origem

segunda-feira, julho 19, 2010

Mais do mesmo

Vencemos o V. Guimarães com um resultado de futsal (5-3) e, pelo 3º ano consecutivo, conquistámos o torneio da cidade. Foi uma vitória justíssima e voltámos a exibir um agradável futebol atacante. No entanto, se os oito golos marcados são motivo de regozijo, os seis golos sofridos devem preocupar-nos. De consolo resta-nos pensar que, da defesa titular, só David Luiz é que está disponível neste momento.

Tivemos uma entrada em jogo brilhante e aos 9’ já ganhávamos 2-0. Excelentes jogadas colectivas resultaram nos golos do Kardec (óptimo cabeceamento) e Saviola (remate de primeira após assistência do Kardec). O V. Guimarães reduziu aos 34’ na sequência de um canto, em que o Roberto, depois de fazer uma defesa muito boa na jogada anterior, deu mais uma casa ao socar na atmosfera e permitir um cabeceamento vitorioso. Até ao intervalo, voltámos a assumir o comando da partida, mas não conseguimos marcar mais.

Problema corrigido na 2ª parte, em que entrámos de rompante e marcámos por duas vezes: golões do Kardec (grande movimentação na área) e Jara (remate fora da área). Conseguimos três golos de vantagem e antevia-se uma goleada a fazer lembrar a época passada, porque a equipa não dava mostrar de abrandar. Infelizmente, o Roberto entrou novamente em acção ao falhar a intercepção noutro livre para a área e permitir o 2-4. Só que o Carlos Martins repôs a diferença pouco depois ao marcar mais um golão de livre. Estávamos a 20’ do fim e, em princípio, o jogo estava ganho. Assim foi, de facto, mas não sem antes o V. Guimarães ter feito mais um golo de canto, num lance em que também me pareceu que o Roberto poderia ter feito mais (ainda tocou na bola).

Este jogo confirmou o trajecto feito nesta pré-época: de positivo há a realçar as combinações atacantes que só têm tendência a melhorar com o decorrer da temporada e a manutenção da veia goleadora da época anterior. Apesar de o Jorge Jesus ter dito que as movimentações defensivas não foram treinadas por causa da ausência dos mundialistas, há que ter em atenção isso, porque tantos golos sofridos não é normal.

Quanto à questão do momento, o Roberto, este jogo deixou-me algumas certezas: se ele tivesse feito no Saragoça o que já fez no Benfica, de certeza que não estaria cá. Portanto, continuo à espera que ele mostre o que realmente vale. Não acredito que seja assim tão pouco. Dito isto, o Jorge Jesus lá saberá o que fazer, mas neste momento parece-me contraproducente insistir nele. Até para o proteger. Demonstra uma terrível falta de confiança que o afecta não só a ele, como contagia a equipa também. Os defesas até já evitam passar-lhe a bola. Por enquanto, estamos só na pré-época e até ganhámos um torneio apesar das exibições dele, mas como diz um amigo meu, criámos um problema onde não tínhamos nenhum. Ele foi caríssimo, há que justificar o investimento, mas por alguma razão temos mais dois outros guarda-redes no plantel. Nesta altura, acho melhor preservá-lo um pouco. Até o Casillas foi suplente a determinada altura (2001/02) no Real Madrid. Pior do que errar é insistir no erro.

3 comentários:

Anónimo disse...

O Mostovoi tambem deixou de ter confianca na Luz. Porque sera?

S.L.B. disse...

Podemos ir por aí e dizer que, quando o Maradona se foi embora do Barça, poucos adeptos terão lamentado. Há alguns jogadores que, por uma razão ou por outra, não resultam em determinados clubes. Mais que jogadores, interessa-me o Benfica e, neste momento, acho que a presença do Roberto na equipa é-lhe prejudicial. Tanto para a equipa como para ele próprio. Mas isto é só a minha opinião.

JNF disse...

Mostovoi? Foi do álcool.