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quinta-feira, janeiro 07, 2016

Goleada

Vencemos o Marítimo na Luz por 6-0 e, com o empate do CRAC em casa frente ao Rio Ave (1-1), igualámo-los no 2º lugar, continuando a lagartada a quatro pontos.

Foi uma exibição de gala, estando o rolo-compressor de volta! Estamos a jogar um futebol magnífico, grande mérito do treinador e ainda bem que sempre acreditei nele! Nunca me enganou! :-) Agora mais a sério, é claro que foi uma boa vitória, embora inesperada pelos números. Ainda para mais, porque até ao primeiro golo tínhamos tido uma oportunidade descarada, com o Jiménez a falhar isolado (não se pode falhar uma bola daquelas. N-Ã-O  S-E  P-O-D-E!), mas o Marítimo tinha tido duas. Só que entre os 29’ e os 35’ resolvemos a partida com três golos. Grandes jogadas do Carcela (que substituiu o novamente lesionado Gaitán) nos dois primeiros, marcados pelo Pizzi (fotocópias um do outro), e recarga vitoriosa do Jiménez a um remate do Jonas no terceiro.

Se o jogo estava praticamente decidido ao intervalo, o “praticamente” caiu logo no início da 2ª parte, com dois penalties indiscutíveis (derrubes ao Jonas e Carcela) aos 51’ e 54’. O Jonas converteu ambos (marcados para o mesmo lado, mas o segundo muito melhor do que o primeiro, em que o José Sá ainda tocou na bola) e chegou aos 15 golos em 16 jornadas da Liga. O Rui Vitória decidiu e bem poupar o Jonas e o Renato para os próximos jogos, e um dos que entrou, o Talisca, fez o 6-0 aos 69’. Foi o segundo golo do brasileiro no campeonato, que se está a tornar um especialista no sexto golo do Benfica (o outro foi frente ao Belenenses). Até final, ainda deu para o Jiménez voltar a falhar um golo só com o guarda-redes pela frente.

Em termos individuais, o Carcela esteve muito bem na 1ª parte, mas desapareceu na 2ª (já não é a primeira vez…), o Pizzi marcou um bis, o que é sempre de realçar, e o Jonas também. Gosto da capacidade de luta do Jiménez, mas falhar duas vezes só frente ao guarda-redes é muito mau cartão de visita para um avançado. O resto da equipa esteve bem, com o Lisandro a subir de forma, e o Gonçalo Guedes a ser um bom substituto.

Numa jornada a meio da semana, algo que já não acontecia há muito tempo, recuperámos mais dois pontos a um dos rivais. Já tivemos 12 pontos de atraso (em conjunto) e agora temos quatro. Sem sermos nada entusiasmantes, estamos na luta. Continuo sem ver luz ao fundo do túnel, mas também não a vi durante o campeonato todo do Trapattoni…

P.S. – O Rui Vitória tinha respondido muito bem às provocações do Jesus na conferência de imprensa antes deste jogo. Se colocasse a equipa a jogar como fala, o tri estaria mais do que garantido. Ontem, depois do jogo em Setúbal, o Jesus respondeu-lhe. Foi grosseiro, deselegante e mal-educado. Nada de novo, portanto. Mas já o era no Benfica e aí muitos benfiquistas achavam piada. Sinceramente, a mim, tudo isto me passa ao lado. Hoje diz-se uma coisa, amanhã outra. O futebol não se joga com a boca, mas com os pés e a cabeça. O Jesus, mesmo que tivesse ficado e ganhasse os próximos 10 campeonatos por nós (algo que deveria ter acontecido), nunca teria a grandeza de um Eriksson ou de um Toni. Todos temos consciência e já sabíamos disso. Mas teria ganho imensos títulos. E isso é o que importa no palmarés de um clube! As palavras perdem-se no tempo, os títulos não.

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