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sexta-feira, julho 01, 2016

Polónia - 1 - Portugal - 1 (3-5 pen.)

Eliminámos ontem a Polónia nos penalties e estamos nas meias-finais do Euro 2016. Mais um empate nos 90’, que desta vez se estendeu para os 120’, mas, ao contrário da partida frente à Croácia, nesta fomos superiores e a vitória assenta-nos bem.

Entrámos completamente desconcentrados e logo aos 2’ o Lewandowski inaugurou o marcador depois de um falhanço incrível do Cédric. No entanto, tivemos o mérito de não nos irmos abaixo e conseguimos a igualdade pelo Renato Sanches aos 33’ num remate fora da área, depois de uma excelente tabelinha com o Nani, que foi ligeiramente desviado por um defesa. Antes disso, pareceu-me que ficou um penalty por marcar por empurrão pelas costas ao C. Ronaldo, mas o sr. Félix Brych traz-nos péssimas recordações… A partir daqui, as equipas foram mais cautelosas e o jogo foi um longo bocejo. O C. Ronaldo falhou duas oportunidades clamorosas (uma em cima dos 90’ depois de uma assistência brilhante do Moutinho e outra já no prolongamento, em que rematou com o pé esquerdo em vez do direito), o Rui Patrício segurou o empate numa outra ocasião, mas ambas as selecções estavam mais preocupadas em não sofrer do que em marcar. Nos penalties, tivemos sorte em sermos os primeiros a marcar e todos os cinco remataram sem hipóteses para o Fabianski. Destaque para o Renato Sanches que não se coibiu de marcar (e que pontapé!) e para o penalty da vitória do Quaresma.

O Renato Sanches voltou a ser eleito o homem do jogo e mais do que justificou a titularidade, aproveitando a lesão do André Gomes. O Eliseu também substituiu em bom nível (especialmente defensivo) o lesionado Raphael Guerreiro. Voltei a gostar do Adrien a meio-campo, ao contrário do João Mário e William Carvalho, cuja lentidão é exasperante (nomeadamente deste último, mas como vai ficar de fora nas meias-finais, pode ser que a coisa melhore). O Rui Patrício esteve muito seguro e defendeu o único penalty da noite. O Pepe foi imperial e o José Fonte também esteve muito bem perante o Lewandowski.

O País de Gales, que ganhou surpreendentemente à Bélgica por 3-1 (mas de forma totalmente merecida), é o último adversário no caminho para a final. Em cinco jogos, temos quatro empates e só uma vitória. Mas estou como o Fernando Santos: é para o lado que eu durmo melhor. Não damos espectáculo, não jogamos um futebol por aí além, não conseguimos sequer ganhar nos 90’, mas estamos nas meias-finais do Europeu de futebol. E o que importa no final é isso.

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