VIVA O BENFICA!
segunda-feira, agosto 05, 2019
Massacre
Entrámos em campo com a equipa esperada (o Nuno Tavares a
lateral-direito perante a lesão do André Almeida e a falta de ritmo do Ebuehi,
e o Raúl de Tomás com o Seferovic na frente), com a lagartada a alinhar com três centrais de início (Neto, Coates e Mathieu),
o que deu logo conta dos receios que eles tinham do nosso jogo. No entanto, a
1ª parte foi algo equilibrada, pese embora termos tido nós a iniciativa
atacante. Porém, o Vlachodimos acabou por ter um papel importante nesta fase,
com três intervenções importantes que impediram golos adversários (um desvio a
um corte do Ferro que ia na direcção da nossa baliza, uma defesa a um remate de
longe do Bruno Fernandes e uma mancha
a este mesmo jogador, que lhe apareceu isolado na frente). Quanto a nós, tivemos
um remate do Raúl de Tomás que o Renan defendeu e outra oportunidade pelo Seferovic
num contra-ataque, mas bem cortada pelo Thierry Correia. Aos 40’, colocámo-nos
em vantagem num centro largo do Pizzi para desvio de primeira do Rafa com o pé
esquerdo. Até ao intervalo, o Bruno Fernandes e o Acuna tiveram um par de
remates, mas sem conseguir alvejar a nossa baliza.
A 2ª parte foi completamente diferente. Era expectável que a
lagartada se abrisse um pouco mais
para tentar o empate, mas aconteceu um descalabro. Nos primeiros 15’, ainda
tentaram criar-nos problemas, mas só um remate do Raphinha teve perigo ainda
que relativo, porque a bola foi ao lado. No entanto, quando nós pegávamos na
bola acelerávamos o jogo e eles ficavam nas covas.
Aos 60’, aumentámos a vantagem numa perda de bola do Mathieu para o Rafa, que
assistiu o Pizzi para um remate rasteiro na passada. Logo a seguir, o De Tomás
isolou o Rafa, este tentou assistir o Pizzi, mas a bola saiu um pouco para trás
e o nº 21 não rematou nas melhores condições, quando tinha o Renan pela frente.
Mas aos 64’, fizemos mesmo o 3-0 num livre do Grimaldo que entrou junto ao
poste. No estádio, dado que estava no enfiamento do lance, deu-me a sensação
que tinha sido um pouco frango do
Renan que ainda lhe tocou, mas a TV tirou-me essa dúvida, porque a bola foi
muito colada ao poste. A defesa da lagartada
abria buracos por tudo quanto era lado e eu confidenciei aos meus colegas de bancada
que tínhamos uma óptima oportunidade de (finalmente) vingar os 7-1. O que
poderia ter acontecido logo a seguir caso o Seferovic, isolado pelo De Tomás, não
tivesse permitido a defesa ao Renan. Só aumentámos para 4-0 aos 75’, numa
jogada em que o Rafa assistiu o Pizzi para a entrada deste na área e remate
cruzado sem hipóteses para o guarda-redes contrário (bom golo do nº 21, embora o
Seferovic, isolado no centro da área, só tivesse que encostar; eu preferia que
ele lhe tivesse passado a bola). A lagartada
já tinha feito duas substituições, mas nós só fizemos a primeira a menos de 10’
do fim por lesão do Gabriel, tendo entrado o Chiquinho. O marcador poderia ter
sido avolumado nessa altura, num centro do De Tomás na direita para o Seferovic
em voo desviar a bola com o pé, mas o Renan fez uma boa defesa. O Bruno Fernandes
lá ia rematando de todo o lado, mas ou saía com má pontaria ou o Vlachodimos
estava muito atento. Finalmente, em cima dos 90’ fizemos a manita através do Chiquinho: centro do Grimaldo na esquerda, desvio
do Seferovic para defesa incompleta do Renan, o suíço insistiu e colocou a bola
em esforço na área, onde o Chiquinho se antecipou a um defesa para fechar o
marcador. Lamentavelmente o Sr. Nuno Almeida deu apenas 1’ de compensação quando
tinha havido seis substituições e a lesão do Gabriel, e o resultado ficou por
aqui. (Aliás, a arbitragem foi de muito pouca categoria, com uma enxurrada de
amarelos – dez! – que um jogo destes não justificou).
Em termos individuais, destaque óbvio para o Pizzi e o Rafa,
o primeiro com dois golos e uma assistência e o segundo com o contrário. O Florentino
fez um jogo gigante no meio-campo, bem secundado pelo Gabriel. Os centrais (Rúben
Dias e Ferro) estiveram bem e também gostei do esquerdino Nuno Tavares a
alinhar fora da sua posição: não comprometeu e mostrou atrevimento atacante,
mesmo estando fora da sua posição. Marcámos cinco golos, mas nenhum deles foi dos
dois avançados, embora eu tenha gostado bastante do De Tomás, com o Seferovic
um pouco mais discreto (e a ser mais perdulário). Uma última palavra para o Vlachodimos,
que foi muito importante quando o resultado ainda estava 0-0.
Uma pessoa interrompe as férias com a família, faz mais de
600 km num só dia (em excelente tricompanhia, diga-se), sai de casa às 12h30
para chegar às 4h15, é para isto mesmo: porque não se perdoaria se não tivesse
visto este festival ao vivo! Foi épico, já não acontecia há 33 anos e irá ser
lembrado durante bastante tempo. E eu vou poder dizer sempre: estive lá! Não
gosto de elevar muito as expectativas, até devido à minha condição de incorrigível
pessimista, mas uma pessoa vê isto e ouve as declarações do Bruno Lage no
final, a explicar tintim por tintim a táctica que adoptámos e a mudança ao
intervalo (terá sido por isso que atrasámos a reentrada em campo de uma maneira
pouco habitual...?), e é difícil manter assentes os pés na terra. Até porque temos
finalmente agora o que nos tem faltado muitas vezes noutros anos: killer instinct! Só deixamos de tentar
marcar golos quando o jogo termina. E isso atemoriza muito os adversários. Quer
eles o admitam, quer não.
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1 comentário:
Tem sido um fartote, até já estou enjoado: caldo de lagartixa.
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