quarta-feira, novembro 05, 2014
Balão de oxigénio
Vencemos o Mónaco
por 1-0 e mantivemo-nos na luta por um lugar nos oitavos da Champions, até porque o Bayer Leverkusen nos fez o favor
de ir ganhar ao Zenit (2-1) e assim nós ficámos igualados com os russos e a um
ponto dos franceses. Foi uma partida tremendamente complicada, em que só
conseguimos marcar muito perto do final pelo inevitável Talisca.
Iniciámos o jogo
com o Jardel e o Derley, nos lugares do Lisandro e do Lima, e com o Gaitán supostamente
recuperado dos problemas nas costas. A 1ª parte foi fraquita, mas
dever-nos-íamos ter colocado em vantagem logo aos 5’, quando o Salvio, isolado
pelo Talisca na direita e só com o guarda-redes pela frente, atirou ao lado. A
partida foi muito dividida e com poucas ocasiões para ambos os lados, acabando
uma magnífica defesa do Júlio César numa cabeçada num livre por não contar por
ter sido assinalado fora-de-jogo. Em cima do intervalo, tivemos a melhor
ocasião numa boa combinação atacante, em que o Gaitán rematou dentro da área,
mas a perna de um defesa desviou a bola que aparentemente ia direita à baliza.
A 2ª parte foi mais
interessante e jogada a um ritmo mais alto. O Mónaco criou uma grande situação,
com o Carrasco a desembaraçar-se do André Almeida e Jardel, ficar só com o
Júlio César pela frente, mas este fez uma mancha
excelente e impediu a bola de ir para a baliza. Aos 64’, o Jesus mexeu e
colocou o Lima no lugar do amarelado Samaris,
mas curiosamente a equipa demorou um bocado a encontrar-se depois desta
alteração, até porque o Enzo Pérez dava mostras de dificuldades físicas e perdemos
um pouco o controlo do meio-campo. Porém, nos últimos 15’ começámos a carregar
mais e chegámos ao golo aos 82’ num canto do Gaitán para o primeiro poste,
excelente desvio de cabeça do Derley para o segundo e o Talisca a aparecer
isolado a fuzilar o guarda-redes. Foi um enorme alívio! Alívio esse que poderia
ter tido o seu efeito anulado logo a seguir, quando o Jardel arriscou muito num
carrinho e tocou a bola com o braço dentro da área. O Sr. Fernandez Borbalán,
que minutos antes tinha inacreditavelmente cortado uma jogada nossa de três
para um para assinalar falta… a nosso favor(!), poderia bem ter marcado
penalty. Até final, conseguimos circular bem a bola e manter o Mónaco afastado
da nossa baliza.
Em termos
individuais, destaque natural para o Talisca pelo golo decisivo, para o Derley,
que se fartou de lutar, receber bem a bola de costas para a baliza e arriscar
nas movimentações e passes (acho óbvio que está em muito melhor forma do que o
Lima), e do Jardel (apesar de uma ou outra falha, mas já se sabe que ele não é
nenhum Garay). O Salvio continua tremendamente complicativo, o Enzo Pérez pouco
disponível fisicamente e o Gaitán parece ainda condicionado pela lesão. Assim
se justifica a nossa pouca produção atacante, porque o Talisca não pode fazer
tudo. O Samaris melhorou em relação ao Rio Ave, mas continua muito longe de
justificar um investimento de 10M€. Nem metade disso… Mantemos o problema no
banco, porque sem o Ola John estamos reduzidos a 12 jogadores. Antes do golo, a
opção era entrar… o Bebé. Estamos conversados quanto a isto… Por isso é que o
Gaitán e Enzo são espremidos até ao tutano.
O fundamental agora
é não perder na Rússia, porque presumivelmente o Leverkusen ganhará em casa ao
Mónaco e ficará automaticamente apurado, o que poderá querer dizer que virá
jogar à Luz na última jornada sem alguns titulares. Assim sendo, fazendo nós
quatro pontos e não ganhando o Zenit no Mónaco, apurar-nos-íamos. Mas mesmo que
o Zenit ganhasse, teríamos a Liga Europa. Sim, porque o que eu não quero mesmo
é ver a Europa no sofá a partir de Janeiro.
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