremos novamente começar a época mais cedo para voltar a tentar entrar na Champions, ainda por cima com treinador novo... As coisas não estão nada famosas...
Com o mesmo onze que derrotou o Estoril, dominámos durante muitos períodos na 1ª parte, mas sem criar grandes oportunidades de golo. Chegámos a festejar um golo do Vertonghen num canto, mas viu-se na repetição que a bola lhe bateu na mão. Aos 28’, o mesmo Vertonghen passa a mão ao de leve pelo cabelo do Ricardo Horta e o Sr. Luís Godinho assinalou falta! Inacreditável! Foi um livre mesmo em cima da linha de grande-área e o Iuri Medeiros fez o primeiro golo num remate forte e rasteiro, com o Vlachodimos a poder ter feito mais dado que a bola entrou no ângulo que o nosso guarda-redes estava supostamente a cobrir. Até ao intervalo, o Yaremchuk dominou mal a bola, quando ia ficar isolado, permitindo o corte para canto de um defesa.
Para a 2ª parte, o Nélson Veríssimo fez logo uma dupla substituição, com as entradas do Darwin e João Mário para os lugares do Everton e Gonçalo Ramos. No entanto, nos minutos iniciais, continuámos a revelar as mesmas dificuldades em arranjar espaços para criar perigo na baliza contrária e foi o Braga a fazer o segundo golo aos 59’ através do André Horta, numa boa combinação com o irmão Ricardo. Tudo parecia decidido, mas o Veríssimo esgotou as substituições cinco minutos depois com as entradas do Seferovic, Diogo Gonçalves e Paulo Bernardo saindo o Yaremchuk, Vertonghen e Meïté. O Vitinha (bom jogador!), que tinha entrado ao intervalo, ainda obrigou o Vlachodimos a uma defesa com o pé, mas aos 72’ o André Horta meteu escusadamente a mão à bola de uma maneira tão evidente, que nem o VAR Hugo Miguel teve coragem de não a assinalar. O Darwin marcou muito bem o penalty, fazendo o 1-2. E apenas três minutos depois, igualámos o marcador através do João Mário, depois de muito bem assistido de cabeça pelo mesmo Darwin. Com o 2-2 feito e uma recuperação assinalável, esperava-se que um forcing nosso proporcionasse a cambalhota completa no marcador. No entanto, aconteceu justamente o contrário! Aos 79’, um erro crasso da nossa defesa, na sequência de um canto, deixou que o Vitinha aparecesse à vontade depois de um cruzamento para fazer o 2-3...! Até final, ainda conseguimos empurrar o Braga para a sua área e o Seferovic, que tinha entrado muito bem no jogo, teve uma brilhante jogada individual, que só foi pena não ter dado em golo. O Rafa e o Darwin também tentaram visar a baliza adversária, mas sem sucesso e acabámos por perder ingloriamente o jogo.
A equipa esteve muito sofrível durante grande parte do encontro, só tendo despertado nos últimos 20’. Em termos individuais, os substitutos foram quem mais se destacou neste período, especialmente o Darwin e João Mário, bem secundados, embora em menos tempo, pelo Seferovic. Mas a sensação que deu em termos globais foi que já estávamos mais com a cabeça no Liverpool do que neste jogo. O que é algo inadmissível para um clube como o nosso.
Iremos defrontar os ingleses amanhã para os quartos-de-final da Liga dos Campeões e o melhor a que podemos almejar seria deixar a eliminatória em aberto para a 2ª mão. No entanto, realisticamente, acho que se cairmos com dignidade já não será mau. A época continuará a ser desastrosa, mas ter-nos-emos livrado de uma humilhação.
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2 comentários:
O processo defensivo desta equipa é anedótico e já vem do anterior treinador ainda que na altura disfarçava alguma coisa jogar com três centrais, agora com este e apenas com dois centrais ainda fica mais exposta a debilidade defensiva, no seu toda da equipa.
Basta ver a maneira como sofremos sempre os golos ou na sequencia de lançamentos laterais, em cantos ou na sequencia destes e o então mais ridículo na saída de bola da defesa sempre com a equipa a cometer os mesmos erros basta ver este jogo, no bessa e outro em casa com golos a papel químico mas a culpa nem é dos jogadores que tem a tendência a cometer sempre os mesmos erros mas de quem, sabendo que eles os vão cometer, insiste nos mesmos processos e se até um mero adepto consegue ver esses erros quanto mais os profissionais dos adversários.
A juntar a isto tudo o patético dos cantos basta ver o exemplo deste jogo eles tiveram dois e num deles foram eficientes, nós tivemos nove, e devemos de ser a equipa com mais lances deste tipo na competição, e só num é que criamos perigo, mas mesmo assim invalidado e o grave é que isto não é desta época mas já se arrasta há anos.
Vi várias vezes a repetição e o Vertonghen não toca com a mão na bola. Quem lhe toca é um dos jogadores do Braga, portanto ou era golo, ou penalty.
Estamos carecas de saber que a equipa tem muitas debilidades incluindo o treinador, mas enquanto continuarmos a ser gamados será difícil os jogadores terem aquela motivação extra que necessitariam para ultrapassar os seus próprios handicaps.
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