segunda-feira, dezembro 21, 2015
Resultado enganador
Vencemos o Rio Ave por 3-1 e, com a inesperada derrota da lagartada na Madeira frente ao União,
reduzimos a distância para eles para quatro pontos, estando agora o CRAC na
frente a cinco de nós. O resultado está muito longe de espelhar as dificuldades
que tivemos, porque só marcámos segundo
golo aos 81’.
A partida não poderia ter principiado melhor, porque inaugurámos o
marcador logo aos 4’ numa recarga do Jonas a um seu próprio remate. Com o
inadmissível empate frente ao União, a equipa entrou naturalmente pressionada e
esperava-se que este golo fosse um bálsamo para o resto do jogo. O problema foi
que o Rio Ave empatou pouco depois, aos 13’, num livre bem marcado pelo
Bressan. Livre, esse, que resultou de uma falta do Lisandro sobre um adversário
que estava no meio de três(!) jogadores nossos! O golo sofrido não nos fez nada
bem e, até ao intervalo, o nosso futebol foi aos repelões e não criámos grandes
oportunidades. Claro está que o árbitro, o sr. Manuel Oliveira, conseguiu não ver dois penalties a nosso
favor por empurrão ao Pizzi e um braço na área depois de um cabeceamento do
Jonas.
Na 2ª parte, o Rui Vitória teve que fazer entrar o Fejsa, porque o
Samaris tinha-se livrado de um segundo amarelo por pouco na primeira. Gosto
muito do grego, mas de vez em quando tem estas paragens cerebrais que me custam
a aceitar: já com um amarelo, continua a jogar como se nada fosse e poderia bem
ter-nos feito a alinhar com 10 ainda antes do intervalo... O sr. Manuel
Oliveira voltou a fazer vista grossa
logo no recomeço a mais um braço na área. Três penalties por marcar num só jogo
deve ser recorde mundial... A nossa qualidade exibicional continuava sofrível.
Uma das coisas que mais confusão me mete é a falta de velocidade nas
transições: nas (poucas) vezes que ganhávamos a bola, os jogadores chegavam ao
meio-campo adversário e reduziam-na, quiçá com medo de uma multa por excesso de
velocidade... O Rio Ave nunca utilizou o autocarro
e chegava sempre muito mais rapidamente à nossa área. A entrada do Carcela veio
aumentar um pouco a velocidade da nossa parte e foi num cruzamento dele que o
Jonas cabeceou para o 2-1 aos 81’. Foi um alívio enorme, aumentado aos 83’ numa
abertura fantástica do Jonas para o Jiménez selar a nossa vitória.
O destaque individual vai obviamente para o Jonas: dois golos e uma
assistência só não o tornam o melhor em campo para quem escolhe os MVP na
Luz... (A sério, Pizzi....?!) O Jiménez entrou bem na partida e desmarcou-se
muito bem no seu golo. O Renato Sanches fez uma exibição em crescendo, ao invés
do Gonçalo Guedes que atravessa nitidamente uma fase de menor fulgor.
Dos 12 pontos que tínhamos para recuperar, conseguimos reduzi-los para
nove. Mas o que continuamos a (não) mostrar não me deixa nada descansado.
Sinceramente, não se vê evolução nenhuma na equipa desde o início da época. Defendemos
muito mal e em termos atacantes estamos muito dependentes do Gaitán. Sem ele,
não há quem tenha um rasgo, quem faça algo diferente. Aos 80’, estávamos
teoricamente a nove pontos do primeiro lugar, mas, como acabámos por ficar só a cinco, tivemos uma semi-prenda de
Natal antecipada. No entanto, ou acontece um milagre natalício e comecemos
finalmente a jogar qualquer coisa de jeito, ou isto vai ser uma época muuuuuito
longa...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Dos 12 pontos para recuperar, consegui-mos reduzi-los a nove. Sinceramente não percebi.
José Luís Gonçalves: eram sete pontos para a lagartada e cinco para o CRAC. Total: 12 pontos. Agora são quatro e cinco = nove.
Élio Ribeiro: já está. Saudações benfiquistas.
Que contas são essas? Só temos que recuperar os pontos em relação ao primeiro lugar.
Quanto aos penalties, também ficaram 3 por marcar na final com o Sevilha.
Enviar um comentário