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domingo, setembro 25, 2016

Sofrido

Vencemos ontem em Chaves (2-0) e mantivemos a liderança do campeonato, já que ambos os rivais também tinham ganho. Tal como se previa, foi um jogo muito difícil onde só através de duas bolas paradas na 2ª parte obtivemos o triunfo.

O Rui Vitória colocou o Ederson no lugar do Júlio César e foi a única alteração em relação ao Braga. Na 1ª parte, o Chaves foi muito mais agressivo do que nós e criou-nos diversos problemas. Nós tivemos um bom remate do Mitroglou defendido pelo António Filipe e um golo mal invalidado ao grego que não estava fora-de-jogo, mas os transmontanos também tiveram um golo (bem) anulado e a melhor oportunidade dos primeiros 45’, com dois remates ao poste e uma recarga de cabeça do Rafael Lopes para fora com a baliza escancarada, tudo na mesma jogada! O André Horta passou completamente ao lado do jogo e, como o Fejsa esteve abaixo do que é habitual, o nosso meio-campo era um passador e a defesa via-se muito vezes em igualdade numérica perante os avançados contrários.

A 2ª parte começou com uma grande oportunidade de cabeça do Salvio (que terá provavelmente feito o pior jogo de sempre pelo Benfica), mas depois tivemos grandes dificuldades para criar perigo. O Chaves já não contra-atacava com o mesmo ritmo (era impossível mantê-lo) e começava a saga das lesões do guarda-redes. Felizmente, à semelhança do Braga, estava lá o Dr. Mitroglou para acabar com elas! Livre do Grimaldo muito bem marcado e desvio de cabeça do grego aos 69’ para acabar de vez com as maleitas dos adversários. Pouco depois, o ex-lagarto (entretanto entrado) Vukcevic atirou às malhas laterais na única chance dos flavienses na 2ª parte e, aos 84’, acabámos com o jogo, com novo livre do Grimaldo que bateu na barreira e sobrou para a entrada da área, onde o Pizzi rematou rasteiro em arco para o 2-0. Até final, ainda deu para o António Filipe impedir que o Carrillo aumentasse o marcador, depois de uma boa abertura do Cervi, e para ver que o Celis deve ter perdido o voo para Bogotá, mas que continua a justificar-se que ele o apanhe.

Em termos individuais, gostei bastante do Gonçalo Guedes, apesar de não estar directamente envolvido em nenhum dos golos, do Grimaldo, cujos livres se estão a tornar uma séria mais-valia para nós, e da eficácia do Mitroglou (um golo, outro mal anulado e ainda um terceiro bem anulado na 2ª parte). Também o Pizzi merece uma palavra, porque apesar de muitas vezes não tomar as melhores decisões, já não é a primeira vez que se torna decisivo com golos e/ou assistências. No pólo oposto, temos os já referidos Salvio e André Horta. O Nélson Semedo também estava a fazer uma exibição muito sofrível, mas é sobre ele a falta que dá origem ao 1º golo.

A manter este nível exibicional, não vai ser fácil ganhar em Chaves. O facto de o termos conseguido com uma série de jogadores importantes ainda de fora (Jonas, Jardel, Jiménez, Samaris) só valoriza o triunfo. A exibição não vai ficar na memória, mas nesta altura, e perante todas aquelas ausências, ainda mais importante é a vitória.

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