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quinta-feira, agosto 09, 2018

Curto

Vencemos na 3ª feira o Fenerbahçe por 1-0 na 1ª mão da 3ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Já se sabia nos tinha saído a fava do sorteio e, apesar termos ganho sem golos sofridos, deveríamos ter conseguido marcar pelo menos mais um golo. No jogo da 2ª mão, é imperioso jogarmos para marcar, e desejavelmente sermos os primeiros a fazê-lo, caso contrário as coisas podem ficar muito complicadas se tentarmos aguentar o 0-0.

O Rui Vitória apostou, sem surpresa, na equipa que tinha vindo a ser rodada nos jogos de preparação. A 1ª parte foi muito fraca, dado que ambas as equipas se mostraram com muito medo uma da outra e praticamente não houve oportunidades de golo. Há um penalty claro logo nos primeiros minutos por agarrão ao Cervi, mas o bielorrusso Aleksei Kulbakov nada assinalou (a propósito, a arbitragem foi muito mazinha, com prejuízo para nós em especial nas bolas divididas, que eram sempre falta nossa). Só tivemos uma evidente oportunidade, já em cima do intervalo, com o Ferreyra a rodar sobre o defesa e isolar-se, mas o remate foi uma lástima.

Na 2ª parte, aumentámos finalmente o ritmo e o Fenerbahçe praticamente não saiu do seu meio-campo e continuava na sua senda de perder tempo nas reposições de bola. Uma cabeçada do Jardel à figura e um remate do Salvio defendido pelo Volkan Demirel foram os lances mais perigosos, antes de conseguirmos marcar aos 69’ pelo Cervi: passe do Salvio da direita para a esquerda já dentro da área e remate do nosso extremo-esquerdo com a bola a passar por baixo do guarda-redes, que poderia ter feito mais. O Fenerbahçe pareceu não ter ficado muito preocupado com o golo e continuou a jogar à mesma velocidade (devagar e parado). Entretanto, já tinha entrado o Castillo para o lugar do inoperante Ferreyra e as coisas melhoraram, com o chileno a dar mais trabalho à defesa contrária e a ser bastante melhor a segurar a bola e os defesas. Foi o próprio Castillo a ter dois remates relativamente perigosos, ambos defendidos pelo Demirel, e outro que saiu por cima, num lance em que, se tivesse feito a tabelinha com o André Almeida, este ficaria isolado frente ao Demirel. A propósito de André Almeida, este ia marcando um golão num chapéu de cabeça, mas a bola infelizmente saiu ao lado. A única oportunidade dos turcos foi um remate por cima já no tempo de compensação.

Em termos individuais, gostei muito do Grimaldo, só foi pena o amarelo por protestos. O Cervi nem estava a fazer um jogo particularmente bem sucedido, mas tem esta enorme virtude de marcar golos, alguns deles decisivos. O Salvio foi dos que mais lutaram, embora nem sempre com muito esclarecimento. A defesa esteve muito segura, com destaque para o Jardel que não me lembro de ter perdido nenhum lance. Também o Fejsa no meio-campo foi o tampão do costume e vai ser difícil tirar o Gedson da equipa, já que voltou a mostrar grande personalidade e é dos poucos que pega na bola e a leva para a frente. Já o tinha referido aqui e volto a repetir: não pode haver titularidades por estatuto. Nos jogos de preparação, o Castillo mostrou sempre muito mais que o Ferreyra, mas não obstante é este que tem vindo a ser titular. Nesta partida, viu-se bem o que melhorámos com o chileno que, neste sistema de 4-3-3, tem muito mais arcaboiço para aguentar os defesas que o argentino, que me parece mais talhado para jogar com um colega ao lado (esperemos que o Jonas…). Faço votos para que o Rui Vitória corrija isto rapidamente.

Este Agosto vai ser infernal e vamos estrear-nos já amanhã para o campeonato, recebendo o V. Guimarães. Só teremos três dias de descanso, mas espero que isso não se reflicta na exibição da equipa, já que escusado será dizer que é fundamental começar com uma vitória.

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