domingo, novembro 25, 2007
A 7ª vez
Vencemos em Coimbra por 3-1 e alcançámos a 5ª vitória seguida para o campeonato. Além disso, seguindo uma tradição camachiana é a 7ª vez que marcamos golos nos últimos cinco minutos de jogo, sendo que somente em Milão não evitámos a derrota. Portanto, são seis jogos em que estes golos são essenciais. Podem chamar-lhe sorte, vaca, o que quiserem, mas parece-me que é algo mais do que isso. Em 18 partidas com o Camacho, haver quase 40% delas em que conseguimos este feito não pode ser só coincidência. Parece-me mais o resultado do querer, do nunca desistir e jamais baixar os braços. E isto acaba por ter os seus frutos.
Para este encontro em Coimbra tivemos duas baixas muito importantes, o Maxi Pereira e o C. Rodríguez (malditas selecções!), e além disso gastámos uma substituição logo aos 10’, quando o Nuno Assis se magoou (não sei se não foi penalty, mas enfim...) e foi substituído pelo Cardozo. O David Luiz recuperou o seu lugar na defesa e o Katsouranis voltou ao meio-campo, alinhando juntamente com o Binya, Rui Costa e Di María. A consequência prática da saída do Nuno Assis foi a deslocação do maestro para a direita, o que penalizou bastante a construção do nosso jogo atacante. A partida estava equilibrada, mas o Luís Filipe resolveu dar um brinde à sua antiga equipa na sequência de um livre directo, ao fazer uma brilhante assistência quando tentava aliviar a bola, colocando-a nos pés do Lito, que rematou de primeira para golo aos 24’. A nossa defesa demonstrava alguma insegurança, mas nenhuma equipa merecia estar em vantagem naquela altura. Reagimos muito bem e dois minutos depois o Di María fez o seu primeiro remate de jeito (já não era sem tempo...) desde que chegou ao Benfica e a bola foi ao poste. Na recarga, o Nuno Gomes também rematou bem, mas o guarda-redes Ricardo (obrigado, Domingos, por colocares o Pedro Roma no banco!) defendeu bem. Aos 32’ tivemos um livre perto da área e mais uma vez marcámo-lo de forma indirecta, com dois toques e remate. Só que a acção do Nuno Gomes na barreira impediu o defesa de chegar a tempo à bola e assim o Rui Costa pode fazer a igualdade. Passei rapidamente de pior que estragado por não rematarmos directamente (ainda reminiscências do lance semelhante em Glasgow) para a euforia do golo!
Na 2ª parte, e conforme já sucedeu em ocasiões anteriores, não entrámos nada bem. Não conseguimos ter o controlo do jogo e empurrar a Académica para o seu meio-campo. De tal modo, que demorámos uma eternidade a rematar à baliza. Vendo isto, o Camacho promoveu o regresso do Petit aos 60’, tirando o Katsouranis (deixámos assim de ter totalistas no campeonato), quando eu preferia ter visto o Binya a sair, porque este já tinha sido avisado por duas vezes pelo Sr. Olegário Benquerença, e se levasse mais um amarelo não jogaria frente ao clube regional. Felizmente, o camaronês portou-se bem até final da partida. Logo no minuto seguinte, o Rui Costa tem uma abertura das dele e isola o Di María, só que este estava ligeiramente fora-de-jogo e assim o seu remate à barra já não contou. Dois minutos depois, o Camacho esgotou as substituições, entrando o Adu para o lugar do Nuno Gomes. Devo confessar que não gostei da substituição, até porque o Rui Costa se vinha queixando e arriscávamo-nos a jogar com dez até final. Por outro lado, estávamos empatados e tirávamos um avançado. Mas o que é certo é que melhorámos com esta troca. O Rui Costa voltou para o seu lugar natural e o americano foi colocar-se na direita. Com o reforço do meio-campo, conseguimos finalmente empurrar o jogo para a baliza da Académica. Aos 81’ o maestro inicia bem uma jogada, abrindo para o Di María na esquerda, que centra atrasado, devolvendo-lhe a bola, mas o Rui Costa falha clamorosamente o pontapé de primeira quando estava em excelente posição para marcar. O lance não era fácil, mas o maestro tinha obrigação de fazer melhor. E aos 85’, o guarda-redes Ricardo justificou a fezada do Domingos em colocá-lo, saindo a destempo a um lançamento lateral do Binya, permitindo que a bola sobrasse para o Luisão, que de calcanhar(!) a enviou para a baliza. Não satisfeito com a saída a destempo, o guarda-redes adversário ainda se deu ao luxo de falhar a defesa, quando tentava recuperar o seu lugar na baliza, permitindo que a bola passasse por cima da sua mão. A tradição, ao contrário do que eu já começava a duvidar, manteve-se! E ainda tivemos o bónus de mais um golo do Adu, aos 93’, num remate fora da área, em que pareceu igualmente que o guarda-redes poderia ter feito melhor.
Não fizemos um jogo muito conseguido e individualmente não é fácil apontar alguém de caras, mas o Rui Costa terá sido o melhor. O Di María teve bons momentos, mas falta-lhe aparecer mais em jogo, como faz o C. Rodríguez. Com o Nélson operacional, espero sinceramente que a opção pelo Luís Filipe acabe depressa, se bem que ele tenha vindo a acertar mais nos centros. Mas quando faz assistências para golos do adversário está tudo dito. O Adu voltou a justificar que se aposte nele mais vezes e o Cardozo pareceu ainda não totalmente recuperado da agressão do Ricardo Silva. O resto da equipa esteve a um nível mediano, sendo no entanto de salientar o bom regresso do David Luiz, que nem pareceu ter estado tanto tempo lesionado.
A sete dias de receber o clube regional era imperioso vencer e com o empate dos lagartos em Matosinhos, já temos seis pontos de vantagem em relação a eles. Vem aí a semana mais difícil da época, mas tendo finalmente todo o plantel operacional, estou confiante que, como diria o outro, poderemos fazer “coisas bonitas”.
Para este encontro em Coimbra tivemos duas baixas muito importantes, o Maxi Pereira e o C. Rodríguez (malditas selecções!), e além disso gastámos uma substituição logo aos 10’, quando o Nuno Assis se magoou (não sei se não foi penalty, mas enfim...) e foi substituído pelo Cardozo. O David Luiz recuperou o seu lugar na defesa e o Katsouranis voltou ao meio-campo, alinhando juntamente com o Binya, Rui Costa e Di María. A consequência prática da saída do Nuno Assis foi a deslocação do maestro para a direita, o que penalizou bastante a construção do nosso jogo atacante. A partida estava equilibrada, mas o Luís Filipe resolveu dar um brinde à sua antiga equipa na sequência de um livre directo, ao fazer uma brilhante assistência quando tentava aliviar a bola, colocando-a nos pés do Lito, que rematou de primeira para golo aos 24’. A nossa defesa demonstrava alguma insegurança, mas nenhuma equipa merecia estar em vantagem naquela altura. Reagimos muito bem e dois minutos depois o Di María fez o seu primeiro remate de jeito (já não era sem tempo...) desde que chegou ao Benfica e a bola foi ao poste. Na recarga, o Nuno Gomes também rematou bem, mas o guarda-redes Ricardo (obrigado, Domingos, por colocares o Pedro Roma no banco!) defendeu bem. Aos 32’ tivemos um livre perto da área e mais uma vez marcámo-lo de forma indirecta, com dois toques e remate. Só que a acção do Nuno Gomes na barreira impediu o defesa de chegar a tempo à bola e assim o Rui Costa pode fazer a igualdade. Passei rapidamente de pior que estragado por não rematarmos directamente (ainda reminiscências do lance semelhante em Glasgow) para a euforia do golo!
Na 2ª parte, e conforme já sucedeu em ocasiões anteriores, não entrámos nada bem. Não conseguimos ter o controlo do jogo e empurrar a Académica para o seu meio-campo. De tal modo, que demorámos uma eternidade a rematar à baliza. Vendo isto, o Camacho promoveu o regresso do Petit aos 60’, tirando o Katsouranis (deixámos assim de ter totalistas no campeonato), quando eu preferia ter visto o Binya a sair, porque este já tinha sido avisado por duas vezes pelo Sr. Olegário Benquerença, e se levasse mais um amarelo não jogaria frente ao clube regional. Felizmente, o camaronês portou-se bem até final da partida. Logo no minuto seguinte, o Rui Costa tem uma abertura das dele e isola o Di María, só que este estava ligeiramente fora-de-jogo e assim o seu remate à barra já não contou. Dois minutos depois, o Camacho esgotou as substituições, entrando o Adu para o lugar do Nuno Gomes. Devo confessar que não gostei da substituição, até porque o Rui Costa se vinha queixando e arriscávamo-nos a jogar com dez até final. Por outro lado, estávamos empatados e tirávamos um avançado. Mas o que é certo é que melhorámos com esta troca. O Rui Costa voltou para o seu lugar natural e o americano foi colocar-se na direita. Com o reforço do meio-campo, conseguimos finalmente empurrar o jogo para a baliza da Académica. Aos 81’ o maestro inicia bem uma jogada, abrindo para o Di María na esquerda, que centra atrasado, devolvendo-lhe a bola, mas o Rui Costa falha clamorosamente o pontapé de primeira quando estava em excelente posição para marcar. O lance não era fácil, mas o maestro tinha obrigação de fazer melhor. E aos 85’, o guarda-redes Ricardo justificou a fezada do Domingos em colocá-lo, saindo a destempo a um lançamento lateral do Binya, permitindo que a bola sobrasse para o Luisão, que de calcanhar(!) a enviou para a baliza. Não satisfeito com a saída a destempo, o guarda-redes adversário ainda se deu ao luxo de falhar a defesa, quando tentava recuperar o seu lugar na baliza, permitindo que a bola passasse por cima da sua mão. A tradição, ao contrário do que eu já começava a duvidar, manteve-se! E ainda tivemos o bónus de mais um golo do Adu, aos 93’, num remate fora da área, em que pareceu igualmente que o guarda-redes poderia ter feito melhor.
Não fizemos um jogo muito conseguido e individualmente não é fácil apontar alguém de caras, mas o Rui Costa terá sido o melhor. O Di María teve bons momentos, mas falta-lhe aparecer mais em jogo, como faz o C. Rodríguez. Com o Nélson operacional, espero sinceramente que a opção pelo Luís Filipe acabe depressa, se bem que ele tenha vindo a acertar mais nos centros. Mas quando faz assistências para golos do adversário está tudo dito. O Adu voltou a justificar que se aposte nele mais vezes e o Cardozo pareceu ainda não totalmente recuperado da agressão do Ricardo Silva. O resto da equipa esteve a um nível mediano, sendo no entanto de salientar o bom regresso do David Luiz, que nem pareceu ter estado tanto tempo lesionado.
A sete dias de receber o clube regional era imperioso vencer e com o empate dos lagartos em Matosinhos, já temos seis pontos de vantagem em relação a eles. Vem aí a semana mais difícil da época, mas tendo finalmente todo o plantel operacional, estou confiante que, como diria o outro, poderemos fazer “coisas bonitas”.
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6 comentários:
guarda-redes chamado Ricardo+Luisão=GOLO do BENFICA!
Vi a coisa muito mal parada.
Tendo recuperado 4 pontos em duas jornadas, perder agora a embalagem seria complicado para "a" semana das decisões.
Não jogámos grande coisa, é certo, mas tirando o brinde do Luis Filipe, a Académica não fez nada para marcar.
Tendo em conta os números que apresentas, seria leviano dizer que estas vitórias são fruto da sorte.
Já agora, para lançar mais achas para a fogueira, em 29 golos marcados em todas as competições, 14 foram marcados no último quarto de hora (dados d' A Bola).
Jogar o jogo pelo jogo, até ao fim, tem dado os seus frutos. O mérito de tal empenho deve ser atribuído a Camacho.
Sábado, lá nos encontraremos na Catedral. Cumprimentos, meu caro.
Jogámos mal, mas ao contrário das outras épocas, este ano quando jogamos mal ganhamos na mesma, a diferença está toda aí, a nossa equipa nunca desiste de lutar pela vitória e é em jogos destes que se ganham campeonatos (se não houver rebuçados e cafezinhos a viciar os dados).
David Luiz tá ausente vários meses, quando regressa joga como se lá tivesse tado em todos os jogos, brilhante! Sem dúvida o Benfica encontrou aqui um diamante.
Bynia no meio campo é cada vez mais um sucessor à altura para Petit que também voltou com a garra habitual.
Luís Filipe teve uma 1ª parte má demais.
Cardozo acho que devia ter sido poupado e em vez de entrar pro lugar de Nuno Assis penso que deveria ter entrado Freddy Adu, este já mostrou que é um goleador nato, como tal porque não apostar nele para ponta de lança em alguns jogos? Bergessio também é extremo e tá a ser queimado a PL, aposto que Adu tem mais jeito pra essa posição e marcaria ainda mais golos.
Os lagartos ficarão a 10 pontos do líder se hoje o futebol corrupto do porto ganhar, mas ninguém na comunicação social diz que os lagartos já disseram adeus ao título.....quando o Benfica está a 8 pontos do líder é porque está em crise profunda, o campeonato já era, o mundo vai acabar para os benfiquistas e o Benfica está prester a entrar em falência, quando é com os lagartos ou tripeiros está tudo tranquilo...no pasa nada....
Jota: lá te espero, até porque quando vemos jogos juntos, raramente não ganhamos! :-) Já agora, dou nome aos números: Milão e Celtic (Champions), Setúbal e Amadora (Taça da Liga), Marítimo, Paços de Ferreira e Académica (campeonato).
Telmo: o (não) eco dos jornais a esse facto espelha bem a diferença entre um clube grande e outros não tão grandes...
Sim isso também é verdade mas sabemos bem que se trata do sistema a trabalhar bem oleado, e a pressionar o Benfica quando convém e a deixar os outros mais descansados quando estão aflitos...
há duas semanas foi o cardozo... nem falta foi...saiu lesionado.
esta semana foi o nuno assis...entrada em tudo semelhante à do Ricardo Silva...lesiona o jogador, nem cartão, nem penalty, nada!
Impressionante como ninguém falou disto. Será que fui sou eu quem viu???
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