segunda-feira, novembro 25, 2019
Penoso
Vencemos
em Vizela por 2-1 e qualificámo-nos para os oitavos-de-final da Taça de
Portugal. E, pronto, (quase) tudo de positivo sobre o jogo de sábado resume-se
a este facto. Foi mais uma exibição da nossa parte a roçar o hediondo perante
uma equipa do Campeonato de Portugal (na prática a III Divisão nacional), que
jogou mais de uma hora com dez jogadores!
O Bruno
Lage não fez grandes alterações na equipa habitualmente titular (Zlobin,
Jardel, Samaris, Jota e Raúl de Tomás foram as novidades), mas entrámos em
campo a dormir. De tal forma, que aos
9’ já estávamos a perder por 0-1 com um golo do Samu num remate rasteiro de
fora de área, em que o Zlobin se fez à bola em câmara lenta. Um livre do
Grimaldo, que passou perto da barra, foi o nosso lance mais perigoso da 1ª
parte e nem a expulsão por (justo) segundo amarelo aos 26’ nos motivou a jogar
com mais velocidade, o que teria permitido que criássemos mais desequilíbrios
na defesa contrária.
Na 2ª
parte, entrou o Carlos Vinícius, mas continuámos a ter muitas dificuldades para
criar perigo. Perante uma equipa do Campeonato de Portugal a jogar com dez
jogadores. Repito: perante uma equipa do Campeonato de Portugal a jogar com dez
jogadores...! As coisas estavam a ficar feias e o tempo a passar, mas aos 70’
lá conseguimos finalmente marcar num bom lance do Jota pela direita, com um
centro bem medido para o Raúl de Tomás só ter que encostar. Logo a seguir, o
Vizela ia-se adiantando novamente, mas felizmente o avançado chegou atrasado a
um centro da esquerda. Mas nós também tivemos um remate do Grimaldo, que bateu
com estrondo na barra, e uma cabeçada do C. Vinícius bem defendida pelo
guarda-redes. Quando já se perspectiva o prolongamento, aos 86’, o entretanto
entrado Caio Lucas enganou-se e fez um passe óptimo que isolou o C. Vinícius,
que protegeu bem a bola do defesa nas suas costas e atirou rasteiro sem
hipóteses para o guarda-redes.
Em
termos individuais, menção apenas para o Jota que, no lado esquerdo do ataque,
foi o único a ir para cima dos defesas e a tentar algo diferente das
exasperante tabelinhas e lateralizações do nosso jogo. A sério, alguém que diga
ao Chiquinho que não tem no contrato a obrigatoriedade de tabelar com o Pizzi,
sempre que este lhe passa a bola...! O problema com o Jota é que me parece que ele
rende melhor no flanco esquerdo do que no meio, mas esse lugar no flanco
esquerdo será do Rafa quando este voltar. O C. Vinícius voltou a ser decisivo
com o golo. Quanto aos menos, o Pizzi esteve muito longe do que tem feito, o
Gabriel continua horrível desde os Açores (com a agravante de ter visto um
amarelo bastante idiota por pontapear a bola depois de o árbitro lhe assinalar
uma falta; o Bruno Lage devê-lo-ia ter substituído logo ali) e o Samaris também
não esteve nada bem, talvez fruto da falta de ritmo. O Raúl de Tomás estava a
fazer um jogo péssimo, mas pode ser que o golo lhe dê a confiança de que
necessita (aqueles domínios de bola na grande-área não podem ser só fruto por
acaso...). Quanto ao Zlobin, segurar a bola à primeira é algo que não lhe
assiste… O Caio Lucas fez um bom passe para a desmarcação do C. Vinícius no 2-1
e já pode dizer aos netos que a sua passagem pelo Benfica teve um ponto alto.
Exibição
para esquecer num jogo em que, se não tivesse havido a expulsão, não estava bem
a ver como o poderíamos ganhar. Veremos quem nos vai calhar no sorteio de
amanhã, mas a jogar assim duvido que consigamos grandes feitos esta época.
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