domingo, março 02, 2014
A pedi-las…
Vencemos em Belém por 1-0 e, com o empate do CRAC em Guimarães (2-2),
aumentámos para nove pontos a vantagem sobre eles. No entanto, não devemos
esquecer que a lagartada está a
apenas cinco pontos e não tem que se preocupar com mais nada sem ser o
campeonato. É o nosso grande adversário no momento e não convém nada
menosprezá-los.
Com o regresso de grande parte dos titulares, esperava uma boa exibição e
uma vitória tranquila no Restelo. E, de facto, não poderíamos ter entrado
melhor: logo aos 7’ o Gaitán voltou a fazer uma obra-prima com um golão de
chapéu, depois de tirar uns quantos adversários do caminho. Como o mais difícil
estava (supostamente) feito e o Belenenses era praticamente inofensivo, aguardava-se o nosso segundo golo que acabaria de vez com a partida. Só que
infelizmente os jogadores do Benfica entraram logo no modo pós-golo que já tinha caracterizado toda a 2ª parte frente ao V.
Guimarães. Ou seja, começámos a jogar muito mais devagar, convencidos de que a
possibilidade de sofrer um golo era muito remota, e que portanto a vitória
estava garantida. Em vez de pressionar um bocado os azuis para marcar durante a
1ª parte, quando a nossa superioridade foi avassaladora, não o fizemos e assim
fomos para o intervalo.
Os primeiros 15’ da 2ª parte foram bons, porque tentámos acelerar um bocado
o jogo e criámos algumas oportunidades (principalmente uma cabeçada do Garay a
rasar o poste). Mas o golo não surgiu e, com as substituições, o Belenenses foi
começando a jogar mais no nosso meio-campo. As bolas bombeadas para a nossa
área criaram algum frisson e na
sequência de um canto marcaram mesmo aos 70’, mas o lance foi anulado por
fora-de-jogo. Não do jogador que marcou, mas de outro que está no raio de acção
do Oblak. Os anti-Benfica vão ladrar durante a semana toda, mas o golo é bem
invalidado. Aliás, é parecido com o golo (mal) validado ao Belenenses na
primeira volta e que lhes deu o empate. A 10’ do final, o Fredy fartou-se de
protestar com o Sr. Jorge Ferreira e viu dois amarelos praticamente seguidos. O
Jesus, e bem, tirou o Fejsa que também estava à beira do segundo amarelo,
colocou o Ruben Amorim e isso também ajudou a quebrar de vez o Belenenses.
Muito perto dos 90’, o Salvio teve uma boa jogada individual, mas o remate foi
defendido pelo pé do guarda-redes.
Em termos individuais, o Gaitán voltou a ser o melhor. O golo que marcou é
genial e também se voltou a evidenciar nas tarefas defensivas. O Enzo Pérez
melhorou em relação à partida frente ao V. Guimarães, mas o Markovic não esteve
tão desequilibrador. Na defesa, o Garay voltou a estar muito bem, tal como o
Luisão. O resto da equipa exibiu-se a um nível muito sofrível, nomeadamente o
Siqueira e o Rodrigo, ambos com exibições para esquecer.
Felizmente correu novamente bem, mas, tal como o Jesus referiu no final,
esta sobranceria que a equipa revela quando nos colocamos em vantagem é bom que
se dissipe de vez. Perante uma equipa nitidamente inferior a nós, é quase
indesculpável que não tenhamos terminado com o jogo quando tivemos possibilidade.
Fiamo-nos muito com um único golo sofrido em 15 jogos, mas convém não esquecer
que esse golo representou o único empate nesses mesmos 15 jogos! Hoje as coisas
não estiveram nada famosas e o Belenenses chegou a colocar a bola na nossa
baliza. “Gerir o jogo”, sim senhor, mas com (pelo menos) dois golos de
vantagem, sff! É que senão arriscamo-nos a que um lance fortuito nos tire uma
vitória que já deveria estar assegurada. Como hoje. Uma situação a rever
rapidamente no futuro, porque é estúpido andarmos a desafiar a sorte desta
maneira.
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