Depois da boa resposta à desvantagem inicial perante o Rio Ave, estava curioso para ver como a equipa reagiria no jogo seguinte, num campo complicado, onde os outros grandes tiveram dificuldades para vencer. O Bruno Lage apostou no Gabriel para o meio-campo (passou da bancada para titular) e deixou o Salvio e Cervi no banco, entrando também o Zivkovic para o onze, mas mantivemos o 4-4-2. O que se pode dizer é que, jogue quem jogar, em pouco mais de uma semana já se viu melhorias substanciais na equipa. O Seferovic teve uma grande oportunidade logo de início, mas fez um chapéu por cima, quando só tinha o guarda-redes pela frente, o João Félix também falhou uma emenda relativamente fácil depois de uma boa jogada na esquerda e o Rúben Dias, numa bola parada, atirou muito torto numa recarga. Eram os indícios do nosso primeiro golo, que surgiu aos 22’ pelo Seferovic a aproveitar a escorregadela do central Fábio Cardoso e a atirar fora de hipótese para o guarda-redes Serginho. Continuámos sempre por cima do jogo e, em cima do intervalo, o Sr. João Capela assinalou penalty sobre o Pizzi, mas corrigiu posteriormente para livre depois de ver as imagens, alertado pelo VAR. Não se consegue perceber bem se a falta é fora ou dentro da área, mas, não sendo penalty, o Fábio Cardoso viu o vermelho directo porque o Pizzi estava isolado. Infelizmente, e não foi caso único, o Sr. João Capela já não mostrou tanta competência a medir a distância da barreira e o livre do Grimaldo bateu naturalmente nela.
Se na 2ª parte já iríamos ter a vantagem de jogar com mais um, ainda ficámos melhor com o 2-0 logo aos 48’: canto do Pizzi na direita e cabeceamento de rompante do Jardel a não dar hipóteses ao guarda-redes. A partir daqui e ao contrário de jogos no passado, não nos limitámos a “gerir o jogo” (expressão que eu abomino) e fomos à procura do terceiro golo que nos colocaria definitivamente a salvo de um deslize defensivo. O Seferovic por duas vezes, o Pizzi e o Grimaldo tiveram boas ocasiões para dilatar o resultado, mas infelizmente isso não aconteceu. Nos últimos 15’, o Santa Clara reagiu, mas só por uma vez o Vlachodimos teve que se aplicar e mesmo assim foi a sair aos pés de um adversário praticamente sem ângulo para rematar.
Em termos individuais, o Seferovic deu a luta habitual, marcou um golo, mas falhou pelo menos mais três, o Pizzi, a jogar na direita tal como na época do tri, melhorava quando flectia para o centro, o Gabriel, curiosamente, voltou muito bem à equipa (parece que o banco e a bancada às vezes fazem bem) e o Zivkovic empresta sempre um toque de classe nas suas intervenções. Mas no geral toda a equipa esteve a um nível bastante satisfatório o que, com menos de 10 dias de treino, não pode deixar de nos deixar esperançosos que o bom futebol esteja para regressar de vez.
Teremos agora, pelo menos, três jogos muito difíceis: a dupla deslocação a Guimarães para Taça de Portugal e campeonato, e o CRAC na final four da Taça da Liga. Será uma semana muito intensa, em que seremos postos à prova e teremos uma ideia mais concreta do que podemos esperar até final da época.
P.S. – O Luís Filipe Vieira veio hoje confirmar aquilo que eu desejei logo aquando do seu anúncio: o Bruno Lage será o treinador principal no resto da época. Depois, logo se verá. Os primeiros indícios foram bons e esperemos que assim continue.
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