quinta-feira, março 18, 2010
Incomensurável
Ganhámos brilhantemente em Marselha por 2-1 e assegurámos a passagem aos quartos-de-final da “Euroliga” (como diz o nosso treinador :-) Foi a melhor exibição europeia do Benfica desde este jogo mítico. Como escrevi aqui, se pudesse escolher a altura em que partiria deste mundo, seria depois de uma partida destas. É pena as palavras serem escassas para poder expressar aquilo que sinto. É que foi uma exibição de gala, classe, querer, em que pela primeira vez esta época demos a volta a um resultado (e que óptimo jogo para o fazer :-) A vitória foi merecidíssima e seria a injustiça do milénio não passarmos esta eliminatória. É cada vez mais impossível medir a nossa grandeza.
Não sei explicar bem porquê, mas estava confiante para este jogo. Ainda mais fiquei quando ouvi ontem o Jorge Jesus dizer que tinha sido surpreendido pelo Marselha na 1ª mão, mas que tinha tirado ilações e na 2ª tudo seria diferente. A expressão “banho de bola” aplica-se perfeitamente ao que se passou em campo. O Marselha teve duas oportunidades (um remate do Lucho e o golo) e não conseguiu criar mais perigo nenhum. Quanto a nós, sinceramente perdi a conta às oportunidades que falhámos. Ainda por cima, tivemos uma arbitragem que não desdenharia ao Sr. Jorge Sousa ou ao Sr. Olegário Benquerença. Convém fixar este nome: Damir Skomina da Eslovénia. Que grande ladrão!
Entrámos em campo muito personalizados, a sair rápido para o ataque, como é nosso hábito este ano. O Marselha não conseguia ligar uma jogada e começámos a criar situações de perigo. O árbitro fez vista grossa a um empurrão ao Ramires dentro da área e pouco depois o Cardozo de fora da área atirou ao poste. O Di María também teve um bom remate defendido pelo guarda-redes e a única oportunidade do Marselha foi o tal remate do Lucho.
Na 2ª parte, o cariz do jogo não se alterou. O Marselha continuava a não existir e nós a criar situações de golo em catadupa. Ao mesmo tempo, o árbitro continuava com uma dualidade de critério enorme e faltas a nosso favor eram mentira. Contra a corrente da partida, o Marselha chegou à vantagem aos 70’ num livre com um ressalto, em que o Júlio César saiu um pouco atabalhoadamente da baliza. A injustiça era tão grande que sempre acreditei que conseguíamos dar a volta. De tal forma, que, ao contrário do que é habitual em mim, nem me lembrei do histórico desta época, em que nunca alcançámos a vitória depois de ficarmos a perder. Aos 75’, o Maxi Pereira tirou um autêntico coelho da cartola num grande remate fora da área e fez o empate. A partir daqui, tentámos tudo para não termos um injustíssimo prolongamento e o Di María e, especialmente, o Cardozo tiveram oportunidades soberanas para nos colocar na frente. O que acabámos por conseguir, numa doce vingança, no último minuto através de um livre para a área, um ressalto e o Kardec a justificar já a sua contratação. Grande golo de ângulo complicado! Até final, ainda deu para o Ben Arfa perder a cabeça e ir para a rua (esteve 1’ em campo!), e para o árbitro mostrar um ridículo amarelo ao Aimar (foi um festival e saímos de campo com seis jogadores amarelados).
Não vou destacar ninguém em especial, porque isso seria muito injusto para a partida épica que quase todos fizeram. A defesa esteve irrepreensível, com o Maxi a ganhar a maioria dos duelos com o Brandão (e a ser mais uma vez decisivo ao marcar ao Marselha), os centrais a não darem um milímetro ao Niang (excepção no golo) e o Coentrão a levantar a dúvida em todos nós: de certeza que foi só este ano que ele começou a jogar a defesa-esquerdo? O meio-campo também esteve excelente, mas o Carlos Martins conseguiu exasperar-me com o falhanço sucessivo de passes de lana caprina. O Ramires é um génio a nível táctico e o Di María deu cabo da cabeça ao defesa-direito. Quanto ao ataque, o Cardozo fartou-se de lutar, atirou uma bola ao poste, mas não pode falhar uma bola daquelas isolado… O Saviola esteve mais desaparecido, mas foi importante com as suas movimentações para desposicionar os adversários. Quanto ao Aimar, entrou bem na partida e os franceses ficaram logo em sobressalto e ao Kardec desejo-lhe a maior sorte do mundo para não se limitar a ficar na galeria daqueles que, com apenas um golo em jogos importantes, justificaram a sua contratação pelo Benfica: Mostovoi, Sabry, Robert e Beto. Espero que possa fazer muitos mais!
Tivemos uma jornada épica que vai ficar nas nossas memórias por muitos anos. Agora nos quartos-de-final, só não quero o Valência e o Liverpool. Quanto aos outros cinco (Wolsfburgo, Standard Liège, Atlético Madrid, Fulham e Hamburgo), sinceramente, e sem ser arrogante, acho que seremos favoritos se nos calharem em sorte. Se tivesse que escolher um, seria os ingleses. Era tão bonito voltarmos a umas meias-finais numa prova europeia… E mimetizávamos as inolvidáveis épocas de 1982/83 e 1993/94.
Não sei explicar bem porquê, mas estava confiante para este jogo. Ainda mais fiquei quando ouvi ontem o Jorge Jesus dizer que tinha sido surpreendido pelo Marselha na 1ª mão, mas que tinha tirado ilações e na 2ª tudo seria diferente. A expressão “banho de bola” aplica-se perfeitamente ao que se passou em campo. O Marselha teve duas oportunidades (um remate do Lucho e o golo) e não conseguiu criar mais perigo nenhum. Quanto a nós, sinceramente perdi a conta às oportunidades que falhámos. Ainda por cima, tivemos uma arbitragem que não desdenharia ao Sr. Jorge Sousa ou ao Sr. Olegário Benquerença. Convém fixar este nome: Damir Skomina da Eslovénia. Que grande ladrão!
Entrámos em campo muito personalizados, a sair rápido para o ataque, como é nosso hábito este ano. O Marselha não conseguia ligar uma jogada e começámos a criar situações de perigo. O árbitro fez vista grossa a um empurrão ao Ramires dentro da área e pouco depois o Cardozo de fora da área atirou ao poste. O Di María também teve um bom remate defendido pelo guarda-redes e a única oportunidade do Marselha foi o tal remate do Lucho.
Na 2ª parte, o cariz do jogo não se alterou. O Marselha continuava a não existir e nós a criar situações de golo em catadupa. Ao mesmo tempo, o árbitro continuava com uma dualidade de critério enorme e faltas a nosso favor eram mentira. Contra a corrente da partida, o Marselha chegou à vantagem aos 70’ num livre com um ressalto, em que o Júlio César saiu um pouco atabalhoadamente da baliza. A injustiça era tão grande que sempre acreditei que conseguíamos dar a volta. De tal forma, que, ao contrário do que é habitual em mim, nem me lembrei do histórico desta época, em que nunca alcançámos a vitória depois de ficarmos a perder. Aos 75’, o Maxi Pereira tirou um autêntico coelho da cartola num grande remate fora da área e fez o empate. A partir daqui, tentámos tudo para não termos um injustíssimo prolongamento e o Di María e, especialmente, o Cardozo tiveram oportunidades soberanas para nos colocar na frente. O que acabámos por conseguir, numa doce vingança, no último minuto através de um livre para a área, um ressalto e o Kardec a justificar já a sua contratação. Grande golo de ângulo complicado! Até final, ainda deu para o Ben Arfa perder a cabeça e ir para a rua (esteve 1’ em campo!), e para o árbitro mostrar um ridículo amarelo ao Aimar (foi um festival e saímos de campo com seis jogadores amarelados).
Não vou destacar ninguém em especial, porque isso seria muito injusto para a partida épica que quase todos fizeram. A defesa esteve irrepreensível, com o Maxi a ganhar a maioria dos duelos com o Brandão (e a ser mais uma vez decisivo ao marcar ao Marselha), os centrais a não darem um milímetro ao Niang (excepção no golo) e o Coentrão a levantar a dúvida em todos nós: de certeza que foi só este ano que ele começou a jogar a defesa-esquerdo? O meio-campo também esteve excelente, mas o Carlos Martins conseguiu exasperar-me com o falhanço sucessivo de passes de lana caprina. O Ramires é um génio a nível táctico e o Di María deu cabo da cabeça ao defesa-direito. Quanto ao ataque, o Cardozo fartou-se de lutar, atirou uma bola ao poste, mas não pode falhar uma bola daquelas isolado… O Saviola esteve mais desaparecido, mas foi importante com as suas movimentações para desposicionar os adversários. Quanto ao Aimar, entrou bem na partida e os franceses ficaram logo em sobressalto e ao Kardec desejo-lhe a maior sorte do mundo para não se limitar a ficar na galeria daqueles que, com apenas um golo em jogos importantes, justificaram a sua contratação pelo Benfica: Mostovoi, Sabry, Robert e Beto. Espero que possa fazer muitos mais!
Tivemos uma jornada épica que vai ficar nas nossas memórias por muitos anos. Agora nos quartos-de-final, só não quero o Valência e o Liverpool. Quanto aos outros cinco (Wolsfburgo, Standard Liège, Atlético Madrid, Fulham e Hamburgo), sinceramente, e sem ser arrogante, acho que seremos favoritos se nos calharem em sorte. Se tivesse que escolher um, seria os ingleses. Era tão bonito voltarmos a umas meias-finais numa prova europeia… E mimetizávamos as inolvidáveis épocas de 1982/83 e 1993/94.
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6 comentários:
Grande Benfas! Jogámos muito. Coloco este jogo - pela vontade, classe dos nossos jogadores, incerteza no resultado, imagem que projectámos, etc - ao nível de Leverkusens, Arsenais, e muito poucos outros nos últimos 25 anos.
Já acompanho o Benfica há 3 décadas, sócio, cativo, etc e devo dizer que este é dos Benficas mais fortes que tenho visto, ao nível da equipa do Thern, Valdo, Magnussen, Paneira, Ricardo Gomes, Aldaír. Sólido na defesa, certo no meio-campo, perigosíssimo no ataque (sempre com 2 avançados).
Saudações de glória
é nestes jogos que se faz o nome do SLB.
Um abraço para os melhores adeptos portugueses - os emigrantes. É ver os cachecóis do SLB misturados com os do SCP e restantes (com a excepção óbvia dos invejosos, nada a fazer).
Uma curiosidade: para além deste, alguém se lembra de outro jogo sem cantos E sem foras-de-jogo?
Foi tãããão lindo hoje!!
Este ano é tal e qual como nos outros: Roubam-nos muito.
Mas é diferente nisto: Roubam-nos quatro golos?? Marcamos seis então para ganharmos pelo menos por 2!!!
Aquele abraço ;)
Obrigado Mãe por me dares à LUZ nesta ERA....
http://apanhadosquanticos.blogspot.com/2010/03/era-de-jesus.html
Esqueçam a mão de Vata...
Fiquem com o pé de Kardec!
As palavras de Jesus também me deixaram confiante (parece que estou a evangelizar alguém). Penso que logo durante o primero jogo o Jesus percebeu o que o Marselha estava a fazer e por isso na 2ª parte jogámos bastante melhor do que na 1ª. Na 2ª mão já sabiamos que o Marselha sabia o que nós podiamos fazer e isso foi fundamental.
Não estás a ser arrogante. Por curiosidade fui ao site da BWIN para ver como estão as apostas e realmente à frente do Benfica estão só o Valência e Liverpool. O Hamburgo está igual, mas obviamente apenas porque a final é na sua casa.
P.S. Há uns dias criei um novo blog: www.etodosporum.blogspot.com, enquanto "o cone" continua em coma.
Amigo...o título do seu post diz diz tudo! Grande abraço!
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