sábado, fevereiro 06, 2016
Demolidor
Voltámos a entrar muito bem na partida e o Gaitán falhou um golo incrível
logo no 1’, com um remate de pé esquerdo ao lado quando estava de frente para a
baliza. Pouco depois, o Jonas transformou um chapéu num passe ao guarda-redes, quando este lhe colocou a bola
nos pés. O Belenenses não utilizava o autocarro,
mas também não conseguia criar-nos perigo. Um grande remate do André Almeida de
fora da área e outro do Jonas, que deveria ter tido melhor direcção, foram mais
duas oportunidades que surgiram antes de o Mitroglou inaugurar o marcador aos
41’: arrancada impressionante do Renato Sanches, a levar tudo e todos à frente
com ele, desmarcação do Pizzi à direita, excelente centro, bom cabeceamento do
grego e grande frango do Ventura ao
deixar a bola escapar para dentro da baliza. Como disse o Jardel no final, era
muito importante marcar antes do intervalo.
Na 2ª parte, voltámos a ter uma boa oportunidade logo no 1’, mas o
guarda-redes defendeu o remate do Pizzi. Nos minutos seguintes, perdemos
inexplicavelmente a concentração e o Jardel teve uma falha comprometedora que
obrigou o Júlio César a driblar um adversário com a cabeça! Pouco depois, um
remate do Miguel Rosa saiu perto do poste, mas aos 53’ o jogo começava a pender
para o nosso lado, com um golão do Jonas: passe do Gaitán a desmarcá-lo, finta
com o corpo e troca de pés a um defesa, e remate em arco com o pé direito. Logo
na jogada seguinte, um adversário em fora-de-jogo consegue isolar-se, mas mais
uma vez o Júlio César foi imperador ao defender para canto. Aos 58’,
resolvíamos a partida com o 0-3 pelo Mitroglou, depois de uma jogada do Renato
Sanches pela esquerda, centro para belo domínio do Pizzi no lado contrário e
assistência para o meio da pequena-área, onde o grego só teve que encostar.
Dois minutos depois, na única falha do Lindelof em toda a partida, o Miguel
Rosa falhou o desvio por pouco, e alguns minutos volvidos o Júlio César faz a
defesa do ano num livre do Carlos Martins quase em cima da linha da área:
remate poderosíssimo que o nosso guarda-redes defendeu e, não contente com
isso, ainda defendeu a recarga (foi assinalado fora-de-jogo, mas só a posteriori). O Belenenses não se dava
por vencido e só um quarto golo é que me tranquilizaria de vez. O mesmo surgiu
aos 76’ num hat-trick do Mitroglou
que, depois de ser isolado pelo Gaitán, não fez como o Jiménez (por quatro
vezes) e conseguiu marcar só com o guarda-redes pela frente. Uma das coisas que
mais admiro neste Benfica é jogar quase a totalidade dos 90’ como se estivesse
sempre 0-0. Foi o que voltou a acontecer, com a equipa a tentar jogar para o
Jonas marcar mais. O brasileiro falhou uma recepção relativamente fácil que
poderia ter proporcionado o seu bis
um pouco mais cedo do que veio a acontecer: aos 88’, boa jogada na direita do
entretanto entrado Carcela e assistência para o centro da área para o Jonas
fazer o seu 23º golo em 21 jogos no campeonato.
Em termos individuais, destaque óbvio para a dupla goleadora: o Mitroglou
fez o seu 11º golo no campeonato e participa cada vez melhor no nosso jogo
atacante (é óptimo a reter a bola, por exemplo) e quanto ao Jonas, bom, já não
há palavras. Como disse um amigo meu, quem o dispensou do Valência merecia ser
preso, mas receber uma águia de ouro primeiro! Grande joga também do Renato
Sanches, um autêntico tractor no meio-campo. O Pizzi, não estando tanto em
evidência como noutros jogos, fez duas assistências! Fundamental nesta
magnífica vitória foi também o imperador
Júlio César com três intervenções decisivas. Menção honrosa para o Lindelof,
que só teve uma falha no seu jogo de estreia a titular, tendo-se apresentado
bastante concentrado.
À luz do que se passou na pré-época e durante parte da temporada, eu nunca
esperei que conseguíssemos atingir este nível exibicional. Estou muito
agradavelmente surpreendido e é com enorme expectativa que aguardo os próximos,
e decisivos, jogos que vão surgir nas próximas semanas.
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