quarta-feira, setembro 14, 2016
Inglório
Terceiro jogo da época na Luz, terceiro empate por 1-1. Desta feita foi com
o Besiktas para a 1ª jornada da Liga dos Campeões e foi o que custou mais,
porque sofremos o golo aos 93’. Fruto de termos um idiota acéfalo a vestir a
nossa camisola, mas já lá vamos…
Estava com expectativas bastante baixas para esta partida. Continuávamos
sem Jonas, Mitroglou e Jiménez, tal como em Arouca, mas tivemos o bónus de também ter o Jardel e o Rafa de
fora. Todos por lesão! O Rui Vitória apostou no Cervi na frente para fazer
companhia ao Gonçalo Guedes e foi o argentino a inaugurar o marcador logo aos
12’: abertura fabulosa do André Horta para o Salvio, remate cruzado com o pé
esquerdo, o guarda-redes não conseguiu agarrar e o Cervi, muito oportuno,
atirou para dentro da baliza. Não poderíamos ter começado melhor e até ao
intervalo não permitimos grandes veleidades aos turcos que só pelo Quaresma num
livre incomodaram o Ederson (que aparentemente vai substituir o Júlio César nos
jogos extra-campeonato). Quanto a nós, só num remate de fora da área do André
Horta é que criámos perigo.
Na 2ª parte, os turcos fizeram entrar o Talisca e melhoraram de produção.
Quando ele entrou, eu aplaudi, porque não me esqueço de alguns bons momentos
que nos proporcionou no passado, nomeadamente o golo frente ao Bayern e,
principalmente, o livre na Madeira que nos permitiu respirar na penúltima
jornada da época passada e abriu-nos definitivamente as portas do título. Tudo
o que se disse depois para mim é folclore. Interessa-me o que um jogador faz em
campo. Ponto final. Desde que depois não vá para um rival directo, por mim,
ainda por cima sendo bicampeão, terá sempre o meu respeito. Mesmo que, como é o
caso, os neurónios não sejam em grande quantidade. Com a entrada dele, o
Besiktas começou a acercar-se com mais perigo da nossa área. Nós estávamos a
perder gás e pedia-se a entrada do Samaris, que só aconteceu aos 70’. O
Besiktas teve duas grandes oportunidades, mas o Ederson foi muito rápido a sair
ao isolado Quaresma e noutro lance o avançado Tosun atirou por cima em muito
boa posição. A cinco minutos do fim, o Quaresma brincou perto da sua área, o
Gonçalo Guedes roubou-lhe a bola, ficou isolado, mas permitiu que o Tolga
defendesse com o pé. Aos 89’, o Fejsa deve ter pedido para sair e ficámos a
jogar com 10, porque entrou um tal de Celis, que acabou por ser a arma secreta do Besiktas. No terceiro
dos quatro minutos de compensação que o árbitro deu, aquela alimária resolveu
disputar um lance com a mão(!!) perto da nossa área! Livre que o Talisca
obviamente não perdoou. Não tenho nada a acrescentar ao que já escrevi aqui e
espero que a esta hora ele já esteja na porta de embarque do aeroporto. Que
burro acéfalo!
Em termos individuais, voltei a gostar do Salvio (embora tenha rebentado a meio da 2ª parte) e do
Gonçalo Guedes (só foi pena o falhanço isolado). O Cervi marcou um golo de
oportunidade, mas continua um pouco inconsequente em termos ofensivos, apesar
de se ter fartado de defender. O Fejsa foi o monstro do costume e, caso tivesse estado até ao fim, teríamos
certamente ganho. O Samaris tem que passar a entrar mais cedo em jogos destes.
O Nélson Semedo melhorou em termos defensivos em relação a jogos anteriores e o
Ederson teve umas quantas intervenções de nível altíssimo, embora no livre do
Talisca me dê a sensação que se poderia ter esticado mais.
Com os próximos dois jogos em Nápoles e Kiev, este empate frente à equipa
do pote 4, se bem que é o campeão turco, pode custar-nos muito caro. Partimos
de trás logo na 1ª jornada. Temos as condicionantes das lesões, mas tendo
estado tão perto da vitória, este empate tem mesmo sabor a derrota. Pode ser
que aprendamos que, para o futuro, convém jogar sempre com 11 até final e que
atrasados mentais não podem ter lugar no plantel. (O Fejsa não estava em
condições, havia o André Almeida no banco, porra!)
P.S. – Só me fez lembrar outro jogo europeu, em que também empatámos por
causa de outra alimária cuja permanência no Benfica foi obviamente muito curta.
De vez em quando, vamos buscar com cada um…! (Também no caso presente, a fazer
fé no que se escreveu, andámos a disputar o, digamos, jogador, ao… Braga. Com o
devido respeito, ao Braga! E depois estamos à espera de milagres…)
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