sexta-feira, outubro 23, 2009
De gala
Goleámos o Everton por 5-0 e fizemos história: foi, a fazer fé no que ouvi na rádio, a nossa maior vitória de sempre na Taça Uefa / Liga Europa e a maior derrota europeia do 5º classificado do campeonato inglês do ano passado. Eu vou repetir: depois do Manchester United, Liverpool, Chelsea e Arsenal, ficaram estes senhores. “Equipa de segundo plano”? Pois, pois…
Estava quase tentado a escrever um post só com o resultado do jogo. É difícil manter a racionalidade quando estamos a jogar da maneira que estamos. Eu já sei que só defrontámos equipazinhas de segundo plano até agora, mas se as coisas correrem bem e ganharmos títulos no fim da época, será que vão continuar a dizer que “faltou um teste a sério” ao Benfica? É que já oiço esta conversa há muito tempo. Como se ganhar em Guimarães, Leiria e golear o Everton (só para referir alguns casos) fossem as coisas mais fáceis do mundo…
Entrámos bem na partida e o Luisão teve duas boas oportunidades para marcar na sequência de dois lances de bola parada, mas foi o Saviola a fazê-lo aos 13’ com um golão depois de um centro do Di María. A 1ª parte foi muito dividida sem grandes oportunidades para qualquer das equipas. Gostei de ver a forma como o Benfica soube posicionar-se em campo não dando grandes espaços aos ingleses e adoptando um ritmo mais baixo do que é habitual. Nem todos os jogos podem ter um ritmo frenético e há que saber jogar-se das duas maneiras.
Ao invés, o início da 2ª parte foi alucinante. Foi dos melhores períodos de sempre desde que vejo o Benfica. Em sete minutos, repito, s-e-t-e m-i-n-u-t-o-s marcámos três golos! Cardozo aos 46’ e 47’ (assistências do Saviola e Di María, respectivamente) e Luisão de canto aos 52’. Para além disso, o nº 20 atirou com estrondo à barra pouco depois. O Everton deixou de saber de que terra é que era e nós abrandámos o ritmo, mas não deixámos de ter a baliza contrária em vista. Com a partida decidida tão cedo, ainda deu para fazer descansar o Aimar, entrando o Carlos Martins, e o Cardozo, entrando o Fábio Coentrão. Possivelmente ao perceber que iria ser substituído pelo Weldon, o Saviola não quis ficar atrás do seu companheiro de ataque e marcou o 5º golo aos 84’, novamente assistido pelo Di María.
Em termos individuais, é impossível não se destacar o Di María. Três assistências para golo, uma bola à barra e toda a partida em excesso de velocidade fazem dele um dos homens do jogo. O outro é indiscutivelmente esse “velho” que veio cá para a “reforma” chamado Saviola (um homem de visão, este). Dois golos e uma assistência provam-no. O Luisão esteve mais uma vez imperial na defesa, ainda com a mais-valia de ter marcado. Gostei igualmente da atenção do Júlio César nas ocasiões em que teve que sair da baliza e na sua autoridade nos lances aéreos. O Ruben Amorim foi a novidade em vez do Maxi Pereira e o melhor que tenho a dizer dele é que não dei pela diferença. O Ramires esteve menos vistoso que em partidas em anteriores, mas só em termos atacantes. A sua acção no meio-campo foi fundamental. Assim como o posicionamento, a inteligência e a percepção do jogo que tem esse Grande jogador (o “g” maiúsculo é propositado) chamado Javi García. Ou muito me engano ou estes dois foram duas pechinchas.
Com a vitória do Bate Borisov sobre o AEK Atenas, ficámos em 1º lugar do grupo em igualdade pontual com o Everton (óbvia vantagem no confronto directo) e com os outros dois a três pontos. Era fundamental que chegássemos à última jornada com o apuramento já garantido, porque o jogo com o AEK é apenas três dias antes de receber o CRAC e convinha ter a equipa principal fresca para essa batalha. Um passo muito importante para isso seria ganhar em Liverpool daqui a 15 dias. E importante igualmente para o nosso ego, já que há quase dois anos que não vencemos fora para as competições europeias. Está na altura de quebrar (em grande) esse enguiço!
Estava quase tentado a escrever um post só com o resultado do jogo. É difícil manter a racionalidade quando estamos a jogar da maneira que estamos. Eu já sei que só defrontámos equipazinhas de segundo plano até agora, mas se as coisas correrem bem e ganharmos títulos no fim da época, será que vão continuar a dizer que “faltou um teste a sério” ao Benfica? É que já oiço esta conversa há muito tempo. Como se ganhar em Guimarães, Leiria e golear o Everton (só para referir alguns casos) fossem as coisas mais fáceis do mundo…
Entrámos bem na partida e o Luisão teve duas boas oportunidades para marcar na sequência de dois lances de bola parada, mas foi o Saviola a fazê-lo aos 13’ com um golão depois de um centro do Di María. A 1ª parte foi muito dividida sem grandes oportunidades para qualquer das equipas. Gostei de ver a forma como o Benfica soube posicionar-se em campo não dando grandes espaços aos ingleses e adoptando um ritmo mais baixo do que é habitual. Nem todos os jogos podem ter um ritmo frenético e há que saber jogar-se das duas maneiras.
Ao invés, o início da 2ª parte foi alucinante. Foi dos melhores períodos de sempre desde que vejo o Benfica. Em sete minutos, repito, s-e-t-e m-i-n-u-t-o-s marcámos três golos! Cardozo aos 46’ e 47’ (assistências do Saviola e Di María, respectivamente) e Luisão de canto aos 52’. Para além disso, o nº 20 atirou com estrondo à barra pouco depois. O Everton deixou de saber de que terra é que era e nós abrandámos o ritmo, mas não deixámos de ter a baliza contrária em vista. Com a partida decidida tão cedo, ainda deu para fazer descansar o Aimar, entrando o Carlos Martins, e o Cardozo, entrando o Fábio Coentrão. Possivelmente ao perceber que iria ser substituído pelo Weldon, o Saviola não quis ficar atrás do seu companheiro de ataque e marcou o 5º golo aos 84’, novamente assistido pelo Di María.
Em termos individuais, é impossível não se destacar o Di María. Três assistências para golo, uma bola à barra e toda a partida em excesso de velocidade fazem dele um dos homens do jogo. O outro é indiscutivelmente esse “velho” que veio cá para a “reforma” chamado Saviola (um homem de visão, este). Dois golos e uma assistência provam-no. O Luisão esteve mais uma vez imperial na defesa, ainda com a mais-valia de ter marcado. Gostei igualmente da atenção do Júlio César nas ocasiões em que teve que sair da baliza e na sua autoridade nos lances aéreos. O Ruben Amorim foi a novidade em vez do Maxi Pereira e o melhor que tenho a dizer dele é que não dei pela diferença. O Ramires esteve menos vistoso que em partidas em anteriores, mas só em termos atacantes. A sua acção no meio-campo foi fundamental. Assim como o posicionamento, a inteligência e a percepção do jogo que tem esse Grande jogador (o “g” maiúsculo é propositado) chamado Javi García. Ou muito me engano ou estes dois foram duas pechinchas.
Com a vitória do Bate Borisov sobre o AEK Atenas, ficámos em 1º lugar do grupo em igualdade pontual com o Everton (óbvia vantagem no confronto directo) e com os outros dois a três pontos. Era fundamental que chegássemos à última jornada com o apuramento já garantido, porque o jogo com o AEK é apenas três dias antes de receber o CRAC e convinha ter a equipa principal fresca para essa batalha. Um passo muito importante para isso seria ganhar em Liverpool daqui a 15 dias. E importante igualmente para o nosso ego, já que há quase dois anos que não vencemos fora para as competições europeias. Está na altura de quebrar (em grande) esse enguiço!
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3 comentários:
Pegando no que o S.L.B. disse há algum tempo a propósito da última época de actividade do Rui Costa (que os adeptos benfiquistas deviam assistir aos jogos do Glorioso para não perderem a última oportunidade de ver ao vivo a enorme classe de um jogador excepcional como o Rui Costa), apetece-me dizer que os adeptos benfiquistas não devem perder esta época a oportunidade de ver a enorme classe de uma equipa (que está bem treinada) e o excelente desempenho de jogadores consagrados (Aimar, Saviola e Luisão) ou emergentes (Cardozo, Di Maria, Ramires, Javi Garcia, Coentrão, Rúben Amorim, David Luis). Embora menos exuberantes nas suas exibições esta época não deixo de referir também os restantes elementos do plantel, reconhecendo a sua competência e que o respectivo desempenho tem permitido aos outros expressarem o seu virtuosismo. De uma forma geral estamos esta época a funcionar como uma verdadeira equipa (adeptos incluídos). Além disso, parece-me que o espírito de entreajuda em campo dos jogadores, perante variadíssimas situações do jogo, demonstra bem a união deste grupo.
Mais, independentemente dos jogadores que estiverem em campo (o que acho que não acontecia desde há muitos anos), o prazer de ver a equipa jogar à bola não tem sido defraudado.
Perdoe ter-me alongado, nesta primeira vez que intervim (apesar de ler o seu blog diariamente há alguns anos), mas pareceu-me oportuno expressar agora a satisfação que me vai na alma por assistir a tão bons espectáculos de futebol, acompanhados também de bons resultados desportivos.
Felicito-o pela elevada qualidade deste blog e pela sua rara e excelente capacidade de análise.
Viva o Sport Lisboa e Benfica
cmfsa
de gala mesmo....
excelente post,
saudações gloriosas
Eu tenho de ser sincero, quando vi o Mister JJ a dizer que seria um jogo com muitos golos, pensei: "muitos golos? Então vamos sofrer golos e marcá-los? Se temos a defesa a funcionar bem...só se está a fazer bluff com os ingleses, pois um resultado realista seria uma vitória no máximo por 2-0"
Foi na altura em que vi os 3 golos em 7 minutos, que fiquei de boca aberta que me arrependi de tais pensamentos...É certo que não vamos ganhar tudo, mas Jesus sabe do que fala (sem tirar mérito ao Original eheh).
Vim aqui portanto fazer um mea culpa, e tenho de arranjar maneira de não ser nem muito prudente nem muito eufórico.
FORÇA SLB, é para ganhar contra o Nacional!
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