quinta-feira, fevereiro 07, 2019
Vantagem
Três dias depois, voltámos a vencer a lagartada (2-1) desta feita para a 1ª mão das meias-finais da Taça
de Portugal. Foi um jogo completamente diferente do do campeonato, em que poderíamos
ter conseguido uma diferença mais tranquila para a 2ª mão, que é só daqui a
dois meses. E muita coisa pode mudar entretanto.
Com o Salvio no lugar do Rafa e o Svilar na baliza, entrámos
bem e tivemos duas oportunidades pelo Gabriel, num remate por cima à entrada da
área depois de um cruzamento do Salvio, e pelo Seferovic, com um remate fora da
área que ia com boa direcção, mas desviou num defesa. Concluímos esta boa fase
com o golo aos 16’, noutra rápida jogada atacante com o Salvio a romper, a dar
no meio para o Pizzi e este a abrir na esquerda para a entrada do Gabriel, que
rematou muito forte, com o Renan Ribeiro a ser enganado pela trajectória da
bola. A lagartada teve mais posse de
bola, mas só num remate à entrada da área pelo Bruno Fernandes é que criou algum
perigo, com o Svilar a socar para a frente. Como eles trocaram meia equipa,
apresentavam-se mais frescos, enquanto nós não conseguimos impor o ritmo
avassalador do campeonato. O Sr. Luís Godinho teve um critério muito discutível
e o Jardel foi amarelado por um lance que nem falta foi. Perto do intervalo, o
mesmo Jardel lesionou-se e foi substituído pelo Ferro, que fez assim a estreia
na equipa principal. Até final da 1ª parte, ainda deu para o Svilar ter uma hesitação
infantil a agarrar a bola e o Luiz Phellype quase ficou com ela.
Na 2ª parte, fomos mais consistentes e estivemos mais tempo
no meio-campo da lagartada. No entanto,
ainda assim eles criaram perigo através do Wendel, que apareceu isolado frente
ao Svilar, mas o remate saiu muito torto. Respondemos logo a seguir numa
cabeçada do Rúben Dias num livre, mas a bola saiu à figura. Desde o reinício que o Salvio passou para a esquerda e o
Pizzi para direita, mas já se sabe que o argentino não consegue render no flanco
oposto e portanto a substituição era uma questão de tempo. Entrou o Rafa e
pouco depois, aos 64’, fizemos o 2-0 noutro lance rápido desde a nossa defesa,
com o Pizzi a receber a bola no meio-campo e a fazer um passe comprido para o Seferovic
na esquerda, que fez um centro-remate para o lado oposto, onde estava a João Félix,
que rematou com força tendo a bola sido desviada pelo Tiago Ilori para dentro
da baliza. Foi autogolo, porque o remate não ia com a direcção da baliza, mas o
que interessa é que entrou. A lagartada
abanou muito com este golo e poderia ter sofrido o terceiro logo a seguir numa óptima
combinação pela esquerda entre o Rafa, o Seferovic e o Grimaldo, com o centro
do suíço a colocar o espanhol em boa posição, mas o remate deste a sair infelizmente
torto. Com o desenrolar da 2ª parte, fomos decaindo em termos físicos e a lagartada conseguiu ser mais pressionante,
criando uma boa oportunidade num remate do Wendel à entrada da área, que foi
desviado pelo olhar do Svilar (uma especialidade do nosso guarda-redes...). Apesar
da quebra física, tentámos sempre marcar mais um golo, mas o remate do Seferovic
saiu à figura do Renan e outro do Grimaldo, depois de uma boa jogada do Rafa, saiu
ao lado. Ainda entrou o Cervi para o lugar do Pizzi, mas um mau corte do Ferro
(quando tinha tempo para dominar a bola) deu origem a um ataque da lagartada, que terminou com uma falta do
Cervi sobre o Bruno Fernandes aos 82’. O livre foi a uns bons 30 m da baliza,
mas o mesmo Bruno Fernandes conseguiu meter a bola na baliza. Apesar de o
Svilar eventualmente poder ter sido mais rápido a reagir, foi um golão. Até
final, o Bas Dost carregou o Svilar e o golo que fez a posteriori já não valeu e, no último minuto, o Grimaldo foi
agarrado pelo Coates à entrada da área, mas o agarrão prolongou-se durante um
bocado e não sei mesmo se não terá parado em cima da linha. No entanto, o Sr.
Luís Godinho assinalou falta fora da área.
Em termos individuais, o Gabriel foi o melhor e estreou-se a
marcar pelo Benfica logo num derby. O
Samaris também esteve em destaque e melhorou em relação a domingo. O Salvio participou
no primeiro golo, mas ele e o Pizzi não podem jogar ao mesmo tempo nas alas,
porque ambos só rendem na direita. O João Félix não esteve tão interventivo
como há três dias e o Seferovic foi outro que esteve fisicamente pior. Aliás,
continuo sem perceber como é que vamos encarar o resto da temporada, ainda por
cima com a Liga Europa que tem mais jogos do que a Champions, só com um ponta-de-lança de raiz. Se acontecer alguma
coisa ao Seferovic e com a condição física do Jonas a ser pouco viável, quero
ver quem é que vai jogar a ponta-de-lança...
Naquelas situações que são muito comuns no futebol português,
a 2ª mão só irá disputar-se em Abril. Também por esta imprevisibilidade, era
importante ter conseguido um resultado mais confortável para o jogo no WC. Não
foi possível, mas partimos em vantagem. Esperemos que daqui a dois meses ainda
estejamos melhor do que agora.
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3 comentários:
Dispensáveis as ironias sobre Svilar...
Jonas está a chegar,
Não é ironia, Carlos. Conte, por favor, as vezes que o Svilar fica de pé a olhar para a bola, em vez de se fazer a ela.
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