O jogo não nos poderia ter corrido melhor, já que aos 11’ estávamos a ganhar por dois. O Pizzi inaugurou o marcador aos 3’, depois de um óptimo trabalho e assistência do Mitroglou, com a bola a entrar porque um defesa cortou o remate do nosso jogador contra as costas do guarda-redes (na realidade, deveria ser autogolo). Pouco tempo depois, na sequência de um canto largo do mesmo Pizzi, o Jardel cabeceia para o centro da área, com o Lisando a matar no peito e rematar de primeira sem hipóteses para o guarda-redes. Em condições normais, teríamos o jogo praticamente ganho, mas infelizmente a nossa equipa está longe de ser um primor a defender e, por isso, eu continuava algo céptico quanto ao resultado final. E o que é certo é que o Braga enviou duas bolas aos postes (embora numa delas o Júlio César parecesse controlar a sua trajectória, que a levou à parte de cima da barra) e criou-nos bastantes dificuldades. Praticamente cada centro acabava em remate, o que nos valeu foi que os avançados contrários estavam sem pontaria. Quanto a nós, fizemos muito pouco para criar perigo e só por uma vez, através do Mitroglou, demos trabalho ao Kritsyuk.
Se o intervalo terminou com uma posse de bola de 58%-42% para eles, até aos 65’ da 2ª parte deve ter aumentado ainda mais. Claro que estivemos perto da machadada final logo no seu início, com um livre do Gaitán à barra, mas durante muitos períodos da 2ª parte parecíamos o Paços Ferreira a defender, esquecendo-nos que do outro lado havia uma baliza. O que nos safou, para além da segurança do Júlio César, foi que os bracarenses não atinavam com as redes e foram perdendo gás ao longo do tempo. Mesmo assim, ainda atiraram outra bola aos ferros num livre, mas nós tivemos um penalty do tamanho do mundo que o Sr. Hugo Miguel curiosamente não assinalou, depois de um derrube ao Pizzi, que o impediu de fazer a recarga a um remate de fora da área do entretanto entrado Jonas. Nos minutos finais, conseguimos controlar o último fôlego adversário e selámos uma vitória fundamental.
Gostei bastante do Pizzi, que parece que voltou a saber jogar desde que regressou à posição de extremo. O miúdo Renato Sanches já não vai sair mais da equipa, porque parece que já lá está há muito. Não engana ninguém: é mesmo craque! Enquanto teve pernas, exibição muito interessante do Mitroglou, com muita participação nas nossas jogadas atacantes. O Fejsa, regressado de lesão, fez muito bem o lugar do Samaris. O Gaitán é que não foi tão genial como habitualmente e o Júlio César garantiu o nulo num bom par de vezes.
Se o Tondela não tivesse falhado um penalty frente ao CRAC perto do fim e se o Tonel não tivesse oferecido um penalty à lagartada já no período de descontos (é que, como se viu nas declarações finais, nem disfarçou a oferta: uma mão daquelas na bola já depois dos 90’ é demasiado evidente), teríamos conseguido reduzir as distâncias. Assim sendo, fica-nos a consolação de termos vencido num campo em que isso aconteceu muito poucas vezes nos últimos anos.
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