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terça-feira, março 01, 2016

Jonas

Vencemos o U. Madeira por 2-0 e, com o empate da lagartada em casa do V. Guimarães (0-0), a uma semana do derby, a distância foi reduzida para apenas um ponto. Conseguimos o que era essencial, o que relega para segundo plano a nossa fraca exibição.

Por causa dos amarelos, o Rui Vitória deixou o André Almeida e o Renato Sanches no banco, e principalmente a falta deste foi bastante notória. O Talisca, que substituiu o miúdo, até nem esteve muito mal na 1ª parte, mas a 2ª foi uma desgraça até ser substituído. A preponderância que o Renato tem actualmente no nosso jogo é impressionante. Mesmo assim, não poderíamos ter entrado melhor, porque inaugurámos o marcador logo aos 5’ através do inevitável Jonas: livre para a área, alívio de um defesa e remate de primeira do brasileiro ainda dentro da área, que fez com que o guarda-redes Gudiño (emprestado pelo CRAC) nem se mexesse. Como neste tipo de jogos o mais difícil é marcar o primeiro, pensei que poderíamos ter uma noite relativamente calma. Não foi bem assim. O União trouxe o autocarro (defendia com todos os jogadores a meio do seu meio-campo!), mas conseguia esticar o jogo com relativa rapidez. Nós tivemos algumas oportunidades até ao intervalo, com remates do Pizzi a rasar o poste e do Mitroglou para boa defesa com a perna do guarda-redes, mas o Júlio César também foi determinante ao sair da área e conseguir desarmar em carrinho um avançado contrário que estava isolado. Mesmo à beira dos 45', uma assistência em balão do Gaitán merecia que o Pizzi tivesse cabeceado melhor quando só tinha o Gudiño pela frente.

Na 2ª parte, o União já não conseguiu partir para o ataque com a mesma desenvoltura, mas já se sabe que, até se marcar o segundo golo, as coisas nunca estão garantidas. A equipa denotava que não estava confortável com o resultado apesar de ter uma posse de bola avassaladora. Conseguimos criar algumas oportunidades, nomeadamente um remate quase à queima-roupa do Mitroglou que o guarda-redes defendeu por instinto, mas a tranquilidade só chegou aos 76’ com o bis do Jonas, a desviar um remate do avançado grego que o Gudiño provavelmente defendia. Até final, gerimos o jogo relativamente bem, apesar de ainda termos visto o Jardel desarmar um avançado contrário que estava isolado. Outro pormenor muito importante foi o Jardel não ter visto amarelo, já que também estava tapado.

Destaque individual óbvio para o Jonas, que chegou ao seu 26º golo em 24 jornadas e tem agora oito de vantagem para o Slimani nos melhores marcadores. Também gostei da estreia a titular do Grimaldo, que ataca com muito a-propósito e centra bem. O Gaitán, vindo de lesão, esteve uns furos abaixo do habitual e numa rotação muito baixa. Algo que me preocupa é o Nelson Semedo, que está muito longe da forma que exibiu antes de se lesionar e me faz temer o pior para São Petersburgo.

No entanto, antes disso e mais importante, teremos o derby da próxima semana. Está tudo em aberto e, sinceramente, não sei o que esperar. Vou ao WC mais confiante do que na última vez e acho que, se conseguirmos a vitória e olhando para o calendário das equipas até final do campeonato, esta poderá ser decisiva. Mas mesmo um empate, pelas mesmas razões, não será mau.

P.S. - A rábula dos problemas com o voo (é curioso que houve uma série de aviões que aterraram da Madeira no domingo, só os do União é que tiveram problemas…), que fez adiar o jogo de domingo para segunda, custou-nos 13.000 espectadores na Luz, porque estavam 57.000 bilhetes vendidos e acabaram por estar só 44.485 espectadores. Espero que o U. Madeira desça de divisão, porque dois jogos, dois adiamentos é demais.

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