Galvanizados pelo inesperado resultado da lagartada na véspera, os benfiquistas esgotaram a Amoreira pela 1ª vez em muitos anos. Entrámos muito bem na partida, com um remate ao poste do Jonas, recarga do Carcela ao lado e ainda um outro remate do André Almeida para defesa do Kieszek. Tudo isto até aos 11’, quando no primeiro remate que o Estoril fez, o Léo Bonatini inaugurou o marcador, com o Lisandro a escorregar e a ser batido. Foi um enorme balde de água fria, mas logo a seguir tivemos a melhor oportunidade até então, com o Jiménez isolado a permitir mais uma defesa do guarda-redes adversário. Pelas minhas contas, é a quarta vez(!) que o mexicano falha só com o guarda-redes pela frente (Galatasaray, duas com o Marítimo e esta). Não pode ser! Até final da primeira parte, baixámos muito de rendimento e só uma cabeçada do Jonas mesmo à beira dos 45’ criou perigo.
Confesso que estava muito preocupado ao intervalo, porque a equipa deixou de conseguir criar lances de perigo a partir dos 15’ e o Estoril fechava-se muito bem. Todos tínhamos consciência que este era um jogo em que não se podia falhar e felizmente os jogadores vieram para o segundo tempo com outro espírito. Logo de início, entrou o Mitroglou para o lugar do demasiado perdulário Jiménez e a baliza do Estoril começou logo a ser ameaçada. O grego falhou um desvio a um centro do Pizzi, mas aos 52’ igualou o marcador após um centro do André Almeida e um remate que ainda desviou num defesa. Era a consequência de uma pressão intensíssima sobre a baliza do Estoril, que por sua vez continuava só com um remate feito à nossa. Aos 65’, num lance muito caricato, o Kieszek tirou a bola dentro da baliza, mas incrivelmente o fiscal-de-linha do sr. Vasco Santos não assinalou o golo. No entanto, aos 68’ dávamos finalmente a volta ao marcador com uma desmarcação do Jonas para um remate cruzado do Pizzi já num ângulo difícil. Foi o delírio na Amoreira! Pouco depois, deveríamos ter feito o golo da tranquilidade pelo Jonas, mas o Kieszek voltou a defender. Até final, nunca deixámos, e muito bem, de tentar alargar a vantagem, mas uma cabeçada do Jonas saiu por cima e outra do Jardel saiu à figura. Já em tempo de compensação, o Renato Sanches fez uma falta totalmente idiota e escusada, que depois resultou num canto do qual o Estoril só não empatou, porque o Júlio César fez uma magnífica defesa.
Em termos individuais, o Fejsa foi o melhor jogador do Benfica: verdadeiro tampão a meio-campo, permitiu que a equipa jogasse muito avançada no terreno. Bom e importante golo do Pizzi, que subiu bastante de produção na 2ª parte. O Lisandro é sempre muito voluntarioso, mas é raro o jogo em que não tem falhas importantes: a de ontem, deu golo adversário. O André Almeida e o Eliseu fizeram uma 1ª parte de fugir, mas à semelhança da equipa melhoraram na 2ª. O Renato Sanches terá feito o pior jogo pelo Benfica e teve a já referida falta idiota e escusada mesmo no final. Definitivamente uma atitude a rever! Quanto ao Jiménez, acho que já chega de falhar golos isolado, não…?!
Se houver um milagre e conseguirmos o tri, este será indiscutivelmente um dos jogos da época. Não podíamos falhar e não falhámos. Arrancada mais a ferros do que seria desejável, foi uma vitória justa e sem reparos. Estamos na luta!
5 comentários:
Pelo que se vai vendo nos nossos blogs, o Renato, cada semana bate o seu próprio record de "pior jogo".
É pás, já farta e enjoa essa conversa.
Até há pouco tempo era o Jonas, agora que já não há argumentos para o pistoleiro e toca a marrar com o Renato...
Irra!!!
" Parece impossível que há apenas algumas semanas estivéssemos com 12 pontos de vantagem ". Bebe mas é laranjada que essa está-te a fazer mal. Nem 12 nem vantagem.
Saudaçoes
PM: agradeço que me digas quando e onde é que eu "marrei" com o Jonas...
Jose Luis Gonçalves: tem razão, foi obviamente uma gralha. Já está corrigida.
Não deves ter problemas em ler, acredito. Porém deves ter problemas em compreender, desconfio.
Ó S.L.B., onde é que leste que eu escrevi que TU DISSESTE que (...)???
Falei em abstracto, percebes? Para estabelecer uma comparação em perspectiva, relativamente a uma situação de certa forma parecida.
Mas de facto diz lá se não tenho alguma razão, não reconheces que até determinada altura pululavam pelos nossos fóruns críticas ao Jonas, pelos constrangimentos que ele causava ao "modelo de jogo" de RV? E que, inclusivamente, a presença de Jonas (pasme-se) era um dos factores que estava a prejudicar o desempenho da equipa?
Se porventura não deste conta é porque nessa altura não navegavas muito na blogosfera benfiquista. Só pode.
Quanto ao miúdo, pese embora os passes e as outras falhas notórias (que de facto ele ainda apresenta), elas são compensadas sobejamente pela atitude guerreira à BENFICA, que empurra os companheiros para melhores desempenhos. Ele embora falhe e por vezes muito, ele de facto dá o exemplo do que é preciso fazer dentro de campo, que é LUTAR e DAR O LITRO. SEMPRE. Sinceramente custa-me ver o pessoal a criticá-lo sem valorar devidamente a importância que um quase adolescente passou a ter numa equipa de Homens feitos (e já agora extremamente bem pagos), ainda por cima de um momento para o outro.
Abraço.
PM: na escrita, o uso das aspas, como acredito que saibas, quer dizer que estás a citar alguém. "O Renato, cada semana bate o seu próprio record de "pior jogo"." Foi o que que escreveste, certo? Logo, estás a citar-me na parte do "pior jogo", correcto? Se me citas e tiras uma ilação, eu vou assumir que estavas a referir-te a mim. Se a ilação afinal é em abstracto, mas tu não o referes, como é que queres que eu perceba?! Se calhar, quem tem problemas em expressar-se és tu, não...?
FYI: é verdade que ultimamente não tenho navegado na blogosfera benfiquista (nem noutra blogosfera). Mas se é para ler alarvidades como essa de o Jonas "provocar constrangimentos ao nosso modelo de jogo", ainda bem que tenho andado afastado disso. Já há muito que deixei de ter pachorra para perder tempo com quem se esquece do cérebro algures antes de se pôr a escrever no computador.
Quanto ao Renato, não tenho dúvidas que não vai ficar connosco durante muito tempo e que vai bater o recorde do Witsel. Mas isso não me impede de o criticar quando acho que o devo fazer. Neste caso, nem esteve em causa o mau jogo que fez no Estoril (todos têm direito a isso), mas principalmente a idiotice daquela falta desnecessária perto do final que nos poderia ter causado grandes dissabores.
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