segunda-feira, novembro 10, 2014
Suadíssimo
Vencemos na Madeira
o Nacional por 2-1 e depois tivemos o duplo brinde
dos empates dos assumidamente corruptos no Estoril (2-2) e da lagartada em casa com o Paços de
Ferreira (1-1). Foi um fim-de-semana (quase) perfeito!
Com o Enzo Pérez a
trinco e o Jonas ao lado do Lima, não poderíamos ter entrado pior na Choupana,
ao sofrer um golo logo aos 52 segundos de jogo! “Olha que bom”, pensei eu, uma
partida tremendamente difícil iniciar-se logo em desvantagem…! Felizmente, a
nossa resposta não tardou com a igualdade pela cabeça do Salvio aos 7’ num frango do guarda-redes Rui Silva. Era
fundamental não ficarmos muito tempo em desvantagem, o que felizmente
aconteceu. O encontro disputava-se num ritmo muito rápido, com ambas as equipas
a tentarem marcar. Numa dessas ocasiões, valeu-nos o Júlio César numa excelente
defesa a um remate rasteiro à entrada da área (zona de onde já tinha surgido o
golo). Colocar o Enzo a trinco tem essa desvantagem de deixar a zona central
mais desguarnecida… Um remate do Jonas proporcionou igualmente uma boa defesa
ao guarda-redes e, na sequência desse canto, o mesmo Jonas fez o nosso segundo
golo: bola para a área, lance confuso, toque do Luisão que encontrou o nº 17 em
linha (sim, parece-me em linha! A não ser que queiramos andar a medir o tamanho
do calçado dos jogadores…) e desvio deste para a baliza. Dávamos a volta aos
jogo aos 19’, o que era excelente, porque já se sabe que, a seguir aos jogos
europeus, as nossas segundas partes são sempre piores do que as primeiras. Até
ao intervalo, um remate do Gaitán poderia ter tido melhor destino, mas foi o Salvio
que falhou inacreditavelmente o 1-3 numa péssima cabeçada quando estava sozinho
só com o guarda-redes pela frente. Imperdoável!
A nossa 2ª parte
foi, tal como se previa, muito pior. Acusámos desgaste físico (difícil de
compreender, já que só decorreram pouco mais de três meses na época e o jogo
europeu foi há cinco dias…), o que fez com que não criássemos perigo quase
nenhum. Ao invés, como estamos muito longe da segurança defensiva da época
passada, passámos por alguns calafrios. O Jesus colocou o Samaris no lugar do
Lima, para tentar controlar o meio-campo, mas o grego teve um par de passes
errados que resultaram em oportunidades para o outro lado… O Júlio César acabou
por não fazer nenhuma defesa de golo, mas o jogo decorreu com enormes
sobressaltos até final. Aos 70’, o fiscal-de-linha tem um erro muito grave ao
assinalar fora-de-jogo inexistente ao ataque do Nacional, quando um jogador
deles ficaria isolado. O Júlio César nem se fez ao lance quando o jogador
rematou para a baliza, pelo que tentar converter isto num golo anulado é
inequívoco sintoma de má-fé. Resta acrescentar que, já na 1ª parte, o fiscal do
outro lado tinha errado em três(!) foras-de-jogo, dois deles com prejuízo para
nós. O Sr. Bruno Paixão anda muito mal auxiliado. Desta feita o Jesus esgotou
as substituições, mas ficou provado porque é que raramente o faz: o Samaris não
teve a melhor das entradas e o Pizzi nos minutos finais falhou na tentativa de
reter a posse de bola. Quando o apito final surgiu, o meu suspiro de alívio
deve ter-se ouvido na Choupana…
Não houve ninguém
que se tivesse destacado por aí além, também porque a nossa exibição colectiva
esteve a léguas de ser brilhante. Menção para o Jonas pelo golo da vitória e
para o Júlio César pela segurança na baliza. O Salvio também foi obviamente
importante pelo golo do empate, mas aquele falhanço escandaloso só não me fica
atravessado, porque ganhámos. O Talisca esteve mais discreto, mas quando teve
bola geralmente decidiu bem. O Enzo a trinco apaga-se um bocado.
Com os resultados
deste fim-de-semana, temos agora o Guimarães a dois pontos, o CRAC a três (e
estragou a perfeição do fim-de-semana, ao não ter ficado a quatro, por causa do
empate que surgiu já aos 93’…!) e a lagartada
a oito! O campeonato vai agora parar para as selecções e para a Taça de
Portugal, e espero que consigamos recuperar alguns dos lesionados quando voltar
daqui a três semanas. Pode ser que o nosso nível exibicional melhore, mas,
enquanto continuarmos a ganhar, não me vou queixar…!
P.S. – A lagartada está muito indignada com a
arbitragem do seu jogo, mas no golo anulado ao Montero o Slimani faz-se à bola,
pelo que o fora-de-jogo é bem assinalado. [Adenda: manda a honestidade intelectual que faça aqui uma correcção: não sabia que a lei tinha mudado. Consultei o site da FIFA relativo às regras de jogo e agora só é assinalado fora-de-jogo a um jogador nesta situação se ele tocar na bola - pág. 111, exemplo 3. Como o Slimani, apesar de correr para a bola, não lhe tocou, não lhe deveria ter sido assinalado fora-de-jogo. O fiscal-de-linha errou e o golo foi mal anulado.] Quanto ao CRAC, depois de um penalty
incrível não assinalado ao Casimiro na 1ª parte (o que valeu foi que do canto
resultou o golo do empate do Estoril), o Sr. Artur Soares Dias já não teve
coragem de não assinalar outro descarado a 10’ do fim. Palavra de apreço ao
Tozé, emprestado pelo CRAC ao Estoril, que não fez como o guarda-redes Hilário
aqui há uns anos, e foi profissional na altura de o marcar fazendo o 2-1.
Infelizmente, tratando-se de um clube que envergonha o desporto, não lhe auguro
grande futuro nele…
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1 comentário:
Só para dizer k há um jogador do Paços que vai a passo ainda antes de montero receber a bola(que ainda domina e só depois remata e tinha claramente hipotese de fazer alguma coisa
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