domingo, agosto 25, 2019
Justo
Perdemos ontem contra o CRAC na Luz por 0-2 e perdemos igualmente a vantagem
de três pontos que tínhamos sobre eles. Já escrevo neste blog há tempo suficiente para que saibam que de mim podem esperar
fanatismo pelo Benfica (fazer mais de 600 km e interromper as férias para ir
ver um jogo à Luz, por exemplo), mas nunca facciosismo (achar que nunca há
penalties contra nós bem assinalados ou que todos os nossos golos são legais;
ou que o Celis era um excelente jogador só que envergava o manto sagrado). Ou
seja, da mesma maneira que digo que jogámos muito bem aqui (e só um roubo de
igreja nos tirou a vitória) e que aqui levaram um banho de bola, ontem foi o inverso: fizemos talvez o pior jogo da
era Lage e o CRAC fez a melhor exibição da época, sendo a vitória totalmente
merecida. Sem espinhas e sem contestação.
Tínhamos tudo a nosso favor: uma equipa estabilizada da época anterior,
só dois reforços a titular (e um deles vindo da formação), início de temporada
prometedor, jogo em casa e possibilidade de colocar o maior rival a seis pontos
de distância logo à 3ª jornada. Do outro lado, uma equipa em construção, que
perdeu quatro titulares, foi derrotada na estreia do campeonato, foi eliminada
do acesso à Champions, tudo a correr
mal. Só que costuma ser nestas alturas que eles metem os dentes de fora e fazem
um all in (e nós já devíamos saber
isto de ginjeira, mas ao invés andámos a lançar foguetes e fogo-de-artifício antes
do jogo…! A propósito, quem é que teve esta ideia peregrina, já agora?! Quanto
é que se gastou nisto?! Sim, eu sei que não foi por causa disso que perdemos,
mas o sinal que se dá para o exterior é péssimo! E nas bancadas também se ganha
e perde jogos…). E esse all in, há
que dizê-lo, foi muito bem planeado e executado. Fomos completamente manietados,
nunca conseguimos sair a jogar e as estatísticas não poderiam ser mais
esclarecedoras: 0 a 5 em remates à baliza e o guarda-redes deles nem tocou na
bola. Quando assim é, não há nada a fazer. A superioridade foi tão evidente
que, nestes casos, curiosamente nem me dá para ficar muito chateado.
Sofremos o primeiro golo aos 21’ na sequência de um canto, num mau
alívio do Ferro que o Zé Luís aproveitou. O mesmo Zé Luís que se tinha isolado
na jogada anterior, depois de um mau domínio do Nuno Tavares, mas o Vlachodimos
fez uma defesa brilhante. Rematámos pela primeira vez aos 41’(!) num
cabeceamento do Seferovic bastante por cima. Esperava-se uma reacção nossa na
2ª parte, o Taarabt entrou logo no reinício para o lugar do Samaris (que até estava
a ser dos menos maus), deu mais dinâmica ao meio-campo (mas perdeu algumas
bolas em zona perigosa), porém nada de substancial se alterou: não conseguíamos
chegar em condições à baliza contrária e o CRAC era sempre mais perigoso no
contra-ataque. Logo depois do reinício um disparo do Luís Diaz (ficaram sem o
Brahimi, mas este tipo não me parece nada mau jogador…) obrigou o Vlachodimos a
nova grande defesa, o Marega isolou-se uma primeira vez, todavia atirou
escandalosamente ao lado, até que já perto do final (86’) o mesmo Marega
isolou-se novamente e desta feita não falhou, apesar de a bola ainda ter batido
no poste. Já na compensação, o nosso golo de honra, marcado pelo Seferovic, foi
anulado pelo VAR por fora-de-jogo. Seria o único remate à baliza que teríamos feito.
O nosso melhor jogador foi de longe o Vlachodimos. Graças a ele,
perdemos só por 0-2. Está
praticamente tudo dito. Todos os outros estiveram a nível muito medíocre, com
falhas infantis na defesa, o Grimaldo terá feito o pior jogo desde que está no
Benfica, o Pizzi provavelmente também e o Rafa nunca conseguiu desequilibrar.
Teremos agora uma deslocação muito complicada a Braga, em que é
impreterível voltarmos às vitórias, sob pena de ficarmos já atrás do CRAC.
Escusam de me lembrar a época passada, porque não só não devemos esperar que a
história se repita (porque isso raramente acontece), como também devemos
mostrar em campo por que razão temos o melhor plantel do campeonato.
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1 comentário:
CORROBORO
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