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terça-feira, setembro 20, 2016

Na frente

Vencemos ontem o Braga por 3-1 e, depois de um magnífico domingo em que o CRAC empatou em Tondela (0-0) e a lagartada levou um banho em Vila do Conde (1-3), passámos para o nosso lugar natural: a frente do campeonato com 3 e 1 ponto de vantagem respectivamente. Como diz, e bem o nosso treinador, não há campeões à 5ª jornada, mas claro que é óptimo estar na frente principalmente pela pressão que isso coloca nos outros.

Da catrefada de lesionados, o Mitroglou recuperou (e em boa hora) e ia abrindo o marcador logo no primeiro minuto com um remate rasteiro que passou rente ao poste. A partida foi bastante interessante, porque o Braga também atacava e criou oportunidades para marcar, mas o Júlio César por três(!) vezes negou o golo e noutra o Hassan felizmente não aproveitou um erro do Fejsa, que o isolou, atirando ao lado. Quanto a nós, tivemos remates do Gonçalo Guedes, Salvio e Grimaldo, mas o Marafona também defendeu. Aliás, o guarda-redes do Braga lesionou-se sozinho numa saída dos postes e teve que ser assistido por duas vezes! No entanto, ainda bem que o Mitroglou estava em campo, porque o curou de vez: inaugurou o marcador aos 27’, depois de uma boa abertura do Grimaldo para o Gonçalo Guedes, que centrou atrasado para o grego fazer um golo parecido ao terceiro do grande Cardozo frente à lagartada nos 4-3 da Taça. A partir daqui, o Marafona, milagrosamente, nunca mais precisou de ser assistido!

Na 2ª parte, o Braga começou a acusar o facto de ter jogado na 5ª feira e foi baixando progressivamente o ritmo. Poderíamos ter feito o segundo golo logo de início num livre do Guedes, que desviou na barreira e foi defendido in extremis pelo Marafona, e a meio do segundo tempo o mesmo Guedes tem outro bom remate rasteiro igualmente defendido. O Braga não conseguia criar perigo e nós fizemos o 2-0 aos 74’.À entrada da área, o Mitroglou tenta fazer um passe ligeiramente atrasado, um jogador do Braga estica a perna para cortar a bola, esta sobra para o Pizzi que remata para golo com a bola ainda a tocar ligeiramente no guarda-redes. O Braga protestou fora-de-jogo, mas não só o passe do Mitroglou é num sentido completamente oposto onde estava o Pizzi, como o jogador do Braga estica a perna para lhe tocar. Repito: estica a perna para lhe tocar. Não é um desvio nem um ressalto. É um corte propositado. Quatro minutos depois, selámos definitivamente a vitória com novo golo do Mitroglou, desta feita de cabeça, depois de um centro do Pizzi na esquerda. Até final, ainda deu para o José Gomes se estrear na Luz (e só não marcou, porque o Marafona voltou a defender) e o Rui Vitória fazer a substituição que deveria ter feito frente ao Besiktas: entrar o André Almeida para o lugar do Fejsa nos últimos minutos. Um dos últimos lances foi, como infelizmente se vem tornando hábito, o golo sofrido: canto e cabeceamento à vontade do Rosic na pequena-área. Creio que naquele sítio a bola deveria ser do Júlio César.

Em termos individuais, destaque óbvio para o Mitroglou com dois golos. O Gonçalo Guedes continua muito mexido e à procura do seu golito. O Pizzi estava a ter um jogo muito sofrível, mas no fim lá deixou a sua marca com um golo e uma assistência. Não nos podemos queixar! O Salvio entrou bem na partida, mas foi perdendo gás ao longo do tempo, assim como o André Horta, que a acabou de rastos. O Grimaldo fez um bom jogo na esquerda, já o Nélson Semedo na direita deu imenso espaço aos adversários principalmente na 1ª parte. Não sei se, de futuro, não seria melhor estar lá o André Almeida, porque a consistência defensiva é fundamental. O Lindelof ao seu nível, já o Lisandro fez três(!) passes errados na saída de bola na 1ª parte. Espero que o Jardel recupere depressa, porque não sou mesmo nada fã do argentino. O Fejsa teve aquele erro que isolou o Hassan, mas no resto do tempo fez um jogo monstruoso como é habitual. Uma palavra igualmente para o Júlio César que na 1ª parte foi fundamental para chegarmos ao intervalo a ganhar.

Num jogo em que a vitória era fundamental, conseguimo-la. Com tantos jogadores importantes lesionados, estarmos isolados na frente do campeonato não deixa de ser um forte factor motivacional. No próximo sábado, iremos a Chaves defrontar a outra única equipa invicta no campeonato. Passados tantos anos, esperemos que este regresso a Trás-os-Montes seja vitorioso.

1 comentário:

António Dias disse...

Bom comentário!