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segunda-feira, março 18, 2019

Poderoso

Goleámos o Moreirense em Moreira de Cónegos por 4-0 e mantivemo-nos na liderança do campeonato com os mesmos pontos do CRAC, que derrotou o Marítimo por 3-0. Depois das horas extra frente ao Dínamo Zagreb, estava muito apreensivo para este jogo, porque iríamos defrontar uma das melhores equipas da Liga, que está num surpreendente 5º lugar, com menos de 72h entre jogos. A nossa resposta não poderia ter sido melhor e mais categórica!

De regresso à equipa-tipo dos últimos tempos, deveríamos ter começado a ganhar logo aos 3’, quando o Pizzi bem isolado pelo Rafa atirou ao lado da baliza. Aquela bola tinha que entrar...! Pouco depois, o João Aurélio deu uma pisadela no tornozelo do Grimaldo e nem amarelo levou! O nosso lateral ficou a contorcer-se no relvado, temi o pior, mas felizmente conseguiu recuperar. Aos 6’, o mesmo João Aurélio deu outra pantufada no Pizzi e levou amarelo. Que deveria ter sido o segundo, obviamente! Se dúvidas houvesse quanto à nossa resposta física, elas ficaram dissipadas logo desde o início, porque imprimimos uma pressão constante sobre o Moreirense, com o Samaris e o Gabriel a destacarem-se no meio-campo. Variávamos de flanco de forma rápida e foi assim que o Rafa, depois de brilhantemente dominar a bola enviada pelo Samaris desde o flanco oposto, flectiu da esquerda para o centro e rematou cruzado ao lado. Ainda apanhámos outro susto, com o Gabriel a queixar-se da virilha ainda relativamente cedo, mas a conseguir recuperar a tempo de alinhar praticamente o jogo inteiro. A meio da 1ª parte, o Jonas foi bem isolado pelo Samaris, mas em vez de rematar à baliza preferiu passar para o Pizzi, tendo a bola sido interceptada por um defesa. Pouco depois da meia-hora, marcámos através do mesmo Jonas, mas o Pizzi que lhe fez a assistência estava ligeiramente adiantado e o Sr. Nuno Almeida, depois de alertado pelo VAR, anulou a jogada. Aos 37’, fizemos finalmente o 0-1 num passe longo do Grimaldo para o João Félix, que aproveitou a falha de um defesa, que não interceptou a bola, para fuzilar o guarda-redes Trigueira. Aos 43’, aumentámos a vantagem num canto muito bem marcado pelo Pizzi, com o Samaris a corresponder com um óptimo cabeceamento sem hipóteses para o guarda-redes. Era fundamental chegar ao intervalo com esta vantagem e, para isso, muito contribuiu o Vlachodimos, com uma defesa difícil para canto, depois de um cabeceamento do Pedro Nuno.

Nos últimos anos, na jornada a seguir aos jogos europeus, geralmente só durávamos a meia-parte. Razão pela qual era importante ter uma vantagem de pelo menos dois golos, mas melhor ainda era marcar logo no reinício e acabar (quase) de vez com o jogo. Foi o que fizemos logo aos 49’, numa boa assistência do Jonas, que isolou o Rafa, tendo este picado a bola por cima do Trigueira, que ainda lhe tocou, mas não a conseguiu desviar da baliza. Por causa da porcaria do VAR, não festejei logo, porque fiquei com dúvidas acerca da posição do nº 27, mas a repetição dissipou-as todas. O Moreirense sentiu este terceiro golo, como é natural, e não conseguiu criar-nos muitas dificuldades, excepção a um livre do Chiquinho no qual o Vlachodimos fez uma boa defesa. Nós fomos gerindo a equipa e o jogo, mas sem nunca deixar de ter a baliza contrária em vista. Isto é uma das grandes melhorias em relação ao que se via no passado: seja qual for o resultado, com maior ou menor rapidez de processos, nós tentamos sempre aumentá-lo. O que deixa naturalmente o adversário de pé atrás. E, quanto a durar só meia-parte depois dos jogos europeus, estamos conversados... O Gedson e depois o Florentino entraram para os lugares do desgastado Pizzi e do Gabriel, e aos 80’ o Jonas viu a bola ser cortada por um defesa, depois de a dominar bem de peito, quando se preparava para rematar. Três minutos depois, foi o Florentino a estrear-se a marcar na equipa principal e fazer o 0-4 num canto do Grimaldo: saída em falso do guarda-redes, a bola sobrou para um defesa, que a tentou dominar, mas o nosso jogador foi muito inteligente na forma como adivinhou o lance e antecipou-se com um remate para a baliza deserta.

O melhor em campo foi o Samaris, que culminou uma exibição perfeita em termos defensivos com o nosso segundo golo. Também o Rafa merece muito destaque, pelas constantes rupturas que criou na defesa contrária e vai numa sequência muito interessante a marcar (cinco golos nos últimos seis jogos para o campeonato). Para quem já começava a falar de um abaixamento de produção, o João Félix respondeu em grande com uma exibição muito solta e valorizada com o nosso primeiro golo. O Gabriel voltou a ser um monstro no meio-campo, mesmo com algumas limitações físicas. O Jonas ficou em branco, mas contribuiu para o resultado com uma assistência para o terceiro golo. O Vlachodimos foi essencial por ter mantido a nossa baliza em branco em alturas importantes do jogo. Quanto ao resto da equipa, esteve igualmente num nível bastante elevado de produção.

Chegámos à pausa das selecções em primeiro lugar no campeonato, como era desejável. Esperemos que ninguém se lesione nos jogos internacionais, como infelizmente já aconteceu no passado. E vamos estar todos a torcer para que o Seferovic recupere a tempo da recepção ao Tondela. Iremos entrar na fase final da época e convinha ter o máximo possível de jogadores operacionais.

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