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domingo, dezembro 06, 2015

Renato Sanches

Vencemos na 6ª feira a Académica por 3-0, mas como os outros dois também venceram ficou tudo na mesma na frente. Foi um jogo muito enfadonho, em que, como a diferença entre as equipas era abismal, nós parece que jogámos mais a pensar no Atlético de Madrid.

À semelhança do Boavista e Tondela, não se percebe muito bem o que é que esta Académica está a fazer na I Liga. Para quê 18 clubes? È para isto?! O jogo só teve um sentido, porque o adversário não sabia como é que se passava do meio-campo. Infelizmente, nós não jogámos com a velocidade com que deveríamos, razão pela qual as oportunidades de golo escassearam. O Pizzi teve duas oportunidades, mas rematou muito por cima numa delas e noutra o guarda-redes defendeu. Guarda-redes esse, Pedro Trigueira, que aos 35’ derrubou desnecessariamente o Gaitán, porque o argentino já não chegava à bola. Penalty indiscutível que o Jonas concretizou num remate muito forte e colocado.

Na 2ª parte, a Académica tentava que o nosso meio-campo não fosse terra de ninguém, mas não tinha arte para nos criar problemas. O jogo ficou definitivamente resolvido aos 69’, noutro penalty escusado por mão ostensiva de um defesa: o Jonas voltou a marcar, em novo remate bem colocado. As coisas seguiam sem grande interesse até final, quando aos 85’ deu-se o momento do jogo: remate de muito longe do miúdo Renato Sanches e a bola a entrar como um míssil na baliza contrária! Que golão! Um lance que salvou o jogo de ser um enorme bocejo.

O destaque vai obviamente para o Renato Sanches que teve uma estreia inesquecível a titular na Luz. Aliás, o miúdo não engana e, infelizmente, não há-de estar muito tempo cá. Faz tudo com muito critério, joga sempre para a frente e só o jogo de cabeça é que tem que ser muito melhorado. O resto é excelente e neste momento ninguém lhe tira a titularidade. Destaque igualmente para os dois golos do Jonas, que não tremeu no momento dos penalties e parece que está a batê-los melhor: remates colocados em que o guarda-redes, mesmo que adivinhe o lado, não tem hipótese de defesa. O Rui Vitória resolveu deixar o Gonçalo Guedes e o Samaris no banco (já a pensar em 3ª feira?), mas ambos entraram no decorrer do jogo. Gosto do Fejsa, mas só para determinados jogos: neste tipo, contra equipa que só sabem defender, o grego parece-me bastante melhor, porque muito mais dinâmico.

Na próxima 3ª feira, temos um jogo vital, porque a diferença entre ficar em 1º ou 2º na Champions, é a diferença entre apanhar o Bayern ou o Olympiacos. Como nos basta o empate para conseguirmos ficar na frente, seria muito frustrante se isso não acontecesse.

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